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Nota de esclarecimento sobre a falsa psicóloga Beatriz Cunha

A Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental (ABPMC) vem a público informar que os fatos recentes envolvendo a “falsa psicóloga” Beatriz Cunha e seus métodos de trabalho não têm nenhuma relação ou semelhança com o que denominamos ABA, ou Análise do Comportamento Aplicada.

Atendendo a solicitações da imprensa e de nossos associados, informamos que o nome de Beatriz Cunha não consta da relação de associados da ABPMC.

Esclarecemos ainda que a expressão “método ABA”, utilizada pela mídia para se referir ao trabalho de Beatriz Cunha, é equivocada. Isso porque não existe um método ABA propriamente dito. O que existe é uma ciência denominada Análise do Comportamento, derivada do behaviorismo radical. Tal ciência deu origem a aplicações eficazes, não apenas com indivíduos com diagnóstico de autismo.

No Brasil, a aplicação da Análise do Comportamento em contexto clínico requer graduação e formação complementar na abordagem. Segundo o conhecimento produzido por esta ciência, todo e qualquer uso de punição ou de métodos coercitivos deve ser evitado, não apenas por questões éticas, mas também pelos resultados de pesquisa com sujeitos infrahumanos – os quais atestam os prejuízos da coerção para o ensino.

Nesse sentido, reitera-se que o caso veiculado pela mídia nada tem a ver com a prática analítico comportamental, mundialmente aceita, cientificamente fundamentada e indicada por inúmeras leis e institutos de pesquisa nos EUA e no Brasil para crianças autistas e outras populações.

Diretoria da ABPMC
Biênio 2010 /2011