Fig. 1: Vista aérea de Belém (Ap. de Beth)
Belém é uma estranha rede urbana – paradoxal, mas não no sentido controverso do termo. Tem-se a impressão de que realidades opostas convivem em perfeita harmonia: o rio e a floresta, a brisa e o calor, a modernidade e a tradição, o dentro e o fora, o centro periférico e a periferia do centro... Uma metrópole erguida em meio à floresta amazônica e às centenas de rios que a cortam. Moderna, mas vegetal. Correção: vegetal e, por isso mesmo, moderna.
Fig. 2: Casario antigo
O centro histórico da cidade é um lugar que merece ser percorrido com bastante atenção, uma vez que o espaço comporta um dos mais belos acervos arquitetônicos do país. As marcas do passado colonial ainda estão bem vivas nos prédios e, por certo momento, tem-se a estranha sensação de que seus habitantes vivem em um tempo manso, avesso à correria pulsante do relógio. Afirmo que isso não é apenas uma impressão subjetiva: o viajante que cruzar a cidade moderna e depois se dirigir ao centro histórico, sentirá facilmente a divergência de ritmo que marca esses dois ambientes.
Localizada às margens da Baía do Guarajá, a antiga Belém está repleta de encantos e segredos; constitui uma marca viva do sentimento de resistência e de preservação da memória cultural. Com efeito, é possível sentir o cheiro de cultura já ao andar pelos velhos ladrilhos das ruas e praças.
Localizada às margens da Baía do Guarajá, a antiga Belém está repleta de encantos e segredos; constitui uma marca viva do sentimento de resistência e de preservação da memória cultural. Com efeito, é possível sentir o cheiro de cultura já ao andar pelos velhos ladrilhos das ruas e praças.
Fig. 3: Prédio da Marinha
Fig. 4: Palacete das Onze Janelas
Fig. 5: Igreja
Fig. 6: Margem da baía
O Mangal das garças é uma parada obrigatória para quem visita a cidade de Belém; trata-se de uma espécie de parque ecológico com restaurante, viveiros, orquidários, quiosques e um mirante com cerca de 45m de altura (o que permite uma fabulosa vista da cidade). O local é moderno, atraente e muito bem organizado; de certa forma, ao percorrer cada recanto do parque, o turista se sente mais próximo da realidade amazônica – ainda que essa realidade tenha sido artificialmente moldada para o visitante.
Para começo de conversa, as pessoas são surpreendidas já na entrada do parque por três belas araras (uma vermelha e duas azuis). Como sempre se ouviu falar que as espécies correm grande perigo de extinção, essas aves reluzem como ouro diante dos nossos olhos; são pedras preciosas que, um dia (espero nunca aconteça), podem residir apenas na lembrança. Depois, a beleza natural das araras é indescritível – há qualquer ciosa de sublime e de extremada delicadeza em sua postura, capaz de deixar qualquer pessoa cega de tanto se perder em seu olhar.
Para começo de conversa, as pessoas são surpreendidas já na entrada do parque por três belas araras (uma vermelha e duas azuis). Como sempre se ouviu falar que as espécies correm grande perigo de extinção, essas aves reluzem como ouro diante dos nossos olhos; são pedras preciosas que, um dia (espero nunca aconteça), podem residir apenas na lembrança. Depois, a beleza natural das araras é indescritível – há qualquer ciosa de sublime e de extremada delicadeza em sua postura, capaz de deixar qualquer pessoa cega de tanto se perder em seu olhar.
Fig. 7: Vista aérea do restaurante do Mangal
Fig. 8: Araras
Fig. 9: Loja de artesanato
Fig. 10: No viveiro das borboletas
Fig. 11: Lago das garças
Fig. 12: Escadaria do restaurante
Localizada à beira de um rio, a Universidade Federal do Pará é outro local que merece ser visitado. O rio circundante derrama uma boa dose de lirismo e deixa os alunos embriagados de beleza; a brisa morna que emana das águas se confunde com o calor escaldante da terra e causa uma doce vertigem. A arquitetura do local é inusitada em alguns aspectos; o telhado de alguns prédios, por exemplo, lembra a cobertura das grandes ocas indígenas.
Fig. 15: Ponte metálica
Por fim, a Estação das Rocas (um dos lugares mais modernos de Belém) é outro ambiente de destaque na cidade. Localizada em um terminal fluvial, diversos barcos aportam com o intuito de conduzir os turistas às ilhas próximas da cidade. A noite nas Rocas é particularmente sedutora; a comida de excelente qualidade servida pelos restaurantes e o ambiente de fortes traços europeus (apesar de esse rio ser marcadamente regional) dão um toque poético à programação noturna. Por um momento, o visitante se sente suspenso no espaço... com os pés fixos em parte alguma.
Por fim, a Estação das Rocas (um dos lugares mais modernos de Belém) é outro ambiente de destaque na cidade. Localizada em um terminal fluvial, diversos barcos aportam com o intuito de conduzir os turistas às ilhas próximas da cidade. A noite nas Rocas é particularmente sedutora; a comida de excelente qualidade servida pelos restaurantes e o ambiente de fortes traços europeus (apesar de esse rio ser marcadamente regional) dão um toque poético à programação noturna. Por um momento, o visitante se sente suspenso no espaço... com os pés fixos em parte alguma.
Fig. 16: Vista aérea
Reafirma-se: Belém é uma cidade adorável. Bela além dos seus limites. É um ótimo lugar para se visitar e, se ainda assim alguém tem dúvida quanto aos seus encantos, deixe o eco sombrio de sua cultura repercutir em suas mais secretas víceras: Belém... Belém... Belém...
2 comentários:
A cidade é muito linda mesmo,as fotos todas muito boas....
André, gostaria de fazer um comentário não sei se oportuno, li e se não entendi, peço desculpas, mas não é estação das Rocas e sim das Docas.
Valeu?
Ok!
Vou ler com mais calma e depois entro em contato novamente.
Obrigada!
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