sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Core Training: Uma Estratégia Eficiente No Diagnóstico E Na Prevenção De Lesão



Atualmente, vêm sendo observado um aumento da ausência de trabalhadores em decorrência a diversos tipos de lesões, pois realizam suas funções em posições desconfortáveis e posturas inadequadas.


Tendo em vista tal cenário, pesquisadores da University of Arizona, realizaram um estudo para avaliar se o Core Training ajudaria na prevenção de tais lesões decorrentes de posturas inadequadas.


Uma bateria de testes para movimentos funcionais foi aplicada em mais de 400 bombeiros. Os testes de movimentos funcionais foram correlacionados com as lesões desse grupo. A partir daí, eles criaram e aplicaram treinos físicos para a melhora da flexibilidade e força nos músculos estabilizadores.


Os pesquisadores constataram que o tempo perdido com as lesões foi diminuído em 62% e o número de lesões em 42% em apenas 12 meses. Esses dados foram comparados com um grupo controle de muitos anos.


Esses resultados sugerem, portanto, que a melhora na flexibilidade e força dos músculos estabilizadores através de treinamento físico específico para esse propósito previne lesões em trabalhadores cujas funções envolvem estarem em posições e posturas inadequadas.


Fonte: J Occup Med Toxicol. 2007 Apr 11;2:3

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Idosos Portadores De Câncer vs. Atividade Física E Boa Alimentação



Pesquisadores Americanos avaliaram idosos (> 65 anos) portadores de Câncer de próstata ou de mama com o intuito de tentar quantificar se intervenções no estilo de vida dessas pessoas, principalmente a inclusão da prática de atividade física aliada a uma boa alimentação, teriam um impacto positivo na qualidade de vida dessas pessoas e na independência das mesmas.


Mais de 400 idosos foram observados durante um período de 6 meses. O grupo de intervenção participou, durante tal período, de exercícios físicos prescritos para serem realizados em casa mesmo, em conjunto com uma alimentação balanceada.


Já o grupo controle não participou de nenhuma atividade física, nem de uma rotina de alimentação adequada. Eles apenas receberam informações gerais sobre saúde.


Como era de se esperar, ao final do período de 6 meses, os pesquisadores observaram melhora significativa no comportamento, estilo de vida e independência das pessoas pertencentes ao grupo de intervenção.


Fonte: J Clin Oncol. 2006 Jul 20;24(21):3465-73

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Comparação No Enrijecimento Da Sola do Calcanhar Entre Corredores e Ciclistas



O objetivo desse estudo realizado por pesquisadores da Pennsylvania State University – EUA, foi de comparar as propriedades mecânicas das solas dos calcanhares de corredores, que repetitivamente sobrecarregam as solas de seus calcanhares durante os treinos, e de ciclistas que não sobrecarregam essa mesma parte do corpo durante seus treinamentos.


Os cientistas usaram da ultrasonografia para avaliarem a rigidez das solas dos calcanhares dos sujeitos.


Não houve diferença na espessura da sola do calcanhar entre os grupos, quando ajustadas pela altura. Também não houve diferença entre os grupos no que diz respeito à porcentagem de energia perdida durante a sobrecarga.


Porém, o enrijecimento na sola dos pés dos corredores foi estatística e significantemente menor do que nos ciclistas.


Esses resultados indicam que a natureza da atividade praticada pelo indivíduo pode influenciar na propriedade da sola dos pés dos mesmos.


Fonte: J Appl Biomech. 2008 Nov;24(4):377-81

sábado, 24 de janeiro de 2009

Cor dos olhos pode ter algum efeito sobre visão, dizem especialistas

Evidências são escassas e inconclusivas, mas indicam alterações.

Olhos claros são melhores com precisão; olhos escuros, com reação.


Será que a cor de seus olhos pode afetar mais que apenas sua vida amorosa?

É fato conhecido que pessoas com olhos mais claros tendem a ser mais sensíveis à luz, resultado de menos pigmentação na íris para protegê-las da luz do sol. Isso pode colocá-las sob um risco maior de degeneração macular e outros problemas relacionados aos olhos. Porém, não está claro se isso se estende à visão.

Se há diferenças, elas parecem ser sutis. Há muito poucas evidências – ou nenhuma – de que um olho mais escuro significa maior acuidade visual, mas uma teoria sugere melhores tempos de reação nessas pessoas.

Estudos examinaram esse fato analisando o desempenho em esportes. Um estudo, da Universidade de Louisville, descobriu que pessoas com olhos escuros desempenhavam melhor "tarefas de reação", como atingir bolas, jogar na defesa num jogo de futebol americano e lutar boxe. Mas pessoas com olhos claros se saíam melhor em "tarefas de maior precisão", como dar uma tacada numa bola de golfe, lançar bolas de beisebol ou jogar boliche. Um estudo similar com estudantes de universitários descobriu que os participantes com olhos mais escuros eram melhores em bater bolas de squash.

No entanto, outros estudos contestaram essas descobertas, incluindo um que analisava jogadores de rúgbi. Cientistas afirmam serem necessários mais estudos.

Conclusão: há evidências limitadas de que a cor dos olhos pode ter um leve efeito na visão.

Fonte: www.g1.com.br

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

1/4 Dos Suplementos Alimentares Possuem Anabolizantes


Um em cada quatro suplementos vendidos para praticantes de atividade física possui em sua fórmula esteróides anabolizantes não declarados no rótulo. É o que aponta levantamento da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, realizado com base na análise de 111 amostras no Instituto Adolfo Lutz.



Os anabolizantes, quando tomados sem orientação médica, podem causar inúmeros efeitos negativos no organismo, como acne, impotência sexual, calvície, hipertensão arterial, esterilidade e problemas cardíacos Os produtos, comercializados na capital e no interior do Estado, foram apreendidos pela polícia e pelos serviços de vigilância sanitária locais durante o ano de 2007.



O levantamento também apontou que 85,6% dos suplementos não apresentavam qualquer informação de procedência. Das demais amostras, 5,4% eram nacionais e 9%, importadas. A legislação brasileira que regulamenta os alimentos para atletas exclui produtos que contenham substâncias farmacológicas estimulantes, hormônios e outras substâncias consideradas como dopping pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), embora não haja menção direta aos suplementos nutricionais.


Dos produtos analisados, 41% eram apresentações em cápsulas, provavelmente por apresentar maior facilidade na manipulação e incorporação de outras substâncias farmacologicamente ativas, além dos nutrientes. Outros 33% das amostras eram comprimidos e 16% tinham apresentação do produto em pó.


"A presença de substâncias proibidas em suplementos alimentares coloca os praticantes de atividades físicas em situação de grande risco. É importante ter em mente que não existem fórmulas mágicas para se entrar em forma e todo produto que prometa resultados milagrosos devem ser olhados com desconfiança", diz a pesquisadora de microbiologia de medicamentos do Adolfo Lutz, Adriana Bugno.


Os suplementos irregulares são interditados pelo Centro de Vigilância Sanitária (CVS) do Estado São Paulo. Se há identificação do fabricante, as empresas são notificadas. Já as irregularidades encontradas em produtos importados ou sem identificação são relatadas ao importador e à Anvisa.


Os anabolizantes, quando tomados sem orientação médica, podem causar inúmeros efeitos negativos no organismo, como acne, impotência sexual, calvície, hipertensão arterial, esterilidade, insônia, dor de cabeça, aumento de colesterol ruim, problemas cardíacos, crescimento indevido de pêlos, engrossamento da voz e distúrbios testiculares e menstruais.


Fonte: UOL

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Dieta Rigorosa Pode Levar Ao Efeito Sanfona



O número de pessoas acima do peso vem crescendo. Em 1980, segundo dados do Ministério da Saúde, 12% dos brasileiros estavam de gordinhos a obesos. Hoje, são 24%. E certamente muitos já passaram pela frustrante experiência de chegar ao peso ideal, com dieta e exercício, mas voltar a engordar.


O famoso "efeito sanfona", ou "ioiô", muito mais do que problema estético, pode levar a doenças graves, como diabetes tipo 2 e hipertensão."O efeito sanfona ocorre porque as pessoas realizam longos períodos de jejum para emagrecer. Mas ninguém consegue resistir por muito tempo e volta a comer em dobro para saciar aquela fome exacerbada que criou", explica o endocrinologista Tércio Rocha. Ou seja, o efeito sanfona é uma espécie de "vingança" de um organismo submetido à dieta rigorosa. Daí a necessidade de se seguir um programa alimentar que inclua refeições a cada três horas, leves e saudáveis, para manter sempre a fome sob controle - a famosa reeducação alimentar."Trabalhando melhor a causa psicológica da saciedade, podemos definir uma linha de tratamento com reeducação alimentar gradual e até com o auxílio de antidepressivos, se for preciso", diz o especialista.


A nutricionista da academia Contours, Daniele Ferreira, conta que são comuns os casos de efeito sanfona. "Uma vez não se alimentando regularmente, o organismo se manifesta na tentativa de preservar o estoque de energia. Com isso, o gasto de energia fica cada vez menor. Quando voltamos a comer, ficamos mais propícios a ganhar peso com a desaceleração da queima de gordura", explica Daniele.


Tércio ressalta que esse vaivém na balança também causa estresse nas funções do pâncreas. "O organismo fica desregulado, estimulando grande produção de insulina, que logo é disparada no sangue.
Por fim, o fígado desenvolve resistência à insulina, que é o primeiro passo para o desenvolvimento de diabetes tipo 2."Depois de várias tentativas de rápido emagrecimento sem sucesso, a agente de viagens Aline Gomes conseguiu perder gradativamente 18kg em 7 meses. Para isso, buscou orientação de nutricionista e passou a malhar diariamente. "Após a gravidez engordei 22kg, mas com muita disciplina superei essa fase e até consegui promover reeducação alimentar dentro de casa. Com as novas receitas saudáveis, até meu marido já perdeu 4 kg", diz.


Aline acaba de comemorar seus 30 anos. No bolo, havia uma boneca gordinha e outra magrinha. "Meus antes e depois", brinca.


Coma Devagar e Seja Alegre


A atriz Fabíula Nascimento, que teve de engordar 7kg para interpretar uma gordinha sexy e gulosa no filme Estômago, do diretor Marcos Jorge, defende a atitude de tentar emagrecer de forma mais lenta, aprendendo a se alimentar melhor. "Para perder esses quilinhos a mais, precisei de um ano de reeducação alimentar, malhação e corrida", conta a atriz, que chegou a comer 18 coxinhas de galinha para realizar uma cena do filme.


Especialista em vida saudável, Gillian McKeith, autora do livro recém-lançado Você e sua Dieta - A Bíblia da Alimentação (editora Campus-Elsevier), revela que alguns cuidados simples promovem o bem-estar, como fazer boa digestão comendo devagar, controlar o nível de açúcar no sangue e até manter o bom-humor para ter mais imunidade.


Muitas vezes a sociedade condena os gordinhos por acreditar que eles não perdem peso por falta de disciplina. Mas uma linha de especialistas crê que pode haver uma causa genética relacionada à obesidade.


Um grupo de pesquisadores europeus e americanos descobriu seis variações genéticas associadas ao ganho excessivo de peso.Pessoas portadoras dessas características genéticas têm índice de massa corporal (IMC) aumentado. O estudo avaliou o perfil genético de mais de 90 mil pessoas de origem européia. E o que chamou a atenção foi o fato de as mutações genéticas alterarem as funções cerebrais ligadas à saciedade e à quantidade de alimentos ingeridos.

Fonte: Portal Terra

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Governo estima que mais de 250 mil pessoas têm HIV e não sabem

O Ministério da Saúde estima que mais de 250 mil brasileiros têm o vírus HIV e não sabem. Essas pessoas não fizeram um teste que é simples, rápido e gratuito em todo o país.
O teste é feito com apenas uma picada rápida no dedo e o resultado sai em 15 minutos. Mas por medo, vergonha, falta de informação e confiança cega no parceiro, milhões de brasileiros com vida sexual ativa nunca fizeram o teste.
Em 1998, 24% da população com idade entre 15 e 54 anos fizeram o teste. Em 2008, o índice subiu para 40% - um percentual que o Ministério da Saúde ainda considera baixo. Neste ano, 3,3 milhões de kits para exames serão distribuídos.
“Quanto antes a pessoa sabe se ela tem o vírus HIV ou não, ela também pode ter cuidados mais precocemente e também interromper a cadeia de transmissão do vírus”, afirma Cristina Abbate, coordenadora do Programa DST/Aids de São Paulo. Silvia de Almeida descobriu há 12 anos a importância de fazer o teste HIV. O resultado deu positivo. Desde então, ela faz tratamento e se dedica a palestras e campanhas pelo uso da camisinha. O preservativo não era usado com o marido, de quem contraiu o vírus. “Precisa trazer o preservativo para a relação, tratar isso como uma coisa importante. Deixar de pensar que é uma coisa ruim. Não é uma coisa ruim, é proteção. E proteção é amor”, afirma. Segundo o Ministério da Saúde, 185 mil pessoas fazem tratamento contra a Aids no país. A estimativa é que 630 mil brasileiros tenham o vírus HIV.
Fonte: www.g1.com.br

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Exercícios vs Resfriado



Você pegou o que parece ser um resfriado horrível. Está tossindo e espirrando, e é difícil respirar. Será que deveria fazer exercícios? E se deveria, é recomendado se esforçar ao máximo ou pegar leve? Será que exercícios não terão nenhum efeito ou farão você se sentir melhor, ou pior? Essas são perguntas que muitos fisiologistas e especialistas em doenças infecciosas não respondem. - Essas questões não foram realmente estudadas - disse Aaron Glatt, porta-voz da Sociedade de Doenças Infecciosas e presidente do Hospital New Island em Bethpage, em Nova York.


Muitos ávidos atletas seguem suas próprias regras, e parece que muitos, como Michael Joyner, pesquisador de exercícios na Mayo Clinic, nadador e corredor, decidem continuar a fazer ginástica se for possível. - Posso lhe dizer que, a não ser que esteja realmente muito mal, continuo a malhar, mas talvez me contenha um pouco - disse Joyner. - Acho que esta seria a resposta para a maioria dos tipos relativamente obstinados da velha-guarda da malhação. Se estiver com febre evidente e dores musculares, faço muito pouco ou tiro um ou dois dias de descanso, mas eu realmente precisaria estar muito mal para faltar mais do que isso.


Bill Schaffner, chefe do departamento de medicina preventiva na Universidade de Vanderbilt e membro da diretoria da Sociedade de Doenças Infecciosas, disse que não sabia de nenhum estudo que analisasse a questão.


Schaffner descreveu a si mesmo como um corredor que percorre alguns quilômetros por dia e freqüenta academias para treinamento resistido. E continua seus exercícios quanto está resfriado.


Exercício faz com que se sinta melhor, disse. Ele especula que talvez seja porque seus vasos sangüíneos se dilatam quando se exercita. - Acho que o exercício acelera uma rota de recuperação - destacou Schaffner. - É claro, reconheço que poderia estar a caminho da recuperação de qualquer forma. Mas não consigo pensar num motivo pelo qual o exercício me afetaria de maneira adversa.


Embora não soubessem, as estratégias de pessoas como Schaffner e Joyner são apoiadas por dois estudos pouco conhecidos que foram publicados uma década atrás nas revistas Medicina e Ciência e Esportes e Exercícios. Os resultados dos estudos foram tão favoráveis ao exercício que até os pesquisadores se surpreenderam.


Os estudos começaram, disse Leonard Kaminsky, fisiologista do exercício na Universidade Ball State, quando um treinador da universidade, Thomas Weidner, perguntou o que deveria dizer aos atletas quando pegassem resfriados.


As pesquisas revelaram que não há diferença nos sintomas entre os que se exercitam quando estão resfriados e aqueles que descansam. E não houve diferença no tempo que levaram para se recuperarem do resfriado. Mas quando os que se exercitaram avaliaram seus sintomas, disse Kaminsky, "pessoas disseram que se sentiam bem e, em alguns casos, se sentiam até melhor".


Fonte: Jornal do Brasil

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Proteínas Que Recuperam Ossos



Pesquisa brasileira desenvolve proteínas recombinantes para uso na produção de um novo medicamento para a regeneração de fraturas, que poderá chegar ao mercado brasileiro em até cinco anos. Pesquisadores do Núcleo de Terapia Celular e Molecular (Nucel) da Universidade de São Paulo (USP) produziram em laboratório duas proteínas recombinantes que deverão ser utilizadas na formulação de um novo biofármaco destinado ao tratamento de fraturas ósseas.


De acordo com a coordenadora do Nucel e da pesquisa, a professora do Instituto de Química da universidade, Mari Cleide Sogayar, as proteínas BMP2 e BMP7 estimulam a formação de tecido ósseo em reparos tanto em ortopedia como em odontologia. "Identificamos as seqüências de DNA que codificam para essas duas proteínas a partir dos bancos de cDNA do Projeto Transcriptoma da FAPESP, conhecido como Transcript Finishing Initiative, em que foram obtidas amostras de vários tipos de linhagens celulares, de diferentes tecidos humanos como estômago, fígado e próstata. Foram quase seis anos de pesquisa e desenvolvimento até chegarmos a essas duas proteínas recombinantes", disse Mari Cleide à Agência FAPESP.


O Projeto Transcriptoma, resultado de parceria entre a FAPESP e o Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer, foi conduzido de 2000 a 2003 dentro do Projeto Genoma Humano do Câncer.


O cDNA, ou DNA complementar, é o DNA sintetizado por uma molécula de RNA mensageiro em uma reação catalisada pela enzima transcriptase reversa. Quando inseridos em células, cDNAs podem levar ao aumento dos níveis da proteína codificada. "No banco do Projeto Transcriptoma encontramos dois cDNAs que permitiram amplificar as seqüências da BMP2 e da BMP7. Com as seqüências de DNA que codificam para as BMPs em mãos, clonamos essas seqüências, utilizando células de ovário de hamster e também células de rim embrionário humano, para produzir as duas proteínas recombinantes", explicou Mari Cleide.


O estudo, também correspondeu à tese de doutorado de Juan Carlos Bustos Valenzuela. Segundo a professora, o trabalho deve gerar dentro de poucos anos a formulação de um medicamento para reparos de fraturas e traumas ósseos decorrentes, por exemplo, de osteoporose ou implantes dentários. "Para criar um biofármaco precisamos de células que produzam as duas proteínas de interesse em larga escala. Em nosso laboratório temos algumas células superprodutoras, mas ainda as estamos aperfeiçoando para que purifiquem e produzam em maior quantidade, em meio de cultura, tanto a BMP2 como a BMP7", disse.


O medicamento, segundo a pesquisadora, poderá chegar ao mercado dentro de até cinco anos. "Estamos em processo de aperfeiçoamento das células superprodutoras. Em seguida, vamos iniciar a transferência de tecnologia para uma empresa farmacêutica nacional que já demonstrou interesse em produzir o biofármaco", afirmou. Medicamentos semelhantes, mas importados, estão disponíveis em clínicas odontológicas e ortopédicas no país, ainda que em baixa quantidade devido aos altos custos. "Nossa expectativa é que esse novo biofármaco seja mais de 50% mais barato do que os importados", disse Mari Cleide.


O desenvolvimento das proteínas no Nucel também contou com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento do Ensino Superior (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Pró-Reitoria de Pesquisa da USP.


Fonte: Agência FAPESP

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Estudo inglês comprova que comer vegetais faz baixar pressão arterial


A pesquisa realizada por cientistas do Imperial College de Londres avaliou dezessete grupos populacionais diferentes em quatro países da Europa, América do Norte e Ásia. Foram mais de 4.600 participantes entrevistados com relação a sua dieta diária e de quem foram colhidas amostras de sangue e urina. Os participantes eram homens e mulheres entre os 40 e os 59 nove anos de idade.

O foco principal da pesquisa foi a quantidade e a fonte das proteínas ingeridas pelos participantes. As proteínas são elementos essenciais à formação e à manutenção das estruturas do corpo humano, podendo ser obtidas através da ingestão de produtos animais ou vegetais. Pesquisas anteriores haviam mostrado que as pessoas que comiam mais proteínas de origem animal apresentavam mais frequentemente hipertensão arterial.


A pesquisa inglesa, publicada na revista "Archives of Internal Medicine", não confirmou esses resultados, não existindo relação entre o consumo de carne e a ocorrência de hipertensão, porém mostrou que a preferência por vegetais pode ajudar a baixar a pressão sanguínea.


Os indivíduos que consumiam proteínas de origem vegetal preferencialmente tinham níveis de pressão arterial mais baixo do que os que preferiam as carnes. Os pesquisadores acreditam que os aminoácidos, componentes básicos das proteínas, estão por trás do efeito benéfico da ingestão de vegetais. Outro elemento da dieta que pode estar envolvido na regulação da pressão arterial, segundo os cientistas, é o magnésio.


De qualquer forma os resultados reforçam as recomendações por uma dieta equilibrada e rica em vegetais para manter a saúde.

Fonte: Saúde em Foco

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A Recuperação Pós-Exercício



Muito se discute sobre a perfeita preparação de atletas para as principais competições em qualquer modalidade. Os treinadores elaboram o programa desde a pré-temporada até a competição foco, tentando atingir a máxima eficiência do atleta. E após o grande desafio é preciso cuidar da recuperação do competidor, seja para uma nova prova ou para retornar aos treinos visando à melhora do desempenho.


E é vendo a preocupação dos atletas que os praticantes de exercício físico trazem essa preocupação para os professores de Educação Física. Apesar de não se preocupar com uma competição (na maioria dos casos) o aluno/cliente deseja terminar a sessão e não sentir cansaço excessivo, ou mesmo voltar para o próximo treino preparado para os novos estímulos visando a supercompensação. Algumas revisões de literatura e discussões entre profissionais e pesquisadores da área trazem à tona informações interessantes.


Discutiremos algumas:


Recuperação: processo pelo qual o praticante volta ao estado de prontidão. Inclui reposição de nutrientes, estoque de energia, recuperação muscular e inibição dos sintomas psicológicos (baixa concentração, irritação, desorientação, ansiedade...). Dessa forma evita lesões por excesso de treino e a instalação do supertreinamento.Reposição dos estoques energéticos: após a sessão começar a consumir carboidratos e continuar até duas horas após a atividade. A quantidade de carboidratos gira em torno de 0,2% do peso corporal (uma pessoa de 70kg consumirá 150 gramas). Lembrando que o peso total do alimento normalmente não é feito de carboidratos (200 gramas de massa = 50 gramas de carboidratos). O indivíduo deve buscar sua fonte e porção ideal.


Hidratação: A perda de água durante a atividade pode ser um limitante para a boa recuperação. Deve-se consumir 1,5 litro de água para cada quilo perdido na atividade. A água sozinha não é a melhor opção, pois o organismo percebe a diluição dos sais no líquido excessivo e eliminará esse excesso. Porções de líquidos com 6-7% de carboidratos são interessantes, lembrando que os sais minerais também são importantes para a recuperação e evitará a eliminação excessiva de água.


Consumo de Proteínas: Com o exercício existe remodelamento tecidual, e o consumo de proteínas pode auxiliar esse processo. Seis gramas são efetivas nessa atividade, e podem vir de um simples sanduíche com presunto.


Sono: Dormir é tão importante quanto treinar. Cada pessoa tem uma faixa ideal de horas na cama, mas um período de 7-10 horas de sono é importante para agüentar o dia-a-dia e voltar ao treino.Cuidar da recuperação também é treinar, pois com ela os novos estímulos serão eficazes e não provocarão danos perigosos ao seu corpo, além de sempre manter o interesse e vontade de treinar. Bom treino e boa recuperação!



Fonte: Portal da Educação Física

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Chocolate amargo tira o sono antes de dormir, dizem especialistas


O chocolate pode trazer conforto e despertar as papilas gustativas, mas algumas pessoas se questionam se isso pode ter um efeito negativo: mantê-las acordadas à noite.

Chocolate contém cafeína, como muitos sabem, mas em quantidades que variam de acordo com o tipo. Uma barra de chocolate ao leite de 450 gramas, por exemplo, contém 9 miligramas, cerca de três vezes mais cafeína que uma xícara de café descafeinado. Porém, uma barra de chocolate amargo tem muito mais: cerca de 30 miligramas. Isso equivale a uma xícara de chá instantâneo, e um pouco menos que uma xícara de chá a granel, cerca de 40 miligramas.

Em outras palavras, um chocolate amargo, ingerido tarde da noite, pode deixá-lo contando ovelhinhas por horas.

Além disso, o chocolate tem outros estimulantes. Um deles é a teobromina, um composto que torna o chocolate perigoso para cães e gatos, pois eles o metabolizam de forma muito lenta. A teobromina aumenta os batimentos cardíacos, causa insônia e é encontrada em pequenas quantidades no chocolate, especialmente o amargo. A Fundação Nacional do Sono recomenda não consumir chocolate – assim como café, chá e refrigerante – antes de dormir.

No entanto, existe uma alternativa. O chocolate branco não contém nada de teobromina e possui uma quantidade insignificante de cafeína.

Fonte: WWW.G1.com.br

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Varizes Atingem Homens E Mulheres Cada Vez Mais Jovens


A bancária Luciana Rodrigues dos Santos, 24, matriculou-se na academia decidida a abandonar a vida sedentária. Menos de dois meses depois, sentia dores insuportáveis nas pernas após a rotina de exercícios e foi obrigada a procurar um médico. Ela tomou um susto quando soube que precisaria de cirurgia para retirar varizes.


A surpresa não era para menos. Suas pernas não apresentavam as veias alongadas, tortuosas e dilatadas que ela reconheceria como varizes --nem as pequenas veias avermelhadas conhecidas por vasinhos. Com exceção da dor e de uma coceirinha incômoda durante os exercícios, a bancária não apresentava outros sintomas característicos de varizes, como inchaço e ardor, e chegou a duvidar do diagnóstico.


Mas o resultado do ultra-som usado para medir o diâmetro das veias não deixou dúvida sobre o estágio de dilatação de suas varizes e a necessidade de removê-las. "Fiquei preocupada sobre como será esse problema no futuro, pois só tenho 24 anos e nenhum filho", conta.


O angiologista e cirurgião vascular Fernando Soares Moreira está acostumado com semblantes surpresos no seu consultório. "Algumas pessoas têm varizes enormes e nenhum sintoma, ao passo que muitas não têm nenhum vasinho aparente e sintomas graves. Mesmo imperceptíveis, elas podem atrapalhar a circulação", diz. A afirmação serve de alerta para quem apresenta os sintomas, mas não sabe de onde eles vêm e, por isso, não procura ajuda.


Vários são os mitos que rondam as varizes. Um dos mais sólidos é que a doença é coisa de mulher de meia-idade que já teve filhos. Apesar de atingirem quatro vezes mais mulheres e serem quase regra durante a gravidez, as varizes estão presentes em 20% a 30% da população, incluindo os homens. Segundo os médicos, a idade dos pacientes vem caindo.


Hoje, 80% dos pacientes de Fernando Moreira têm entre 15 e 27 anos. O dado é alarmante, já que a doença tende a piorar com o tempo. Fatores externos evitáveis, como uso precoce de anticoncepcionais, ficar sentado no trabalho e sedentarismo são os culpados pela diminuição da faixa etária, acredita o médico. O estilo de vida é determinante, mas a hereditariedade é o principal fator de risco. "Quem tem parentes com varizes apresenta o dobro de chances de desenvolver a doença", diz o cirurgião vascular André Luiz Pinotti.


Origem


As varizes começam quando as válvulas venosas --por onde o sangue retorna das extremidades do corpo para o coração-- perdem a elasticidade e dilatam de modo a não conseguir mais cumprir sua função. O sangue passa, então, a refluir, o que provoca mais dilatação e refluxo, levando à formação de varizes.


Apesar de serem a principal reclamação das mulheres, os vasinhos são um problema puramente estético, mas podem estar associados a varizes.


O tratamento alivia os sintomas e previne a evolução da doença --que pode resultar em trombose venosa, dermatites ou mesmo úlceras, segundo Pinotti-- e sua escolha depende da veia a ser tratada. A escleroterapia (injeção de uma solução dentro dos vasos) "seca" a veia, permitindo que ela seja reabsorvida pelo corpo. O procedimento dura cerca de 20 minutos e não exige repouso. Uma nova técnica com aplicação em forma de espuma potencializa o efeito do remédio e pode ser usada com sucesso em varizes de médio calibre.


Já a cirurgia convencional é indicada para retirada de varizes com grosso calibre, que já acarretam problemas funcionais. Geralmente, é feita com anestesia local, e as varizes são retiradas por pequenos cortes na pele. O paciente pode ficar um dia internado, retomando a rotina em uma semana.


Hoje, a cirurgia de varizes a laser é a queridinha dos consultórios, já que é menos invasiva e oferece recuperação mais rápida. Nela, uma microfibra ótica com laser de iodo é introduzida na veia doente. Ela fecha totalmente as paredes, e o organismo desvia o sangue para veias saudáveis.


Após mais de uma década trabalhando em pé, o vendedor Tamyr Youssef El Kouri, 36, assistia ao aumento das varizes das pernas, mas foi só a dor incessante que o fez tomar uma atitude. "Tinha medo da cirurgia e não queria ficar afastado da academia", conta.


Na consulta, descobriu que quase sempre os pacientes recebem alta no mesmo dia e o tempo de recuperação varia de três a 15 dias. "Só precisei ficar fora da academia um mês", diz.

O que são Varizes?
São veias superficiais dilatadas, tortuosas e alongadas que alteram a circulação venosa do organismo, gerando nas pernas dor, queimação, cansaço e inchaço, principalmente ao redor do tornozelo.


É Hora de Procurar um Especialista se:

- Há veias azuladas e muito visíveis abaixo da pele ou agrupamentos de finos vasos avermelhados

- Sente queimação nas pernas e na planta dos pés

- As pernas incham, especialmente nos tornozelos, ao final do dia

- Tem prurido ou coceira
- Sente cansaço ou sensação de fadiga ou peso nas pernas

- "Pernas inquietas"

- Há cãibras


Como Evitar


- Não fique parado. Ande por dez minutos a cada duas horas

- Abandone o sedentarismo. Pratique exercícios regularmente

- Evite excesso de peso, adotando alimentação equilibrada

- Procure alternativas entre métodos anticoncepcionais

- Use meias elásticas


Fonte: Portal Terra

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Hipertrofia vs Inflamação



A musculatura esquelética possui enorme capacidade de adaptar-se a diversos estímulos, tanto hormonais e nutricionais quanto mecânicos (Zanchi & Lancha-Jr 2008).
De uma forma bastante interessante, a estimulação nutricional parece exercer efeitos agudos sobre a musculatura esquelética, não ocasionando aumento em sua massa, enquanto a estimulação mecânica (treinamento de força) é capaz de induzir uma resposta adaptativa em um prazo maior, acarretando no aumento da massa muscular na presença adequada de nutrientes (Miller 2007).


Estes dados demonstram que o treinamento físico de força é capaz de adaptar a musculatura esquelética a remodelar-se positivamente (hipertrofia), aumentando a possibilidade de geração de força e potência muscular, enquanto que os estímulos nutricionais isoladamente parecem atuar muito mais na manutenção da massa muscular esquelética. O grande mistério é saber de que forma a estimulação mecânica produz tais modificações.


Na literatura científica, observa-se um grande volume de publicações indicando que a ativação de vias inflamatórias possui papel essencial na hipertrofia do músculo esquelético (Bondensen et al. 2006; Otis et al. 2005; Serrano et al. 2008). Tais efeitos parecem ser parcialmente mediados pela ativação de ciclooxigenases, (ex. COX-2), especialmente em músculos de contração lenta (ex. sóleo) (Bondensen et al. 2006).


Estas ações são provavelmente, mas não unicamente, decorrentes da ativação de respostas de reparo induzindo ativação de células inflamatórias, às quais podem exercer influência sobre a ativação de células satélites e sobre o próprio tecido muscular esquelético. Por outro lado, já foi demonstrado que a musculatura esquelética sob contração é capaz de produzir citocinas (Steensberg et al. 2002), em especial a interleucina 6, à qual apresenta incremento circulante de até 100 vezes durante a atividade física (Pedersen & Febraio, 2008).


Essa ação mediada pela musculatura esquelética parece exercer funções autócrinas (nas próprias células em que foram produzidas), parácrinas (em células vizinhas) e até mesmo endócrinas (ação sistêmica). Recentemente, foi demonstrado que a interleucina-6 é capaz de ativar células satélite na musculatura esquelética, participando fundamentalmente do processo de hipertrofia (Serrano et al. 2008).


Tal demonstração nos coloca frente a um paradoxo: Para se obter hipertrofia muscular deve existir lesão? Devemos exercitar nossos músculos sempre a ponto de provocar significante nível de micro-traumatismos? A resposta para tal questão ainda é dúbia.


Se a contração muscular per se é capaz de aumentar a produção de citocinas envolvidas no trofismo, então talvez a inflamação relacionada a sistemas de reparo não seja a única explicação para o fenômeno. Corroborando tal informação, observa-se na literatura científica relatos de hipertrofia muscular após a realização de um programa de treinamento de força, mesmo na ausência de dano muscular e respostas inflamatórias (LaStayo et al. 2007).


Tais dados também foram observados recentemente em um programa de treinamento de força em ratos, com predominância de ações concêntricas foi capaz de aumentar a massa muscular dos músculos exercitados, sem, no entanto, acarretar em dano muscular ou mesmo incremento de parâmetros inflamatórios, os quais foram, na verdade, reduzidos (Zanchi et al, 2008).


Por outro lado, ainda não se sabe se o dano muscular/inflamação não são fatores essenciais, mas sim potencializadores da hipertrofia muscular. Novos estudos com desenhos experimentais que proporcionem minimizar a resposta adaptativa da musculatura esquelética ao treinamento de força devem fornecer boas pistas sobre a importância do fenômeno.


Fonte: Proximus Tecnologia

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Cego Atravessa Labirinto Em Estudo Sobre Sexto Sentido


Cientistas descobriram que uma pessoa cega é capaz de se orientar em um labirinto sem ajuda usando apenas o poder de um "sexto sentido". Em um estudo conduzido pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e publicado na revista especializada Current Biology, os cientistas observaram um homem cego que conseguiu passar por um labirinto com obstáculos sem a ajuda de uma bengala ou de qualquer pessoa.


O homem, identificado apenas como TN, usou sua intuição para andar em um corredor com cadeiras e caixas, sem esbarrar em nenhuma delas, usando mecanismos "escondidos" do cérebro.

O estudo sugere a existência de recursos subconscientes no cérebro que podem ajudar na realização de tarefas que acreditamos não ser possíveis.

TN ficou cego por causa de lesões sofridas no córtex visual nos dois hemisférios do cérebro, após uma série de derrames.

Seus olhos são normais, mas seu cérebro não consegue processar a informação enviada por eles, tornando-o cego.

O paciente, no entanto, já era conhecido por ter o que é chamado de “visão cega” – a habilidade de detectar coisas em um ambiente mesmo sem estar ciente de que consegue vê-las.


Ele responde, por exemplo, às expressões faciais de outras pessoas, mas anda com a ajuda de uma bengala para identificar obstáculos e pede ajuda a outras pessoas quando está dentro de edifícios.

Uma gravação em vídeo mostra TN completando o “circuito de obstáculos” montado pelos cientistas “sem cometer falhas”, e sem a ajuda de uma bengala ou de outra pessoa.

A pesquisadora-chefe do estudo, Beatrice de Gelder, da Tilburg University, na Holanda, e da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, disse que TN “não estava ciente de que estava fazendo nada excepcional” e acreditava que tinha apenas andado em linha reta por um longo corredor.

Essa é uma mensagem importante particularmente para aqueles com lesões no cérebro, disse ela. “Você pode perder toda a sua visão cortical, mas ainda manter alguma capacidade de se mover dentro e fora sem se prejudicar”, disse ela à BBC.

“Isso mostra a importância desses antigos caminhos visuais que evoluíram. Eles contribuem mais do que pensamos para que a gente funcione no mundo real.”

A pesquisa foi realizada em parceria com pesquisadores da Grã-Bretanha, Suíça e Itália.

Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Dieta para emagrecer reduz resistência a gripe, diz estudo

Fazer regime para emagrecer durante o inverno pode afetar a habilidade do organismo de combater o vírus da gripe, adverte um novo estudo realizado nos Estados Unidos.
Cientistas da Universidade Estadual do Michigan descobriram que ratos de laboratório que se submeteram a uma dieta de baixa caloria tiveram maior dificuldade em debelar a infecção do que os que haviam sido colocados em uma dieta normal.

Segundo a equipe, mesmo os ratos submetidos à dieta especial que receberam uma quantidade adequada de vitaminas e minerais ainda não conseguiram produzir a quantidade de glóbulos brancos do sistema imunológico necessárias para combater uma infecção.

Além de uma maior probabilidade de morrer vítima da contaminação por um vírus, os ratos - que consumiam cerca de 40% das calorias dadas aos submetidos a uma dieta normal - levaram mais tempo para se recuperar, perderam mais peso e tiveram outros sintomas de saúde precária.

"Nossa pesquisa mostra que ter um organismo disposto a combater um vírus vai levar a uma recuperação mais rápida e efeitos menos severos que do que se ele está tendo calorias restringidas", disse a autora do estudo.

Vacina

Os especialistas recomendam que mesmo as pessoas vacinadas deveriam evitar dietas para emagrecer quando o clima é frio.

"Se uma variedade de gripe infecta uma pessoa e é diferente da variedade incluída na vacina, então seu corpo vê como uma infecção primária e pode produzir os anticorpos para lutar (contra a infecção)", afirmou Gardner.

Os cientistas afirmam que a pesquisa não deve representar uma carta branca para que as pessoas evitem dietas durante todo o ano, mas para se concentrem na perda de peso nos outros oito meses do ano, quando o vírus da gripe não se prolifera tão facilmente.

Para o professor John Oxford, especialista em gripe da Escola de Medicina e Odontologia Queen Mary, em Londres, o "bom senso" deve prevalecer no inverno.

"Existem muitos vírus e, embora pudesse ser melhor evitar aqueles doces de Natal, esse (o inverno) não é o momento para pensar em dieta", afirmou.

A pesquisa foi publicada na revista especializada Journal of Nutrition.
Fonte: BBC Brasil

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Proteína Em Células-Tronco Musculares Pode Ser Caminho Para Tratar Distrofias


Células-Tronco Musculares


Experiências realizadas in vitro mostraram que a proteína eIF5A (fator de início de tradução de eucariotos 5A) está envolvida com o processo de diferenciação de células-tronco presentes na musculatura esquelética - músculos ligados aos ossos que são responsáveis pela locomoção.
"Diferenciação celular é o processo em que uma célula sofre alterações moleculares e celulares em associação ao desenvolvimento de um novo tipo celular", explica o farmacêutico e bioquímico Augusto Ducati Luchessi.

"Após a ocorrência de uma lesão muscular essas células-tronco, também chamadas de células satélites, são ativadas e se diferenciam para regenerar o tecido lesionado", complementa. Seu estudo acaba de ser publicado no Journal of Cellular Physiology e pode ser um caminho para o tratamento das distrofias musculares.


Proteína Enigmática

Ainda pouco estudada, a proteína eIF5A é conhecida no meio científico como "enigmática", pois é a única descrita na natureza que possui em sua composição um resíduo de aminoácido chamado hipusina.
"A proteína eIF5A foi descoberta em 1976 e está envolvida com o processo de síntese protéica, mas sua função exata ainda é desconhecida", conta Luchessi.

A hipusina é essencial para a atividade de eIF5A e é formada por uma via bioquímica chamada hipusinação, que consiste na transformação enzimática de um resíduo específico do aminoácido lisina em hipusina. Neste processo, é essencial a participação de um composto chamado espermidina.


Diferenciação de Células-Tronco

"Nós levantamos a hipótese de que esta proteína "enigmática" poderia desempenhar uma função importante no controle da diferenciação de células-tronco musculares após tomar conhecimento que a espermidina está envolvida na diferenciação de uma linhagem celular de mioblastos", explica Luchessi.

Para a realização dos testes in vitro, Luchessi removeu alguns músculos esqueléticos de ratos e isolou as células-tronco presentes nestes tecidos. Inicialmente, foi comparado o conteúdo de eIF5A entre as células satélites e o tecido muscular dos animais. Como resultado, foi observado que o tecido muscular apresentava maior quantidade de eIF5A.

Em seguida, as células satélites foram submetidas à diferenciação in vitro e foi verificado que a expressão de eIF5A intensificava-se ao longo do processo de diferenciação. Posteriormente, as células satélites foram tratadas com um composto inibidor da hipusinação (GC7) e foi constatado um bloqueio reversível da diferenciação.


Distrofia Muscular

Luchessi relata que um estudo anterior demonstrou que a suplementação de camundongos distróficos com L-arginina causou uma melhora significativa da doença em função de um possível aumento na produção de óxido nítrico. A suplementação das células satélites com o aminoácido L-arginina causou uma supressão parcial dos efeitos inibitórios de GC7.

"Uma vez que L-arginina é uma molécula precursora de espermidina, essa suplementação também pode aumentar a disponibilidade de espermidina e alterar o padrão de ativação de eIF5A via hipusinação", explica. Segundo o biquímico, esses resultados possibilitam a elaboração de outros estudos, inclusive com vistas ao tratamento das distrofias musculares.

Para o pesquisador, esses achados revelam um importante papel fisiológico de eIF5A no processo de diferenciação muscular.


Fonte: Diário da Saúde

sábado, 3 de janeiro de 2009

Caminhada melhora a qualidade de vida dos cães e de seus donos


Todos sabem que a prática de caminhadas contribui para a prevenção de doenças, auxilia no combate à obesidade, ajuda no controle da pressão arterial, diminui o estresse, auxilia no reforço muscular e ósseo, além de melhorar a auto-estima. Poucos sabem, no entanto, que caminhar ao lado do cão pode ajudar um indivíduo a manter a saúde e a forma física. Uma pesquisa realizada pela University New South Wales, na Austrália, mostrou isso.


O estudo apontou que 41% dos proprietários de cães caminham 18% a mais do que os sem-cachorro. Naquele país, 40% da população têm cães, o que significa um total de 3,1 milhões de caninos, mostrou o levantamento. O simples fato de ter um cachorro, para muita gente, já representa uma melhora significativa no dia-a-dia. A troca de afeto e a convivência com o animal representam, muitas vezes, o ânimo que faltava para conduzir tarefas simples do cotidiano como sair de casa, conversar com vizinhos sobre assuntos amenos e fazer amigos. Os cães unem pessoas numa espécie de confraria.

Deve-se observar que, levar o cão para passear e caminhar, no entanto, são coisas completamente distintas. Enquanto passear é sair com o animal alguns minutos para que faça suas necessidades, caminhar ao lado do animal, especialmente aqueles que vivem em apartamentos, ajuda no processo de socialização, combate à obesidade, osteoartrite, doenças cardiovasculares, doenças hepática e mesmo na resistência à insulina. No animal e no dono.

Exames para ambos antes de sair para as caminhadas, recomendam os especialistas, é necessário que dono e animal passem por avaliações médicas - incluindo exames como eletrocardiograma e hemograma - com atenção especial para diabéticos e hipertensos. Os cães devem ser levados a um veterinário para fazer um eletrocardiograma. Esse exame vai determinar o ritmo das passadas e a condição física do animal. Animais com mais de sete anos, que são considerados idosos, assim como obesos, devem ser submetidos a avaliações criteriosas para checar a existência de doenças pertinentes à condição, como displasia coxo-femural, problemas de coluna e cardíacos.

Há ainda outros cuidados que devem ser tomados, como a escolha do horário mais indicado, de preferência num momento de pouco sol, já que o calor pode machucar as patas dos animais. A respiração ofegante do cão e a resistência em continuar o trajeto devem ser respeitadas.

Para mostrar ao cão a diferença entre passeio e caminhada, é preciso adotar uma postura séria, com comandos mais firmes. As paradas do cão, tão comuns nos passeios, devem ser abolidas para que se mantenha um ritmo adequado ao cachorro e ao dono. Nas caminhadas, fique atento para evitar acidentes com crianças e pessoas idosas. Use sempre os equipamentos de segurança, como coleiras e, no caso de determinadas raças, focinheiras. Manter a vacinação em dia se faz necessário e recolher as fezes do animal é um ato de educação e convívio social.

Para garantir o bem-estar de seu melhor amigo, é importante fazer com que ele beba água em pequenas quantidades e urine antes de começar a caminhada. É importante o dono segurar a coleira de maneira firme, do lado esquerdo, e manter a postura ereta. Não deixe de recompensar o cão após a caminhada com um petisco canino para condicionar o bom comportamento.

Como dicas básicas para os donos, estão o uso de roupas confortáveis e tênis, alongamento antes e depois da caminhada; hidratação antes, durante e após a prática, e a escolha de um local adequado para a caminhada, longe de calçadas esburacadas e ruas movimentadas. O ideal é manter a meta de 30 minutos por caminhada, cinco vezes por semana, pelo menos.

Sedentários devem começar caminhando três vezes por semana, por 30 minutos, para que o corpo se ajuste à nova rotina de exercícios. A partir da segunda semana, o praticante deve aumentar o tempo em 10 minutos, para que, após um mês do início da atividade, chegue a 60 minutos de caminhada por dia.

Lembrem-se: A busca de orientação especializada, se faz necessária, tanto no âmbito clínico como no técnico!


sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Exercícios vs Resfriado


Você pegou o que parece ser um resfriado horrível. Está tossindo e espirrando, e é difícil respirar. Será que deveria fazer exercícios? E se deveria, é recomendado se esforçar ao máximo ou pegar leve? Será que exercícios não terão nenhum efeito ou farão você se sentir melhor, ou pior? Essas são perguntas que muitos fisiologistas e especialistas em doenças infecciosas não respondem.

- Essas questões não foram realmente estudadas - disse Aaron Glatt, porta-voz da Sociedade de Doenças Infecciosas e presidente do Hospital New Island em Bethpage, em Nova York.

Muitos ávidos atletas seguem suas próprias regras, e parece que muitos, como Michael Joyner, pesquisador de exercícios na Mayo Clinic, nadador e corredor, decidem continuar a fazer ginástica se for possível.

- Posso lhe dizer que, a não ser que esteja realmente muito mal, continuo a malhar, mas talvez me contenha um pouco - disse Joyner. - Acho que esta seria a resposta para a maioria dos tipos relativamente obstinados da velha-guarda da malhação. Se estiver com febre evidente e dores musculares, faço muito pouco ou tiro um ou dois dias de descanso, mas eu realmente precisaria estar muito mal para faltar mais do que isso.

Bill Schaffner, chefe do departamento de medicina preventiva na Universidade de Vanderbilt e membro da diretoria da Sociedade de Doenças Infecciosas, disse que não sabia de nenhum estudo que analisasse a questão.

Schaffner descreveu a si mesmo como um corredor que percorre alguns quilômetros por dia e freqüenta academias para treinamento resistido. E continua seus exercícios quanto está resfriado.

Exercício faz com que se sinta melhor, disse. Ele especula que talvez seja porque seus vasos sangüíneos se dilatam quando se exercita.

- Acho que o exercício acelera uma rota de recuperação - destacou Schaffner. - É claro, reconheço que poderia estar a caminho da recuperação de qualquer forma. Mas não consigo pensar num motivo pelo qual o exercício me afetaria de maneira adversa.

Embora não soubessem, as estratégias de pessoas como Schaffner e Joyner são apoiadas por dois estudos pouco conhecidos que foram publicados uma década atrás nas revistas Medicina e Ciência e Esportes e Exercícios. Os resultados dos estudos foram tão favoráveis ao exercício que até os pesquisadores se surpreenderam.

Os estudos começaram, disse Leonard Kaminsky, fisiologista do exercício na Universidade Ball State, quando um treinador da universidade, Thomas Weidner, perguntou o que deveria dizer aos atletas quando pegassem resfriados.

As pesquisas revelaram que não há diferença nos sintomas entre os que se exercitam quando estão resfriados e aqueles que descansam. E não houve diferença no tempo que levaram para se recuperarem do resfriado. Mas quando os que se exercitaram avaliaram seus sintomas, disse Kaminsky, "pessoas disseram que se sentiam bem e, em alguns casos, se sentiam até melhor".


Fonte: Jornal do Brasil

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Carne marinada em álcool reduz risco de câncer, diz estudo

Segundo os pesquisadores, marinar a carne por várias horas antes de fritá-la pode reduzir bastante os níveis de uma substância carcinogênica produzida na carne durante o processo de fritura.

O processo de cozimento dos alimentos aumenta os níveis dos compostos chamados amino-heterocíclicos (HA), que podem provocar tumores cancerígenos.

Segundo a pesquisa, relatada na última edição da revista New Scientist, ao marinar a carne por seis horas em cerveja ou vinho tinto, os níveis de dois tipos de HA após a fritura foram reduzidos em até 90%.

A cerveja foi mais eficiente que o vinho para baixar os níveis de um terceiro tipo de HA, reduzindo significativamente sua concentração após quatro horas, enquanto a mesma redução foi conseguida com o vinho após seis horas.

De acordo com o estudo, publicado originalmente na revista científica Journal of Agricultural and Food Chemistry, a carne marinada com cerveja também apresentou um resultado melhor em testes para avaliar seu cheiro, seu sabor e sua aparência após a fritura.

Alta concentração

Carnes fritas ou grelhadas apresentam normalmente uma alta concentração de compostos HA, formados pela conversão de açúcar e aminoácidos presentes em seu tecido muscular pela ação do calor.

Outras pesquisas já haviam indicado que algumas substâncias como azeite de oliva, suco de limão e alho tinham a capacidade de reduzir a concentração de amino-heterocíclicos em frango grelhado em até 90%.

Também já se conhecia a capacidade do vinho tinto em reduzir os HA em frangos fritos.

Os pesquisadores acreditam que, no caso da carne frita, o álcool teria a capacidade de reduzir a formação de HA ao prevenir que moléculas solúveis em água sejam transportadas para a superfície da carne, onde seriam transformadas no composto carcinogênico no processo de fritura.

Segundo a coordenadora da pesquisa, Isabel Ferreira, da Universidade do Porto, a cerveja, por conter mais açúcares capazes de reter água do que o vinho, teria também uma maior capacidade de impedir o transporte das moléculas para a superfície.

Fonte: BBCBrasil.com