quinta-feira, 15 de setembro de 2011

MATÉRIAS-PRIMAS, ATÉ QUANDO ?

Quando os agentes econômicos clamam por algo - ou melhor por um bem - e simplesmente não se encontra esse bem ao alcance, cria-se aí uma oportunidade de lucro. É, em linhas gerais, (mais ou menos) assim que o sistema funciona.
Quando a produção de cimento de metade do mundo, por exemplo, é consumido por um único usuário - como a China está a fazer - você tem forte pressão sob os preços. Economia de bolhas China é apenas clock em menos 10% de crescimento anual. Pense no que isso significa para um minuto. Se a China continuar a crescer ao ritmo atual ou se aumentar este ritmo, em apenas cinco anos ela terá 61% mais matéria-prima do que hoje. Falando-se de pressão sobre os preços ... e não apenas com relação ao cimento e à China. Petróleo, carvão, aço, cobre, estanho e outros produtos básicos são necessários em cada economia em crescimento no mundo.
Fornecedores não são eternos. Países que costumavam ser autossuficientes - e, que, simultaneamente, possuíam excedentes para exportar - estão até mesmo importando recursos que não petróleo. Caso se estivesse a falar de algumas nações pobres em recursos , o impacto sobre a economia mundial não teria a proporção que pode vir a ter. Mas o fato da China passar de exportadora de petróleo a importadora mundial merece atenção.
Quando encontrar casos semelhantes na Índia, Indonésia e Brasil, é um "sinal de compra" e um sinal de alerta que estará a piscar para o estoque de recursos. Porque ao contrário da última corrida em busca de commodities na década de 1970, o mundo inteiro - em uma visão otimista - vai crescendo agora - não só a Europa, os EUA e o Japão. Pela primeira vez, enfrenta-se concorrência real para os bens primários no mundo. Nações emergentes, em conjunto,já consumem mais de metade dos recursos mundiais. E seu consumo per capita ainda é relativamente baixo. Imagine-se do quanto precisarão quando esta utilização atingir níveis de países desenvolvidos... é possível se estimar até quando se continuará obtendo pico petrolífero. Mas não se pode mais argumentar que para crescer o mundo está cada vez mais dependente do petróleo.
Em apenas 150 anos, tem-se utilizado reservas de petróleo que demoraram milhões de anos para se formar. A últimas descobertas verdadeiramente significativas ocorreram na década de 1970, ao menos na opinião de muitos lá fora ... em 2003, as 10 maiores companhias de petróleo gastaram milhões dólares na exploração, mas se encontrou menos de US $ 4 bilhões de petróleo e gás.
E a Petrobrás e suas descobertas, como ficam ? Escreveremos a respeito em outra ocasião ...
Em 2015 a economia global terá uma demanda adicional de milhões de barris por dia. As necessidades de energia subirão em média 54% até 2025.
Em 25 anos, o mundo vai precisar do equivalente a cinco Arábias Sauditas para atender a demanda. E de onde é que este petróleo extra virá ? Esse é o problema ... ele não virá. A produção dos envelhecidos campos de petróleo convencionais encontra-se em declínio de 4% a 6% ao ano. Poços do mundo estão secando e eles daqui a algum tempo estarão "rateando" em termos de capacidade. Além do mais, pela primeira vez, as autoridades sauditas admitiram que a Opep não será capaz de atender a demanda de petróleo ocidentais em 10 a 15 anos. Os preços do petróleo subiram mais de 200% desde 2004, mas a produção de petróleo no ano passado foi quase o mesmo que a do ano (de 2004). Normalmente, uma grande subida dos preços do petróleo significaria muito mais produção. Isso não aconteceu... acompanhemos as bolsas e o "intraday".

Obrigado, à i-finanças(autor do texto), pela sinergia !!!

A decisão de seguir as dicas é de responsabilidade de cada um.

Aritas, Amigos X, Eike Batista, Galera do Bem, Pessoal do Atitude Mental Positiva (facebook), e à todos colaboradores, sempre fora da curva e até o gargalo !!!

agnaldo1966@uol.com.br
agnaldoalex (twitter)

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