Reprodução de tela do meu impressionista favorito, o grande, o inimitável, o mágico: Monet (1840-1926).Descobri, durante o processo, que o mestre concluíu este quadro precisamente cem anos antes do meu nascimento...
Na descrição técnica desta tela, inscrita na obra 'Monet' (A Era dos Impressionistas, 1995) da editora 'Globus', pode ler-se: 'As paisagens nevadas são um suporte perfeito para as ideias dos impressionistas, posto que as sombras e os matizes da luz convertem o manto branco numa subtil sinfonia de matizes. Aqui vão desde os leves toques amarelos da zona iluminada no primeiro plano até aos azuis e violáceos das sombras.' O que não é dito é que estes efeitos matizados são extremamente difíceis de conseguir! Desisti umas trezentas vezes, e este pequeno quadro, de 25x20, levou mais de seis meses a ser concluído.
Está longe de estar perfeito. Está parecido. Ao longe. Assim que aproximamos a foto original do meu resultado saltam à vista mais mil e um detalhes que não consegui captar, ou que captei mal. Ainda assim, gosto do meu quadro de sacrifício. Precisamente porque sei a que ponto esteve perto de ser mandado para o lixo. A sua conclusão é uma vitória da persistência e devoção ao Mestre.
Atrevo-me a dizer que só mesmo um extraordinário copista conseguiria reproduzir na perfeição as pinceladas de Monet...
Diz Cristoph Heinrich, na sua obra 'Monet' publicado pela editora Taschen, que 'Claude Monet é o pintor da luz do dia, do ceú, da neve, das nuvens a reflectirem-se na água e o primeiro a pintar quadros quase completamente brancos. Ao longo da sua vida, mesmo nas suas últimas telas - os nenúfares -, ele acrescentou o branco às suas cores, retirando da sua pintura as tonalidades desvanecidas que, nesta natureza-morta, ainda dominam. Monet é o pintor da luz.'
Com tão poderoso comentário, que resta para dizer?
Mas voltarei a Monet, pois ele é inesgotável. E voltarei com fotos da sua casa de Giverny, onde tive o verdadeiro privilégio de visitar os maravilhosos jardins, com o lago dos nenúfares, pisar a famosa ponte japonesa, e entrar na sala estúdio de Monet. Uma experiência ímpar...
12 comentários:
Eu logo vi k tinhas k andar entretida com alguma coisa para andares tão "caladinha".
bjs e bom domingo
P.s. Tá mt bonito
Ontem estava com a moléstia...low profile, sabes como é. Há dias parvos.
Beijocas e obrigada
(tentanto "teclar" enquanto apanho o queixo que me cauiu ao chão ao entrar no teu canto)
Tu realmente és uma caixinha de surpresas!!!
Despistada como só eu sou nunca me tinha apercebido que tinhas este blog, mas mais grave, não fazia a mais pequena ideia que pintavas e ainda por cima este tipo de quadros!! (o raio do queixo não sobre...)
Muitos parabéns Safira!
Temos artista :)
Beijosss
Errata: para veres como fiquei olha a quantidade de erros dados:
caiu e não cauiu
sobe e não sobre
Arrre que eu detesto erros ortográficos!!!! (cada tolo cm a sua mania)
Obrigada, Ka!
Deu-me vontade de rir porque acabei de ir fazer uma errata também num comentário que deixei. Tinha um erro de concordância, e tb me irrita imenso :)
Quanto ao resto...pois, a malta tem de se entreter. É o que dá não ficar com os números de gajos giros no metro...LOL!
Beijocas e obrigada
PS: melhoras do queixinho!
reparei que pintas quase sempre quadros pequeninos. 25x20... porque é que nao partes para um 50x50 ou assim algo dessa dimensao? Muito dificil?
Ah! E com o que já vi até agora, nao tens desculpa para nao fazeres um da tua autoria!!
Inventa!! ;)
Bom, não percebo nada de pintura, mas quando estive em Paris (lá lá vão 23 anos) andei a correr todos os museus que exibiam pintores impressionistas, que é uma das correntes (se é assim que se diz) que me agrada mais, bem como à amiga com quem ia.
E sim, aquilo parece-me bem difícil de pintar/imitar, que é pinceladinha sobre pinceladinha, por vezes que mal se nota, para conseguir todos aqueles matizados e tonalidades.
Contudo, dos três quadros que aqui colocaste este mês, do que gostei mais foi do pastoral. Claro, isto é apenas e só a modesta opinião de uma leiga, que olha e gosta assim à primeira vista, sem qualquer outro tipo de sofisticação... ;)
Jinhos!
Fausto: Olha que não, olha que não. Os primeiros que postei andam todos à volta dos 60x70. A pastora é o maior de todos, 60x80.
Tenho outro do mesmo tamanho, mas ainda n postei.
E tenho outro para acabar que tb tem 50x60. E outro para começar que tem 60x70. Ando sempre mais ou menos nisto. Os pequeninos era mais no início. A não ser que te estejas a referir aos mesmo pequeninos que fiz para o casamento da mana...ah, se calhar é isso, ocorreu-me agora! Mas esses tinham uma finalidade especial, e tinham de ser pequenos. Olha teres uma tela de 50cm em cima da mesa, dava um jeitão!
Beijocas
Teté: eu ainda tenho o Musé D'Orsay atravessado...estava lá uma exposição de Rembrandt há uns anos e eu não consegui ir. Está na lista dos 'a visitar' da próxima vez.
A pastora também é o meu preferido, e não só dos de Julho. Acho que é mesmo o meu preferido de todos.
Beijocas
E olha que até é mais fácil pintar quadros grandes, as áreas são maiores, portanto a pincelada é mais fluída; e é difícil o detalhe nos pequeninos.
Salve Monet!
Aqui, na minha cidade, tem um Bar chamado Casa de Monet, uma homenagem ao grande pintor da luz.
Beijos***
Bolas, mulher, isso é que é polivalência, tu pintas tudo!!! adoro, adoro, adoro, adoro!!!
Oi, não sabia que Monet er ao pintor da luz!... que beleza saber disso. Hei-de ficar atenta quando vir mais um quadrod ele, já vi livros e livros de pinturas dele, maravilhosooooooo. Beijinhos.
Ficou mais parecendo um Van Gogh.
Por isso eu já pinto mais sob suas influências. LOL
Vi em LA uma exposição dele que me fez parar de pintar por uns 10 anos. Ele vez o que eu gostaria de fazer, mas há mais de 100 anos atrás.
Bjs do outro lado do Alêntico.
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