25 de nov. de 2010

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Cinco pessoas são presas por assalto à fazenda e receptação
Adriane Mendes
Notícia publicada na edição de 24/11/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 6 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.

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Aldo V. Silva

José Eduardo e o pai Joaquim foram vítimas da quadrilha em Sarapuí
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Após dois meses de investigação, a operação Milho Verde, desencadeada pela Polícia Civil de Sarapuí para esclarecer um roubo a uma fazenda, teve seu desfecho ontem com a prisão de cinco pessoas, sendo duas pelo roubo e três por receptação. A quadrilha de assaltantes, desmantelada em Sorocaba, tinha como líder Joel Alves da Costa, 23 anos, vulgo Paraíba, morto em 18 de outubro ao trocar tiros com o investigador de polícia Marcos Bonilha Bravo, 45 anos, durante uma tentativa de roubo a uma padaria na Zona Norte da cidade. O policial civil também morreu. A ação de ontem contou com o apoio de equipes das Delegacias de Investigações Gerais (DIG) de Sorocaba e Itapetininga. Entre os presos por receptação está um supervisor de ensino da rede municipal de Araçoiaba da Serra.

O assalto investigado por policiais da Delegacia de Sarapuí, sob o comando do delegado Eduardo de Souza Fernandes, aconteceu na noite de 4 de setembro, no distrito dos Cocais, quando o produtor de milho verde Joaquim Bentinho de Almeida, 61 anos, foi surpreendido por um dos assaltantes, depois identificado como sendo o Paraíba, que na ocasião estaria inclusive acompanhado de uma moça que seria sua esposa. Ela, segundo disse a vítima, o chamava de pai, em alusão à sua condição de pai de santo.

O bando, formado por outros três homens, invadiu a propriedade, rendendo o agricultor, sua esposa de 52 anos, o filho de 34 anos e a filha de 24. Com muita violência -Paraíba seria o mais violento e quem também dava as ordens - todo o bando agrediu as vítimas com chutes, coronhadas e as amordaçaram, colocando panos dentro de suas bocas e ainda colocando fitas adesivas. O filho do produtor de milho, José Eduardo, disse que já estava dormindo quando a quadrilha invadiu a casa, e que foi acordado com o revólver dentro de sua boca.

Os ladrões permaneceram na residência por cerca de duas horas e meia, sempre enfatizando também o terror psicológico, pois se não bastasse a violência física, repetiam a todo momento que matariam as vítimas. Do assalto o bando saiu levando cerca de R$ 100 mil e vários celulares, os quais foram encontrados em poder das três pessoas presas por receptação.

O agricultor Joaquim Bentinho disse ontem que o dinheiro era proveniente do recebimento da venda de uma safra. Pessoas muito comuns, os trabalhadores rurais tinham dinheiro guardado até mesmo em colchão. Por isso, os ladrões rasgaram, com facas, todos os colchões da moradia.

A investigação teve como ponto de partida, mediante autorização concedida pela Comarca de Itapetininga, a interceptação telefônica dos celulares. Com isso, descobriu-se que a doméstica Michele Pereira Pinto, 26 anos, o eletricista Rui Carlos de Camargo, 30, e o professor Amarildo Antônio Ferreira Duarte, 42, que trabalha como supervisor de ensino numa escola municipal de Araçoiaba da Serra, estariam com os aparelhos subtraídos. Rui Carlos já tinha passagem por receptação, segundo informou a polícia.

De acordo com o delegado daquela cidade, Eduardo de Souza Fernandes, nas interceptações teriam ficado claro que os três conheciam a origem ilícita dos aparelhos, caracterizando assim o crime de receptação. Os três porém não foram ouvidos, pois teriam optado pelo direito de falar apenas em juízo.

Outros roubos

A Polícia Civil de Sarapuí espera nos próximos dias fazer novas prisões de integrantes da quadrilha de roubo, além de esclarecer outros assaltos em áreas rurais. Conforme o que já foi apurado pela polícia, o bando chefiado por Paraíba agia sempre em chácaras, sobretudo na região dos bairros do Éden, em Sorocaba, e também em Itu.

O grande conhecimento da região do Éden pela quadrilha faz sentido, pois Joel Alves da Costa, o Paraíba, agia naquela região, onde inclusive teria status de líder, chegando até mesmo a contratar advogados para defender aqueles que trabalhariam para ele no tráfico e eram presos. Devido ao seu envolvimento com o crime no bairro do Éden, Paraíba também já era procurado por uma tentativa de homicídio ocorrida exatamente naquele bairro.

A Polícia Civil de Sarapuí também teria identificado que o bando de roubo a chácaras pertence à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), e que Paraíba seria ainda responsável por todo tráfico de drogas na região do Éden.

Todos os presos foram levados para a cadeia de Capão Bonito, com exceção da doméstica Michele Pereira Pinto, que foi conduzida para a cadeia feminina de São Miguel Arcanjo.

Morte de Paraíba

O criminoso Joel Alves da Costa Silva, o Paraíba, morreu no início da noite de 18 de outubro, ao ter sua intenção de assaltar uma padaria interrompida pelo investigador Marcos Bonilha Bravo, de 45 anos, que havia passado no estabelecimento para tomar um lanche antes de entrar em serviço no Plantão Norte. A troca de tiros aconteceu dentro da padaria localizada na esquina das ruas Antônio Cardoso Veiga e Dilermando Vieira Borges, no Jardim das Flores.

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