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sábado, 14 de agosto de 2010

Pela Pérola do Atlântico-Madeira 2010-1ª Parte

Este ano fomos até à Pérola do Atlântico, a nossa Ilha da Madeira. A tragédia que se abateu em Fevereiro sobre a ilha e o apelo vá para fora cá dentro, levou-nos a decidir voltar, depois de por lá termos passado uma excelente passagem de ano de 2008/2009.

Desta vez a PAN também iria mas de barco. E lá fomos.



A reserva do barco através do site do armador a Naviera Armas, é extremamente fácil de fazer, depois foi só tratar do alojamento e seguir viagem. É conveniente tratar com uma certa antecedência, pois a procura deste serviço é muita, sobretudo nos meses de Verão. As motos têm prioridade no embarque e através da internet, o check-in é feito na entrada do barco sem mais demoras.

1º Dia

Todas as vezes que iniciamos uma viagem a expectativa é grande e parece que o dia da partida nunca mais chega, até que a tão aguardada hora nos chama para nos fazermos à estrada. 
Bem cedo, por volta das 08h30, já estávamos a caminho de Portimão de onde no dia seguinte nos iríamos fazer ao mar.
Sempre que vamos para sul paramos na Mealhada numa pastelaria, onde o empregado já sabe o que queremos, nem é preciso perguntar. Um atendimento personalizado e eficiente.


Parámos ainda para o almoço no restaurante Alvalade na Mimosa. Continuámos pelo IP1 até Portimão, passando por Silves. Como chegámos cedo, houve tempo para uma voltinha pela bonita zona ribeirinha.



Depois do jantar fomos até à avenida mais movimentada da cidade junto ao mar, onde uma multidão deambula de um lado para o outro e onde não faltam esplanadas, animação, artistas e na praia os bares mais badalados, como é o caso do Sacha.


2º Dia

O embarque estava previsto para as 13h00 mas bem cedo já estávamos no local onde nos indicaram para aguardar a chamada, bem na frente da longa fila de automóveis e camiões, juntamente com mais alguns companheiros que também optaram por fazer a viagem por via marítima. 


Nunca tinha viajado em alto mar e confesso que estava um pouco apreensivo, com o efeito da ondulação do navio. Tomámos comprimidos para o equilíbrio, antes de partir mas acabou por não ser mais necessário pois a oscilação era pequena, devido ao mar estar calmo. O navio é de grande porte, com os seus de 154 metros, transporta até 1.000 pessoas, 300 automóveis e transmite-nos um sentimento de grande segurança e conforto.


As motos têm um local próprio, ficando amarradas com uma cinta, em segurança.


Para além dos automóveis, alguns de um passeio de clássicos e das motos, foram carregados vários semi-reboques.


Aos poucos fomos deixando de ver a bonita costa algarvia para ver durante largas horas a imensidão do mar como companhia visual em termos paisagísticos.





Depois de nos instalarmos na poltrona escolhida, fomos explorar um pouco o navio até onde nos deixaram chegar e aproveitámos para conversar um pouco mais e conhecer melhor os dois companheiros de Gaia que nos acompanharam na ida e volta à Madeira.


Uns aproveitavam para relaxar, outros a piscina, outros o bar, enquanto se aguardava a hora do jantar. Pena o por do sol não se ter visto na sua plenitude.




O serviço de restauração a bordo é de boa qualidade, bem como a assistência aos passageiros. Por esta altura estava feito o teste ao enjoo e tínhamos passado com distinção. Durante toda a viagem de ida e volta não voltaríamos a tomar mais nada para o efeito do balanço.
Fomos até ao restaurante onde fomos muito bem servidos, serviço tipo buffet e em conta.


Para entreter os mais novos, após o jantar, foram apresentadas por um grupo de animadores, várias brincadeiras e jogos que animaram a pequenada.


Depois vieram espectáculos de dança e animação e jogos para os mais crescidos.


A melhor notícia da noite veio a seguir, bar aberto e lá fomos fazer o sacrifício.


3º Dia

As poltronas são confortáveis e dá para descansar, melhor seria uma cama mas por uma noite passa-se muito bem. De manhã bem cedo já estávamos a apreciar a paisagem. Mais uma vez o sol estava encoberto, foi pena. Depois de um bom pequeno-almoço, aproveitámos para esticar as pernas, não faltou espaço e tempo.



Passámos ao largo de Porto Santo e começámos a avistar a Madeira.



A vista da ilha a partir do mar é fantástica e temos muito tempo para apreciá-lo com calma e pormenor, até que chegamos ao destino, a cidade do Funchal.





Bem ancorados, descemos para ir buscar a nossa montada que viajou bem amarradinha. Começou a azáfama da saída do ferry que começou pelos carros antigos.




Chegámos por volta do meio-dia e procurámos o local da estadia previamente reservada, a Residencial do Parque. É um espaço simples, com bom preço, muito agradável, serviço personalizado e muito simpático, recomendo.


Já instalados, procurámos um local para almoçar. Uma refeição rápida de modo a não atrasar o roteiro previsto para a parte da tarde.


Após o almoço, fomos apreciar a cidade do Funchal a caminho do Monte de teleférico. Vale bem a pena esta pequena viagem, a vista é fabulosa sobre a cidade e a montanha.




Podemos também observar diversas obras de reconstrução, depois dos acontecimentos de Fevereiro. Um grande esforço que testemunhámos ao longo dos dias que passámos na ilha, muito do que fomos acompanhando pela televisão já se encontrava naquela altura praticamente reconstruído.



Chegados ao Monte fomos apreciar este belo espaço, onde se encontram vários jardins, Botânico e o Tropical Monte Palace, para além dos belos jardins públicos.


Visitámos a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Monte,  a sua origem remonta ao séc. XV, bem visível a partir do Funchal. No seu interior podemos saber um pouco mais da história da ilha da Madeira, onde se encontra o túmulo do último imperador da Áustria, beatificado em 2004. 



 A descida nos Carros de Cesto era um dos objectivos e lá fomos alucinadamente por ruas estreitas e inclinadas, muito bem conduzidos pelos rapazes que bem dominaram a força da gravidade. Uma experiência a repetir e que recomendo a quem pensa visitar a Madeira. No vídeo pode-se ter uma ideia de como é fazer esta curiosa descida.


Recusámos a oferta de prosseguir até ao centro da cidade de táxi e continuámos a pé, o que também não é fácil devido às elevadas inclinações das ruas mas é bom para o exercício físico, para além de se ir vendo algumas casas com história e apreciando uma ampla vista sobre a cidade.



Não conhecíamos bem a zona antiga da cidade e decidimos explorá-la nesta estadia.


Por hoje era mesmo procurar um dos restaurantes típicos. Logo uma das curiosidades foi assistir ao homem estátua que estava simplesmente a fazer publicidade entregando cartões a quem passava e a convidar a entrar. Uma maneira muito original e interessante de cativar clientes.



A finalizar este longo dia, passeámos junto à marginal e à marina, uma passeata sempre interessante com uma vista nocturna espectacular sobre a marina e a cidade.




4º Dia

Para este dia estava idealizado um passeio até à encosta Norte da ilha em direcção a Porto Moniz. Saímos na direcção da Ribeira Brava e depois Serra d'Água, localidade severamente fustigada pelas derrocadas em Fevereiro, que aos poucos vai sendo reconstruída.. Pelo caminho encontrámos a longa caravana dos carros antigos que tinham vindo do continente.





Parámos para um cafezinho, com uma bonita vista  sobre o vale e encontrámos os bombeiros que impotentes para chegar aos difíceis locais aonde ia ardendo, pouco mais podiam fazer senão observar, outros dos faglelos que assolaram a ilha como mais tarde vamos ver nesta crónica.



Na descida da encosta norte a caminho de São Vicente, a paisagem é magnífica.



Junto ao mar, é possível percorrer alguns troços da estrada antiga que estão abertos nesta altura do ano. Hoje a Madeira é um emaranhado de vias rápidas e muitos túneis quase por toda a ilha mas no passado não era fácil percorrer as estreitas estradas, como as que podemos observar. Para o turista é um encanto percorrê-las.




Os encantos da ilha estão em todo o lado, com as suas ruas enfeitadas e a simpatia cativante dos madeirenses, a prender-nos à ilha.





Para quem pretenda acampar, a Madeira tem dois campings, um próximo de Porto Moniz, outro no Montado do Pereiro, próximo do Funchal e ainda outro em Porto Santo.


O almoço seria em Porto Moniz. Com as suas piscinas naturais, belas paisagens e uma vila que oferece uma boa estadia, é uma parte da ilha onde vale a pena passar umas boas férias. Também foi a escolha dos nossos amigos dos automóveis antigos para almoçar.



Bem junto à lava vulcânica, degustámos um almoço light. O tradicional bolo do caco transformado em prego, com a saborosa Coral a acompanhar, que nos soube muito bem.



A seguir passeámos um pouco junto às piscinas naturais.






Era tempo de nos fazermos à estrada, agora na direcção do planalto oeste. Um trajecto com belas paisagens, onde nos cruzámos com os animais que livremente circulam pelas verdejantes pastagens. Despediamo-nos por agora de Porto Moniz.





Parámos para observar uma das sete maravilhas de Portugal e património da Unesco, a floresta Laurissilva, onde no dia seguinte nos iríamos embrenhar numa das muitas levadas. Que magníficas paisagens.



Agora de novo para a encosta sul da ilha, fomos até à Calheta, uma simpática vila com a sua praia improvisada e muito procurada.




Pelo caminho fomos observando as muitas produções das saborosas bananas da Madeira. Algumas situações curiosas provocadas pela mãe natureza.





Algo estranho, trânsito proibido na Ponta do Sol a motociclos e não foi caso único.



A caminho da Câmara de Lobos as paisagens crivadas de casas e produções de bananas, proporcionavam uma visão pitoresca e ao mesmo tempo encantadora.




Fomos serpenteando junto ao mar até entrarmos pela marginal no Funchal.




Para o jantar escolhemos uma rua mais central da cidade, onde já tínhamos jantado várias vezes na última vez que estivemos na Madeira. Um local com vários restaurantes que servem bem, com preços acessíveis. E assim terminava mais um excelente dia bem passado, com a alma preenchida e a barriguinha também.




5º Dia

Há que aproveitar bem o tempo e uma vez mais deixámos bem cedo a caminha. O destino era a "Levada das 25 Fontes", um trajecto pedestre, bem no meio da floresta Laurissilva, com cerca de 6 quilómetros. Depois de irmos à Calheta buscar o nosso almoço, que constou de um substancial Prego no Bolo do Caco, rapidamente estávamos a preparar-nos para a longa caminhada. A PAN desta vez tinha mesmo que ficar à nossa espera.


O início do percurso era a cerca de 1.800 metros e havia carrinhas da Câmara Municipal para nos levar mas nós optámos por ir e vir pelos próprios meios o que significou fazer ao todo cerca de 10 quilómetros, nada que nos tenha assustado, até gostámos, foi um bom treino, uf!!! As paisagens eram arrebatadoras e o percurso verdejante e fresco, com o som da água da levada, que aqui e ali jorrava das entranhas da montanha, era a confirmação da escolha certa desta ser uma das sete maravilhas de Portugal.










Até que chegámos ao nosso destino. Não as contámos mas eram muitas as fontes que alimentavam um magnífico lago de águas límpidas e frescas, que depois eram encaminhadas através da levada, o que acontece por toda a ilha. Aproveitámos para descansar e almoçar bem no meio da natureza.





De regresso ao ponto de partida, o percurso dava-nos uma outra espectacular perspectiva.





Cansados mas felizes seguimos o passeio agora os três juntos, pelo planalto a caminho da Encumeada e do Funchal.






O fim da tarde terminou com o nosso típico aperitivo diário, a Poncha, antes de percorrermos algumas ruas da bonita zona antiga da cidade do Funchal, a Cidade Velha.









Era hora de procurar um dos típicos restaurantes para jantar. Uma vez mais fomos bem recebidos e servidos. Os diversos pratos à escolha, bem confeccionados, conjuntamente com um ambiente familiar entre os diversos restaurantes, fazem deste um espaço único, recomenda-se.








Terminou da melhor maneira este dia e a primeira parte desta crónica. Já a seguir continuamos a descrever esta fantástica viagem à Ilha da Madeira.





Publicado em 21/10/2010

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