História

OS PRIMÓRDIOS DA ABPF

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        A Associação Brasileira de Preservação Ferroviária - ABPF foi fundada em 1977 pelo francês Patrick Henri Ferdinand Dollinger, e reúne interessados na preservação e divulgação da história da ferrovia brasileira. Apaixonado por locomotivas a vapor e por ferrovias, Patrick chegou ao Brasil em 1966 e preocupado com o abandono da história ferroviária brasileira, resolveu criar uma entidade de preservação, nos moldes das existentes na Europa e Estados Unidos.

        Para contatar pessoas interessadas em unir-se a ele, em fevereiro de 1977, publicou um pequeno anúncio no jornal "O Estado de São Paulo", que dizia o seguinte:
"LOCOMOTIVAS A VAPOR: Com a finalidade de iniciar uma associação, tendo como interesse principal a preservação, restauração e operação de locomotivas a vapor e assuntos ferroviários em geral, procuro pessoas interessadas neste hobby muito popular na Europa e nos Estados Unidos. Escrever para Patrick Dollinger CP 2778, CEP 01000, São Paulo, ou telefone 32-0579 noite 853-4728".

        Apenas duas pessoas responderam neste momento, Sérgio José Romano e Juarez Spaletta. Os três passaram, então, a fazer contatos com pessoas de mesmo ideal. No dia 4 de setembro de 1977, foi possível realizar a assembléia de fundação da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária. Nesta assembléia, havia somente 14 pessoas. Estava, portanto, criada a ABPF.

Os Primeiros Passos

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        A primeira ação da ABPF foi instituir uma campanha nacional para impedir o sucateamento de locomotivas a vapor. Com isto, a entidade conseguiu sensibilizar a administração da Rede Ferroviária Federal S. A. da época, como também obteve seu apoio. De uma só vez, a RFFSA cedeu a ABPF 13 locomotivas a vapor desativadas.

        A segunda grande missão foi conseguir um ramal desativado para colocar este material. Depois de um levantamento de trechos desativados no Estado de São Paulo, Patrick optou pela antiga linha tronco da Cia. Mogiana, entre Anhumas (Campinas) e Jaguariúna.

        Em 1979, a FEPASA – Ferrovias Paulistas S.A.- atendeu ao apelo da ABPF e cedeu, em comodato, este trecho de 24km. Ali, foi realizado um trabalho árduo de recuperação de recuperação de locomotivas a vapor, carros de passageiros, vagões, estações e via permanente. Em setembro de 1984, era criado o Museu Ferroviário, com 24km de extensão, chamado de Viação Férrea Campinas-Jaguariúna – VFCJ.

        Infelizmente, Patrick Dollinger não viu o seu sonho ser realizado por completo. No dia 17 de julho de 1986, faleceu nos Estados Unidos, vítima de um acidente automobilístico.

        Com sede localizada na cidade de Campinas, a ABPF é composta de uma Diretoria Nacional e Divisões Regionais e Núcleos, espalhados pelo país.

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