terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Ética e Amor

No dia 30/10/2009, após a apresentação de nosso projeto para outras escolas médicas brasileiras no COBEM 2009, retomamos nossas reuniões em grande estilo: fomos ao cinema assistir ao filme Uma Prova de Amor.


No drama Uma prova de Amor, de Nick Kassavetes, Cameron Diaz vive a mãe de uma jovem que luta contra a leucemia. A trama, baseada no romance de JodiPicoult, se desenvolve com os questionamentos de sua filha mais nova, que foi concebida para que pudesse doar medula óssea à irmã. (fonte: oglobo.com)


O drama que daquela família emocionou a todos nós do A.M.A.R.T.E. (o papel do banheiro foi insuficiente para enxugar as lágrimas). No começo não entendemos a atitude da irmã (que questiona o porquê de ter que ser a salvadora da irmã), a achamos egoísta. Mas essa primeira opinião logo se desfaz e a comparação com o filme “A Ilha” torna-se inevitável.

A nossa inquietação era grande, eis que surgiram alguns questionamentos. Reflita a respeito:

1- O sentimento da mãe é amor?
2- É ética a indicação do médio e a atitude dos pais em ter outro filho para salvar a vida do irmão? Até que ponto a ética pode agir em nome do amor?
3- Quem amava mais Kate (a filha com leucemia)? Os irmãos ou a mãe?
4- Será que houve conflitos de intresse do advogado no caso? Se ele não fosse epiléptico, se interessaria da mema forma?
5- Segundo Kluber Rosso, em Sobre a Morte e o Morrer, o paciente terminal passa por cinco fases: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. Em qual dessas fases a mãe se encontrava? e a menina Kate?


2 comentários:

  1. mais onde esta a ética profissional neste filme?

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    1. A resposta não é cartesiana e simplista como parece. O que se pergunta é: até que ponto a busca pela prolongação da vida traduz-se em vida digna? O direito de morrer passa pela dignidade da pessoa humana. Transformar o direito a vida a dever de sofrimento não é certo. COntudo, a medicina e uma mãe , determinada a não enterrar sua filha amada são facilmente compreendidos no caso concreto do filme, em que se objetiva o bem estar maior da filha doente. O equilíbrio e o limite entre tratamentos terapêuticos e o direito de morrer dignamente é um dabate complexo, logo se torna difícil responder a esta pergunta simplista. Aliás, somente no momento em passamos por situação análoga que podemos nos colocar em pé de julgamente e responder: o que é ética profissional? Qual a conduta mais correta e menos dolorosa?...

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