dúvidas

1 - resolvendo a questão proposta pelo excelente aluno Pedro, 8.ª C, a Groenlândia é uma ilha que faz parte da América mas pertence à Dinamarca.
2 - retificando a questão proposta pela excelente aluna Joyce, 8.ª B- realmente, as fezes do morcego também são chamadas de guano - eu errei!!!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

8° ano b,c,d,f,g,h - MATÉRIA DE PROVA

CHINA: 61 ANOS DA REVOLUÇÃO


Mao Tsé-Tung proclamou o nascimento da República Popular da China no dia primeiro de outubro de 1949, após décadas de imperialismo japonês e de uma sangrenta guerra civil entre nacionalistas e comunistas, que deixou um saldo de 40 milhões de mortos.
Os avanços sociais nas áreas de ensino e saúde e a unificação de um vasto território com cerca de um bilhão e duzentos mil habitantes ( de longe o país mais populoso do mundo, abrigando 23% da população do planeta), que durante cinco milênios de história viveu fragmentado e dominado por inimigos estrangeiros, foram os maiores legados do Grande Timoneiro (como Mao era chamado).
O sonho de uma sociedade igualitária com produção comunitária foi um desastre no final da década de 1950, levando fome e doenças para mais de trinta milhões de chineses. Esse cenário irá contribuir para uma outra revolução, liderada por Deng Xiaoping, que sucedeu a Mao nos anos 70, iniciando uma nova etapa no singular socialismo chinês, que muito tempo antes da derrocada socialista no leste europeu e na ex-URSS, convive com uma economia de mercado tipicamente capitalista.
As relações diplomáticas da China com o mundo ocidental normalizaram-se na década de 1970, principalmente após 1972, quando o presidente norte-americano Richard Nixon visitou a China. No ano anterior, a República Popular da China já tinha sido reconhecida pela ONU enquanto Taiwan era excluída da organização.
Com a morte de Zhu Enlai em janeiro de 1976, inicia-se uma nova crise política com manifestações populares a favor de Deng Xiaoping e Hua Guofeng, que tornou-se primeiro ministro. Em 9 de setembro desse mesmo ano morria Mao Tsé-Tung e imediatamente Hua Guofeng inicia uma forte campanha contra os radicais, culminando com a prisão do "Bando dos Quatro".
Os novos dirigentes iniciam a política das "Quatro Modernizações" (indústria, agricultura, defesa e ciência e tecnologia).
Qualquer um que converse com chineses comuns sobre como eles se sentem em relação ao autoritarismo e à repressão do governo da China, invariavelmente, ouve que o padrão de vida da população chinesa, hoje, é muito melhor do que antes das reformas econômicas iniciadas pelo líder Deng Xiaoping, em fins da década de 70. De fato, nos últimos 30 anos, com a injeção de capitalismo dada a um fracassado regime comunista, a China passou de uma fechada e empobrecida economia asiática para o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas produzidas no país) do planeta - US$5,7 trilhões em 2010 -, triplicando sua renda por habitante - mais de US$3 mil - e tirando da miséria cerca de 250 milhões de pessoas.
Beneficiados pela prosperidade econômica e dependentes de relações com o Partido Comunista da China (PCC) para fazer negócios e conseguir empregos, a classe média chinesa e os empresários do país não querem arriscar seu status quo com mudanças. Nem o governo de Pequim quer abrir mão do controle econômico e social, sob o risco de comprometer seu projeto de desenvolvimento e manutenção do poder.






OPINIÃO - Capitalismo chinês é selvagem / Colunista Clóvis Rossi
COMEÇAM A SURGIR os primeiros embaraços no brilho do planeta China, pelo menos na América Latina.
     O capitalismo social de mercado, rótulo oficial para o modelo chinês de partido único com economia de mercado, está se revelando tão selvagem quanto o velho e ruim capitalismo selvagem.
      A mais recente queixa vem do Peru, em reportagem publicada ontem pelo jornal espanhol "El País". Relata a frustração dos habitantes da remota San Juan de Marco, situada no deserto de Ica, ao sul de Lima.
      Há 18 anos, em pleno governo de Alberto Fujimori, a Shougang Corporation chinesa comprou a estatal Hierro Peru, em um dos primeiros movimentos da China para garantir o suprimento de matérias-primas para o seu pantagruélico apetite econômico.
      Parecia o advento do paraíso para a pobre localidade mineira peruana. Relata "El País" que "o entusiasmo durou pouco e atualmente Marcona é uma zona de tensão e conflito permanentes".
      Para começar, a empresa chinesa adotou o velho modelo capitalista de decapitação em massa de trabalhadores: reduziu à metade o número de empregados na mina. Depois, descumpriu compromisso de investimento de US$ 150 milhões para melhorar não só a infraestrutura da mina em si mas da localidade em que vivem os empregados.
      Como se fosse pouco, o sindicato de trabalhadores denuncia o despejo no mar de resíduos tóxicos.
      Tudo somado, só neste ano, a mina já esteve paralisada por 42 dias por conta de greves.
      Antes do caso peruano, o presidente do Equador, Rafael Correa, que não é exatamente um entusiasta do capitalismo, denunciou o governo chinês por se comportar "pior que uma corporação imperialista".
      Tudo pela maneira como a China agiu em negociação para o financiamento de uma hidrelétrica em território equatoriano.
      "Não vamos esquecer", prometeu Correa, que adicionou insulto à crítica, ao mencionar Taiwan -arqui-inimiga da China- como eventual alternativa de financiamento.
      Os equatorianos também tiveram problemas com a aquisição pela China de ativos da EnCana, em 2005. A comunidade reclamou da deficiente atenção dos novos proprietários às questões sociais e trabalhistas -a mesma queixa ouvida no caso da peruana Marcona.
      É claro que esses incidentes ainda são isolados e, por isso, insuficientes para romper o encantamento derivado do impulso que a China fornece às economias não só da América Latina como do mundo.
      De todo modo, Jeremy M. Martin, diretor do Programa de Energia do Instituto das Américas da Universidade da Califórnia em San Diego, comenta: "Permanece uma significativa brecha cultural entre a região e China, exacerbada pela percepção de que as intenções chinesas são apenas a de um voraz consumidor de recursos naturais e não de um verdadeiro parceiro".
      A América Latina conhece bem apetites vorazes por seus recursos naturais, desde a colonização espanhola e portuguesa, o que significa que quanto mais voracidade a China demonstrar, mais se acentuará a sensibilidade política na região.

 Hua Guofeng
CURIOSIDADES SOBRE A CHINA ANTES DA REVOLUÇÃO DE MAO

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No período imperial da China, os pés das mulheres chinesas  eram considerados estranhos em seu tamanho normal. A beleza e virtude da mulher chinesa estava vinculada ao tamanho de seu pé, que tinha que se assemelhar ao tamanho de uma pequena “flor de lotus”.
Esse antigo costume, cruel e bizarro, começou durante a dinastia Sung (960-976 aC), com a intenção de imitar uma concubina imperial, que era obrigada a dançar com os pés enfaixados.
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No momento em que uma menina completasse três anos,  ataduras eram colocadas em seus pés. Dobravam-se então, os quatro dedos menores até a sola do pé, forçando o calcanhar a entrar, acabando por quebrar os ossos.
O processo era torturante, porém se uma mulher não o fizesse, não consegueria se casar. Existe um suposto manual do sexo da dinastia Qing, onde são listados 48 maneiras diferentes de jogo de amor com mulheres com pés de lótus. Bizarro!
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Muitos chineses achavam esses pés eróticos, considerados a parte mais íntima da anatomia das mulheres.Um pé enfaixado com sucesso, tinha de 7cm a 10cm. Com isso, as fábricas começaram a fabricar sapatos nessa medida.
A prática faria com que o pé dobrasse imitando uma flor de lótus. Essa tradição cessou no século 20, com o fim das dinastias imperiais e crescente influência da moda ocidental.
As ataduras dos pés de lótus, duraram do século 10 até 1949,  quando foi proibida pela nova república chinesa.
Os pés atados deixaram na  China inúmeras idosas com deficiência nos pés e sérios problemas de saúde.
Veja nas fotos uma chinesa que teve seus pés atados desde pequena,  usando o tradicional sapato chinês.
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Como acabou o analfabetismo na China
Reproduzo o capitulo 4 do livro China: O Nordeste que deu certo da escritora e jornalista Heloneida Studart. Ela, visitou a China 30 anos após a Revolução Comunista de 1949 e descreveu suas experiências em um país que procurava esquecer seu passado colonial: período em que todo seu povo era escravizado pelas potências industriais européias e pelo Japão. Nesse capítulo chamado Como o analfabetismo acabou ela explica como os chineses conseguiram em poucos anos alfabetizar uma população em que 80% não sabiam ler e escrever.
Na aldeia Zhao, vi algumas escolas primárias. Todas singelas, com o modesto quadro negro, as carteiras de madeira sem verniz, os garotinhos olhando atentamente para o professor e rabiscando aqueles caracteres incríveis em blocos de papel ordinário. Em matéria de Educação, duas coisas me impressionam na China: o comportamento do aluno e a extinção do analfabetismo. Não é fácil alfabetizar centenas de milhões de pessoas. Principalmente, se a escrita é compota daqueles inumeráveis caracteres, cada um deles constituídos de muitos traços, com uma estrutura complexa que os torna difíceis de ler, memorizar e escrever – desconfio que eu passaria anos antes de conseguir reconhecê-los. Assim mesmo, realizada a Libertação e feita a reforma agrária, os chineses lançaram-se à tarefa de acabar com o analfabetismo (80% da população era analfabeta; no campo, este percentual alcançava 90%). Havia aldeias em que não existia um único camponês alfabetizado. E assim, receber ou enviar uma carta significava, ir à aldeia vizinha, para pedir ajuda de quem soubesse decifrar os caracteres. Em 1955, a palavra de ordem de alfabetizar todo o país assumiu uma forma planificada. E como, na China, não funcionava a filosofia do “eu estou na minha”, todo partiram – com todos – para ensinar a ler e a escrever a milhões de chineses entre 15 e 45 anos de idade. Foi fundada uma Associação Nacional de Alfabetização e houve uma convocação geral às massas para que ajudassem o plano. Representantes dos sindicatos, das organizações feministas e das entidades juvenis começaram a mobilizar todas as forças sociais para a campanha. Não havia sala vazia ou praça disponível em que os chineses não se reunissem para discutir os métodos a serem usados. Discursos, conferências, jornais murais difundiam a urgência da aplicação do plano. Enquanto isso, aos milhares, os ativistas voluntários iam de casa em casa para ensinar aos analfabetos. Só na província costeira de Shan Dong participaram do trabalho de alfabetização três milhões de pessoas: “Você tem certeza de que entraram milhões?”, indaguei, boquiaberta, receando que, em minha rua, eu não mobilizasse, para a mesma tarefa, mai de três pessoas. “Em Shan Dong – explicou ela. – Porque o continente inteiro tinha, só de jovens, 30 milhões. Eles foram ensinar nas escolas noturnas, cursos de alfabetização e escolas de inverno. Em todos os lugares onde havia adultos que não sabiam ler nem escrever”.
Além desses tipos de curso, os chineses criaram “grupos de estudos em casa”; qualquer pessoa que soubesse ler ia à casa de quem não sabia. Ali, entre goles de chá fumegante, empenhava-se em lhe explicar os 1500 caracteres chineses. Donas-de-casa que haviam nascido e crescido na China antiga, tendo comido apenas a sobra de arroz de seus pais (e depois, a de seus maridos), começaram a memorizar os traços inumeráveis. Segundo Fan, elas chegaram a ser patética em sua decisão de aprender a ler e a escrever a qualquer custo. Às vezes, levavam os cartões com caracteres escritos no bolso do blusão para olhá-los, de vez enquanto cozinhavam ou arrumavam. Algumas os rabiscavam nos móveis, nos quartos, nas panelas; encorajavam seus maridos (quando estes estavam lutando para aprender) a levar caractere pintado em tabuletas para o campo e os colocarem ao lado dos canteiros de trabalho. Houve mulheres que pintaram o caractere em árvores. Quem passasse, dava uma olhada.
Os camponeses, por sua vez, tratavam de instalar salas de aula desocupadas emprestadas, levavam para lá os móveis de seus próprios lares. E quando não tinham, conduziam caixotes ou arrumavam bancos feitos de tijolos. Em apenas um ano e meio, a maioria desses milhões de esforçado já podia ler jornais, escrever recados – e cartas - , anotar pontos de trabalho.
Para prevenir um retrocesso possível, o Plano de Alfabetização foi em frente, criando escolas regulares: primárias e secundárias, escolas agrícolas e até “universidades de horas de folga”. Onde não havia condições, os alfabetizados se organizavam em grupo de autodidatas. E recebiam de organizações oficiais, livros e jornais.
O trabalho foi mais fácil nas grandes cidades mas também exigiu uma cooperação total – cada operário alfabetizado ensinava ao outro, analfabeto; se preciso, este tinha o horário reduzido, para estudar. Os chineses não menosprezavam a palavra heroísmo. O altruísmo maoísta é um dos dados mais importantes deste processo de transformação. Constituíram uma sociedade que defende determinado valores, com pontos de referência nítidos. Onde ninguém diz “não é da minha conta” e existem papéis definidos para as pessoas desempenharem, obtidos por um consenso geral da sociedade. Isso é tento mais evidente quando a gente vê o comportamento das crianças, nas escolas. Elas não sobem nas carteiras, nem jogam um balde de tinta na cara dos professores, como acontece em nossos mais avançados jardins-de-infância. Também não tiram a roupa e não “manifestam sua agressividade” rasgando os cadernos e atirando-o para o alto. Até mesmo os garotinhos de dois anos ficam quietos, em fila, ou sentados com os braços para trás – que é bom para a coluna, me explicam. Todos cantam e dançam o que lhes pedem, sempre muito tranqüilos e sorridentes. No pátio, fazem ginástica, com disciplina e ritmo, ou se submetem ao exercício ocular. Nas escolas primárias as crianças fazem esse exercício todos os dias, durante cinco minutos (quase não vi óculos em território chinês e atribuía a ausência ao fato dos chineses não terem o hábito de ver os irresistíveis anúncios das óticas na televisão). De um modo geral, fiquei tão espantada com a disciplina das crianças chinesas – entre nós é sabido que se as crianças não fizerem pipi dentro da sopeira quando quiserem, poderão ficar traumatizadas – que perguntei se ainda usavam, na China, a palmatória ou a vara de marmelo. Os professores riram: “Mao era mestre-escola e tinha ponto de vista firmado contra os castigos. Mas aqui existe a pressão social. Que tem a maior força sobre o comportamento de crianças e adultos”.
A explicação foi interrompida por uma menininha de tranças enlaçadas. Dizendo “seja bem-vinda, tia”, me entregou um complicado brinquedo feito por ela. Que me pareceu tão sofisticado e belo como o próprio palácio do céu.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011

8° Ano - semana 8 - de 10 de abril a 16 de maio


O Fracasso da ONU
O que a ONU faz?

Na teoria a ONU é muito importante. Na prática não é. São diversos conflitos que a ONU não conseguiu resolver. Tem alguns que ela não conseguiu evitar.
Comandada pelo Império do Mal, ele faz o que bem entende com a política mundial. A gota d'água foi a ONU não impedir a invasão ao Iraque, em 2003.
 Mas são diversos casos de fracassos, entre eles as forças de paz em diversos países de frágil estabilidade: Congo, R. D. Congo, Ruanda, etc. A questão da Palestina, ocupada há décadas e aparentemente sem solução.
 Sem solução também está o Sahara Ocidental, ocupado pelo Marrocos. E a lista de casos sem soluções continua: Curdistão, Chechênia, Trans-Nistria, Nagorno-Karabach, Somalilândia, Puntlândia, Ilhas Malvinas, Kosovo, Coréia, etc.
 Falando nisso, quando é que a Somália terá governo, paz e estabilidade?
 E as fajutas inspeções da ONU às armas do Iraque entre 1991 e 1998? Corrupção internacional! Quando foram trabalhar para valer em 2003, ninguém acreditou em seus relatórios, que diziam que o Iraque não tinham armas de destruição em massa.
Quantas guerras ocorreram desde a criação da ONU? Não sei contar todas mas tivemos várias: Vietnã, Coréia, Guerra do Golfo, Invasão do Iraque, Invasão do Afeganistão, Malvinas, Chechênia, diversas guerras civis na África, Haiti, guerras por toda a América Central, Sri Lanka massacrando o povo Tamil, Israel massacrando palestinos, Guerra Civil do Líbano, etc, etc, etc.
 É por isso, que depois que depois de tanta omissão e a ONU aparece, a população a ataca. É o que aconteceu no Iraque, em 2003, no Afeganistão e no R. D. Congo.


 Christopher Hitchens


Conhecido por seus artigos políticos em publicações como Vanity Fair e pela coluna que mantém na revista da internet Slate, o polemista Christopher Hitchens, de 57 anos, foi certa vez abordado por senhoras idosas que lhe perguntavam: "O senhor não gosta de ninguém?". O jornalista inglês costuma responder que já escreveu livros sobre figuras de sua admiração, como Thomas Jefferson. Sua coletânea de ensaios mais recente, Amor, Pobreza e Guerra – que chega às livrarias brasileiras nesta sexta-feira, pela Ediouro –, inclui uma seção devotada ao seus escritores favoritos, como Marcel Proust e Jorge Luis Borges. Mas não adianta: Hitchens não tem como se desfazer da fama de franco-atirador. Com ironia e rigor argumentativo, ele já desmontou personalidades públicas de todos os lados do espectro político. Hitchens, que foi contrário à Guerra do Vietnã nos anos 1960, hoje apóia a invasão do Iraque. "Perdi alguns amigos por isso, mas os novos amigos que ganhei são bem melhores", diz o autor, que em agosto estará no Brasil para participar da Festa Literária Internacional de Parati. Na entrevista a seguir, as opiniões desse escritor que se define orgulhosamente como um radical.
Veja – A ONU é leniente com os países transgressores?
Hitchens – Depois do modo como a ONU se comportou em Ruanda, na Bósnia, em Darfur, é impossível sustentar que ela funciona como a corte internacional máxima para definir quando se pode recorrer à força. Estaríamos em um mundo muito pior se fosse assim. A ONU hoje admite que manteve um esquema criminoso no programa de troca de petróleo por alimentos no Iraque. Essa iniciativa enriqueceu os burocratas da ONU e o regime de Saddam, enquanto o povo iraquiano ficava à míngua. A mudança de regime no Iraque teve esse resultado lateral: obrigou a ONU a admitir sua própria corrupção e ineficiência. Até os opositores da Guerra do Iraque concordam com isso.  Sob a alegação da suposta existência de armas de destruição em massa, os EUA pressionaram a ONU à autorizar a invasão do território iraquiano como forma de encontrar e destruir as tais armas. A ONU não aprovou a intervenção militar, mas forçou o governo iraquiano a admitir a entrada de um grupo de inspetores da organização para vistoriar seu arsenal bélico.
Mesmo sem ter encontrado nenhum indício da existência dessas armas, os EUA, apoiados pelo Reino Unido e outros países, decidiram invadir o Iraque. Tal medida, entretanto, não foi autorizada pelo CS, já que a França, a Rússia e a China votaram contra.
Apesar disso, os EUA invadiram o Iraque, país que também é membro da ONU, violando o artigo 51 da Carta das Nações Unidas, que autoriza o uso da força armada somente em caso de autodefesa. A guerra chegou ao fim poucos meses depois com a deposição do governo iraquiano de Saddam Hussein, acusado de esconder um arsenal nuclear.
Mas, assim como os inspetores da ONU haviam concluído, nenhuma arma de destruição em massa (nuclear ou biológica) foi encontrada naquele país pelas tropas de ocupação. Tal fato, contribuiu para aumentar a suspeita de que a invasão do Iraque foi uma estratégia dos EUA para assumir o controle daquele país e, com isso, ampliar sua influência geopolítica sobre aquela região onde estão localizadas as maiores reservas de petróleo do planeta.

REFLEXÃO: Esse episódio afetou diretamente a imagem da ONU, abalando sua credibilidade como uma organização criada para manter a paz e que não consegue valer suas decisões contra uma guerra.
Alguns especialistas, no entanto, têm uma visão bastante positiva da ONU e acreditam que essa organização saiu fortalecida com o episódio da guerra. Isso porque, as tropas de ocupação já se mostraram incapazes de estabelecer a ordem no Iraque e de conter os ataques terroristas de grupos internos contrários à ocupação pela ONU.
Na comunidade internacional, incluindo os EUA e seus países aliados durante a guerra, há um consenso de que somente a ONU, com sua neutralidade e imparcialidade, será capaz de reestabelecer um processo de paz e garantir a reconstrução econômica e política do Iraque.
Em nossa opinião, essa guerra (referência ao ataque terrorista das Torres Gêmeas), especificamente, pegou mal para ONU pelo simples fato de ela ficar pasma com o que ocorria e não tentar aperfeiçoar suas tropas de ocupação.

domingo, 3 de abril de 2011

6º Ano - semana 7 - 03/04 a 09/04

Nosso planeta seria uma batata?


Terra "em forma de batata" ajuda a entender terremotos

Batata no espaço
Não, não é a Terra como ela é, mas como ela seria vista caso os olhos humanos pudessem enxergar as nuances da força gravitacional numa escala exagerada.
A imagem, produzida por pesquisadores da ESA (Agência Espacial Europeia) usando dados do satélite Goce, foi apresentada ontem durante um encontro em Munique.
Segundo a ESA, o oceano que aparece na ilustração (tecnicamente conhecida como um geoide) é uma espécie de "mar ideal", no qual não existem correntes marítimas ou marés. Já os "calombos" e as cores da imagem servem para ilustrar como a força da gravidade varia ao longo da superfície terrestre.
Isso ocorre porque o planeta não é uma esfera uniforme (embora esteja longe de ser realmente uma batata, como na imagem).
Em alguns lugares, a distribuição de matéria é irregular. há mais massa (mais rochas ou água, por exemplo) em certas posições, o que se reflete na distribuição da força gravitacional: quanto mais massa, mais gravidade.
O Goce consegue medir isso porque carrega vários acelerômetros. São o que o nome diz: medidores de aceleração. Posicionados em locais diferentes da nave, eles "sentem" a atração gravitacional da Terra de forma distinta, originando o mapa.
Os dados devem ajudar, por exemplo, a entender grandes terremotos, já que neles há o rearranjo de massas de terra e, portanto, do campo gravitacional.
 Pombos correios e o campo magnético da terra
Os pombos-correios se orientam graças ao campo magnético da Terra e não ao seu olfato, indica estudo publicado pela revista "Nature", que chama atenção para a existência de magnetita no bico das aves.
Segundo a pesquisa, esse "ímã natural" permite aos pombos ter uma percepção magnética dos percursos e cobrir grandes distâncias sem se perderem, regressando depois ao ponto de partida.
Mas esta explicação magnética das aptidões dos pombos-correios é contestada por alguns especialistas que atribuem a orientação destes pássaros a certos odores que vão encontrando na atmosfera.
Campo magnético
No seu trabalho de pesquisa, a equipe do professor Cordula Mora, da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, conseguiu provar que os pombos são sensíveis às perturbações do campo magnético da Terra.
Numa experiência, os pombos-correios foram colocados num túnel de madeira com uma bobina elétrica móvel em sua parede externa. Os pássaros se dirigiam para uma das saídas do túnel se o campo magnético era perturbado, e para o outro no caso contrário.
Quando os pesquisadores colocavam um ímã em seus bicos, a capacidade para seguir as instruções da bobina ficava enfraquecida. O mesmo efeito foi observado quando o bico as aves era anestesiado.
Segundo os especialistas, o experimento demonstrou que os pombos realmente se orientam pelo campo magnético. Além disso, a capacidade de orientação dos pássaros diminui quando se corta um nervo que fornece informações visuais ao cérebro, mas não com o corte do nervo olfativo, o que prova, segundo eles, que não dependem de odores para regressar ao seu ponto de partida. 

Criar pombos-correio ainda é hobby

O Brasil tem mais de 3.000 praticantes, estima a Federação Columbófila Brasileira. Campeonato Paulista começará em maio.
A nuvem de pombos sobrevoa as casas de uma pequena rua no bairro do Jabaquara (zona sul de São Paulo).
Os que olham do chão não conseguem perceber, mas aquelas aves que fazem belas coreografias ritmadas no céu são, na verdade, pombos-correio. Alguns são campeões brasileiros e paulistas, capazes de voar a uma velocidade de até 120 km/h (mais do que o permitido a automóveis em grande parte das rodovias brasileiras).
pombo correioA velocidade foi adquirida por meio de muito treino, orquestrado diariamente pelo aposentado Félix Ângelo Buonafine (foto), 76, um columbófilo (criador de pombos-correio) há 46 anos. No quintal de sua casa, ele possui 120.)
Os pombos-correio são treinados para competições, que acontecem todos os anos em todas as partes do Brasil. Como essas aves têm a habilidade instintiva de retornar para casa, de onde quer que estejam, as provas consistem em soltá-las cada vez mais longe do criadouro e calcular qual faz o trajeto de volta em menos tempo. Na última competição deste ano, em setembro, elas terão que percorrer 1.030 km em um dia.
A columbofilia é um hobby que reúne cada vez menos praticantes em São Paulo. Hoje, existem cerca de 80 criadores de pombos-correio na cidade, segundo o aposentado Buonafine, que faz parte da diretoria da Federação Paulista de Columbofilia. Quando ele começou a coleção, em 1963, eram 200.

No Estado, hoje são 500, diz. E, no país, 3.000 estima a Federação Columbófila Brasileira.

Para o columbófilo do Jabaquara, o principal motivo para o desinteresse de novos praticantes é a falta de espaço na cidade: o pombal dele, por exemplo, ocupa uma área de 12 metros quadrados, um luxo para a maioria dos paulistanos, que vivem em apartamentos.
Para que a boa performance das aves seja garantida, elas recebem uma alimentação adequada: uma mistura de milho, sorgo, cevada e feijão. O ambiente em que elas vivem também tem que ser limpo diariamente e, uma vez por semana, o pombal é pulverizado com uma solução desinfetante. Como as aves podem ter contato com pombos de vida livre, durante as provas e os treinos, os cuidados ajudam a evitar que elas proliferem eventuais doenças.
Uma vez por dia, os pombos-correio são soltos para um voo pela vizinhança, o que funciona como treino. Um mês antes das competições, os treinos se intensificam, conta o também columbófilo Brasílio Marcandoro Neto, 58, que tem 95 pombos. As aves passam a ser soltas cada vez mais longe de casa, fazendo trajetos semanais de até 70 km.
Campeonato começará em maio
O sexto Campeonato Paulista de Columbofilia começará em 23 de maio. Os pombos-correio da cidade partirão em um caminhão do parque da Água Branca (zona oeste) para Rio Claro (173 km de SP).
As aves terão que retornar voando para seus pombais --o pombo-correio tem a habilidade instintiva de voltar, de onde quer que esteja, para o local onde foi criado. Antes das provas, cada pombo recebe em sua pata uma fita numerada. Cada criador recebe um relógio lacrado pela federação.
Quando a ave retorna, o criador insere a fita no relógio, e o equipamento registra a hora da chegada.