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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Filtro externo caseiro

Charles Dias
Muitos problemas em um aquário, de qualquer tamanho, pode ser evitado com um bom e eficiente sistema de filtragem. Digo isso porque já passei por isso. Tive problemas sérios com alguns aquário, que sempre tinham aquela cor amarelo "chá-mate", caracterísco de filtragem insuficiente.
Sempre usei o FBF (filtro biológico de fundo, aquelas placas sob o cascalho) e acho que para aquários de até 70 ou 80 litros eles são ótimo, mesmo porque ajudam na formação do substrato para as plantas e é um ótimo local de hospedagem de colônias de bactérias nitrificantes, mas sozinho não adianta, tem de trabalhar em conjunto com outro tipo de filtro.
Essa idéia partiu quando comecei a ter problemas com um aquário de 60 litros recém montado. Tinha colocado bastante plantas e um belo galho de aroeira. Antes já tinha utilizado pequenos filtros de lã+carvão ativado, que ficavam dentro do aquário e funcionavam com um compressorzinho de ar normal. Nesse caso não havia espaço suficiente para um desses filtros. Então fui atrás de um filtro externo, que descobrí não serem muito baratos, e como estava sem grana na época tive de inventar.
Esse filtro pode ser usado para qualquer tamanho de aquário e sua capacidade de filtragem está diretamente ligada ao seu tamanho e a potência da bomba usada. Olha a lista de materiais:
- Tubo de PVC (o tamanho e diâmetro depende do tamanho do seu aquário. Para um esse aquário de 60 litros, usei um tubo de 3 polegadas);

- Dois terminais "de colar" para esse tubo (são tampões para a ponta que vedarão as pontas do tubo. Prefiro os de colar porque são mais fácei de serem manuseados);

- Silicone para aquário (certifique-se se pode ser usado em aquários, senão pode ter substâncias fungicidas que são venenosas para os peixes);

- Uma bomba submersa que tenha uma vazão/hora de pelo menos quatro vezes o volume de água do aquário (para esse aquário uso uma bomba Sarlo - recomendo essa marca ou a Better - de 200 litros/hora);

- 1 metro de cano de borracha transparente de jardim com um diâmetro que se encaixe na saída de água da bomba submersa, daquelas bem moles e de paredes finas (Esse filtro não pode ficar muito longe do aquário, por conta da perda de potência da bomba. Calculei 50 cm para entrada da água e o mesmo para a volta, o suficiente para se adaptar a bomba ao tampão do aquário);

- 1 braçadeira de plástico (para prender a ponta da mangueira na saída da bomba. Tem de ser de plástico para evitar a ferrugem);

- Lã de filtragem;

- Carvão ativado;

- Fio de Nylon.
Olha um esqueminha da idéia do filtro:
Agora vamos a montagem:
• Primeiro, com um bombril limpe muito bem todo o cano e os tampões (interna e externamente) e depois lave somente com água, bastante água e deixe secar completamente.
• Corte um pedaço de lã de filtragem do comprimento do cano e de uma largura que permita que enrolando-a, ela ocupe aproximadamente 2/3 do cano.
• Estenda a lã sobre uma mesa e espalhe o carvão ativado sobre ela e enrole (como um rocambole) e prenda-a com fio de nylon.
• Coloque esse filtro enrolado dentro do cano.
• Faça um furo do tamanho da mangueira nos tampões. Mas faça um furo que seja até um pouquinho menor que a mangueira, de forma que ela se encaixe firmente no buraco.
• Passe a mangueira pelo buraco e deixe uma ponta para dentro do tampão, de forma a não impedir o encaixe com o cano com o filtro dentro.
• Agora cole a mangueira junto ao orifício, por dentro e por fora, com uma boa quantidade de silicone e deixe secar. Use uma moeda para dar acabamento ao silicone.
• Está quase pronto. Agora encaixe os tampões no cano e cole as junções com silicone. Deixe secar.
Agora encaixe uma das pontas da mangueira na saída de água da bomba submersa e prenda firmemente com a braçadeira de plástico.
Quanto a localização do filtro, sugiro que ela fique presa sob o tampão de madeira do aquário. Prenda-a atrás do aquário, mas nunca mais baixo que a metade da altura. (Claro que você deve cortar a mangueira para que seu tamanho se ajuste a sua posição de fixação).
Pronto, você tem um ótimo filtro de carvão ativado trabalhando em conjunto com um FBF e o melhor, por um preço bem menor que o de um sistema de filtragem externo de boa qualidade.

Tuberculose pisciária

Tuberculose pisciária

Foto: Gummifreun.de

Agente etiológico: Myxosoma cerebralis
Fisiopatologia: A transmissão se produz pela ingestão de esporos, presentes num portador (Tubifex). O parasita invade a cartilagem do peixe, produzindo necrose e deformidade. O peixe apresenta, durante a primeira fase da doença, movimentos rotatórios ao nadar, em seguida começa a emagrecer na parte superior do corpo, logo após a cabeça. Nesta fase, o peixe emagrece bastante.Apresenta, ainda, coloração escura na parte caudal.
Doença pouco comum em peixes de aquário, sendo comum em salmonídeos.


Foto: Muggel Online.de

Tratamento: Não há cura atualmente.

Fontes :
Dr.Rodrigo Mabília
AquariOnline
El Aquarista

Chondrococcus (Limo dos peixes)

Chondrococcus (Limo dos peixes)

Foto: Zerberus Online.de

Agente etiológico: Chondrococcus columnaris
Fisiopatologia: Aparecimento no corpo de uma crosta aparentando limo ou mofo, por vezes atacando também a boca. Peixes habituados a água de temperatura relativamente baixa, quando transferidos para águas de temperatura mais alta são suscetíveis à doença. Além da formação de uma espécie de limo no corpo do peixe, manchas branco-azuladas se fazem presentes. Nesta fase a nadadeira caudal aparece carcomida, bem como as demais. O peixe perde seus movimentos, boqueja e morre ao cabo de alguns dias, se não for convenientemente tratado. Em algumas espécies há o aparecimento do anel hiperêmico( super abundância de sangue) na cauda e às vezes ao redor dos olhos. Os tremores característicos aparecem antes da doença estar em último estágio. A doença geralmente tem início numa ferida. Assim, peixes transportados ou colocados em recipientes pequenos e inadequados têm maiores probabilidades de adquirir a doença. Os que são retirados em redes ásperas, geralmente, apresentam feridas na boca e descamação no corpo, estando nestes casos sujeitos à doença.


Foto: www.flippersandfins.net/flexibacter.htm

Tratamento: a) Terramicina 500 mg /40-50 litros de água, em banho de 24 a 48 horas.
b)Tripaflavina 2 mg /25 L de água em banhos de 24 horas

Buraco na Cabeça (Hole-in-Head)



Foto: Georgetown.edu

Agente etiológico: Hexamita sp.
Fisiopatologia: Nos estágios iniciais da doença, o peixe apresenta um quadro geral de desnutrição e fraqueza geral (caquexia), gastroenterite e peritonite.
Em peixes ornamentais é muito comum a manifestação da doença associada a outros parasitas ou agentes patogênicos oportunistas, como bactérias, particularmente devido à queda das defesas do peixe. As características gerais são a despigmentação de áreas, quase sempre nas regiões ao lado da cabeça, e/ou o surgimento de pequenos orifícios, geralmente muito pequenos e rasos em suas fases iniciais, via de regra próximos ou sobre a linha lateral que se extende na cabeça do peixe. Esses orifícios costumam aparecer, inicialmente, agrupados, pouco profundos, e às vezes já com alguma formação pustulenta visível em seu interior, mas ainda interno à ferida (não há projeções / "corrimento").
Muitas vezes se manifesta de forma simétrica na cabeça e/ou na linha lateral (geralmente também em sua extensão na cabeça) do peixe. Podem ainda ocorrer próximos aos olhos, geralmente acima ou abaixo desses. A moléstia, ao avançar, passa dos sintomas iniciais a apresentar verdadeiros "buracos" - daí o nome popular da moléstia. Nesse estágio, quase sempre ocorre também verificação da presença, em maior ou menor grau, de substância esbranquiçada semelhante a pus preenchendo os "buracos", ou mesmo projetando-se deles -- sob forma "cilíndrica", "de linha", ou na forma de "glóbulos superpostos" (como uma "couve-flor") ou forma "esponjosa". Essa substância é tida, por alguns pesquisadores, como altamente infectante, já que em sua visão prováveis patógenos causadores da doença (p. ex., Spironucleus / Hexamita) estariam contidos nessa substância.
Os "buracos" tendem a continuar aumentando ainda mais de tamanho e profundidade, produzindo feridas verdadeiramente grandes (crateriformes), e sempre à mercê de infecções secundárias por bactérias, fungos ou protozoários. Muitas vezes são essas próprias infecções secundárias que acabam por matar o peixe.


Foto : Fish Tropical

Foto : Fish Tropical
Tratamento: a) Metronidazol (Flagyl / 400mg).250mg /100 g de alimento em pasta ou vivo, 2 X ao
dia, por 10 dias.
b) Sempre que o peixe tolerar temperaturas mais altas, a mesma deve sempre ser
lentamente aumentada até 32°C ou o mais próximo possível disso (o máximo
tolerado pela espécie), pois com temperaturas menores que 31°C dificilmente
qualquer tratamento funcionará.
c) Antissépticos e/ou de antibióticos (mercúrio-cromo, Rifocina spray ®, Povidine ®,
Betadine ®, Permanganato de Potássio) se faz quase sempre necessário nesses
casos.

Ascite Infecciosa (Hidropsia)



Foto: ESG.Montana.edu

Agente etiológico: Aeromonas punctatus
Fisiopatologia: Conjunto de sintomas e sinais que surgem no decorrer de certas doenças. Ocorre quando há retenção de líquidos na cavidade abdominal, músculos e pele dos peixes, com consequências para todos os seus orgãos. Quando isto ocorre, o nível de proteínas do sangue diminui muito, o sangue se dilui, fica aquoso. Ocorre insuficência renal e cardíaca. Ele não consegue eliminar água de seu organismo. Incha. As escamas, que estão presas a ele só por uma parte, se levantam, eriçam. Ocorrem lesões nas guelras, intestinos, etc.
Período de incubação: 4 a 8 dias.
Doença comum em ciprinídeos e rara em peixes tropicais. A mortalidade dos doentes é de 30 a 40%.


Foto: JBL.de

Tratamento: a) Injeções de cloromicetina: 0,1 mg/ 10g de peso vivo
estreptomicina: 1 mg / 50g de peso vivo
b) Phenoxethol: 10 a 20 ml de solução a 1% por litro, colocada aos poucos, por 24
horas.
c) Sal grosso : 1 colher de sopa/10 litros de agua.
d) Aureomicina (clorotetraciclina) 250 mg / 20 L de água durante 3 dias.
e) Terramicina (oxitetraciclina) 50 mg / litro de água em banhos de 24 a 72 horas.

Quilodonelose



Foto: Cesdonbosco.com

Agente etiológico: Chilodonella cypprini Moroff
Fisiopatologia: O agente mede cerca de 60 micra de comprimento por 45 micra de largura. Sua forma é oval. Este parasita ciliado, que produz opacidade branco-azulada, parece alimentar-se de células epidérmicas destruídas e de células do epitélio branquial dos peixes. Os indivíduos infestados nadam e respiram com dificuldade, roçando-se contra o fundo de areia a fim de livrar-se dos parasitos. Este parasito se transmite por contágio direto de peixe a peixe. Se o peixe morre, a Chilodonella abandona-o rapidamente. Este ciliado parasita pele e tecidos, portanto é um ectoparasito puro, sendo considerado parasita da debilidade. Sua multiplicação é imensa e ataca somente peixes débeis.


Fonte : JBL.de

Tratamento: a) Banho de tripaflavina por 24 horas (com esta medicação, o parasita morre em 10
horas).
b) Elevar a temperatura da água para 28ºC.

Oodinose (Doença do Veludo)



Fonte : zoowelke.de

Agente etiológico: Oodinium pillularis
Fisiopatologia: O contágio é direto, por uma forma flagelada infectante de seu ciclo de vida que pode deslocar-se ativamente a procura de um novo hospedeiro.
Os sinais clínicos da doença do veludo, inicialmente são inespecíficos onde o peixe apresenta irritação cutânea, aumento da produção de muco e distúrbios natatórios. Quando a parasitose torna-se mais intensa surgem manchas brilhantes acastanhadas na superfície do corpo assemelhando-se ao veludo. Neste estágio os peixes já apresentam disfunção respiratória, congestão e hiperplasia branquial. Estágios agônicos com peixes indo ao fundo com o ventre para cima e nados em rodopio sucedem a fase de disfunção respiratória e nenhum tratamento pode reverter o quadro.
É extremamente perigosa para os peixes pequenos, principalmente para os caracídeos (Neon, Rodóstomus, etc.), podendo "devastar" um aquário em menos de 6 horas.


Foto: Aquaspider.de

Tratamento: a) Azoo anti-oodinium.
b) Banhos demorados de tripaflavina.
c) Azul de metileno 2 gotas 5% / 5 L de água , durante 5 dias.
d) Elevação da temperatura a 30º C e escurecimento total do ambiente.
e) Retirar as plantas e todos os objetos do aquário.


16) Plistoforose (Doença dos neons)

Fonte : Teriguna.nl

Agente etiológico: Plistophora hyphessobryconis
Fisiopatologia: Ataca principalmente os neons tetra e outros peixes como os paulistinhas e o espada. O peixe apresenta perda de apetite, nada sem parar (inclusive à noite) .Fica muito agoniado. Nada em posição anormal (oblíqua).Apresenta descoloração, como nos casos do neon tetra e do cardinal, nos quais começa como manchas que se estendem até atingir sua faixa fosforescente. Fica separado do cardume .Emagrece, ficando desbarrigado. Há endurecimento e destruição dos tecidos. Ataca os rins.


Foto: Ikanbettah

Tratamento: a) Não há tratamento específico. A cura é difícil.
b) Pode-se tentar banho em solução de 2,5g de euflavina ou 2g de azul de metileno
para 100 L de água, durante 15 dias.

Costiose

Costiose

Foto: Homeinfostations.nte

Agente etiológico: Costia sp
Fisiopatologia: Existem duas espécies: Costia pyriformis que infesta as brânquias e o corpo, e Costia necatrix, que ataca apenas o corpo. Os peixes contaminados costumam concentrar-se em locais de água movimentada. Podem se coçar em locais duros como pedras e cascalho, normalmente apresentando aspecto apático e ficando no fundo do aquário. Um brilho cinza-azulado pode ser notado nos flancos do animal. Inicialmente, o peixe perde o apetite. Causa forte turvação na pele (manchas esbranquiçadas), podendo mesmo nos casos mais graves, levar à destruição da pele, provocando feridas com sangramento. Podem ser também visíveis algumas ramificações vermelhas nas barbatanas.


Foto: Mark Owen

Tratamento: a) Aqualife ou Labcon Ictio ( 1 gota / 2 litros de água)
b) Verde de Malaquita, Tripaflavina ou ainda Formol.
c) Banho, no aquário/hospital, numa solução de 2mg/l de Permanganato de
Potássio (KMnO4).
d) Banho de sal (2,5 g/l de água) de 10 a 20 minutos por dia até que a pele fique clara.


14) Dactilogirose (Flukes)

Foto: Middlebury.edu

Agente etiológico: Dactylogirus sp
Fisiopatologia: Verme parasita de 4 olhos e 2 trombas ligadas às glândulas que secretam um líquido irritante. Típico das guelras, é mais perigoso que o Gyrodactylus. O peixe boqueja, suas guelras aumentam, ficam pálidas, salientes e com as bordas engrossadas, forçando os opérculos a ficarem entreabertos. O parasita se fixa no peixe por meio de um disco especial e introduz sua tromba para sugar sangue. Reproduz-se por ovos. Pouco comum nos aquários de peixes ornamentais. Quando a infestação é grande, pode haver destruição do tecido branquial e ruptura de vasos, com a morte por asfixia ou hemorragia.


Fonte : Dscc.edu

Tratamento: a) Azul metileno 2 mg /litro de água + Formalina (40%) 2 ml /10 L de água ( banhos
de 30 a 45 min) retirando o peixe, logo que apresente sinais de angústia.
b) Usar aeração durante o tratamento. Após 3 dias, trocar metade da água.
c) Banho de sal comum, 10 a 15 g /litro de água.

Ictio (Doença dos pontos brancos)



Foto: Chilternkoi.baxx

Agente etiológico: Ichthyophthirius multifilis
Fisiopatologia: A contaminação de um aquário sadio se dá pela introdução de um hospedeiro, que na maioria dos casos, pode ser um peixe aparentemente com saúde, pedras e/ou cascalho e, é claro, a água, proveniente de outro aquário, tanque, ou loja de peixes. Cistos de Íctio já foram encontrados, também, em plantas aquáticas, alimentos vivos, e outros animais aquáticos. Atenção especial também às redes e puçás de captura, e demais objetos usados em aquariofilia que entrem em contato com a água e permaneçam molhados.
A temperatura contribui decisivamente para o aparecimento e desenvolvimento do Íctio. Isto explica porque uma epidemia ocorre sempre que peixes tropicais (infestados) são mantidos em temperaturas muito baixas ou, em alguns casos, peixes de água fria (também infestados) em temperatura mais alta. Pelas mesmas razões, a maioria das infestações por Íctio em peixes tropicais parece ocorrer, com mais freqüência, nas estações mais frias ou quando os mesmos são manipulados indevidamente, sem considerar a temperatura.
Pequenos pontos brancos (1mm de diâmetro) em todo o corpo do peixe: boca, nadadeira anal, dorsal, opérculos, nadadeira peitoral e etc. Esses pontos brancos não são o parasita, são os cistos, ou melhor as feridas causada por eles. Depois que o parasita se desenvolveu bastante o peixe fica com uma espécie de "cordão" branco, onde solta milhares de novos parasitas para contaminar outros peixes.
São organismos grandes, unicelulares, móveis, com formato esférico a oval tendo seu maior diâmetro entre 0,05 – 1mm. Toda sua superfície é ciliada. Seu macronúcleo possui a forma característica de ferradura. Os parasitas vivem em cistos na hipoderme onde seus movimentos rotatórios podem ser observados. Em alguns casos, a infestação é limitada as brânquias. A partir dos movimentos rotatórios o parasita se alimenta de partículas epiteliais e fluidos teciduais do hospedeiro. As manchas e pintas brancas que são comumente observadas são chamadas de terontes e são parasitos ou grupos de parasitas encistados, não suscetíveis a droga antiprotozoárias. Com o crescimento do protozoário o teronte aumenta de volume, rompe e libera o parasita, chamado trofozoito que passa a viver sobre a pele ou brânquias do peixe. Posteriormente dirige-se ao fundo do aquário, onde adere-se em objetos como cascalho ou tubulação, encapsula-se em uma gelatina. O trofozoito aderido sobre mitoses internas, produzindo numerosos indivíduos jovens ou tomites. Dentro de um período de 18 a 21 horas (em 23 a 25ºC) de 250 a 1000 de tomites ciliados são produzidos, sendo libertados para a água. Eles nadam ativamente e caso encontrem algum hospedeiro penetram na pele e dilatam-se formando cistos e desenvolvendo-se em novas formas adultas. Caso não encontrem um hospedeiro morrem em cercas de 48 horas. O ciclo é completado em 10-14 dias em cerca de 22º C até 21 dias para temperaturas mais baixas
A anemia causada faz uma diminuição da atividade dos peixes, seus movimentos ficam menores e suas nadadeiras fechadas. Os parasitas causam muita coceira, e o peixe procura qualquer coisa para ficar se coçando. Na fase mais aguda, eles perdem a vitalidade, ficando parados no fundo.


Foto: Aquanubis

Tratamento: a) Elevar a temperatura do aquário para 30 graus.
b) Aplicar um parasiticida de ação rápida ( Azul de metileno,Ictio [Labcon] ).
c) Sal grosso (15g /10 litros) por uma semana (Não usar em coridoras e peixes de
couro).
d) Desligar as luzes do aquário durante o tratamento.
e) As formas encistadas (no hospedeiro e no substrato) são resistentes à maioria dos
remédios. Os tomitos são vulneráveis à temperaturas acima de 29 ºC e
a remédios a base de cobre.

12) Saprolegnose (Mofo dos peixes)

Foto: Protist.i.hosei

Agente etiológico: Saprolegnia sp.
Fisiopatologia: Fungo que ataca preferencialmente peixes feridos e debilitados.
Manchas brancas ou tufos semelhantes a algodão no corpo dos exemplares.


Foto: Aquarium.it

Tratamento: a) Banho prolongado (4 dias) no exemplar em um aquário/hospital com sal marinho
10g/litro d'água. Para reforçar o tratamento, mergulhe-o duas vezes ao dia numa
solução de sal marinho 25g/ litro d'água.

Lerneose (Verme Âncora)



Foto: Alaine Knipes

Agente etiológico: Lernaea sp.
Fisiopatologia: 1- Efeitos nas brânquias: lesões com perda da arquitetura branquial e redução da sua função devido a atividade alimentar do parasita. Pode ocorrer ainda oclusão temporária, ou permanente da circulação pela fixação do parasita. O tecido branquial pode ainda sofrer necrose e desintegração local, ou difusa.
2- Efeito na pele: fixam-se apenas sobre a pele e causam destruição de escamas e células mais superficiais. No local de fixação surge uma lesão que permanece mesmo depois do desprendimento do parasita. Há irritação local e inflamação. Em infestações mais intensas onde as lesões são mais graves pode ainda ocorrer problemas de osmorregulação provocados pela perfuração do tegumento. Infecções bacterianas secundárias são algumas das complicações deste tipo de parasitismo.
3- Efeitos gerais: freqüentemente há uma perda de peso do hospedeiro. Peixes infestados por ectoparasitas sofrem de constante irritação na superfície do corpo e são obrigados a conviver com esta situação estressante. É possível observar mudanças no comportamento de peixes parasitados, pois estes freqüentemente tentam se livrar destes parasitas ao realizar fricção contra objetos duros, pedras, etc...


Foto : Vincent Blondeau

Tratamento: a) Remoção manual com pinça cirúrgica. No caso da lernea as lesões são mais profundas sendo necessário um banho com solução de Permanganato de Potássio e posterior remoção dos parasitas fixados. Outra alternativa é instilar um solução hipertônica com Cloreto de Sódio (Rinosoro Hipertônico 3%) sobre o parasita. Isto facilita a sua remoção com a pinça. . A remoção manual não significa que não há necessidade de tratamento com medicamentos. Esta serve apenas para interromper os danos diretos que o parasita ocasiona ao peixe enquanto o tratamento está em execução.
b)Medicamentos na ração: Vitosan
c)Produtos para banhos de imersão: Anchor away/PondRx.
Diflubenzuron / Trichlorfon / Malathion
d)Banhos rápidos de imersão com Cloreto de sódio 5% durante 60 segundos.
Repetir este banho duas a três vezes.Pode-se também adicionar formalina 10%.

Argulose (Piolho de peixe)



Foto: University of Paisley

Agente etiológico: Argulus sp.
Fisiopatologia: 1- Efeitos nas brânquias: lesões com perda da arquitetura branquial e redução da sua função devido a atividade alimentar do parasita. Pode ocorrer ainda oclusão temporária, ou permanente da circulação pela fixação do parasita. O tecido branquial pode ainda sofrer necrose e desintegração local, ou difusa.
2- Efeito na pele: fixam-se apenas sobre a pele e causam destruição de escamas e células mais superficiais. No local de fixação surge uma lesão que permanece mesmo depois o desprendimento do parasita. Há irritação local e inflamação. Em infestações mais intensas onde as lesões são mais graves pode ainda ocorrer problemas de osmorregulação provocados pela perfuração do tegumento. Infecções bacterianas secundárias são algumas das complicações deste tipo de parasitismo.
3- Efeitos gerais: freqüentemente há uma perda de peso do hospedeiro. Peixes infestados por ectoparasitas sofrem de constante irritação na superfície do corpo e são obrigados a conviver com esta situação estressante. É possível observar mudanças no comportamento de peixes parasitados, pois estes freqüentemente tentam se livrar destes parasitas ao realizar fricção contra objetos duros, pedras, etc...


Foto: Roberto Sozzani

Tratamento: a) Remoção manual com pinça cirúrgica .
b) Medicamentos na ração: Vitosan
c) Produtos terapêuticos para banhos de imersão: Anchoraway/PondRx/Diflubenzuron /Trichlorfon/Malathion
d) Banhos rápidos de imersão com Cloreto de sódio 5% durante 60 segundos.
Repetir este banho duas a três vezes. Pode-se também adicionar formalina 10%.

Podridão das Nadadeiras



Foto: Josmadison.com

Agente etiológico: A colonização original geralmente é produzida por Pseudomonas fluorescens e Aeromonas liquefasciens , seguidas por Mycobacterium sp. e Myxobacterias do gênero Cytophaga columnaris e outras. Os tecidos necróticos servirão de meio de cultura para fungos dos gêneros Saprolegnia e Achyla que também favorecem a perda das mesmas.
Fisiopatologia: Quando a colonização destrói a nadadeira e se localiza no pedúnculo caudal, a doença se torna muito difícil de regredir ocorrendo invasão da corrente sanguínea e septicemia.
Tratamento: a) Oxitetraciclina (Terramicina) 500 mg/ 50 litros de água, renovando-se 1/3 da
água a cada 24 horas durante cinco dias.
b) Pincelar as nadadeiras com Iodo-Povidine ou com pomada de Neomicina
c) Aumentar a temperatura do aquário para 30ºC.

Tricodiníase



Foto: Urrutxurtu

Agente etiológico: Trichodina domerguei
Fisiopatologia: Cilióforo (protozoário provido de cílios), muito comum nos aquários, que só ataca os peixes quando eles se encontram em precárias condições de saúde, portanto quando debilitados. Causa extrema irritação e coceira , produzindo  hiperemia pelo ato de se coçar.


Foto: OU Biological Sciences

Tratamento: a) Banho de tripaflavina : 10 mg/litro de água/ 24 horas (com esta medicação,o parasita morre em 10 horas).
b) Elevar a temperatura da água para 28ºC.
c) Tratar as causas que levaram à debilidade (stress, deficiência na alimentação, água com parâmetros inadequados , etc).

Ictiofonose



Foto: Oregon State University

Agente etiológico: Ichthyophonus hoferi
Fisiopatologia: Transmite-se por esporos, através de alimentos contaminados. Esse germe se desenvolve no estômago e intestinos, sendo eliminados pelas fezes. Alguns perfuram a parede do intestino e são levados pelo sangue para diversos órgãos como o coração e fígado, onde ficam sob a forma de pequenos nódulos pardos ou pretos. Quando eles se rompem, os órgãos são atacados e o peixe morre. Ela só aparece quando o parasita é levado por alimentos, materiais ou peixes contaminados, mas as más condições da água facilitam sua difusão. Os peixes a transmitem uns aos outros através de feridas e abscessos ou pela ingestão de peixes mortos por ela.
No estômago, o quisto se rompe, soltando as larvas infestantes.
Os primeiros sintomas são difíceis de serem identificados pois são muito variados. Podem ocorrer perda de apetite, entorpecimento, exoftalmia e nadadeiras dobradas. O peixe fica escondido a maior parte do tempo. Apresenta instabilidade para nadar e movimentos estranhos. Fica no fundo, com a barriga inchada. Pele e escamas ficam como que vidradas. O peixe vira sobre o seu eixo e fica balançando.Formam-se às vezes, placas ou ulcerações na pele.Emagrecimento. Pele desbotada. As nadadeiras perdem pedaços. Boca sempre aberta. O doente às vezes só morre após 6 meses.

Tratamento: O peixe deve ser sacrificado. Não há cura.

Exoftalmia



Foto: Elacuariodealex.com

Agente etiológico: Pode ter diferentes causas (ascite infecciosa, tuberculose , parasitas [Diplozoon , Gyrodactylus e Dactylogyrus] , fatores químicos [aquário mal equilibrado] e deficiências alimentares.
Fisiopatologia: É produzida por acúmulo de líquido no interior do olho ou cavidade ocular do peixe afetado. Este excesso de líquido produz edema do globo ocular com protusão do mesmo.
Tratamento: a) Não há tratamento específico
b) Banho de sal durante 36 horas
c) Colírios: Argirol a 5% e Cloranfenicol 5%
d) Baixar a temperatura da água diminui a pressão ocular.
e) Cloranfenicol 250 mg/20 litros de água.
f) Uso de condicionadores (Aquasafe) , trocas parciais de água e alimentação
adequada ajudam a prevenir a exoftalmia.


4)Girodactilose

Foto: Bóris Kuperman e Victória Mattew

Fisiopatologia: Verme cego de 0,5 a 0,8 mm de comprimento, que tem uma ventosa na boca e um gancho na cauda, pelo qual se fixa no peixe. Este vai ficando cada vez mais pálido, a pele produz mais mucosidade e com manchas ou pontos hemorrágicos também nas nadadeiras. Mesmo quando as guelras não são afetadas, há respiração acelerada. O peixe fica triste, cansado, com os movimentos cada vez mais lentos, permanece na superfície e morre.


Foto: Bóris Kuperman e Victória Mattew

Tratamento: a) Formalina 40% 2 ml/10 L de água em banho de 30 min (o parasita morre em menos de 20 min) .
b) Boa aeração durante o banho.
c) Azul de metileno 5% 1 gota /litro de água.
d) Sal comum 10 a 15 g / litro de água em banho de 20 min.

Lepidortose

Lepidortose

Foto : George Washington University

Agente etiológico: Vibrio angularis
Fisiopatologia: Ataca peixes tropicais. Causa perda de escamas por todo o corpo e mais no dorso, movimentos cada vez mais lentos, respiração acelerada e paralisação da cauda. O peixe fica na superfície, perdendo a noção de fuga e morre em mais de 80% dos casos, quando não há tratamento. Os peixes sadios são portadores. A transmissão é direta ou indireta, pela água contaminada. Dura de 3 a 4 semanas.

Foto: Kenneth Dalglish

Tratamento: a) Aureomicina 50 mg/litro de água em banhos por 4 dias.
b) Cloromicetina 10 mg/litro de água.

Furunculose

Agente etiológico: Aeromonas salmonicida
Fisiopatologia: Doença de caráter infeccioso. As úlceras aparecem nas zonas mais ricas em vasos capilares. O agente etiológico causador é uma bactéria gram-negativa, imóvel e não produtora de esporos que, inserindo-se no peixe destrói o tecido em redor do ponto de infecção. No início, surgem manchas vermelhas, dando a impressão de ferimentos, depois há o aparecimento de bolhas de pus e sangue. A seguir, essas bolhas se abrem, havendo formação de úlceras (o pus libertado pode contaminar os outros peixes). A sintomatologia apresenta também escaras do tipo ulceroso no corpo dos peixes, iniciando-se, geralmente, no pedúnculo caudal, podendo, no entanto, ter início em outras partes do corpo.

















Agente etiológico: Aeromonas salmonicida
Fisiopatologia: Doença de caráter infeccioso. As úlceras aparecem nas zonas mais ricas em vasos capilares. O agente etiológico causador é uma bactéria gram-negativa, imóvel e não produtora de esporos que, inserindo-se no peixe destrói o tecido em redor do ponto de infecção. No início, surgem manchas vermelhas, dando a impressão de ferimentos, depois há o aparecimento de bolhas de pus e sangue. A seguir, essas bolhas se abrem, havendo formação de úlceras (o pus libertado pode contaminar os outros peixes). A sintomatologia apresenta também escaras do tipo ulceroso no corpo dos peixes, iniciando-se, geralmente, no pedúnculo caudal, podendo, no entanto, ter início em outras partes do corpo.

Agente etiológico: Aeromonas salmonicida

Tratamento: a) Terramicina 500 mg /50 L de água por 24 horas, repetindo-se o banho dentro de 5 dias, até controlar.
 


Nadadeiras Degeneradas

Uma das causas desta doença é a alteração de pH, geralmente ácido. Outro fator, mais preocupante, é a falta de higiene e a qualidade do alimento oferecida, causando má condição da água e desnutrição, respectivamente. Estes fatores podem ainda serem portas de entrada para outras doenças.

Fungo nos olhos: (pop-eye):

Os olhos ficam encobertos ou projetados (pop-eye). Pode se tornar mais severo caso não seja tratado, pois ocorre infecção também por bactérias, além do peixe desenvolver tuberculose. As vezes ocorre devido a quantidade excessiva de matéria em decomposição na água.
Tratamento: Deve ser feito com associação de antifúgicida e antibiótico.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Taníctis (Tanichthys albonubes)

Nome Popular: Taníctis
Nome Científico:  Tanichthys albonubes 
Família: Cyprinidae
Habitat: Riachos montanheses da China, Hong Kong e Vietnam
pH: 6.8 a 7.4
Temperatura: Máximo 25ºC
Dureza: 8 - 12 dH
Tamanho Máximo: 4cm
Sociabilidade: Grupo
Agressividade: Pacífico
Manutenção: Fácil
Zona do Aquário: Superfície
Aquário Mínimo: 40L
Alimentação: Ração em flocos; pequenos alimentos vivos
Características Num dia de sol com poucas nuvens no começo da década de 30, um garoto chamado Tan brincava num riacho perto de sua casa da província de Cantão no sudeste da China, quando coletou num copo alguns belos e coloridos peixes que nunca havia visto antes. Curioso, levou esses peixinhos a um jovem naturalista que morava em sua vila chamado Lïn, que logo percebeu tratar-se de uma espécie até então desconhecida da ciência. Ele a batizou de Tanichthys albinubes, que significa "Peixe de Tan das nuvens brancas. O Taníctis é um peixe relativamente comum e sociável, existem inclusive variedades com nadadeiras longas (véu). Entretanto, trata-se de um peixe de águas frias e bem oxigenadas, sendo este o segredo do sucesso em sua criação.
Reprodução: Em um aquário de cerca de 20 litros, com plantas e um pequeno filtro de espuma, coloque um pequeno grupo de 5 a 10 Taníctis. Para incentivar a desova, deve-se colocar algumas folhas secas no aquário para que acidifique lentamente a água. Os peixes imaginam que as cheias acabaram de começar pela mudança (nas cheias há mais matéria orgânica na água, consequentemente o PH eleva-se, mesmo nos rios montanheses). Os adultos começam a corte e, em poucas horas cada fêmea libera de 50 a 200 ovos. Os adultos devem ser retirados. Os ovos eclodem em um ou dois dias. A grande dificuldade é alimentar os minúsculos filhotes, recomenda-se reproduzir Taníctis em aquários velhos, que já contenham alguns microorganismos, e não lavar a espuma do filtro algumas semanas antes da desova, para que concentre-se nela microorganismos. Mesmo com esses cuidados, introduza infusórios no aquário até que cresçam o suficiente para aceitar ovos de artêmia sem casca ou náuplios recém nascidos e ração triturada.
Ficha por Alexandre Avari  

Sumatra Verde (Capoeta tetrazona)

Peixe muito ativo e mordiscador que deve ser colocado em grupos de mínimo 8 indivíduos. Originário de Boneo e Sumatra. Temperatura 26°C e pH 7,0.

Sumatra (Capoeta tetrazona)



Peixe muito ativo e mordiscador que deve ser colocado em grupo de mínimo 8 indivíduos. Originário de Borneo e Sumatra. Temperatura 26°C e pH 7,0.