quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Tendências do reúso de água em postos de combustíveis

Hoje, os postos de rodovia que não possuem rede de esgoto já são obrigados, pela Resolução 237 do Conama, a dar destino correto – leia-se tratar antes de descartar - a seus efluentes (água utilizada na lavagem de veículos e da pista). Para os postos urbanos, salvo locais onde há lei específica, basta manter uma caixa separadora e efetuar a limpeza regularmente. Porém, em breve todos os estabelecimentos terão de ter sistemas de tratamento, uma vez que somente caixa separadora não garante os padrões de emissão exigidos pela legilação ambiental e isso pode se tornar em uma grande dor de cabeça para os donos desse tipo de estabelecimento pois, a emissão de elfuentes fora dos padrões é crime ambiental.

Já existem diversas leis municipais que instituíram o reuso de água, em cidades como Brasília, Limeira (SP), e em algumas localidades no interior de Santa Catarina. No Rio de Janeiro, há um projeto em tramitação. Em diversas cidades do interior de São Paulo, as prefeituras tendem a implantar leis semelhantes. Na própria capital paulista, a Lei 14.018, de 28 de junho de 2005, que instituiu o Programa Municipal de Conservação e Uso Racional da Água em Edificações, estabelece que todas as edificações devem ter sistemas de reciclagem de água. Novos projetos (incluindo postos revendedores) só são aprovados se incluírem planos para implantação de sistemas de tratamento.

O investimento para aquisição de uma estação de tratamento e reúso por exemplo em um posto que irá abrir, representa menos de 3% de todo o investimento. Além disso, a água da rede urbana pode chegar a custar em algumas cidades, cerca de R$ 20,00 por metro cúbico (valor do metro cúbico da água mais taxa de esgoto), dependendo do consumo, uma vez que no cálculo da conta é usada uma equação exponencial. Trantando e reusando a água de lavagem esse custo fica em torno de R$ 1,50 por metro cúbico. Existem casos em que a conta de água sofreu uma redução de mais de R$ 40.000,00 por mês. O valor gasto com o equipamento mais a obra civil necessária para captar a água antes jogada fora foi recuperado em menos de 4 meses.

Tecnologia para reúso, linhas de financiamento, retorno do investimento tudo isso já é possível. Basta um vislubrar essa grande oportunidade de conciliar meio ambiente com economia de dinheiro. Os exemplos já existem e com muito sucesso.

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