Este Blog tem como principal objectivo, dar a conhecer o trabalho realizado pelas alunas Andreia Costa e Tânia Batista na disciplina de Área de Projecto, intitulado 'Efeitos do abandono afectivo nas crianças e adolescentes', assim como a evolução do mesmo ao longo das semanas. Agradecemos a vossa colaboração.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Causas e consequências da violência Juvenil

Famílias carentes são ambiente propício para estimular a violência contra a criança
Parte das famílias denunciadas por maus tratos a seus filhos, maiores causas de relatos de negligência com crianças, também precisam de proteção para encaminhar os filhos para a vida adulta.
O problema é que os serviços oferecidos pelo Estado revelam-se insuficientes para alterar a precariedade da situação de pobreza vivida por essas famílias. Essas famílias são material e emocionalmente carentes, desprotegidas e privadas das mínimas condições para uma vida considerada aceitável. A falta de cuidados com os filhos, que muitas vezes provém dessa situação de carência, é a principal causa da formação de adultos violentos. As razões para essa ação ou omissão dos pais, nem sempre são intencionais. O surgimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) fez com que aumentasse o número de denúncias, tornando visível o que antes estava camuflado. Criou mecanismos de controle social e forçou o debate. Mas sem a interferência de entidades públicas e privadas, com programas de esclarecimentos claros e políticas públicas adequadas de acordo com a realidade das famílias, os pais não conseguirão superar as dificuldades que os levam à prática da negligência.A negligência não pode ser entendida apenas no contexto interno das famílias, pois essas sofrem com o impacto de fatores sociais, políticos, econômicos e jurídicos que criam dificuldades para os pais proporcionarem um cuidado decente a seus filhos. As famílias pobres mantêm um vínculo de dependência com práticas assistencialistas e não possuem recursos próprios e permanentes. Não se trata de passar da posição de 'algoz para vítima', mas da percepção de que somos todos 'agentes e vítimas' de processos violentos que se arrastam historicamente e que necessitam ser enfrentados em todos os níveis governamentais e não-governamentais.Outra constatação importante é que não se trata apenas de uma pobreza material, mas de uma pobreza cultural e social levada às últimas conseqüências pela mídia, onde a sociedade é orientada para o consumo exacerbado e onde a cultura está voltada apenas para o entretenimento.Nesse sentido, a defesa de uma sociedade igualitária passa a ser factor determinante no debate sobre direitos humanos das crianças e adolescentes.

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