sábado, 25 de setembro de 2010

Cargill compra marcas de molho de tomate e torna-se líder do segmento

A multinacional americana de alimentos Cargill comprou por R$ 600 milhões a unidade de molhos, polpas e extratos de tomate da anglo-holandesa Unilever, e assim tornou-se líder do segmento.

A compra inclui tanto as unidades de produtos para varejo quanto as de food service.

Está nas mãos do CADE a aprovação da transação.

As marcas adquiridas foram:

  1. Pomarola;
  2. Tarantella;
  3. Elefante;
  4. Pomodoro.

História da Cargill

A Cargill tem sede em Mineapólis (MN) nos Estados Unidos, foi fundada em 1865 e atua nos segmentos de produção e comercialização de alimentos, produtos agrícolas e financeiros e produtos e serviços para a indústria.

  • São 131.000 funcionários em 66 países nos 5 continentes;
  • Receita de US$ 107,8 bilhões e lucro líquido de US$ 2,6 bilhões, no exercício fiscal de junho de 2009 à maio de 2010.

A multinacional americana de alimentos está no Brasil desde 1965, sediada em São Paulo, no Brooklin, conta com aproximadamente 7.500 colaboradores e está há 10 anos, ininterruptos, na lista de As Melhores Empresas para Você Trabalhar.

Segmentos, Produtos e marcas

  • Consumo:
    • Azeites;
    • Azeitonas;
    • Maioneses;
    • Massas;
    • Molhos para salada;
    • Óleos refinados;
    • Óleos compostos;
    • Molho, Extrato e Polpa de tomate (Recém adquirido da Unilever).
      • Liza;
      • Maria;
      • Purilev;
      • Mazola;
      • Gourmet;
      • Olivia;
      • Veleiro;
      • La Española;
      • Gallo;
      • Delverde;
      • Pomarola (Recém adquirida da Unilever);
      • Tarantella (Recém adquirida da Unilever);
      • Elefantes (Recém adquirida da Unilever);
      • Pomodoro (Recém adquirida da Unilever);
  • Ingredientes Alimentícios:
    • Lácteos;
    • Bebidas;
    • Confeitos;
    • Panificáveis;
    • Molhos, Margarinas e Maioneses;
    • Amidos & Adoçantes;
    • Aromas;
    • Cacau & Chocolate;
    • Foods Especialidades;
    • Gorduras Vegetais;
    • Saúde & Nutrição;
    • Texturizantes;
  • Agrícola
    • Açúcar & Etanol;
    • Algodão;
    • Complexo Soja;
  • Industrial
    • Amidos Industriais;
    • Bioplásticos;
    • Metais;
    • Óleos Industriais;
  • Financeiro e Gerenciamento de Risco
    • Trade and Structure Finance (TSF);
    • Gerenciamento de Risco;
    • CarVal Investors.

A compra, para a Cargill

Segundo Daniela Bretthaurer, da Raymond James, essa compra faz todo o sentido para a Cargill, pois essa expansão de portfólio é complementar aos negócios da empresa e otimizará a rede de distribuição que já está montada no Brasil.

O motivo da venda, para a Unilever

Ainda de acordo com Daniela, a venda que a Unilever fez está de acordo com a estratégia da anglo-holandesa de trabalhar somente com marcas globais, e isso ainda reduz os investimentos em marketing e propaganda, por exemplo.

A não compra pela Hypermarcas

Conforme análise da Daniela Bretthaurer, para a Hypermarcas, que almeja ser a Unilever brasileira, o negócio não se enquadraria na estratégia de expansão da empresa, pois esta prioriza os segmentos farmacêutico e de higiene e limpeza, os quais tem maior valor agregado.

Dados Nielsen sobre o segmento de Molhos

  • Molho pronto cresceu 11,3% ao ano entre 2007 e 2009. Esse crescimento é justificado pelo aumento do consumo de produtos prontos pela classe C;
  • A venda de polpa e purê de tomate caiu 8,2% no mesmo período.

Notícia do jornal O Estado de S. Paulo de 25 de setembro de 2010, do caderno de Economia, com o título: “Cargill paga R$ 600 milhões por fábrica e marcas de molho de tomate da Unilever”, dados dos sites http://www.cargill.com/ , http://www.cargill.com.br/brazil/pt/home/index.jsp e da revista VocêS/A|Exame, edição especial 2010, 150 Melhores Empresas para Você Trabalhar, de setembro de 2010.

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