sábado, 30 de junho de 2007

Filhos do Kaos





Elenco: Alex Barreto, Alexandre Cruz, Daiane Ellen, Danilo Silva, Eudênia Lima Anjo, Felipe Leão, Fernando Aretlo, Iris Mota, Jamile Nascimento, Janaína Amorim, Jerusa Aulion, Joelma Cajado, Júnior Oliveira, Lucas Couto, Maíra Gothichald, Marcus Vinicius, Petros Santos, Tairine Ramos, Wellington, Willian, Zaira Castro.



A partir de 06 de Julho,
Todas as Sextas, Sábados e Domingos.
ESPAÇO XISTO
(Barris/ Biblioteca Central)


Horário: 20h:00
Ingressos: R$ 10,00 / Meia R$ 5,00





Adaptação da obra Mitologia do Kaos do multifacetado artista Jorge Mautner. Basicamente os romances: Deus da Chuva e da Morte, Kaos e o livro de ensaios e aforismos Fragmentos de Sabonete são a inspiração da adaptação teatral.
O espetáculo tem uma linguagem contemporânea que valoriza o intérprete em cena, sua voz, sua expressão corporal. Um teatro físico que procura dialogar com o público trazê-lo para o fogo vivo da criação poética da cena no tempo presente de sua expressão.
Os personagens são arquétipos: deuses africanos, mitos gregos e afroiorubaianos, pivetes, anjos, artistas como o próprio Mautner, Glauber Rocha, Helio Oiticica e a cantora Maísa que dialogam entre si e com o público, interagindo trazendo o teatro para o centro da arena reaproximando-o de seu público. Reacendendo a chama da criação artística e poética.
O texto fala de personagens que vivem situações limites, estão à beira do abismo, como se estivessem no Juízo Final, no Apocalipse, como define o próprio Mautner. Eles dialogam sobre a vida, expondo seus sonhos, seus desejos de revolução e transformação, suas paixões trágicas, no sentido dionisíaco da palavra e da experiência teatral.
Mautner é um personagem que vagueia durante todo espetáculo pontuando momentos e situações vivenciadas pelos personagens fazendo paralelo com sua obra tanto literária, quanto musical.
O trabalho de interpretação valoriza a intensidade nas expressões de cada ator/criador. Músicas como O VAMPIRO, OUTROS ROMÂNTICOS, COISA ASSASSINA E MARACATU ATÔMICO são cantadas ao vivo acompanhadas de movimentação cênica e com novas leituras.
Cada cena/seqüência do espetáculo é uma experimentação de sons, palavras e corpo, o processo aprofunda a pesquisa cênica em suas possibilidades criativas.
A concepção cênica do espetáculo não utiliza cenário fixo, utiliza elementos cênicos móveis que entram e saem de cena, levados pelos próprios atores.
O espaço cênico valoriza o intérprete/criador ele é a poesia viva e deve preencher cada espaço dando cor, som e movimento.
Mautner é considerado um artista de vanguarda, inovador e atuante, o espetáculo através de sua linguagem procura aproximar o pensamento desse grande artista do público, facilitando o entendimento de sua poética, contudo sem subestimar a capacidade do público pensar e interagir. FILHOS DO KAOS não é um espetáculo com início, meio e fim tradicionais, que segue a linearidade aristotélica de unidade de ação e tempo. É um fluxo de imagens em movimento, como um sonho. As cenas desenrolam-se como partituras do pensamento mautneriano em movimento.




Equipe do Espetáculo






Fábio Viana – diretor e transcriação do texto


Bira Reis – direção musical e pesquisa instrumental


André Augusto – canto e expressão vocal


Evandro Macedo – técnica e expressão corporal


Jocélia Fonseca – interpretação poética de voz e movimento e teatro


Silvana Partucci – designer gráfica


Claudio Vianna – diretor de comunicação integrada


Músicos – Afonso Penna, Jandiara Barreto


Iluminação – Pablo de Paula


Iris Mota - Assistente de Divulgação

Data do teste é definida



“Parados no Trampolim”



É uma das peças psicológicas de Avanilton Carneiro. Uma linda história de amor entre dois adolescentes na época da ditadura militar. Ele, um rapaz de origem humilde, militante do movimento estudantil de esquerda. Ela, filha de um comerciante que preferiu a colocar para estudar num colégio público por acreditar no regime militar. Um conflito entre os dois personagens os quais não conseguem se libertar e são vítimas de ambas ditaduras: a da esquerda e a da direita. E o grito de amor fica preso no íntimo de um dos dois. Sobretudo, uma peça paradidática. O público vai se identificar com os personagens justamente por trazer outra temática que quase ninguém escapa: a timidez perante o primeiro amor. Ama mas não sabe o que fazer para conquistar a pessoa amada. Tem mil e um sonhos, mas quando fica frente a frente se emudece.
O professor de história tem um excelente recurso para trabalhar regimes ditatoriais. A psicologia e a psiquiatria vão encontrar grandes exemplos de timidez, inibição, acanhamento e complexo de inferioridade. Será que a ditadura e a censura contêm a expressão do amor no íntimo dos que amam?


O Autor


Avanilton Carneiro é professor, fez Letras Vernáculas, na UESB. Entrou no Grupo Avante Época-Teatro, em 1977, oriundo do Teatro Estudantil e Religioso. Nos anos oitenta fez teatro em Salvador atuando pelo o Grupo Rapsódios onde montou as peças: “O Marido de Conceição Saldanha”, de João Mohana, e “O Mendigo ou o cão morto”, de Bertolt Brecht, ambas sob a direção de Francisco Barreto. Participou também da montagem da peça: “O Evangelho em Couro”, de Paulo Gil Soares. Foi vice-presidente da EMPROARTE, eleito diretor da Federação Baiana de Teatro. Representou a Bahia em quatro congressos nacionais de teatro. Desde 1982, ministra cursos de teatro para o elenco do Grupo Avante Época-Teatro. Experiência que vem produzindo o livro: “Oratória do Ator”, em fase de revisão, com mais de quinhentos exercícios inéditos de teatro, que deve ser publicado em dois volumes. Já dirigiu e atuou em mais de oitenta peças de curta duração como resultado das conclusões dos cursos que orienta e cerca de vinte peças de longa duração. Tem vinte e oito peças escritas. Atualmente desenvolve o romance histórico: “Olhar de Criança”. Foi diretor do “Colégio Estadual Eraldo Tinoco”, do “Colégio da Polícia Militar” e do “Colégio Estadual Nilton Gonçalves”. Assumiu a função de chefe da Divisão de Promoções Culturais, da Prefeitura Municipal. Vide sua biografia completa nesse blog no marcador: “Avanilton Carneiro – Biografia”.


Quem pode fazer o teste?


O teste para a peça: “Parados no Trampolim”, de Avanilton Carneiro, é destinado aos alunos do “Curso de Iniciação ao Teatro”, Centro de Cultura, e “Curso Livre de Teatro”, UESB, ou interessados que comprovem participação em pelo menos duas peças ou apresentem certificados que tenham participado de algum curso de teatro. O Grupo Avante Época-Teatro vem preparando cerca de trinta jovens desde 05 de março para esse teste. A direção não restringe essa ou aquela característica física para ser escolhida, mas exige que os atores tenham entre 14 e 22 anos ou que apresentem aparências de adolescentes. Observa-se que os interessados devem morar em Vitória da Conquista, Bahia.


Onde se inscrever para o teste?


Os alunos dos dois cursos citados já estão de posse do e-mail e senha do Grupo Avante Época-Teatro onde eles já pegaram o trecho da peça a ser trabalhado para o teste. Quem não faz parte dos cursos deve solicitar o trecho para o teste através do e-mail: avanteepoca@yahoo.com.br


Quantos serão selecionados?


Em ambos os casos, os interessados devem fazer suas respectivas inscrições até o dia 20 de julho de 2007. O teste suportará o máximo de vinte inscritos, ou seja: dez homens e dez mulheres. Se ultrapassar esse número, haverá uma pré-seleção feita pela coordenação do Grupo Avante Época-Teatro levando em conta o desempenho dos participantes no curso bem como suas assiduidades às aulas. Para os que não são do curso serão pré-avaliados através do currículo anexado a ficha de inscrição que será enviada junto com o trecho da peça para o teste.
Serão escolhidos dois atores: um homem e uma mulher. O teste é apenas uma das etapas, pois os três primeiros colocados passarão por uma entrevista. A soma dessas duas avaliações escolherá a dupla para os papeis de Amocan e Mitinha. Todos os selecionados para o teste final receberão certificados.


Quais os dias dos ensaios?


Há duas propostas de ensaios. Ambas serão de segunda a sexta, diferenciando no que se refere ao horário o qual poderá ser estipulado ou às 15h:00 ou às 20h:00. O elenco deve ter disponibilidade para viajar aos finais de semana, inclusive a temporada em Salvador será marcada nesse período, bem como haverá ensaios e laboratórios periódicos aos finais de semana.


Forma de ganho


O elenco da peça: “Parados no Trampolim”, de Avanilton Carneiro, será remunerado sob o sistema de percentual sobre a renda líquida da bilheteria com percentagem estipulada em 10% para cada um dos atores. Porém, sendo aprovado o projeto através das leis de incentivo cultural vigente no país e conseguindo patrocínio será estabelecido um valor com base na tabela do SATED além do percentual acordado anteriormente.


Data e local do teste



O teste para escolher o elenco da peça: “Parados no Trampolim”, de Avanilton Carneiro, será no dia 03 de agosto de 2007, sexta-feira, a partir das 20h:00, em local a ser definido entre o Teatro Municipal Carlos Jehovah ou Teatro Glauber Rocha.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

"Comadre Florzinha"

{Foto: Sandra Simões (Onça) e Ilma Nascimento (Comadre Florzinha)}
{Sanda Simões (Onça) e Ilma Nascimento (Florzinha)}
(Foto: Pedro Morais e Iara Villaça)



"Comadre Florzinha, Dona Onça e os Cachorros Fujões"
De 07 a 29 de julho de 2007
Sábados e domingos, às 16 horas
Preço R$ 14,00 e R$ 7,00




"Comadre Florzinha, Dona Onça e os Cachorros Fujões" é uma divertida história que integra elementos do nosso imaginário popular. Comadre Florzinha, a versão feminina do Curupira, protetora das matas e dos animais, vive aventuras emocionantes numa mata encravada no meio de uma cidade grande com uma onça esfomeada fugida do zoológico e dois vira-latas habitantes de um bairro próximo. Recheada de surpresas, esta história, encenada pela Cia. Brasil de Teatro tem final surpreendente e como todas as produções da companhia ("História de uma Caixola", "Rádio Biruta FM", "Do Outro Lado do Mundo", "Potato Pum"), música ao vivo e muito movimento.
Inserir nesta história Comadre Florzinha, ser fantástico que integra a galeria dos mitos brasileiros foi uma forma de reverenciar e contribuir na preservação e difusão da cultura do nosso povo. Pouco conhecida das nossas crianças e quase nunca citada nos livros que tratam da cultura popular, Comadre Florzinha foi a inspiração para este texto que traz também a onça, personagem muito comum nos contos tradicionais do nosso país. Colocar a onça da nossa história como fugitiva do zoológico e os dois vira-latas, Lila e Bonifácio, como fugitivos da carrocinha de cachorros foi uma forma de lembrar que ainda tratamos os animais do nosso convívio com descaso e crueldade. Comadre Florzinha, na sua condição de protetora das matas e dos animais, nos inspira, através da sua ciência da natureza, a amar e respeitar o verde e a todos os bichos indistintamente.
Comadre Florzinha, Dona Onça e os Cachorros Fujões, um espetáculo rico em nuances, informa e diverte, além de ser um estímulo à reflexão, deixando espaço para a criança construir a sua própria opinião sobre o mundo que a cerca.

Ficha Tecnica:


Elenco: Iara Villaça, Ilma Nascimento, Pedro Morais, Sandra Simões Texto - Ilma Nascimento
Direção - João Lima
Assistência de direção - Ramona Gayão
Trilha sonora - Marquinho Carvalho
Coreografia - Sissi de Melo
Cenário - Alessandra Novais/ Martinho Souza
Figurino - Rino Carvalho
Iluminação - Luciano Reis
Operação de luz Jaqueline Santos
Operação de som - Ana Carla Silva
Programação Visual - Sandra Simões
Costura - Angélica da Paixão
Produção - Pedro Morais e Ilma Nascimento
Contacto: Pedro Morais 99161561/pedroderosamorais@yahoo.com.br
Ilma Nascimento 33821138/81054170/ilnasce@yahoo.com.br

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Guilda – A peça

(Cena da peça: "Guilda", de Bertho Filho. De 20 de Junho a 26 de Julho, no Cabaré dos Novos, do Teatro Vila Velha. Quartas e Quintas, às 20h:00. Ingresso: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia).

(Marcelo Sousa: Prêmio Braskem de Teatro 2006 - Categoria Revelação, pela Direção de "Guilda"

(Marcelo Sousa pronto para atuar como ator em: "Guilda")


Dirigida por Marcelo Sousa Brito “Guilda” e concebida a partir da dinâmica do movimento, surge da necessidade de tirar os próprios corpos dos atores de seus espaços comuns, trabalhando o conceito de hibridismo. Somos homens? Somos mulheres? O que é ser impuro sem ser dissonante? Como visualizar uma outra estética? Como ser dois, três, quatro em um só?
Somando uma série de percepções guiadas pelo texto do autor baiano Bertho Filho, a peça é resultado de uma pesquisa iniciada, no período em que o diretor viveu na França, onde estudou Performance e Teatro de Rua, na Universidade de Paris III, Sorbonne Nouvelle (2002/2003). Neste período, o artista se aprofundou no estudo das técnicas sobre o corpo híbrido, além de estudos de textos escritos por pensadores como Antonin Artaud, Tadeuz Kantor, Jean Genet, Michel Foucault, Georges Bataille, André Gide, Gaston Bachelard e Merleau-Ponty.
Guilda não pretende levantar bandeiras sobre sexualidade, expor o corpo pelo corpo, o estranho pelo estranho, mas visa olhar sem preconceitos a arte que transforma estéticas, que se apropria da energia criativa do artista, permitindo que várias influências atuem na dinâmica formal das coisas.
Como uma grande provocação o texto de Bertho Filho reúne num mesmo espaço criaturas dispostas a tudo para vencer um concurso de beleza. O texto é um híbrido dos estilos besteirol e teatro do absurdo, abrindo espaço para discutir temas que nos formam como nossa sexualidade, onde a indefinição, a marginalização, o choque, a imaginação, a pluralidade, estão sempre presentes bem como em nossa realidade cultural.
Seja no corpo sem órgãos (uma conquista ritualística) ou no corpo tecnificado (uma conquista de direito), o corpo híbrido é a forma de chegar até os dois conceitos de uma forma mais plena, através da arte de entender o corpo-objeto.
O figurino de Guilda é inspirado na alta-costura, trazendo o luxo das passarelas ao palco do teatro. O diferencial é que o estilista Silverino Oju utiliza materiais como ataduras e gaze para a construção desses modelos. Um desafio no questionamento do pode ser chique, o que é ser chique, para isso elegeu a atadura como matéria prima para a confecção dos figurinos moldados nos corpos dos atores.
Os sapatos são assinados pelo designer brasileiro Fernando Pires, que se encantou com o projeto e desenvolveu modelitos exclusivos para o espetáculo.



Dia e Local


De 20 de Junho a 26 de Julho, no Cabaré dos Novos, do Teatro Vila Velha. Quartas e Quintas, sempre às 20h:00. Ingresso: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia).



Guilda – Ficha Técnica



Texto: Bertho Filho

Direção: Marcelo Sousa Brito [Prêmio Braskem de Teatro 2006 - Categoria Revelação, pela Direção de Guilda]

Assistente de Direção: Tatiane Carcanholo


Elenco:

Vanessa Mello

Olga Lamas

Leonardo Luz

Jaqueline Elesbão

Xanda Fontes

Luiz Santana

Marcelo Sousa Brito


Figurino: Silverino Ojú

Sapatos: Fernando Pires

Maquiagem: Luiz Santana

Cenário: Miniusina de Criação

Iluminação: Rivaldo Rio

Coreografia: Matias Santiago

Produção: Vinícius Alves [9967-1549]


Realização: Coletivo Cruéis Tentadores.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

ALMANAQUE PONTO COM

36 atores vão divertir o público a partir do dia 04 de julho/2007, no Teatro Ipanema, Rio de Janeiro, sempre às 20h:30min
A beleza de Schu vai enriquecer o elenco (Por Andréia Rocha)

Sob a direção geral de Bemvindo Sequeira, "Almanaque Ponto Com" estréia dia 04 de julho, no Teatro Ipanema, Rio de Janeiro.


BEMVINDO SEQUEIRA parte para uma apresentação de literatura popular em prosa, após a bem sucedida montagem da “Literatura Popular em verso”, com o “VIVA O CORDEL ENCANTADO”.
Desta vez escolheu por base os almanaques: “Bentônico”, “Eu Sei Tudo”, “Capivarol” etc. e situou-os no universo pós-moderno: a Internet.

Almanaque. Do árabe Al Manach. Tradução: O Lugar. O sítio.
Na verdade, o Site.
Al Manach era o lugar de encontro das caravanas do deserto árabe.
Naquele lugar todos se encontravam e trocavam informações.
Noticias sobre trilhas, caminhos, lavouras, plantios, calendário de festas... Notícias em geral.
Almanaque. O lugar. O Sitio. O Site.
A Internet é o Lugar de Encontro Pós Moderno. A Rede, o Almanaque de Hoje.
O lugar onde todos se encontram é sempre o Al Manach!!

O Almanaque antigo baseava-se na seqüência dos meses, e no pós-moderno – na Internet – optamos por este processo, assim criamos um espetáculo, uma comédia musicada e brilhante com trinta e seis atores em cena, com direção de Humberto Torres, Érika Evantinni e
DIREÇÃO GERAL DE BEMVINDO SEQUEIRA.

BEMVINDO SEQUEIRA é também o adaptador para o palco de todos os exercícios dramatúrgicos elaborados com o elenco durante o processo da Família Oficina. Um ano de preparação, ensaios e criações.

Textos, cantos e danças, com esquetes, piadas, folhetins, horóscopo, curiosidades, provérbios, Orkut, MSN, e muito mais compõem o universo colorido, brilhante e alegre do ALMANAQUE PONTO COM

36 Atores em cena!!!

Estréia dia 4 de Julho, no Teatro Ipanema – Rio, e será apresentado sempre as terças e quartas, às 20h30min.

Direção Geral: Bemvindo Sequeira
Direção: Humberto Hollanda e Erika Evantinni
Direção Musical: Gedivan Albuquerque
Iluminação: Aurélio di Simone
Cenografia: José Dias
Figurinos: Criação Coletiva

quarta-feira, 20 de junho de 2007

O Mendigo volta ao Glauber Rocha (UESB)

Edilza Moraes fotografou "O Mendigo ou o Cão morto", em Jequié
(Foto: Avanilton Carneiro vive o Mendigo. Interpretação que ja lhe redeu dois prêmios de Melhor Ator dos 05 que já ganhou)

(Foto: Célia Santos e Avanilton Carneiro. Momento em que inverte os papéis e o Mendigo assume a postura do Rei)(Foto: A Rainha volta vitoriosa da guerra, acaba de vencer o seu pior inimigo. Encontra um Mendigo à porta do seu palácio. Tenta humilhá-lo. Acaba ouvindo verdades que jamais ouviu. Assim é o Governador Jaques Wagner. Consegue a sua mais importante vitória nas urnas. Encontra o professor com a cuia na mão. Quer humilhar a classe oferecendo 4,5% parcelados. Os professores mostram a sua inteligencia: greve por tempo indeterminado)


(Foto: Avanilton Carneiro (Mendigo) e Islânio Carvalho (Homem). Assim como o Grupo Avante Época-Teatro sempre se colocou a serviço dos oprimidos lança tmbém novos atores: Islânio estéia no Teatro Conquistense fazendo esse papel. Ele é oriundo do "Curso Livre de Teatro" desenvolvido pela a entidade, orientado por Avanilton Carneiro, em parceria com a Coordenação de Cultura, da UESB.)



Bertolt Brecht reivindica melhor salário para os professores da UESB

"O Mendigo ou o Cão morto", de Bertolt Brecht, é uma das montagens entre as que fazem parte das comemorações dos 35 anos do Grupo Avante Época-Teatro, fundado em 03 de agosto de 1972, por alguns estudantes do IEED que amavam o fazer teatro.
“O Mendigo ou o Cão morto” é o retrato do opressor versus o oprimido, onde aquele, na figura da Rainha (Célia Santos), após voltar vitoriosa da sua mais importante guerra, quer humilhar um Mendigo (Avanilton Carneiro) que está sentado à porta do seu palácio. Porém, ela é surpreendida com a força do argumento do Mendigo que rebate todos os encaminhamentos de humilhação e acaba dizendo verdades que a Rainha jamais imaginava ouvir. Ela o poupa devido à sua coragem de dizer coisas que ninguém ousaria a dizer para uma Rainha: “Você tem coragem. Por isso não te matei”. E sai ciente de que perdeu tempo e ela que foi humilhada. Pode-se fazer a comparação em que o Governador, Jaques Wagner, após sair vitorioso da sua mais importante campanha quer humilhar os professores oferecendo apenas 4,5% parcelados. Porém, ele está sendo surpreendido pela força de mobilização dos docentes que paralisaram as suas atividades por tempo indeterminado.
Essa peça foi montada pela primeira vez, em Vitória da Conquista, em 1979, quando participou do III Festival Nordestino de Teatro, em Feira de Santana, ficando em terceiro lugar na classificação geral sendo que Avanilton Carneiro ganhou o prêmio de Melhor Ator. Foi a peça convidada para as comemorações dos 50 anos do escritor Telmo Padilha, Itabuna, ocasião em que entre os diversos convidados estava Jorge Amado que teceu fortes comentários à interpretação de Avanilton Carneiro.
Em 1992, participou do II Festival de Teatro da Bahia, em Salvador, onde o ator principal ficou com o hors concours de melhor ator.
Desde a sua primeira montagem, diversos atores já fizeram o papel do Rei: Suarino Soares, José Carlos, Edgar Larry, Heraldo Gusmão, Edmilson Santana e Mauronildo Rocha. Desde 2000, a atriz Célia Santos assumiu o papel real.

Quem foi Bertolt Brecht? “Ele nasceu em 10 de fevereiro de 1898, em Augsburg, na Alemanha, no auge do capitalismo, quando a burguesia vivia dias de glória como classe social, às custas dos trabalhadores.
Duas grandes guerras mundiais, a Revolução Russa, o holocausto em sua própria terra natal: Brecht viveu e sofreu com alguns dos maiores acontecimentos do século XX. Buscou respostas em Marx e Engels, adotou suas idéias e, assim, dedicou toda a sua obra à luta contra o capitalismo, o militarismo, a opressão nacional. A reflexão sobre a situação humana num mundo dividido em classes. A análise do comportamento ético e social do indivíduo diante da repressão, a revolta contra a exploração do homem pelo homem: eis a matéria-prima de seu espírito, de sua mente, de sua arte.
A busca por um mundo mais justo e mais feliz fez com que Brecht cedo definisse seu lado na vida: o lado dos trabalhadores e das minorias, o lado dos oprimidos e explorados.
Sempre que há um ressurgir da luta de classes e os povos se levantam para lutar, há um desabrochar da arte e aparecem ou reaparecem artistas que, de uma forma ou de outra, buscam expressar esse sopro de vida. É o caso de Bertolt Brecht. Ele, que foi um dos mais importantes homens de teatro do século XX, vem sendo relembrado aqui e ali, pelas novas e velhas gerações de artistas”. Por isso não podia faltar esse texto na luta por melhores condições de trabalho, salário justo e contra uma nova forma de oprimir a classe docente: perder a esperança na sua última fonte de credibilidade: O Governo Jaques Wagner.

“O Mendigo ou o Cão morto” é um espetáculo que entrou na luta salarial dos professores da UESB e está participando da seguinte programação cultural agendada pela ADUSB:
Em Jequié a apresentação foi no dia 19/06, terça-feira, no Teatro Waly Salomão (UESB), às 17h:00;
em Vitória da Conquista, 21/06, quinta-feira, , Teatro Glauber Rocha (UESB), às 17h:00;
E em Itapetinga, devido o recesso junino, transferida para uma datar a marcar, Teatro Juvino Oliveira (UESB), às 17h:00. A entrada será franca em todas essas apresentações.

A peça tem no elenco:
Avanilton Carneiro: Prêmio de Melhor Ator - III Festival Nordestino de Teatro, Feira de Santana, 1979; I Mostra Regional de Teatro, Vitória da Conquista, 1989, com a peça: "A Beata Maria do Egito", Rachel de Queiroz; Hors Concours de Melhor Ator, no II Festival de Teatro da Bahia, Salvador; 1982, com a peça: "O Mendigo ou o Cão morto"; Prêmio Líder Teatral pela direção e atuação na peça: "Pesadelo", de Alfredo Abeche, Vitória da Conquista, 1990. Líder Teatral, 1991, pela direção da peça: "Jambinho do Contra", de Stella Leonards. Avanilton Carneiro é autor de vinte e oito peças cujos alguns comentários e sinopses estão no Blog: http://avaniltoncarneiro.blogspot.com/
b) Célia Santos: Prêmios de Melhor Atriz: II Festival de Teatro da Bahia, Salvador, 1992, com a peça: "Quando as Máquinas Param", Plínio Marcos; I Mostra Regional de Teatro, Vitória da Conquista, 1989, com a peça: "A Beata Maria do Egito"; Indicada para Melhor Atriz, no III Festival Nordestino de Teatro, Alagoas, 1990.
c) Victor Lourenço, aluno do Curso de Iniciação ao Teatro, Centro de Cultura, Vitória da Conquista (Soldado I);
d) Pedro Rocha (Homem) e Islânio Carvalho (Soldado II), alunos do Curso Livre de Teatro, da UESB.
O Grupo Avante Época-Teatro já assinou mais de 100 espetáculos sendo cerca de 80 trabalhos de curta duração. Fundou a Casa da Cultura e a ACCORDE. Atualmente está ensaiando a peça didática: "Colégio Kadija", de Avanilton Carneiro, com estréia prevista para agosto, mês de aniversário. Deste mesmo autor, a entidade está a abrir testes para: "Julieta Julieta", "O Porão" e "Parados no Trampolim". Além de promover os cursos: “Iniciação ao Teatro”, Centro de Cultura; e, em parceria com a UESB, “Curso Livre de Teatro”

A Lenda da Lagoa Vermelha

(Um dos Personagens do Filme: "A Lenda da Lagoa Vermelha")

(Esplanação sobre o filme: "A Lenda da Lagoa Vermelha")
(A platéia que foi prestigiar o lançamento do filme)

"A Lenda da Lagoa Vermelh"a é o primeiro curta-metragem do diretor Eutímio Carvalho, mas conhecido na Bahia como o “Zé do Caixão do Sertão” por abordar em seus filmes o horror como tema principal. Diretor de três longas-metragens de grande sucesso na região onde mora (A Maldição de Cínta, A Maldição de Cíntia II e Bravios do Sertão) o mesmo costuma chamar seus filmes de artesanais, devido ao fato de terem sido feitos sem apoio algum e com atores da região de Cícero Dantas (sua cidade) interior da Bahia. A Lenda é seu primeiro filme produzido com profissionais ligados ao Pólo de Cinema da Bahia.

O vídeo “A Lenda da Lagoa Vermelha”, com duração aproximada de 30 minutos, narra à estória de dois irmãos que saem para caçar em pleno sertão sem levar em conta o aviso da mãe sobre uma lenda da região que diz que não se deve caçar no mês de agosto.

Com a produção do próprio Eutímio Carvalho e de Jorge Mello (Pólo de Cinema da Bahia), o roteiro do Eutímio e de Luiz Augusto (baseado em uma lenda popular da região de Cícero Dantas) o filme foi estrelado pelos atores baianos Ed Almeida, Arinaldo Silva, pelo ator pernambucano Jorge Baía e pelo próprio Eutímio Carvalho.


"A LENDA DA LAGOA VERMELHA"


Direção: Eutímio Carvalho

Roteiro: Eutímio Carvalho e Luiz Augusto

Fotografia: Walter Freire

Produção: Eutímio Carvalho e Jorge Mello (JM)

Elenco: Eutímio Carvalho, Jorge Baía, Arinaldo Silva, Ed. Almeida, Terezinha Garcez, Edy Sena

Maiores informações com o produtor de elenco do filme Duda Falcão; Telefax 71-3276-0025 / 8109-7712E-mail: producoes402@yahoo.com.br.




As Dificuldades por Eutímio Carvalho



Sou de Cícero Dantas uma pequena cidade do sertão Baiano. Sempre produzo pequenos filmes artesanais, sem fins lucrativos e até hoje nunca conseguir sair das fronteiras desta cidade, gostaria muito de expor os meus trabalhos e mostrar que ainda que não se pretenda viver de cinema, mas é possível com amor a arte, se fazer algo por ele.
Desde 1989 que eu produzo filmes aqui no interior da Bahia, tenho encontrado muitas dificuldades, pois o povo dessa região não tem o costume de lidar com artes cênicas, acham que isso é coisa para grandes produtoras. Em meados de 89 eu escrevi um roteiro de um filme denominado ‘A noite do terror’, peguei uma pequena câmera VHS e usei um pouco de minha imaginação fazendo um longa metragem, usei minha criatividade e a grande curiosidade que tenho para fazer efeitos especiais e tentar ser convincente na estória que criei.
O filme foi feito por atores amadores, uma vez que não tive condições de contratar profissionais da área. Este filme foi um sucesso aqui na minha cidade, pois as pessoas me cobravam outras produções, só que não tinha dinheiro para realizar tal façanha. Fiz algumas exibições num galpão de um amigo meu cobrando R$ 1,00 e o que arrecadei guardei para posteriores produções.
Vale lembrar que toda equipe não somava mais que três ou quatro pessoas, que se revezava filmando e ajudando na produção. Em todas as produções eu faço de tudo, devido à falta de dinheiro, é muito difícil trabalhar assim, mas o esforço vale a pena.
Em 1997, surgiu à idéia de produzir um outro filme de terror, ‘A Maldição de Cíntia I’, é uma ficção que narra a vida de pessoas pobres que moram no interior Baiano. Cíntia é uma mulher que maltrata a mãe, odeia sua vida, pois só pensa em riqueza, certo dia procura um terreiro de umbanda e faz um pacto com seres das trevas, incorporada por influências de seres malignos mata sua mãe, tenta matar sua irmã, no entanto não consegue, pois, Daniel que é irmão de Cíntia não deixa e entra em luta corporal e Cíntia acaba caindo de uma escada e morre, seu espírito volta em forma de demônio, atormentando a vida de todos, a família procura várias religiões a fim de deter o espírito de Cíntia que a qualquer custo tenta se vingar de sua família. O padre da paróquia tenta exorcizar o espírito que se incorpora em Daniel, irmão de Cíntia, numa luta entre a igreja e o demônio.
Este filme foi produzido com recursos próprios, feito artesanalmente e com atores locais que nunca ficaram em frente de uma câmera antes, todos as despesas do filme vieram de ajuda da população que contribuiu de forma direta, uns ajudavam em materiais usados em cena e outros colaboravam em dinheiro, isso nos deu margem para fazer uma edição ai em Salvador.
CURIOSIDADE: Toda vez que a gente exibia o filme, seja aqui em Cícero Dantas ou outra região, coincidia em morrer uma pessoa, este fato fez com que as pessoas acreditassem que ‘A maldição de Cíntia’ estava ligada as mortes, claro que não tinha nada a ver, apenas mera coincidência.
Todos os meus filmes são de longa metragem duram cerca de uma hora e meia cada.
Em 1999, escrevi um roteiro baseado em fatos reais que aconteceram aqui em Cícero Dantas, a História ‘Bravios do sertão’, um filme que narra a vida de um cidadão cicerodantense, homem corajoso, que no século passado enfrentava jagunços e qualquer pessoa que fosse perseguido.
Vale observar que para fazer uma produção desse nível precisaria de muito dinheiro, pois é um filme de época, fiz um projeto pelo FAZCULTURA (Programa Estadual de Incentivo à Cultura do Estado da Bahia), foi aprovado em R$ 300.000,00, fiquei muito alegre, minha alegria durou pouco, sai aqui do interior para captar recursos em Salvador, peregrinei por todas as empresas possíveis:
COELBA, BANEB, CORREIOS, muitas empresas que nem ao menos me recebia com atenção, dava mil desculpas, este fato deixou-me triste, pois tinha que me deslocar do interior para Salvador e fui torrando meus últimos centavos, nada dava certo.
Cheguei até pensar em desistir do filme, aqui no interior algumas pequenas empresas aprovaram meu projeto, eu só conseguir R$ 6.500,00. Pense fazer um filme orçado em R$300.000,00 com apenas R$6.500,00?
Tive a ousadia de querer fazer este projeto assim mesmo, meu erro maior foi contratar atores de outros estados, pensei que iria conseguir mais dinheiro, estava errado. Trouxe os atores e comecei a fazer o filme. Na primeira semana, já estava difícil manter tanta gente no set de filmagem, não tinha dinheiro o suficiente para comprar alimentos e nem pagar uma boa dormida para o elenco, entrei em desespero, pois as cobranças eram demais, o clima aumentou a tal ponto que as pessoas queriam me agredir fisicamente, cheguei ao extremo da loucura, vim a cidade tomei dinheiro emprestado a agiota, fiz um CDC no Banco do Brasil, vendi meu carro, uma moto CG, e alguns móveis de minha casa, chorei sozinho ao ver meu pequeno filho, pensei em tragédia.
Todo dinheiro que consegui não deu nem para o começo, pior é que eu eliminei 20 seqüências do filme.
Os dias passaram e o dinheiro estava acabando, passei a dormir nas noites de inverno debaixo das árvores, num frio que arrepiava a espinha, dormia eu, meus amigos, o câmera e alguns figurantes, contrai uma gripe e tive que passar dois dias no hospital, faltava comida, o diretor que contratei entrou em desespero, pois tinha diabete, estava sem insulina, no mato e com uma crise muito séria de hemorróidas, a esposa do diretor, pegou uma faca e me ameaçou apontando para o meu pescoço, dizendo fora de si que ali não tinha um homem e sim um irresponsável, com calma contornei a situação e tudo se resolveu.
Poderia enumerar dezenas de situações que levaram ao caos deste filme, prometi a mim mesmo que jamais trabalharia com isso, mais não tem jeito, a arte está no sangue e eu não parei. Depois de tantos anos eu ainda tenho pendências financeiras por causa desse filme. Prestei conta com o FAZCULTURA e sei que muitas cenas poderiam sair melhor se eu tivesse pelo menos alguns míseros Reais a mais. Pra completar quando voltava do set de filmagem o carro quebrou numa cidade chamada Mirandela, onde uma tribo de índios invadiu a cidade e estava em guerra com os poceiros daquela região, fomos confundidos com os poceiros e nosso carro foi incendiado, corremos pelo matagal para salvar nossas vidas e passamos a noite e parte de um dia escondidos, com fome, frio e muito medo.
Em 2005, não quis me arriscar trazendo atores de outras regiões, sair no comércio e consegui patrocínio para comprar uma câmera digital, fiz inscrição para selecionar o elenco e no meio de amadores selecionei os melhores. Como ‘A Maldição de Cíntia I’ era o filme mais locado de nossa região, me inspirei a fazer A 'Maldição de Cíntia II', cujo enredo está escrito abaixo. Este filme mais uma vez foi feito todo artesanalmente, efeitos, iluminação e tudo que se pode produzir foi feito por mim, onde atuei como Daniel. Gostaria de divulgar estes filmes, pois estão todos engavetados nunca ultrapassarem os limites de Cícero Dantas, não estou pensando em me aparecer e sim mostrar aquilo que gosto de fazer, um artista não faz um trabalho para si, o povo precisa analisar, criticar, dar sua opinião, ai sim o artista se sente feliz ao ver sua obra comentada na boca do povo, esta é a minha opinião a respeito de arte.



"A MALDIÇÃO DE CINTIA II"


É um filme de terror, suspense feito por Eutímio Carvalho, com Direção de Imagens e Fotografia de Kinkas, gravado na cidade de Cícero Dantas, esse filme conta a história de uma mulher que faz um pacto com forças satânicas, Cíntia é uma pessoa desequilibrada que nos seus problemas pessoais tenta resolvê-los buscando terreiros de umbanda, o preço de tudo isso é pago com sua vida. Possuída por espíritos malignos, mata sua mãe e seus amigos, morre de forma trágica. Como suas cinzas são amaldiçoadas, o Padre Amaro (Zé Padre), por medo, as guarda em uma taça de ouro onde é abençoada pela Santa Igreja.
‘A Maldição de Cintia II - O Retorno’ narra a história de jovens que por uma brincadeira de mau gosto roubam a taça de ouro da Igreja do Padre Amaro (Ivonilson Damaceno) para vender, só que eles não sabiam que a partir daí suas vidas nunca mais seriam as mesmas, o espírito de Cinta uma vez fora da igreja retorna do inferno e persegue esses jovens roubando suas almas e eles precisam vencer o poder das trevas.
‘A Maldição de Cintia II’ é um grande filme, sua gravação durou um ano para ser concluída. Não faltaram dificuldades para realização dessa grande obra, mas depois de muito esforço, tudo terminou bem.
‘A Maldição de Cintia II - O Retorno’ foi considerado pelo jornal a Folha do Nordeste, TV Subaé, de Feira de Santana, TV Tribunna e G4 produções, como o melhor filme de terror de todos os tempos, este filme é totalmente digitalizado, o grande orgulho disso tudo é que essa obra foi feita em Cícero Dantas onde os recursos nem sempre são fáceis de encontrar. Gostaria muito de ser convidado e mostrar os filmes caseiros para servir de exemplo para a cultura do nosso país.

domingo, 17 de junho de 2007

Constantin Stanislavski

(1863 – 1938), autor de cinco livros imprescindíveis para qualquer ator, “A Construção do Personagem”, “A Preparação do Ator”, “A Criação de um Papel”, “Manual do Ator” e “Minha Vida na Arte”, foi um dos grandes filósofos teatrais que, durante toda sua vida se dedicou ao teatro russo. Seguidor do gênero naturalista, Stanislavski tornou-se um ator de renome em seu pais, criando uma técnica primorosa sobre interpretação. Segundo Aristóteles, “a arte de imitar é uma prerrogativa do próprio homem”, sendo que o filósofo nunca esmiuçou o segredo de uma interpretação perfeita, de maneira que, na prática, essa elaboração sempre ficou a cargo dos diretores e dos intérpretes. À partir de Aristóteles surgiram grandes mestres que buscaram encontrar uma melhor forma de concepção de personagem, ou seja, como o ator deveria postar-se em cena, e como deveria fazer para encenar os textos de uma maneira coerente, sendo que, de todos esses grandes teóricos, Stanislavski, Brecht e Artaud são os mais conhecidos.
Seguindo o perfil adotado por André Antoine, Stanislavski defendia a realidade da cena, com comportamentos inspirados na vida real. Antoine não expressou de maneira clara a forma como o ator deveria compor seus personagens, de forma que Stanislavski criou uma técnica que sugere que o ator entre em contato com seus próprios sentimentos, a fim de inspirar seus personagens, de modo que esses possam ter vida própria. Stanislavski, assim como Antoine, foi duramente criticado por Brecht, que achava imprescindível a emoção, mas sem que isso servisse de desculpa para causar ilusão no público. Stanislavski defendia a ilusão do espectador, argumentando que os efeitos cênicos causam interação com a platéia, deixando-a mais envolvida pela esfera mágica da peça teatral.
Konstantin Stanislavski defendia a interação com público de uma maneira muito prática: para ele, o público tem que sentir as mesmas emoções que o personagem sente, de forma que, para isso acontecer, é necessário o perfeito entrosamento entre todos os elementos que constituem uma peça teatral. Para o teórico, esse entrosamento no palco causa no espectador a ilusão de que o contexto abordado no palco é real, o que, segundo Stanislavski, motiva o público a acompanhar o espetáculo. Para o teórico, o público só pode sentir-se interessado pelo espetáculo se as mensagens emitidas pelos atores forem de grande interesse para quem assiste, sendo que, para isso, há uma necessidade imprescindível de que o espectador se identifique com as emoções dos personagens.
Para que o público possa se identificar com o personagem apresentado no palco, cabe ao ator a transfiguração, ou seja, a personificação total no palco, de forma que o ator deve abrir mão de sua própria personalidade, de suas próprias angústias e sentimentos particulares, emprestando o corpo para o “espírito do personagem”, para que esse possa viver uma vida própria, dentro de um espaço físico relativo à sua subjetividade. Para isso ocorrer sem problemas, o ator deve despir-se de seus preconceitos para com o personagem, no sentido de não taxá-lo disso ou daquilo, de não criticá-lo, não supervalorizá-lo, tampouco subjugá-lo, afinal, o ator representa um personagem com características próprias, com sentimentos próprios e uma história própria, como qualquer personagem da vida real. No momento da transfiguração (o que Aristóteles chamou de catarse), o ator não pode se distrair nem realizar atos que não condizem com o personagem, pois a dispersão faz com que o intérprete tenha uma atuação que transmite falsidade para o público.
A respeito da catarse, Aristóteles elucidava: “Ao inspirar, por meio da ficção certas emoções penosas ou mal sãs, especialmente a piedade e o terror, a catarse nos liberta dessas mesmas emoções”. Com a sua técnica primorosa da memória emotiva e da observação, Stanislavski preencheu o vazio deixado por Aristóteles nesse quesito, pois o filósofo não disse como o ator deveria realizar a catarse. Com a memória emotiva, o ator poderia se lembrar de um fato ocorrido no passado para encontrar a emoção do personagem, de modo que, logo, a construção do personagem estaria perfeita. Veja o exemplo abaixo: O ator deve fazer uma cena extremamente dramática, como um triste enterro por exemplo. Se, por ventura, ele não souber como interpretar a emoção do personagem, poderá lembrar da morte de algum ente querido, de um fato parecido que o tenha deixado entristecido, para inspirar-se e assim fazer a cena. Caso o artista não tenha vivido um caso parecido, poderá lembrar-se de outra ocorrência triste de sua vida para ter noção de como interpretar com mais realidade essa cena dramática.
Esse método da memória emotiva se torna interessante para compor um quadro, numa situação especial, de forma que o ator deve encontrar a emoção verdadeira do personagem sem ter que se apegar à essa técnica sempre. O benefício desse método é a dinâmica que causa em cena, possibilitando que todo elenco embarque na emoção conjuntamente, num processo simples de ação e reação no palco, fluindo o texto, de forma que o personagem comece a manifestar-se instintivamente no espaço cênico, de maneira natural, como se possuísse vida própria.
Stanislavski é um teórico muito criticado e muito admirado no meio teatral, pois deixou um legado extremamente importante para as futuras gerações que buscam nele as formas básicas de se interpretar de maneira coerente e condigna. Com imensa influência sobre grandes artistas e intelectuais de sua época, entre eles, os conterrâneos Meyehold (1874 – 1940) (criador da biomecânica da arte dramática) e Tchekhov, Stanislavski atuou no Teatro Artístico de Moscou, onde encenou grandes espetáculos de Tchekhov e outros brilhantes dramaturgos. Dois destaques: em “As Três Irmãs”, interpretou Verchinin, em “O Jardim das Cerejeiras”, fez Goev.
O naturalismo de Stanislavski foi fortemente rechaçado por teóricos simpáticos à concepção expressionista, como Meyerhold e Evereinov. Para o primeiro, “Os diálogos não são mais do que detalhes no pano de fundo dos movimentos”. Para Meyehold, o ator deve utilizar o corpo como se fosse o único instrumento ao seu serviço, explorando uma expressão corporal quase acrobática, o que conceituou de “biomecânica”. Para Evereinov, que era contra a ideologia naturalista de que a vida tinha que ser representada, “a arte alheia à vida só serve para encantar o ócio que demonstra nossa capacidade de castração”. Visões como essas questionaram de imediato as teorias firmes e consolidadas de Stanislavski, abrindo os canais para uma nova mentalidade, que possibilitou o nascimento do inusitado Surrealismo de Antonin Artaud. O nascimento de novos paradigmas são primordiais para a reciclagem das ideologias, que não devem nunca entrarem num consenso e sim estarem sempre em movimento nos debates diversos que têm como objetivo enriquecer a dramaturgia. A dialética, a troca de informações e o rechaço de um autor para com o outro no campo teórico é o que constitui um quadro com diversas possibilidades, permitindo que o artista opte por aquilo que o atenda melhor na prática.
(Autoria: Diversos. - Fonte: Oficina do Teatro)

5° FESTIVAL DE ESQUETES DE CABO FRIO


Apresentação



O Festival de Esquetes de Cabo Frio é uma mostra competitiva que tem como objetivo oferecer aos grupos de teatro, amadores e/ou profissionais, a oportunidade de explorarem e divulgarem seus trabalhos; além de contribuir para a formação de platéia e o gosto pelo teatro.
A idéia do Festival surgiu em 1998 com o objetivo inicial da simples interação entre grupos de teatro já existentes na cidade, e uma busca por novos talentos. Desde 2003, a PF Produção Cultural tem realizado, no Teatro Municipal de Cabo Frio, os festivais de esquetes que, vêm funcionando com um grande intercâmbio de experiências com grupos de outras cidades, divulgando e estimulando a arte teatral e levando cenas curtas de teatro para toda população interessada. Nesses quatro anos, já contamos com a presença de mais de 70 grupos e um público de aproximadamente 8.000 pessoas.
A partir de então o Festival de Esquetes entrou definitivamente para o calendário cultural de Cabo Frio. Hoje, o festival, além dos objetivos iniciais, serve como vitrine e experiência para atores iniciantes e profissionais divulgarem seus textos e performances.



REGULAMENTO



O QUE SÃO ESQUETES? São cenas com duração de 10 a 20 minutos, procurando trabalhar com textos curtos ou cenas de peças conhecidas ou inéditas.
OBJETIVO - O festival de Esquetes – é um festival de cenas curtas, com o objetivo de divulgar e descobrir novos talentos pra área teatral. Estimular a criação de grupos Teatrais amadores ou profissionais e assim, dar a oportunidade a Atores, Atrizes, Diretores, Escritores e Figurinistas de integrarem-se no mercado de trabalho individualmente ou através de companhias.
FINALIDADE - 5° Festival de Esquetes de Cabo Frio deseja estimular a produção e a criação teatral por meio de textos curtos (esquetes), que serão encenados no Teatro Municipal de Cabo Frio, nos dias 15, 16, 17 e 18 de agosto de 2007.

TEMA - O tema é livre, portanto serão aceitos textos inéditos ou conhecidos, incentivando assim a pesquisa sobre teatro, e a divulgação de novos escritores.Não há distinção em relação à linguagem cênica, podendo competir esquetes de quaisquer categorias (drama, comédia, musical etc).

PARTICIPANTES - Serão aceitos grupos amadores e profissionais. Só poderão se inscrever grupos de 01(um) a 10(dez) participantes. Cada grupo deverá eleger seu representante, que será o responsável pela inscrição, comunicação com a produção do evento e pelo grupo. Cada grupo poderá se inscrever com quantas esquetes quiser, o que poderá acarretar na seleção de mais de uma esquete/grupo ou não.
APRESENTAÇÃO - Os trabalhos deverão ser entregues impressos e ou enviados, e apresentados em Quatro vias (só o texto); em envelope lacrado no qual conste o nome do grupo e o título da esquete.É necessário que dentro desse envelope contenha as seguintes informações:

A – Ficha de inscrição completa (download);

B – Texto da encenação em quatro vias;

C – Texto com uma lauda contendo a proposta de encenação do esquete (arrumação cênica, utilização de objetos, mapa de luz e outros aspectos relevantes da encenação).

D - Sinopse do esquete;

E - Concepção de direção do esquete;

F - Autorização de direitos autorais do texto, caso seja necessário.

G - Autorização para menores de idade;

H - Se possível, fita de vídeo em formato VHS ou DVD com a gravação do esquete ou do ensaio;*1*

I - A intenção em participar do festival;

J - Comprovante de deposito;*2*

1 - Sendo opcional o envio de uma fita VHS ou DVD com o ensaio ou apresentação da esquete concorrente (sem necessidade de edição ou corte);

2 - Conta poupança (Jerson Carlos da Silva Rangel)Banco Bradesco – agencia 0588-6 / conta 1004527-4


INSCRIÇÃO - A inscrição só será aceita com a apresentação completa dos documentos especificados no item anterior, no período de 02 de maio à 27 de julho de 2007. Será cobrada uma taxa de inscrição no valor de R$ 20,00 (vinte reais) por texto/grupo, referentes às despesas da organização do evento, que deverá ser depositado em Conta Poupança, no Banco Bradesco (Jerson Carlos Rangel) Agencia 0588-6 Conta 1004527-4. Esta taxa não será devolvida caso o grupo não seja selecionado ou em caso de desistência.O modelo da ficha de inscrição pode ser obtido no Escritório da PF Produção Cultural (Av. Teixeira de Souza 501, apt° 401 – Centro - Cabo Frio – CEP 28907-410), nos patrocinadores, nos apoiadores e no Teatro Municipal Cabo Frio, no site: www.pfproducoes.com.br, ou com a produção pelos telefones: (22) 2643-5990, (22) 8808-6414, (22) 8808-7804.O envelope deve ser entregue lacrado e ou enviado, nos endereços acima descritos com os itens já mencionados + comprovante de depósito da taxa de inscrição.
SELEÇÃO E RESULTADOA seleção será feita a partir dos textos e proposta de encenação apresentados (julgados por uma comissão composta por profissionais da área teatral). Serão selecionadas o total de 24(vinte e quatro) esquetes que se apresentarão no dia 15, 16, 17 de agosto (oito grupos por dia). Somente no terceiro dia de apresentação (17 de agosto - sexta) serão divulgadas as 08 (oito) esquetes selecionadas, que estarão classificadas para reapresentar no dia 18 de agosto – sábado, a grande final. A coordenação do evento entrará em contato com os representantes dos grupos selecionados para maiores informações sobre as apresentações. O resultado dos esquetes selecionados será divulgado por telefone e/ou e-mail e pelo site até o dia 03 de agosto de 2007.
ENSAIOS - O palco do Teatro Municipal de Cabo Frio estará à disposição dos grupos selecionados à partir das 9h dos dias em que forem as suas respectivas apresentações e será destinado ao ensaio obrigatório. Cada Grupo terá 25 minutos (horário destinado pela produção) Nestes ensaios serão definidas as marcas de luz e sonoplastia (utilizando o material de iluminação e som posto à disposição pela produção)
DIREITOS E DEVERES - Cada esquete é responsável pelas suas despesas com transporte, e alimentação; sendo oferecida pela produção a hospedagem gratuita. Cada grupo terá um tempo mínimo de 10 e máximo de 20 minutos para a encenação. Caberá a produção do evento, providenciar os equipamentos e os respectivos operadores de iluminação e som e uma equipe para montagem dos cenários. Os participantes dos Esquetes do Festival que quiserem assistir aos outros esquetes nos dias de Festival que não forem seus dias de apresentação receberão convites da produção.

APRESENTAÇÃO DAS ESQUETES - Cada grupo selecionado terá de 10 a 20 minutos no máximo para cada apresentação. O grupo que ultrapassar esse tempo será automaticamente desclassificado.
15 de agosto – oito grupos

16 de agosto – oito grupos

17 de agosto – oito grupos

18 de agosto – oito esquetes selecionadas

JURADOS - Os jurados selecionados serão profissionais qualificados e atuantes no campo Teatral.


PREMIAÇÃO - A premiação será destinada a investir na carreira dos artistas participantes, proporcionando uma premiação em espécie além de certificados para todos os participantes e troféus para os premiados.
Um novo júri composto por profissionais de alto conhecimento teatral fará a análise técnica e a indicação da premiação durante os dias do 5° Festival de Esquetes de Cabo Frio. A seleção de premiação seguirá o critério individual dos membros do júri, cuja decisão será soberana e irrevogável. A produção do Festival reserva-se ao direito de não premiar quaisquer dos itens que julgar aquém das expectativas, bem como criar novos prêmios. Serão concedidos na noite de encerramento do Festival Certificados de Indicação e Certificados de Premiação para:
As 3 melhores esquetes - 8 indicações;

Melhor Direção,

Ator, Melhor Atriz,

Melhor Figurino,

Melhor Texto Original - 3 indicações para cada categoria;


As Três “Melhores Esquetes” – R$ 1.000,00 (cada uma) + troféu e certificado.

Ator – R$ 400,00 (troféu e certificado)

Melhor Atriz – R$ 400,00 (troféu e certificado)

Melhor Direção – R$ 400,00 (troféu e certificado)

Melhor Texto Original – R$ 300,00 (troféu e certificado)

Melhor Figurino – R$ 300,00 (troféu e certificado)

Melhor Esquete Júri Popular – R$ 400,00 (troféu e certificado)

TOTAL DE PREMIAÇÃOR$ 5.200,00 (cinco mil reais). A premiação acontecerá dia 18 de agosto (sábado) ao final das apresentações.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

UESB: "O Mendigo ou o Cão morto" apóia a greve

[Foto: Célia Santos (Rainha), Galego (Soldado I), Robson Ferraz (Soldado II) e Avanilton Carneiro (Mendigo)]

Dia 14 de junho, quinta-feira., às 17h:00, no Teatro Glauber Rocha, UESB, com entranda franca, o Grupo Avante Época-Teatro apresenta: "O Mendigo ou o Cão morto", de Bertolt Brecht.

No elenco: Avanilton Carneiro (Prêmio de Melhor Ator, no III Festival Nordestino de Teatro, Feira de Santana, e hors concours de Melhor Ator, no II Fetival de Teatro da Bahia, Salvador), Célia Santos (Prêmio de Melhor Atriz nos: II Festival de Teatro da Bahia, Salvador, e II Mostra Regional de Teatro, Vitória da Conquista), Victor Lourenço (Aluno do "Curso de Iniciação ao Teatro" - Módulo I - Centro de Cultura), Pedro Rocha e Islânio de Carvalho (Ambos alunos do "Curso Livre de Teatrao" - Módulo I - UESB).

A apresentação faz parte da programação Cultural das atividades do Comando de Greve da UESB, promovidas pela a ADUSB. A peça será apresentada ainda nos campi de Jequié e Itapetinga, sem datas defenidas.

"As Trouxas"


"As Trôxas", uma comédia mal Lavada, da Cia Xica Vesga de Teatro, volta para curta temporada no Cine-Tatro de Lauro de Freitas, Bahia. Aquele que foi reformado pelo jogador Vampeta. Dias: 15, 16, e 17/06, sexta, sábado e domingo. Preços Promocionais: R$ 3,00, às 20h:00.

O Espetáculo mostra o cotidiano das Lavadeiras de ganho e às margens do rio acontece as mais divertidas histórias, casos e intrigas.
Do mesmo diretor de: "Léa Cléa e Azaléia!". A Cia Xica Vesga de Teatro convoca todos a levarem amigos e parentes para dar bastante risada.

terça-feira, 12 de junho de 2007

"DE MORTO E LOUCO TODO MUNDO TEM UM POUCO"







A peça “De Morto e Louco Todo Mundo Tem um Pouco” é a mais recente comédia da CIA DE TEATRO "NOTÁVEIS DO PALCO". UMA COMEDIA HILARIANTE que retrata o dia-a-dia de uma família típica do Brasil e vai contar a história de Francisco, o típico malandro que odeia trabalho, adora uma vida fácil cheia de mordomias, farra, futebol, cerveja, mas essa folga vai acabar quando sua esposa Marilda resolve tomar uma atitude e pressionar o malandro a arrumar trabalho e pra piorar a situação ele ainda vai ter que aturar a sua sogra Benedita que aparentemente morre e deixa uma tal herança e, também, o brabo coronel Manga Beira cobrando uma velha divida de Francisco. "De Morto e Louco Todo Mundo Tem um Pouco" é recheada de personagens engraçados do cotidiano brasileiro.


Elenco: Marcio Bezerra, Alexandre Soares, Lydia Giordano, Lorenzo Petillo, Telma Ribeiro, Kylmair Estumano, Ned Oliveira, Daiany Pereira, Claudia Rodrigues, Barbara Fontainha, Cristiano Oliveira, Sérgio Renan, Rafael Ferreira e Dinamene



DIREÇÃO: SILVIO SÁ.



DIA 19/, às 18h:30min, NO TEATRO WALDEMAR HENRIQUE.



MAS INFORMAÇÕES PELOS FONES: 81920614/81625762

segunda-feira, 11 de junho de 2007

III FESTIVAL NACIONAL DE TEATRO, DE LIMEIRA.

(Foto: O III Festival pretende superar o público do II)




REGULAMENTO




Art. 1º - A Prefeitura Municipal de Limeira, através da Secretaria Municipal da Cultura promoverá no período de 22 de agosto a 1◦ de setembro de 2007, o 3º Festival Nacional de Teatro de Limeira, no Teatro Vitória e Praças da cidade.

Art. 2º - O 3º Festival Nacional de Teatro de Limeira objetiva promover o intercâmbio entre os grupos da cidade, grupos de outros estados e o público; destacar e divulgar novos talentos; valorizar as artes cênicas e incentivar as manifestações culturais do país.

Art. 3º - As inscrições serão recebidas até 17 de junho de 2007, pessoalmente ou pelo correio;

PARÁGRAFO PRIMEIRO: As inscrições deverão ser feitas através da ficha própria do Festival, enviadas ou entregues dentro do prazo limite das inscrições, para: 3º Festival Nacional de Teatro de Limeira, Teatro Vitória, Praça Toledo Barros S/N. Cep 13480-008.
PARÁGRAFO SEGUNDO: O material de inscrição postado via correio terá como referência, para sua aceitação, a data de postagem.
Art. 4º - No ato da inscrição deverá ser apresentado o seguinte material:
a) A ficha de inscrição devidamente preenchida e assinada pelo responsável;
b) 01 fita de vídeo (em formato VHS ou DVD com gravação do espetáculo completo, sem edição);
c) 04 cópias do texto;
d) 04 fotos da apresentação;
e) 01 curriculum do diretor;
f) Autorização da SBAT e ECAD (quando houver necessidade);
g) Material publicitário sobre o grupo e suas montagens;
h) 01 cópia do release e da sinopse do espetáculo ou folder contendo todas essas informações;
i) Cartazes
j) Mapa de luz, som e palco com descrição dos cenários;
k) Especificar censura prévia;

§ 1º: Não será aceita a inscrição que não atender a todas as exigências referidas nos itens do art. 4º;
§ 2º: Nenhum material enviado para inscrição será devolvido, passando a fazer parte do acervo do Festival;
Art. 5º - Os grupos poderão inscrever um espetáculo por categoria: Teatro Adulto ou Teatro de Rua, porém apenas 1 (um) será selecionado.

Art.6º - A Organização do Festival nomeará uma comissão composta por profissionais da área teatral para selecionar, dentre os trabalhos inscritos, aqueles que participarão do 3º Festival Nacional de Teatro de Limeira.

Art. 7º - Ficam a cargo da Comissão de Seleção os critérios de escolha dos espetáculos. A divulgação das peças selecionadas e a confirmação serão feitas a partir de 10 de julho de 2007 através de comunicados por telefone, internet ou correspondência oficial;

Art. 8º - A Comissão de Seleção indicará até 8 (oito) espetáculos na categoria adulto e 5 (cinco) na categoria de rua, com tema livre.

PARÁGRAFO ÚNICO: Um dos espetáculos dentre os selecionados será obrigatoriamente o representante de Limeira escolhido na Mostra Municipal.

Art. 9º - O cronograma das apresentações, definido por sorteio, será divulgado a partir de 1º de agosto de 2007, para selecionados e imprensa;

Art. 10º - A Organização do 3º Festival Nacional de Teatro de Limeira indicará uma comissão de premiação composta por 03 (três) profissionais da área de Teatro para definir as seguintes premiações;

Categoria ADULTO Categoria TEATRO DE RUA
1º Lugar R$ 3.000,00 e troféu 1º Lugar R$ 3.000,00 e troféu
2º Lugar R$ 1.500,00 e troféu 2º Lugar R$ 1.500,00 e troféu
3º Lugar R$ 1.000,00 e troféu 3º Lugar R$ 1.000,00 e troféu
Art. 11 - Os grupos concorrentes poderão ser premiados com troféus nos melhores individuais de cada categoria, a saber: DIREÇÃO, ATOR, ATRIZ, CENOGRAFIA, ATOR COADJUVANTE, ATRIZ COADJUVANTE, ILUMINAÇÃO, FIGURINO, REVELAÇÃO, SONOPLASTIA, MAQUIAGEM E TEXTO ORIGINAL;

Art. 12 - A decisão da Comissão de Premiação é irrecorrível, sendo-lhe facultado deixar de conferir prêmios, bem como criar novas premiações.

Art.13 - O resultado final do 3º Festival Nacional de Teatro de Limeira será apresentado no dia 1º de setembro de 2007, em cerimônia de encerramento a ser realizada no Teatro Vitória;

Parágrafo Único Torna-se obrigatória a presença de pelo menos um representante de cada espetáculo concorrente na noite de encerramento para a premiação final.

Art.14 - Todas as despesas relativas a transportes, bem como alimentação e hospedagem dos grupos durante sua permanência na cidade serão de responsabilidade dos mesmos. A Secretaria de Cultura oferecerá, a título de ajuda de custo, a importância de R$ 1.000,00 para cada grupo selecionado com distância de até 200 km de Limeira, a importância de R$ 2.000,00 para cada grupo selecionado com distância de 201 a 400 km de Limeira e R$3.000,00 para grupos acima de 400 km.
PARÁGRAFO ÚNICO: O grupo vencedor da Mostra Municipal terá direito à ajuda de custo de R$ 1.000,00, como estímulo à produção local.
Art. 15 - Caso haja cancelamento na participação de algum grupo selecionado, após o período de confirmação, o mesmo será automaticamente impedido de concorrer às três edições subseqüentes do Festival;

PARÁGRAFO ÚNICO: As alterações de participação de elementos nos grupos deverão ser informadas à Organização no prazo máximo de vinte dias, antes do início do Festival em conformidade com os dados da ficha de inscrição;

Art. 16 - Os grupos concorrentes se responsabilizarão por qualquer incidência de ação fiscal que porventura possa haver por parte dos órgãos SBAT e / ou ECAD;

Art. 17 - Em caso de os grupos concorrentes no Festival possuírem menores de idade como integrantes, deverão portar autorização dos pais e / ou responsáveis legais;

Art. 18 - Será de total responsabilidade das produções dos espetáculos selecionados, providenciar o transporte até Limeira - SP e também para retorno ao local de origem, incluindo pessoal e material (cenários), bem como a responsabilidade pelos materiais cênicos e técnicos necessários à sua apresentação antes, durante e após o Festival;

Art. 19 - A Prefeitura Municipal de Limeira, através da Secretaria de Cultura, isenta-se da responsabilidade de contratações extras de funcionários para o Festival, além do quadro disponível, bem como aquisição de mais equipamentos, materiais e objetos novos, mesmo sendo necessários para a realização dos espetáculos, o que será de exclusiva responsabilidade dos grupos participantes;

Art. 20 - A permanência nos recintos de apresentação no momento de montagem e serviços só será permitida aos grupos cuja apresentação for próxima, mediante sempre a apresentação de crachás. Os demais só terão entrada permitida juntamente com a liberação da platéia;

Art. 21 - As montagens e apresentações dos espetáculos deverão ocorrer rigorosamente nos dias, locais e horários pré-estabelecidos e anunciados, não sendo permitidos atrasos e mudanças nestes itens, sob pena de desclassificação, havendo após a apresentação um debate com o júri e o público presente.

Art. 22 - Cada grupo após a sua apresentação deverá retirar do recinto utilizado todo seu material. A Organização não se responsabilizará pelos materiais dos grupos.

Art. 23 - A simples inscrição no 3º Festival Nacional de Teatro de Limeira pressupõe a aceitação e concordância com todos os termos do presente regulamento.

Art. 24 - Os casos omissos neste regulamento serão objeto de deliberação da Comissão Organizadora do 3º Festival Nacional de Teatro de Limeira.

PARÁGRAFO ÚNICO: Os valores em dinheiro anunciados neste regulamento estão sujeitos aos descontos previstos na legislação.
Comissão Organizadora do 3º Festival Nacional de Teatro de Limeira.
Obs.: Você pode puxar a ficha de inscrição diretamente do site: http://www.limeira.sp.gov.br/secretarias/cultura/ ou solicitar através do email: avaniltoncarneiro@yahoo.com.br

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Dercy Gonçalves - Um século depois

(Foto: Dercy Gonçalves se preparando para um século de existência. De acordo o Blog Cacilda, essa banana é para a classe teatral)


(Fontes - FOLHA DA BAHIA - Correio da Bahia - 06/06/2007. Pesquisa e envio: Dulce Valverde)


Dercy Gonçalves: ‘Se deixar, eu faço mais 100 anos!´


São Paulo – No dia 23 de junho de 1907, nascia Dolores Gonçalves Costa, em Santa Maria Madalena, no estado do Rio de Janeiro. Filha de Margarida, lavadeira, e de seu Manoel, alfaiate, a menina fugiu de casa aos 17 anos para se transformar em Dercy Gonçalves, ícone da comédia brasileira. Com 83 anos de carreira, Dercy já passou pelo teatro de revista nas décadas de 30 e 40, pela era do rádio, nos anos 50, e viu surgir a televisão e a internet. O cinema veio um pouco antes. Mesmo assim, Dercy fez história também na sétima arte e participou de mais de 20 longas. Para comemorar tanto o século de existência (apesar de ela afirmar que são 102 anos, já que o pai teria demorado dois anos para registrá-la) quanto a carreira, três festas estão agendadas neste mês. A primeira delas aconteceu no último dia 07, em São Paulo. O coquetel para mais de 700 convidados teve ares hollywoodianos, com trajes de gala e tapete vermelho. A decoração foi feita com rosas vermelhas colombianas, plumas e brilhos. Houve um piano de cauda e um quarteto, que vai apresentar clássicos da MPB. Na hora do Parabéns, um coral de 40 vozes homenageou Dercy – que foi de vermelho. Mesmo a atriz se sentindo mal e tendo que deixar a comemoração, o brilho e a alegria permaneceram. O espetáculo não podia parar.

No Rio de Janeiro, a comemoração, bem menor, acontece no Dia dos Namorados, 12 de junho. Mas a grande celebração será mesmo no dia do aniversário da artista, 23, em sua cidade natal. Na festa, na rua, são esperadas mais de 20 mil pessoas. Além das festas de aniversário, a TV Cultura presta uma homenagem à comediante exibindo filmes com a atriz. O DVD Dercy 100, de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, também será vendido nas festas – por enquanto, não está nas lojas. Além da longevidade, o que chama atenção na senhora franzina é o modo desbocado, sem meias-palavras. Os palavrões são disparados aos montes, sem cerimônia. Apesar do estereótipo de malcriada, quem a conhece garante que Dercy é uma verdadeira lady. “Ela conversa com as pessoas prestando atenção, é carinhosa e não fala um palavrão”, conta a amiga e também atriz Lolita Rodrigues. Em entrevista, a “lady” mais desbocada de que se tem notícia falou sobre seus 100 anos, disse que é uma mulher do século passado e que, se dependesse dela, viveria outros cem anos. Disparando um palavrão a cada duas palavras – às vezes mais –, a comediante mostra que bom humor não tem idade.

(Folhapress)***PERGUNTA - Como é fazer 100 anos?

ERCY GONÇALVES - Não sei, nunca fiz (risos). Ah, sei lá, o pessoal tá fazendo um monte de festas, tem festa para todo lado! Eu acho ótimo, mas não me sinto com 100 anos. Tô com a corda toda, se deixar, eu faço mais 100!

P - E como estão os preparativos para a festa?

DG - Eu não sei bem, mas quem quiser me dar presente que me dê dinheiro, porque é uma coisa que a gente precisa. Aliás, nem precisa dar dinheiro, é só comprar o meu DVD, que custa R$20. Se quiserem me chamar para shows, eu vou. Topo fazer quase qualquer coisa.

P - No domingo, o carro em que você estava sofreu um acidente. Como foi isso?

DG - Furou um pneu, não foi nada. Tá todo mundo louco para me matar (risos)! [No domingo, um carro bateu atrás do veículo onde Dercy estava. O motorista do carro de trás teve ferimentos leves e Dercy saiu ilesa.]

P - Pensando na sua vida, existe alguma coisa que faria diferente?

DG - Não. Não me arrependo de nada, nunca me arrependi. Faria tudo do mesmo jeito. Cheguei aos 100 anos, estou com a cabeça boa e eu não faria nada diferente.

P - O que a idade trouxe de bom?

DG - Ah, muita coisa... hoje eu sou muito mais sábia, a vida ensina muito. Tem coisa que não dá mais para fazer, mas eu não reclamo. Aliás, eu não reclamo de nada, agradeço por estar lúcida e vou tocando a minha vida. A minha relação com a natureza mudou também. Eu respeito muito mais a natureza agora.

P - Como você analisa esse começo de século XXI?

DG - Eu sou uma mulher do século XX, não entendo essa modernidade, não consigo viver no século XXI. É tudo uma bagunça, os jovens de hoje só fazem patifaria. Antes não tinha tanta sacanagem.

P - Como você cuida da saúde?

DG - Eu não cuido. Como de tudo, não faço exercícios nem nada especial. Saio de casa todo dia, vou ao bingo, eles me dão uma cartela lá e eu fico jogando. Às vezes ganho, às vezes perco, mas isso não importa. O que me mantém bem até hoje é a minha cabeça. Se você tem a cabeça boa, não precisa de mais nada.

P - Existe um segredo para se chegar nessa idade?

DG - Olha, eu não sei, mas uma coisa eu aprendi, não guardo mágoa de ninguém. Nem raiva, ódio, saudade ou amor também. Acho que isso é o que me faz viver tanto.


A TV Cultura comemora o centenário de Dercy Gonçalves apresentando o melhor de sua produção no cinema. A mostra-tributo acontece todos os sábados de junho, sempre às 22h40, na programação do Cine Brasil. Em "Minervina vem aí" (1959), próxima exibição, ela interpreta uma empregada doméstica que trabalha desde menina para poderosos fazendeiros no interior de Minas Gerais. Transferida para o Rio de Janeiro, enquanto aguarda uma herança familiar, vai trabalhar na casa de um rico agiota. Logo ele se apaixona e se casa com ela, desprezando muitas outras moças de família. No desenrolar dos fatos, a herança esperada não chega, mas a moça consegue ajeitar-se na vida, diferente de seus parentes, que continuam vivendo na pobreza. Em meio às aventuras e trapalhadas de Minervina, o longa abre espaço para números musicais com Nelson Gonçalves, Jorge Veiga e Trio Irakitan. Além de Dercy, o elenco de "Minervina vem aí" traz também Zezé Macedo, Norma Blum e Humberto Catalano. A programação da TV Cultura em homenagem aos 100 anos de Dercy Gonçalves, comemorados de fato no dia 23, segue com " viúva Valentina" (1960), no dia 16. No longa de Eurides Ramos, com Herval Rossano e Jayme Costa, Dercy é uma costureira pobre e viúva, que recebe de herança ações de uma empresa considerada falida e entra numa confusão danada quando dois executivos a procuram para reaver a papelada. No dia 23, é a vez de "Sonhando com milhões" (1963), outra parceria do diretor Eurides Ramos com Dercy, que tem ainda Odete Lara e Oswaldo Loureiro no elenco. "Se meu dólar falasse" (1970), de Carlos Coimbra, exibido no dia 30, traz Dercy Gonçalves interpretando uma nova rica, que sonha dia e noite em pertencer à alta sociedade e por isso acaba se envolvendo com uma quadrilha de traficantes de tóxico. No elenco, Grande Otelo, David Cardoso e Milton Ribeiro. Além desses longas, Dercy Gonçalves fez outras 20 produções, entre filmes e novelas de televisão ("Deus nos acuda" e "Que rei sou eu?").

quarta-feira, 6 de junho de 2007

260 bilhões foram engolidos pela corrupção em 2006

(Foto: Memorial JK - Brasília, obra prima de JK, se transformou no principal símbolo da Corrupção Brasileira.)
Pesquisas indicam que corrupção é alta no Brasil


Não faltam dados, pesquisas e levantamentos que indicam os altos índices de corrupção que afetam o Brasil. De acordo com ranking da Transparência Internacional, que avalia o Índice de Percepção da Corrupção (IPC) entre empresários de 163 países, o Brasil ficou na 70.ª posição em 2006, com nota 3,3, ante o 62.º lugar, com nota 3,7, obtido em 2005. O País está empatado com México, China, Gana, Senegal, Índia, Arábia Saudita e Egito. As notas vão de zero (alto nível de corrupção) a dez (baixo nível de corrupção).
O IPC também é um importante indicador para o Banco Mundial (Bird). Há pouco mais de um mês, o banco disponibiliza em seu site o sistema Datagob, que compila cerca de 400 indicadores de governança e socioeconômicos levantados por 30 instituições, como o Fórum Econômico Mundial e a Organização das Nações Unidas (ONU). Dezenas se referem a corrupção, como o Controle da Corrupção, Custo da Corrupção para os Negócios e Desvio de Recursos Públicos. Na maioria deles, o Brasil tem desempenho ruim, pior que a média da América Latina e um pouco acima de países da África, Leste Europeu e Ásia.
No grupo dos problemas mais assinalados pelo conjunto dos executivos entrevistados pelo "Panorama Empresarial 2007" da Delloite, o item "corrupção no governo" aparece em segundo lugar, com 57% dos votos, atrás apenas de "carga tributária", com 95% dos votos.



Desvios



Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) estima que 32% de tudo que o governo arrecada por meio de impostos e tributos são desviados. No ano passado, a arrecadação chegou a R$ 817 bilhões, o que significa que R$ 260 bilhões não chegaram ao destino final por subtração, superfaturamento de obras ou serviços ou desvio de finalidade - construção de uma ponte para uma estrada inexistente, por exemplo.
O levantamento foi feito com base em 22.158 denúncias de corrupção divulgadas pela imprensa e que chegaram a órgãos da administração pública dos três poderes entre os anos de 1990 e 2006, desde casos como PC Farias e Fernando Collor de Mello e anões do Orçamento, passando pelas contas CC-5 do Banestado até chegar ao mensalão e aos sanguessugas. Nos casos catalogados, em valores atualizados pelo IPCA, houve desvio de R$ 2,14 trilhão.
De acordo com o presidente do IBPT, Gilberto Amaral, a fiscalização da Controladoria Geral da União apontou que 93% dos municípios em que houve fiscalização apresentam irregularidades na utilização do repasse de verbas federais. Também segundo ele, 85% das obras fiscalizadas pelos tribunais de contas possuem irregularidades.



Corruptômetro



Criador do Impostômetro, calculadora que mostra em tempo real quanto o governo arrecada em tributos, o IBPT desenvolve neste momento o Corruptômetro, site que além de calcular os valores do dinheiro público desviado por minuto, terá fins educativos. "O projeto é disponibilizar histórias de corrupção como os casos PC Farias, anões do Orçamento, Banestado e mensalão e mostrar os benefícios que a sociedade poderia ter caso as verbas não fossem desviadas, como escolas, estradas e em termos de segurança pública", explicou. Não por acaso, ao contrário do Impostômetro, que recebeu patrocínio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o Corruptômetro ainda não conseguiu apoio por parte de empresas ou entidades civis.
"A corrupção corrói valores, ataca a ética e a meritocracia, desestimula investimentos produtivos, estimula a burocracia, aumenta a carga tributária, diminui a criação de empregos formais e, conseqüentemente, prejudica o crescimento do País", explica Amaral.
Na avaliação do presidente do IBPT, o trabalho integrado entre os órgãos de fiscalização, como os tribunais de contas e os ministérios públicos, poderia contribuir para diminuir a corrupção. A redução da informalidade, o fim das indicações políticas em detrimento de critérios técnicos, mudanças na elaboração e execução do orçamento, diminuição dos contingenciamentos sem análise e justificativa e reforma política também são medidas que serviriam para minimizar os casos de corrupção no Brasil.
Educação e Cultura
Amaral destaca, também, a importância da educação e da cultura nesse processo. "É necessário que a sociedade se mobilize, se interesse por questões relacionadas ao dinheiro público, denuncie o uso de bens públicos para fins particulares. É preciso quebrar esse vício de ver o dinheiro público como se não fosse nosso. O que ocorre em Brasília dentro dos gabinetes nos interessa, somos nós que pagamos", opinou.
Segundo ele, a corrupção no setor público tem raízes históricas, desde a divisão do Brasil em capitanias hereditárias por Portugal. "Os detentores das capitanias tinham interesse em enganar o reino de Portugal e mandar menos que o quinto. Consideravam os portugueses como exploradores, e os brasileiros, explorados. Daí vem o ódio dos brasileiros em pagar impostos e a visão de que a sonegação e a corrupção são um mal menor", argumentou. Ele defendeu, entretanto, que mesmo questões históricas e culturais podem ser modificadas. "Basta que a população tenha mais acesso à educação e participe mais", disse.


(Fonte: MSN Notícias)