sábado, 2 de julho de 2011

ABERTURA DO CONSIGNADO PARA A CAIXA, AGORA CANCELADA, FOI DECISÃO DE QUEM?

No blog do Jeso

Jatene suspende empréstimo consignado

Por Jeso Carneiro em 1/7/2011

O serviço de empréstimo consignado da Caixa Econômica Federal para servidores estaduais do Pará nem bem abriu e já foi suspenso, por solicitação do governador Simão Jatene (PSDB).
Ontem (30), a direção da Caixa recebeu stop do governo paraense.
Atraídos por juros com taxa de apenas 1,82%/mês, contra exorbitantes 5% cobrados no Banpará, servidores estaduais correram para as agências da Caixa para fechar negócio.
O efeito, digamos assim, manada assustou o governo Jatene II, que resolveu por pé no freio para reavaliar o cenário.
Na Caixa, o servidor estadual que contrair empréstimo tipo consignado de R$ 5 mil paga R$ 196,94 em 36 meses, ou R$ 143,93 em 60 meses ou ainda R$ 117,20 em R$ 117,20.
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Atualizado, às 11h44
Alcançado há pouco pelo blog, a diretoria do Banpará, via assessoria de imprensa, declarou que não ordenou a “suspensão” do serviço com a Caixa. O blog apurou que realmente isso não chegou a ser feito. Mas os juros cobrados pelo banco estatal paraense para empréstimos consignados acordaram hoje (1º) reajustados. Para baixo. Chegaram a patamares bem inferiores ao cobrado pela Caixa. Essa foi a solução encontrada pelo governo Jatene II para estancar o efeito manada descrito acima.

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E no blog Arte Bancária

Consignado do Banpará ia pra Caixa. Quem botou o jabuti na árvore?


Ainda não conseguimos apurar se está cancelado o contrato firmado entre Governo do Pará e Caixa Econômica Federal. A Caixa distribuíra panfletos anunciando um mutirão neste sábado e domingo. Hoje, nem mutirão, nem panfletos e nem informação. Na sexta-feira 1º de julho, o Banpará anunciou em seu sítio as novas taxas de consignado e alongamento do prazo: caiu de 3,6% para 1,8% e de 96 para 100 meses.

A porteira do consignado para outro banco foi escancarada na quinta-feira 30 de junho e imediatamente denunciada aqui, aqui, aqui e aqui. Denunciada, porque é um esvaziamento do Banpará, com a entrega de um de seus produtos para um concorrente, mesmo que seja um banco oficial. E talvez a denúncia rápida tenha forçado o governo a tirar o jabuti que colocara na árvore.

De bastidores, este blog apurou que houve uma reunião do Conselho de Administração do Banpará esta semana e que a medida de entrega do consignado para a Caixa Econômica Federal foi revogada. E como a Caixa Econômica Federal oferecera uma taxa de 1,82%, o Banpará andou mais rápido e baixou para 1,8%, além de alongar o financiamento de 96 para 100 meses. Falta agora uniformizar esse procedimento para todos os contratos já efetivados e verificar a situação dos aposentados do estado, do Igeprev- Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará.

Jabuti na árvore - Como jabuti não sobe em árvore, no governo do Pará alguém precisa ser responsabilizado pelo contrato firmado entre governo e Caixa acerca da entrega do consignado do Banpará. Nãodá para crer na versão que a entrega do produto foi feita isoladamente pela secretária de administração do estado, sem que que o governo, o Conselho de Administração do banco soubessem. Se agiu assim, a secretária de administração do Pará precisa ser chamada às falas. Se não for, se ficar o dito pelo não dito, significa que ela agiu sob instruções superiores. De quem? Quem botou o jabuti na árvore?

Alerta - Para o funcionalismo do Banpará é um sinal de alerta de que vem muita pedreira pela frente na luta para manter o Banpará enquanto patrimônio público, lutar pelo seu fortalecimento e, ao mesmo tempo, lutar pela melhoria das condições de trabalho, salário, segurança. E manter os olhos bem abertos para a extrapolação de jornada na rotina bancária, por conta das mexidas no consignado. Na sexta-feira, as agências todas ficaram bem lotadas, o que deve se repetir na próxima semana.

O governo do Pará, na condição de acionista majoritário do Banpará poderia e deveria ter determinado à direção do banco a redução da taxa de juros, sem precisar passar qualquer produto do banco estadual a outro concorrente. Como deveria implementar o Plano de Cargos e Carreiras da Educação, remunerar dignamente todos os servidores públicos, em especial os das áreas de saúde, segurança, educação e resolver de vez o grave problema de endividamento do servidor. Faz?

A redução da taxa de juros é uma luta e uma bandeira de todo cidadão, de toda cidadã que quer o desenvolvimento do país. Cada vez que a taxa baixa, melhora a vida da população. Muito bom que baixou a taxa de juros no Banpará! Que sirva de exemplo aos míopes do Banco Central que tanto atravancam o desenvolvimento do país!
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Atualizado às 11:13 do dia 2 de julho - Confirmado. O contrato entre governo e Caixa foi cancelado





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Um comentário:

Joaquim Caldas disse...

Precisamos sim de sálarios dignos,e não de emprestimos que nos tiram o couro e nos endividam cada dia mais.