quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Combater violência nas escolas

Date: 15/08/2008 23:38
Subject: FW: Pacote para combater violência nas escolas
To:

Para conhecimento.


*Pacote para combater violência*

*Reunião na Secretaria de Educação com a direção da escola discutirá ações
para prevenir e evitar novos conflitos. Centro de Ensino receberá nome do
diretor assassinado há um mês por ordem do tráfico de drogas*
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Lívia Nascimento
Da equipe do Correio
Monique Renne/Esp. CB/D.A Press

*Policiais fazem a segurança na escola Professor Carlos Ramos Mota: entre
as medidas da secretaria de educação está a revista de alunos*
* *
A ameaça de morte à diretora Márcia Brants, do Centro de Ensino Fundamental
Professor Carlos Ramos Mota, antigo CEF 4, no Lago Oeste, provocou uma forte
reação do Governo do Distrito Federal (GDF). A Secretaria de Educação
anunciou um pacote de medidas para combater a violência na escola. Entre as
ações estão a publicação de um manual de orientação de gestores de escola
ensinando a lidar com a violência, cursos sobre mediação de conflitos e
apoio terapêutico a alunos em situação de vulnerabilidade social (veja
quadro). Em uma reunião às 15h de hoje, técnicos da Secretaria de Educação
discutirão com a direção do centro de ensino os primeiros passos para a
implantação das medidas.

O governador José Roberto Arruda solicitou reforço da polícia para o combate
à violência na escola. 'Já determinei à Polícia Civil que entre no assunto,
inclusive com trabalho de inteligência, para evitar qualquer tipo de ameaça
e crime. A realidade é que ali na escola existiam gangues organizadas
tentando tomar conta do lugar, isso é um absurdo', comentou. Arruda garantiu
que não haverá tolerância para o caso. 'Aqui vamos agir com muita dureza
contra os bandidos, contra o crime', determinou.

O Batalhão Escolar da Polícia Militar, responsável pelo policiamento nas
escolas, manterá, em cada turno, um policial militar na portaria da escola.
'O policiamento implantado no local está dimensionado com a situação que a
escola atravessa atualmente. Após a apuração da Polícia Civil, nos vamos ver
o que precisará ser feito, mas antes dessa definição tudo que dissermos é
meramente especulativo', afirma o tenente-coronel Nelson Garcia, comandante
da guarnição. Ainda segundo o coronel, a comunidade precisa se tranqüilizar.
'Todas as medidas estão sendo tomadas. Peço que a população confie na
polícia e denuncie qualquer fato novo para que possamos agir', recomenda.

Uma das ações recomendadas pelo governo para lidar com a situação de
violência na escola é a formação de um Conselho de Segurança Escolar
envolvendo pais, professores e servidores da instituição. A Secretaria de
Educação é a responsável pelo curso de formação dos grupos. Antes, a função
cabia ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que
organizou 34 conselhos. Para o promotor Rubin Lemos, coordenador do grupo de
apoio à Segurança Escolar do MPDFT, o grupo deve agir na prevenção e
repressão aos crimes no ambiente escolar. ' Por meio desse conselho, a
comunidade escolar ganha voz e legitimidade para denunciar às autoridades
competentes', defende.

Para o coordenador do Plano de Convivência Escolar da Secretaria de
Educação, Mauro Evangelista, as ações propostas vão resgatar a esperança da
comunidade. 'A comunidade está muito machucada, vive um período de luto.
Precisamos resgatar a confiança na escola como um espaço de educação capaz
de transformar a realidade em que vivemos', defende.

*Homenagem*
O antigo Centro de Ensino Fundamental 4 do Lago Oeste passará a se chamar
Centro de Ensino Fundamental Professor Carlos Ramos Mota. A mudança já foi
publicada no Diário Oficial do Distrito Federal, mas a inauguração da placa
com o novo nome está marcada para o dia 12 de setembro, aniversário do
educador assassinado em 20 de junho por um traficante, dois ex-alunos e um
aluno na própria casa. Ele combatia o repasse de drogas entre os 1,2 mil
estudantes da escola.

A professora Márcias Brants, que assumiu a direção do centro de ensino no
início de julho, acredita que a atenção do poder público e da sociedade
organizada são fundamentais para o combate à violência no local. 'Estou
muito confiante com a atuação de todos os envolvidos e estou sentindo apoio
de todos. Tudo o que a gente quer é fazer o nosso trabalho em paz',
argumenta.


*PRINCIPAIS AÇÕES*

· Manual de orientação para gestores da educação, ensinado-os a lidar com
situações de violência no ambiente escolar

· Acompanhamento sistemático dos menores que cumprem medidas
socioeducativas em parceria com a Secretaria de Justiça e a Vara da Infância
e da Juventude

· Cursos de técnicas de mediação de conflito, direitos humanos e cidadania

· Promoção da discussão sobre a disciplina nas escolas

· Levar para a escola programas da Secretaria de Segurança Pública (SSP)
como: Esporte à meia-noite e Picasso não pichava

· Apoio terapêutico para os alunos que se encontram em situação de
vulnerabilidade social

·
Desenvolvimento, por meio de pesquisa com a comunidade acadêmica, de um
plano de convivência escolar

· Instalação de Conselho de Segurança Escolar

· Início da Operação Saturação com o envolvimento das polícias Civil e
Militar, além do serviço de inteligência da SSP que fará uma análise
profunda da situação na escola

· Instalação da Operação Perímetro, que retirará as atividades ilícitas nas
proximidades do local

· Operação Varredura, com revistas constantes dos alunos

· Organização de um banco de dados local sobre os alunos que se envolverem
em problemas
· Seminários locais para discutir a questão da violência em cada regional
de ensino
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* Ouça
entrevista: governador José Roberto Arruda fala sobre a violência na escola
do Lago Oeste*
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*Sinpro** lança campanha*

O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) inicia hoje uma
campanha com o objetivo de chamar a atenção para a violência contra a
escola, o professor e a comunidade. Com o slogan: Quem bate na escola,
maltrata muita gente, a campanha será lançada às 9h30, no auditório do
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), com a
participação do governador José Roberto Arruda.

A idéia do Sinpro é formar um grupo que formule políticas públicas pela paz.
Confirmaram presença na solenidade o secretário de Educação, José Luiz
Valente, o senador Cristovam Buarque (PDT), além de deputados e entidades
ligadas à educação. O sindicato vai colocar à disposição da população, a
partir de hoje, do número 0800 6060 505 para receber sugestões e denúncias
sobre agressões nas escolas.

'O que está acontecendo é uma coisa gravíssima. Esse assunto de violência
nas escolas tem que ser visto como responsabilidade de todos e não apenas do
sindicato. As escolas que aderirem à iniciativa terão um atendimento direto
do Sindicato em relação ao assunto, com direito a parcerias', explicou o
presidente do Sinpro, Antônio Lisboa. (LN)

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