Seu corpo é robusto e musculoso, seu tamanho varia entre 1,12 – 2,0 m (cabeça e corpo) e altura entre 45–80 cm, sua cauda tem cerca de 60-70 cm e o peso varia entre 60 e mais de 100kg. Sua pelagem possui uma coloração que vai do amarelo bem claro a amarelo acastanhado, seu corpo é revestido por pintas negras que formam rosetas.
Ocorre em vários tipos de habitat, desde áreas de florestas densas como a Amazônica e a Mata Atlântica, até em ambientes abertos como o Pantanal, Caatinga e o Cerrado. Ela é atualmente encontrada das planícies costeiras do México até o norte da Argentina. São animais de hábitos solitários e terrestres, urinam com grande freqüência para demarcar território. Sua atividade pode ser tanto diurna quanto noturna; são grandes saltadoras e nadadoras atravessando rios com 1km de largura.
Sua dieta é de uma grande variedade de mamíferos de médio e grande porte, aves e répteis, e necessita de pelo menos 2 kg de alimento por dia, o que determina a ocupação de um território de 25 a 80 km² por indivíduo a fim de possibilitar capturar uma grande variedade de presas. A onça seleciona naturalmente as presas mais fáceis de serem abatidas, em geral indivíduos inexperientes, doentes ou mais velhos, o que pode resultar como benefício para a própria população de presas. Sua visão, ao contrário de seu olfato, é de excelente qualidade garantindo uma boa precisão na hora de localizar e capturar suas presas.
Na época reprodutiva, as onças perdem um pouco os seus hábitos individualistas e o casal demonstra certo apego, chegando inclusive a haver cooperação na caça. Normalmente, o macho separa-se da fêmea antes dos filhotes nascerem. A gestação de uma onça dura 90–110 dias podendo nascer de 01 a 04 filhotes, os filhotes nascem com os olhos fechados que se abrem por volta do 13º e alcançam a maturidade sexual entre 2–4 anos. A onça tem perdido território por causa da modificação de seu habitat, a caça por conta dos pecuaristas, criadores em defesa dos seus animais.
Originalmente a distribuição deste animal se dava desde o sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Atualmente ela está oficialmente extinta nos Estados Unidos, é muito rara no México, mas ainda pode ser encontrada na América Latina, incluindo o Brasil. De maneira geral, porém, suas populações vêm diminuindo onde entram em confronto com atividades humanas. No Brasil ela já praticamente desapareceu da maior parte das regiões nordeste, sudeste e sul. A destruição de habitats aliada à caça predatória devido principalmente ao alegado prejuízo econômico causado às criações de animais domésticos fazem com que as populações venham sendo severamente reduzidas.
É classificada pela IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza) e pelo IBAMA como espécie vulnerável e está no apêndice I do CITES.
Imagem de Onça-Pintada capturada em armadilha fotográfica na caatinga bahiana.
A proposta desse projeto é subsidiar, por meio de informações da ecologia da Onça-Pintada na Caatinga, o planejamento e o manejo de uma rede de unidades de conservação que garantam a preservação de uma população mínima viável da espécie e, consequentemente, a conservação da biodiversidade do bioma. A área de estudo selecionada após um levantamento prévio, abrange uma grande extensão no nordeste brasileiro, englobando áreas definidas pelo Ministério do Meio Ambiente como prioritárias para a conservação da biodiversidade.
O Projeto levanta dados que subsidiam a proposta de criação do Parque Nacional do Boqueirão da Onça. A região possui um sítio arqueológico com pinturas rupestres a serem melhor estudadas ainda.
O Projeto conquistou, em 2007, o apoio da Fazenda Tamanduá, empresa situada no Estado da Paraíba produtora de alimentos orgânicos e atenta à necessidade de sustentabilidade. Desde janeiro de 2008 o projeto está na vitrine de projetos ambientais da Bolsa de Valores Sociais e Ambientais - BVS&A, e para quem quiser ajudar este Projeto podem ser feitas doações aqui.
Faça a sua doação e ajude este e outros projetos, o pouco de muitos é o muito de todos!
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