Como prevenir o desaparecimento de crianças

2nd quarta-feira, 2011  |   desaparecimento de crianças  |  no comments

Um dos maiores medos dos pais é o desaparecimento de crianças. Só em 2010, foram 4.477 desaparecimentos de crianças e adolescentes no Rio Grande do Sul, 13% a mais do que o ano anterior. Significa que a cada duas horas uma criança sumiu no Estado – ou 12 por dia. Mas, como consolo, houve 3.883 localizações – a maior parte de adolescentes que voltaram voluntariamente. Só na Capital, sumiram três a cada dia. A maior parte dos casos considerados misteriosos envolvem os pequenos e até motivaram uma CPI na Câmara dos Deputados que investiga os motivos do desaparecimento de crianças e adolescentes.

A presidente e uma das fundadoras da ONG Mães da Sé, Ivanise Esperidião da Silva Santos trabalha desde 1995 para reencontrar a filha, Fabiana, que sumiu aos 13 anos, a 120 metros do portão, quando voltava da casa de uma amiga. Segundo Ivanise, por trás do sumiço duradouro de crianças e adolescentes pode haver crimes graves, entre eles, tráfico de drogas, exploração sexual e tráfico de seres humanos. “Quanto mais o tempo passa, menores são as chances de a família reencontrar a pessoa procurada.”

Ivanise afirma que fatores culturais ainda atrapalham a identificação de pessoas desaparecidas. Ela desfaz, por exemplo, o mito de que a família tem de esperar 24 horas antes de registrar na polícia o desaparecimento de uma pessoa. “Isso nunca existiu. Ninguém tem de esperar 24 horas para registrar desaparecimento. Algumas delegacias e delegados criaram esse tabu. Mas não é o delegado que vai determinar o tempo para que seja elaborada a ocorrência”, disse ela.

Segundo a organização não governamental Mães da Sé a maioria das crianças desaparecidas é menina e tem menos de dezoito anos. A maior parte é de famílias de baixa renda – em oito mil casos só três são de classe média. E curiosamente a criança não some no meio de uma multidão como a gente pensa, mas sim perto de casa

Alguns cuidados que podem fazer a diferença:

  • Desde cedo, ensine à criança o nome completo do pai e da mãe 
  • Tire o RG (Registro de Identidade Civil) da criança o quanto antes 
  • Ensine à criança o número do telefone de casa
  • Oriente a criança a não dar informações a qualquer estranho que se aproxime
  • Oriente a criança a não receber doces, balas e brinquedos de desconhecidos
  • Garanta que a criança esteja sempre acompanhada de alguém de confiança da família.
  • Procure saber quem são os amigos da criança 
  • Preste atenção no comportamento de famílias cujos pais evitem contato da criança com a vizinhança 
  • Converse sempre com seus filhos 
  • Observe mudanças no comportamento de seus filhos
  • Orientar a criança quanto ao uso do cartão telefônico, bem como fazer chamadas a cobrar para pelo menos três números de parentes, e avisá-los desta orientação;
  • Não deixar as crianças com pessoas desconhecidas, nem que seja por um breve período de tempo, pois muitos casos de desaparecimento ocorrem nestas circunstâncias;

Como ajudar

  • Observar o comportamento de novos vizinhos em relação ao tratamento dispensado ao menores que com eles convivem, comunicando à Polícia qualquer fato suspeito.
  • Observar, em via pública, o trânsito de menores desacompanhados, idosos e portadores de necessidades especiais, caso apresentem desorientação, possibilidade de extravio ou mesmo dificuldade de expressão, comunique o fato à Polícia para queprestem a devida assistência antes que ocorra o seu paradeiro. O ideal é que você possa levar a pessoa até o posto policial mais próximo.
  • Comunicar e registrar o desaparecimento do menor ou do adulto imediatamente após constatada a sua ausência, na Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida. Deve-se apresentar fotografia e documentação do ausente, caso existente, para início da busca. Para o menor, é necessária a apresentação da cópia da certidão de nascimento. No entanto, a ausência do documento não impede o registro e a busca.
  • Caso ocorra o retorno voluntário do desaparecido ao lar, contatar a Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, comunicando o fato.

O número nacional para informações sobre crianças desaparecidas é o Disque 100. 
Maiores informações:
Ministério da Justiça: http://www.desaparecidos.mj.gov.br/
Rio Grande do Sul: http://www.desaparecidos.rs.gov.br/

FONTE: DIGA NÃO A EROTIZAÇÃO INFATIL , GUIAME, DIARIO GAÚCHO.

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