FORMANDO PENSADORES

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

OS SISTEMAS EDUCATIVOS NA AMÉRICA LATINA

Artigo - 15/01/2010

ANÁLISE COMPARATIVA DE SISTEMAS EDUCATIVOS E REFORMAS EDUCATIVAS DE PAÍSES INTEGRADOS AO MERCOSUL
A educação num contexto geral, e em especial na América latina não é exemplo para nenhum outro país do mundo. Os estudos realizados nos permitiram entender as transformações ocorridas nas últimas décadas no campo da educação dessa parte do mundo. A comparação entre a história de gerações mostra a evolução dos indicadores educacionais nesses países.
Os estudos realizados sobre o Paraguai, por exemplo, nos proporcionou conhecer ou pouco sobre o sistema educativo que presenciou 25 anos de ditadura num período pós-guerra. O que abalou a economia fazendo com que as verbas destinadas à educação fossem esmagadas, deixando a população num mar de problemas políticos, econômicos e sociais. Em 1989 a ditadura chega ao fim. Em 1992 foi criada a nova Constituição na qual se instituiu a Língua Guarani como língua oficial e obrigatório nas escolas, o que vem ajudar na educação das crianças das escolas rurais. Atualmente o ensino superior oferece poucas vagas, apenas para quem deseja realmente fazer um curso superior, pois os salários de graduados não é muito interessante. Em 1996 a Lei Geral da Educação foi instituída, então foi dado o primeiro passa para que a educação começasse a melhorar. O docente ainda não possui formação universitária, portanto a reforma não é vista na realidade, então podemos dizer que a educação no Paraguai ainda tem muitos caminhos a enfrentar.
A educação no Chile remonta a primeira metade do século XIX. Em 1981 iniciou-se uma reforma universitária e, em 1990 ocorreu uma reformulação na política educativa do país. Mas o que impulsionou as políticas educativas do Chile foram as privatizações de empresas públicas o que contribuiu para melhorar a economia proporcionando maior oferta de verbas para a educação. Pelos dados do PISA (2006) a educação chilena é considerada como uma das melhores do mundo, resultado de uma política organizada de aplicação de verbas. Um dos fatores que contribuiu para esse avanço, foi a política de inclusão digital obrigatória nas escolas. A partir disso ocorreu a valorização do profissional da educação oferecendo cursos de aprimoramento e qualificação. Hoje, 99,7% das crianças em idade escolar estão na escola. Esses são dados relevantes que mostram que o país está caminhando bem  nesse sentido.
Na Argentina as reformas permearam a década de 90, pois a Lei Federal de Educação está em constante reformulação. A última reforma ocorreu em   2006. Em relação ao ensino básico, a Argentina tem um dos melhores índices na Educação.
A Bolívia possui três idiomas oficiais, o espanhol e duas línguas indígenas. Por ter 2,3% de crescimento demográfico por ano o analfabetismo rural cresceu, porque as crianças que chegam a idade escolar, iniciam os estudos,  mas abandonam para ajudar os pais. Como o PIB do país é relativamente baixo, na Bolívia, gasta-se 23% com educação. Em 1995 uma mudança na economia promove um interesse em melhorar a educação. Só em 1999 ocorreu uma reforma educativa com caráter democrático. Em relação à educação indígena, observa-se que as crianças, na sua maioria abandonam a escola porque se deparam com o idioma espanhol, e por enquanto não há nenhuma política que favoreça maior apoio aos indígenas.
No Uruguai a situação educativa é bem parecida com os demais países. Com o regime militar criou-se um de educação, por isso é o país latino com menor índice de analfabetismo, considerando o valor reservado à educação. A partir dos 5 anos até os 14 a educação é obrigatória e gratuita.
A educação brasileira não é diferente, mas apresenta algumas políticas que a diferenciam dos demais países latinos. O atual governo criou uma série de projetos de amparo ao estudante: o  PDDE, o PDE, o FUNDEB, o PROUNI, o PROINFO, a BOLSA  FAMILIA, a BOLSA ESCOLA, o projeto ACELERAÇÃO, investimentos  que se fossem bem fiscalizados   certamente trariam um grande benefício as sujeitos do processo educativo.
Fazendo uma comparação dos problemas da educação brasileira com outros países da América Latina percebemos um problema básico no contexto educacional: a repetência escolar e a pobreza de conhecimento dos alunos  ocasionados  por problemas de equidade política e social.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
3.    KELLY,Garl P. A educação comparada e os problemas de transformação: um roteiro da década de 80. São Paulo. EDU.1989.


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