Desabamento fecha "estrada-parque" na véspera do Réveillon de 2011

Um grande desabamento no dia 30 de dezembro levou a Defesa Civil do estado do Rio de Janeiro a interromper o trânsito na RJ-163. Os turistas que se dirigem à região são orientados, desde a Via Dutra, a recorrer à Serra do Eme para conseguir chegar à região.

O deslizamento ocorreu em local já desabado há semanas; mas realmente não havia nada que se pudesse fazer além de aguardar que o resto do morro despencasse sobre a estrada.
Agora só resta ao DER abrir uma licitação para comprar alguns quilômetros daquele plástico preto e cobrir rápido uma boa parte da serra, antes que ela desmorone de vez. Depois, já na estação seca, deverá cobrir tudo com concreto projetado, como está sendo feito na Via Dutra em encostas muito menos íngremes e ameaçadoras do que as nossas.

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As fotos a seguir foram feitas no dia 30 de dezembro, pouco tempo depois do desabamento. Também estão disponíveis fotos tiradas em 15 de novembro e em 24 de dezembro de 2010. Alguém saberia nos informar se o DER-RJ, o INEA, o ICMBio ou as prefeituras ou ainda as empreiteiras estão documentando esses acidentes, para futuras referências? Ou apenas "amigosdemaua.net" vem fazendo esse monitoramento?

E a faixa (ao lado) que a Mauatur colocou junto ao "Posto de Informações Turísticas" deve ter sido escrita (e aprovada) por algum alemão, pois ninguém versado em português escreve (ou fala) assim: "acesso alternativa". E depois, nem era mesmo alternativo; era obrigatório: a Serra do Eme era (ou ainda é) o único acesso viável para chegar à Via Dutra. 


A foto acima foi feita no sentido descendo a serra em direção a Resende. As máquinas pararam diante do risco de remover a terra que cobria a estrada e propiciar novos deslizamentos do mar de lama que se equilibra mais acima.


O leito estradal ficou totalmente obstruído, e o muro de contenção foi superado pelo volume da terra que deslizou de 20 a 30 metros de altura, morro abaixo até o chão.


O que fazer? Vão ter que chamar especialistas em engenharia geológica - talvez até do exterior - para impedir que esse desastre se amplie sem controle. E não vai sair nada barato...


Eu precisaria ter uma câmara com lente olho-de-peixe, ou com capacidade estereográfica e tridimensional, quiçá holográfica, para reproduzir minimamente a amplidão desse deslizamento. É tão grande que não é possível fotografá-lo do leito da estrada; só com uma super-grande-angular. Ou de helicóptero, para obter o necessário distanciamento.


A foto acima foi feita no sentido de quem sobe a serra para Visconde de Mauá. A parte mais alta do desmonte deve alcançar mais de 30 metros de altura. E a avalanche deixou um rasgão na encosta com mais de 4 metros de profundidade, em alguns trechos.


As três fotos abaixo foram feitas poucos dias antes do deslizamentos que bloqueou a "estrada-parque" às vésperas do Réveillon 2011

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