quinta-feira, 27 de maio de 2010

* Biografia do Pastor Paulo Leivas Macalão

Nascido em 1903, na cidade de Santana do Livramento - RS, filho de João Maria Macalão e Joaquina Georgina Leivas Macalão, o Pastor Paulo Leivas Macalão teve sua educação inicial no Colégio Batista do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, sendo que sua formação secundária foi no Colégio Pedro II, também no Rio de Janeiro. Era desejo de sua família que seguisse carreira militar, a exemplo de seu pai, que era general do Exército Brasileiro, tendo planejado seu ingresso na Academia de Realengo, Rio de Janeiro, porém a forte convicção de sua vida estava sendo orientada por Deus, e tendo seu coração movido pela necessidade espiritual de levar a mensagem de amor e de esperança de Deus revelado ao mundo através de seu filho Jesus Cristo.

Paulo Leivas Macalão converteu-se ao evangelho aos 18 anos ao caminhar pela rua São Luiz Gonzaga, São Cristóvão, Rio de Janeiro, lendo um folheto bíblico que a providência divina, fez colar à sua perna atingida pelo vento. O Pai, General João Maria Macalão, decepcionado com a opção religiosa do filho mandou-o para a casa dos tios que residiam em Campo Grande - Rio de Janeiro. Nada, porém, conseguiu dissuadi-lo da fé em Jesus Cristo, que transformara integralmente sua vida. Em 1923, conheceu Heráclito Menejes, de Belém do Pará, soube das notícias do grande avivamento cristão que ocorrera lá desde 1910 com a chegada dos Missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg. Paulo Macalão escreveu então para o Missionário Gunnar Vingren, pedindo-lhe que enviasse à capital do país um mensageiro das boas novas do movimento pentecostal denominado a partir de 1914 - Assembléia de Deus. Atendendo a seu pedido, Vingren transfere-se com sua família para o Rio de Janeiro e registra a Assembléia de Deus em território fluminense em abril de 1924, tendo sempre como colaborador o jovem Paulo Leivas Macalão Em 1926 iniciou-se o trabalho de Paulo Leivas Macalão nos subúrbios da Central em Realengo, Bangu e Madureira, crescendo vertiginosamente. Em 17 de agosto de 1930, na igreja Assembléia de Deus do Rio de Janeiro, Vingren e Lewi Petrus, famoso pastor, pregador e jornalistas suecos, responsáveis pela maior igreja pentecostal da Europa naqueles dias em Estocolmo, consagram ao pastorado o jovem Macalão, cuja chamada Deus já havia confirmado, dando-lhe plena liberdade para criar seu ministério e evangelizar seus país. De Bangu, onde construiu o primeiro templo próprio das Assembléias de Deus do sudeste do Brasil em 12 de janeiro de 1933, tendo a alegria de ter entre os presentes seu velho pai o General João Maria Macalão, estendeu o trabalho de evangelização por todo o Estado do Rio e outros estados do país. Mas tarde, 1929, o trabalho foi transferido para Madureira, bairro em que se estabeleceu a sede da igreja, onde o crescimento acentuou-se vigorosamente e de lá, espalhou-se para outros estados, como Minas Gerais, Paraná, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Espírito Santo e, também, Brasília, quando do início da nova Capital Federal.
Por muitos anos, o pastor Macalão foi conselheiro da Sociedade Bíblica do Brasil, e Conselheiro Vitalício da CPAD. Foi presidente do Instituto Bíblico Ebenézer; da Convenção Nacional dos Obreiros de Madureira, e do Conselho Fiscal da Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil.
Ainda por longo tempo, foi membro do Comitê Internacional que planeja as Conferências Mundiais Pentecostais, em Dallas, Texas, representando o Brasil, quando teve ocasião de fazer vibrante pregação.
Visitou igrejas na Inglaterra e na Suécia, inclusive a Igreja Filadélfia em Estocolmo. Em Springfield, Missouri, quando da sua visita oficial à Sede Central das Assembléias de Deus na América do Norte, foi ali diplomado



Recebeu também o título de cidadão do antigo Estado da Guanabara. \r\n

Foi sendo conhecido nacionalmente e internacionalmente por seu espírito evangelístico, missionário e empreendedor.No Estado do Rio de Janeiro, Macalão foi pioneiro na abertura de igrejas na região sul, norte, dos lagos e na cidade do Rio de Janeiro, naquela época, Estado da Guanabara. Da rua Ribeiro de Andrade 65, em Bangu onde ainda existe o patrimônio histórico das Assembléias de Deus, o trabalho estendeu-se em todas as direções; chegando até mesmo em outros Estados. Em 17 de janeiro de 1934 casou com a missionária Zélia Brito Macalão, que sempre colaborou efusivamente no ministério de seu esposo, dando assim, um grande reforço ao seu ministério, pois esta abnegada mulher, sempre o apoiou participando ativamente de todo o processo. O Pastor Paulo e a irmã Zélia sempre foram um exemplo de vida consagrados a Deus, sempre juntos cuidando um do outro, sem olhar para as dificuldades faziam o ide do Senhor. O casal teve um único filho – Paulo Brito Macalão.

O Pastor Paulo Leivas Macalão, patriarca das Assembléias de Deus no Brasil e fundador do Ministério Madureira é sempre lembrado com muito respeito e carinho, não só pelos seus 52 anos de pastorado ministrando os ensinamentos da palavra de Deus, mas principalmente pelos hinos de sua autoria, cerca de 252 hinos, do maior hinário pentecostal do país - a HARPA CRISTÃ, utilizada pelos milhões de crentes no Brasil, patrimônio histórico das Assembléias de Deus - Ministério Madureira.

Daniel Berg e Gunnar Vingren

A CHEGADA AO BRASIL
Daniel Berg e Gunnar Vingren chegaram em terras brasileiras no dia 19 de novembro de 1910. Tudo era estranhíssimo para os dois suecos. As pessoas malvestidas, os leprosos a desfilar seus corpos mutilados, apresentando pungente espetáculo pelas ruas. Mas o Senhor de fato os enviara, e aqui estava para guardá-los do contágio e, logo, das agressões, ofensas e ameaças. Alguns dos alegres passageiros que com eles chegaram ao porto de Belém nunca imaginaram que viriam a ser infectados, o logo depois teriam seus nomes no rol dos mortos.
No modesto hotel (onde por um dia se hospedaram) consumiram os seus pobres 16 mil réis. Com os níqueis restantes, iriam de bonde, no dia seguinte, em busca da residência do pastor metodista Justo Nelson, diretor do jornal que, "casualmente",
chegara às mãos de Vingren no quarto onde se haviam hospedado. Para surpresa deles, tratava-se de um conhecido de Vingren, nos Estados Unidos.
Separados para as missões por uma igreja batista, nada mais natural do que encaminhá-los aos irmãos da mesma fé, o que se fez.
No dia seguinte, foram muito bem recebidos pelo missionário Erik Nelson. Este, como eles de nacionalidade sueca, convidou-os a cooperarem no trabalho. E ofereceu-lhes o porão da igreja, onde se alojaram


FAZENDO DISCÍPULOS
Ninguém poderia, nem de longe, imaginar que na humildade do sombrio e sufocante porão da igreja Batista da Rua João Balby, 406, nasceria a maior comunidade pentecostal da história. Coisas surpreendentes começaram a acontecer; é verdade, mas nada indicava que os dois missionários pudessem vir a ser os detona­dores de uma revolução espiritual de tamanhas proporções. As obras que o Espírito realizava já eram algo bem acima de tudo quanto se poderia esperar.
Apesar do exíguo espaço ocupado pelos missionários, muitos irmãos os visitavam. E eram ensinados sobre os dons espirituais, e estimulados a buscar o batismo no Espírito Santo.

Os sinais iam seguindo os que criam. O Senhor curou uma paralítica, que imediatamente deixou as muletas. (Ela as prendeu na parede de sua sala para que, mudas, mas eloqüentes, a todos falassem do milagre.)
Várias outras provas da operação divina foram testemunhadas pelos crentes. Mas o mais impressionante aconteceu com a irmã
Celina Albuquerque
: Jesus a libertou totalmente do câncer que se enraizava em seu rosto! Naquela mesma semana, ela estava a orar de madrugada, quando foi batizada no Espírito Santo. Era a primeira pessoa a receber a promessa pentecostal no Brasil. No dia seguinte, sua irmã Nazaré teve a mesma experiência.
A princípio, não havia qual­quer divergência em torno de Berg e Vingren. Eles eram re­conhecidos por todos como inquestionável resposta as suas súplicas. Os crentes mais fervorosos vinham se reunindo no templo para orar no sentido de que Jesus lhes mandasse um obreiro. Seu pastor fazia longas viagens, a evangelizar no Norte e Nordeste, e havia necessidade de ajudadores. Os suecos eram uma bênção também para as outras três igrejas evangélicas existentes na cidade: todos queriam vê-los e ouvi-los. Todos os amavam, e consideravam um milagre o fato de não adoecerem naquelas condições de insalubridade
, sem falar do calor de Belém.
O Pr. Nelson Erick via crescer o número de visitantes: agora tornava-se bem mais promissora a obra que anelava realizar. A Primeira Igreja Batista, por ele fundada em 1897, com tantos anos de existência, até então não tinha sequer duas dezenas de membros!
Daniel e Gunnar sabiam também que o Pr. Nelson, logo que chegara ao Brasil, dispôs-se a rogar a Jesus que o batizasse no Espírito Santo. Decorridos catorze dias de súplicas, o Senhor começou a derramar copioso poder sobre ele. Sua esposa, porém, temerosa, rogou-lhe que parasse com "aquilo", não lhe permitindo que recebesse a promessa. Desde então Nelson fez-se declarado inimigo da doutrina pentecostal.

A LINGUAGEM DO AMOR
Daniel conta: “Chegou ao conhecimento do pastor batista a notícia do progresso do nosso trabalho, e que o folheto por ele escrito contra nós contribuiu para maior desenvolvimento da obra. Isso serviu para que ele rompesse definitivamente relações conosco, criando-se um abismo entre ele e nós. De nos­sa parte, estávamos penalizados com a situação que ele criou, pois sua vida transformou-se inteiramente. Já não era o homem alegre de outrora; andava sozinho. As únicas ocasiões em que falava, era quando pregava, as­sim mesmo a pregação era uma contínua agressão, contra nós e contra a Obra que se iniciara. A assistência à sua igreja diminuía dia a dia; chegou a ponto de não poderem sustentá-la, tão poucos eram os membros.

"Os membros ativos, cujos co­rações ardiam de zelo pelas al­mas e que eram sustentáculos espirituais da igreja, sentiam-se mal com a atitude agressiva do pastor; por isso vinham à Assembléia, e ficavam.

"Certo dia, os membros expulsos da igreja batista (...), vendo que seu antigo pastor passava privações e tinha as roupas gastas, tomaram a decisão de ajuda-lo e sustentá-lo, apesar de tudo quanto tinha feito contra eles. Esse gesto altruístico falava a linguagem do amor divino e demonstrava o amor cristão de que os irmãos estavam possui­dos. O pastor recebeu com alegria o auxilio..."

O PREÇO DA REJEIÇÃO
Nenhum deles se alegrou em ver os sofrimentos do pastor, ao saber dos seriíssimos problemas que lhe sobrevieram e à igreja, desde quando a renovação espiritual foi rejeitada, e os que anelavam recebê-la sofreram a humilhação e a dor do expurgo. Uma sucessão de gravíssimas situações abateu-se sobre a igreja, que, nas palavras de um certo historiador batista, "foi destroçada". E levou algum tempo para começar a recompor-se. Depois disso, com crises sobre crises, o novo pastor - Luís Reis - logrou conduzir o diminuto rebanho por algum tempo, até que os problemas culminaram com sua própria exclusão. Seu sucessor, o dr. Dawning, um norte-americano, conceituado médico, assumiu o pastorado em 1917. Começou bem, mas logo depois precisou viajar com urgência para o seu país, em busca da cura de grave enfermidade em sua esposa.

O ROMPIMENTO
Sem o apoio com que contava, o pastor ouviu, de um diácono, palavras ponderadas, mas firmes e decididas: "Compreendo muito bem os seus sentimentos, pastor; o senhor declara que está entre um grupo de traidores, que se distanciaram dos ensinos que lhes ministrou. Acha que não estamos seguindo o caminho que nos ensinou. Entretanto, isso não é verdade. Nunca estivemos mais certos do que agora, jamais ti­vemos tanta fé como atualmente. O que aconteceu foi que ago­ra achamos alguma coisa mais, a fé e o poder do Espírito Santo.
"Não temos queixa, pastor, de não nos haver falado destas coisas, pois o senhor desconhecia estas verdades, de modo que não as conhecendo, não as poderia ensinar a outros. Nós desejaríamos que o senhor também recebesse estas bênçãos de Deus, a fim de nos entendermos melhor e podermos sentir a mesma comunhão com os irmãos que vieram de outras terras."
Em seguida, "o pastor", conta Daniel, "olhou mais uma vez em redor e esperou que alguém se manifestasse a seu favor; mas foi em vão. A seguir, dirigiu-se a mim e ao irmão Vingren e disse: 'Já tomei a decisão. A partir deste momento não podem ficar morando aqui (...), não os queremos mais aqui.'
"Erick dirigiu a palavra aos outros, e quis saber: 'Quantos estão de acordo com essas falsas doutrinas?"' Sem vacilar, dezenove mãos se levantaram.
A primeira preocupação de Vingren foi com a moradia onde pudessem receber os irmãos. Daniel o tranqüilizou. Embora não tivesse ouvido o diálogo, o diácono que se havia pronunciado em nome do grupo aproximou-se e ofereceu-lhes a sua ampla sala para as reuniões e convidou-os a morar em sua casa. O coração generoso tinha razões sobejas para amar os dois missionários: a curada de câncer e logo batizada no Espírito Santo era sua esposa.

A NOVA COMUNIDADE
Excluídos pela minoria inimiga do avivamento, os crentes, sob a liderança de Vingren e Berg, estavam atônitos. Não era seu propósito fundar nova igreja. Em se tratando, porém, de fato consumado, era imperioso sobre o destino a tomar.
Os excluídos por iniciativa de Raimundo Nobre (primo de Adriano Nobre, o amigo dos missionários - futuro pastor da Assembléia de Deus), no dia 18 de junho já se organizavam em sua própria comunidade, na residência de Henrique Albuquerque, Rua Siqueira Mendes, 79, no bairro Cidade Velha. A história nada registra sobre a escolha do nome, e sobre quem o propôs. Informa, tão-somente, que foi escolhido o de Missão da Fé Apostólica. Punhadinho de crentes, dezenove, que lançou a semente da Assembléia de Deus então constituído das seguintes pessoas: José Plácido da Costa, Piedade da Costa, Prazeres Costa, Henrique Albuquerque, Celina Albuquerque, Maria de Nazaré, Manoel Maria Rodrigues, Jesusa Dias Rodrigues, José Batista de Carvalho, Maria José de Carvalho, Antônio Men­des Garcia, Manoel Dias Rodrigues, Emilia Rodrigues, Joaquim Silva, Benvinda Silva, Ana Silva, Teresa Silva, Isabel Silva e João Domingues.
Gunnar Vingren foi aclamado pastor da novel igreja e Daniel Berg seu auxiliai; com a responsabilidade pela colportagem, mister que tanto o apaixonava.



NASCE A ASSEMBLÉIA DE DEUS

Quanto à denominação Assembléia de Deus, o pioneiro Manoel Rodrigues lembrava, em fins dos anos setentas, sobre a primeira vez que se ventilou o assunto. Um grupo de ir­mãos saía da congregação Vila Coroa e se encontrava na para­da do bonde de Bernal do Couto. Vingren indagou a respeito da questão e informou que nos Estados Unidos haviam adotado o nome Assembléia de Deus ou Igreja Pentecostal (*) (**) (***). Houve unanimidade em torno do primeiro nome mencionado. Em 11 de janeiro de 1918, o título Assembléia de Deus foi oficialmente registra­do. Não se tratava, portanto, de igreja filiada a alguma missão estrangeira; ela nascia genuinamente nacional, característica que sempre primou em manter.

OS ÚLTIMOS DIAS DOS NOSSOS MISSIONÁRIOS



GUNNAR VINGREN

Regressou à Suécia aos 53 anos, a 15 de agosto de 1932, quando em plena atividade pastoral, no Rio de Janeiro. Em 2 de junho de 1933, às duas horas e
45 minutos da tarde, partia para as moradas eternas. Seu filho Ivar recorda: "Dois dias antes, ele fora arrebatado. Esteve no céu e viu coisas maravilhosas. Quando voltou, cantou em línguas hinos espirituais, e em seguida disse para minha mãe: ‘Agora eu sei que Jesus vai me levar, agora sei que vou embora para o céu. ‘Dois dias depois ele nos chamou a todos, e se despediu de cada um de nós, nos deu uma palavra, um conselho para cada um especificamente."
Frida, a esposa, assim testemunha sobre a morte de Gunnar Vingren: "...com os braços levantados, exclamou: 'Jesus tu és maravilhoso. Aleluia! Aleluia!"'

DANIEL BERG

Já era quase octogenário quando retornou à pátria pela qual pulsava tão fortemente o seu coração (não era mais, porém, que o seu amor a Cristo e à Obra do Senhor). No hospital, o enfermo ancião cujas mãos, em nome de Cristo, curaram talvez milhares e abençoaram milhões, combalido, mas perseverante, percorria as enfermarias, não obstante as interdições médicas, a distribuir folhetos com a doce mensagem da cruz. Nunca deixou de exercer a sua missão de embaixador de Cristo.
Quando a morte chegou (em 1963), feliz ele sorria, como a dizer: "Onde estão, ó morte, os teus aguilhões?" E em Cristo se abrigou para todo o sempre.

Só os céus podem avaliar o quanto os dois pioneiros fizeram pela saúde espiritual do Brasil, onde o povo, maciçamente, com pouquíssimas exceções, pendia para a crendice e os ídolos.

O INÍCIO EM MOSSORÓ


A Assembléia de Deus em Mossoró, teve seu início no ano de 1927, na rua Marechal Deodoro, bairro Paredões, sob a direção do Pr. Manoel Higino de Souza, Natural da cidade de Angicos deste estado, vindo na época de Belém do Pará, onde havia exercido as funções de Evangelista e Pastor. Homem simples, mas dinâmico, conhecedor da Bíblia e hábil no uso de instrumentos musicais. Após pregar naquele bairro, e ganhar algumas almas para Cristo Jesus, alugou uma casa para residir com a família, local onde passou também a funcionar a primeira congregação pentecostal em Mossoró.

OS PRIMEIROS CONVERTIDOS

Na lista dos pioneiros da causa pentecostal nesta cidade constam os seguintes nomes: Edgar Filgueira Burlamaqui, Dona Burlamaqui, Leoncio José de Santana, Norma Lima de Santana, Amália Soares de Góis, José Lins (primeiro crente batizado com Espírito Santo) e outros.

INÍCIO DE PROGRESSO E PERSEGUIÇÃO

O trabalho se intensificou debaixo das bênçãos de Deus que operou maravilhosamente. Muitas pessoas aceitaram a Cristo e foram batizadas com Espírito Santo. Pôr outro lado surgia forte perseguição contra a Igreja; o clero, insuflou contra os evangélicos, perseguindo , queimando Bíblias em praça pública, nossos templos foram apedrejados, a integridade física dos membros da Igreja ameaçada. Em algumas ocasiões foi necessário a intervenção do delegado de polícia para fazer cessar a perseguição e debaixo da proteção divina a congregação continuou e se espalhava em todo este município.

PRIMEIRO BATISMO

E crescendo em numero e em santidade, aconteceu o primeiro batismo em águas, no rio Mossoró, próximo ao Paredões, no dia 30 de maio de 1929, ministrado pelo Pastor Francisco Gonzaga da Assembléia de Deus em Natal.

PRIMEIRO TEMPLO

No dia 03 de maio de 1930, foi inaugurado na Av. Dix Sept Rosado, o primeiro templo construído para abrigar o povo de Deus nesta cidade, onde até hoje funciona como templo sede, após ser reconstruído e passar por varias reformas. O terreno foi doado na época pelo Sr. Jeronimo Rosado.

CONTEXTO SÓCIO RELIGIOSO DA ÉPOCA

A década de 1921 a 1930, foi sem dúvida para Mossoró um período de grandes acontecimentos. A cidade crescia demográfica, social e economicamente, e também no sentido cultural. Diversos acontecimentos importantes verificam-se nesse período um crescimento em todos os segmentos. Criação de Escolas, e Associações. Em junho de 1927, Mossoró resiste brava e vitoriosamente ao bando do Cangaceiro Lampião, o serviço telefônico foi inaugurado em 1930. A área urbana foi ampliada com a construção de novas praças, construção de estradas de ferro para o alto oeste. Desse modo, maiores horizontes abriram-se para Mossoró, e este surto de progresso tornou-se um forte motivo para atrair os evangélicos à cidade e nela estabeleceram trabalhos permanentes.

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA IGREJA

Os anos foram passando e Deus abençoando a sua igreja Assembléia de Deus, nesta cidade, novos trabalhos sendo abertos: casas de orações, pontos de pregação e novos templos sendo construídos nos mais diferentes bairros. Criou-se o primeiro programa de rádio: Culto Radiofônico em 05.01.65, enfim em meio as dificuldades, uma Igreja já bem estruturada para servir e ganhar almas para Cristo Jesus, e no período de 07 a 09 de janeiro de 1977, comemoramos o nosso Jubileu de Ouro, na gestão do saudoso Pastor Manoel Nunes da Paz, quando já contávamos com mais de 3 mil crentes nesta cidade.

Imbuídos no desejo de fazer missões transcultural esta Igreja envia a primeira família missionaria em 29 de fevereiro de 1976. Trata-se do Missionário José dos Santos Lira, esposa e filhos, que foram trabalhar no pais do Equador e ali fez um próspero e abençoado trabalho nos seus 14 anos, fundou 12 trabalhos em 5 estados e centenas de equatorianos foram salvos mediante a pregação do evangelho.

A HISTORIA RECENTE:

Da década de 80 para cá a Igreja registou um crescimento mais acentuado em toda sua história. A frente desta grande obra esteve no período de 15.04.81 à 23.07.93 o Pastor João Gomes da Silva, tendo como seu sucessor o Pastor Martim Alves da Silva que comanda esta grande obra e a exemplo do seu antecessor é obreiro de larga visão , dinamismo e experiência, razão do brilhante trabalho que vem de forma sucinta o seguinte:

1. Dezenas de trabalhos abertos
2. Construções de muitas outras dezenas de templos

3. Reforma geral no templo central
4. Construção do Colégio Evangélico

5. Criação de campanhas evangelisticas permanentes

6. Aquisição de veículos utilitários

7. Criação de Equipe (SEFAM) Seminário da Família

8. Criação de Escola Teológica
9. Consagração de muitos obreiros

10. Criação da Secretaria de Missões para mantimento dos missionários
11. Trabalhos de Capelania evangélica no II BPM

12. Aquisição de Carro de Som Volante

13. Envio de mais missionários
14. Criação e funcionamento de Centro Social

15. Construção Centros Clínicos e Teológico

16. Criação e construção de Departamentos Infantis

17. Criação de mais programas radiofônicos
18. Criação do Jornal A VOZ da Assembléia de Deus
19. Realizações de grandes cruzadas Evangelisticas
20. Realização de escolas Bíblicas anuais para obreiros

21. Realização de batismos bimestrais para atender a grande demanda de novos convertidos
22. Visitas periódicas aos campos Missionários
23. Aquisição de terreno para construção do templo Sede.

GALERIA DE PASTORES:

Quem for visitar ou estudar no Museu Municipal Lauro da Escossia terá a oportunidade de conhecer um pouco da Assembléia de Deus, encontrará por exemplo uma galeria de fotografias de todos os Pastores Presidentes desta Igreja. São eles:


* História Assembléia de Deus.


A Assembleia de Deus.

Chegou ao Brasil por intermédio dos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, que aportaram em Belém, capital do Estado do Pará, em 19 de novembro de 1910, vindos dos Estados Unidos. A princípio, frequentaram a Igreja Batista, denominação a que ambos pertenciam nos Estados Unidos. Eles traziam a doutrina do batismo no Espírito Santo, com a glossolalia — o falar em línguas espirituais (estranhas) — como a evidência inicial da manifestação para os adeptos do movimento. A manifestação do fenômeno já vinha ocorrendo em várias reuniões de oração nos Estados Unidos (e também de forma isolada em outros países), principalmente naquelas que eram conduzidas por Charles Fox Parham, mas teve seu apogeu inicial através de um de seus principais discípulos, um pastor leigo negro, chamado William Joseph Seymour, na rua Azusa, Los Angeles, em 1906.


A nova doutrina trouxe muita divergência. Enquanto um grupo aderiu, outro rejeitou. Assim, em duas assembleias distintas, conforme relatam as atas das sessões, os adeptos do pentecostalismo foram desligados e, em 18 de junho de 1911, juntamente com os missionários estrangeiros, fundaram uma nova igreja e adotaram o nome de Missão de Fé Apostólica, que já era empregado pelo movimento de Los Angeles, mas sem qualquer vínculo administrativo com William Joseph Seymour. A partir de então, passaram a reunir-se na casa de Celina de Albuquerque. Mais tarde, em 18 de janeiro de 1918 a nova igreja, por sugestão de Gunnar Vingren, passou a chamar-se Assembleia de Deus, em virtude da fundação das Assembleias de Deus nos Estados Unidos, em 1914, em Hot Springs, Arkansas, mas, outra vez, sem qualquer ligação institucional entre ambas as igrejas.


A Assembleia de Deus no Brasil expandiu-se pelo estado do Pará, alcançaram o Amazonas, propagou-se para o Nordeste, principalmente entre as camadas mais pobres da população. Chegaram ao Sudeste pelos idos de 1922, através de famílias de retirantes do Pará, que se portavam como instrumentos voluntários para estabelecer a nova denominação aonde quer que chegassem. Nesse ano, a igreja teve início no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, e ganhou impulso com a transferência de Gunnar Vingren, de Belém, em 1924, para a então capital da República. Um fato que marcou a igreja naquele período foi a conversão de Paulo Leivas Macalão, filho de um general, através de um folheto evangelístico. Foi ele o precursor do assim conhecido Ministério de Madureira, como veremos adiante.


A influência sueca teve forte peso na formação assembleiana brasileira, em razão da nacionalidade de seus fundadores, e graças à igreja pentecostal escandinava, principalmente a Igreja Filadélfia de Estocolmo, que, além de ter assumido nos anos seguintes o sustento de Gunnar Vingren e Daniel Berg, enviou outros missionários para dar suporte aos novos membros em seu papel de fazer crescer a nova Igreja. Desde 1930, quando se realizou um concílio da igreja na cidade de Natal, a Assembleia de Deus no Brasil passou a ter autonomia interna, sendo administradas exclusivamente pelos pastores residentes no Brasil, sem contudo perder os vínculos fraternais com a igreja na Suécia. A partir de 1936 a igreja passou a ter maior colaboração das Assembleias de Deus dos Estados Unidos através dos missionários enviados ao país, os quais se envolveram de forma mais direta com a estruturação teológica da denominação.Vale lembrar da ajuda,metodista aos nossos irmãos suecos.


Organização denominacional


As Assembleias de Deus brasileiras estão organizadas em forma de árvore, onde cada Ministério é constituído pela igreja-sede com suas respectivas filiadas, congregações e pontos de pregação (subcongregações). O sistema de administração é um misto entre o sistema episcopal e o sistema congregacional, onde os assuntos são previamente tratados pelo ministério, com forte influência da liderança pastoral, e depois são levados às assembleias para serem referendados apenas. Os pastores das Assembleias de Deus podem estar ligados ou não às convenções estaduais, e estas se vinculam a uma convenção de âmbito nacional. Particularmente na América do Sul, hoje existe muitas Assembleias de Deus autônomas e independentes.


Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil


A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) possui sede no Rio de Janeiro, esta se considera o tronco da denominação por ser a entidade que desde o princípio deu corpo organizacional à igreja. A CGADB hoje conta com cerca de 3,5 milhões de membros em todo o Brasil (dados do Iser) e centenas de missionários espalhados pelo mundo.


A CGADB é proprietária da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), com sede no Rio de Janeiro, que atende parcela significativa da comunidade evangélica brasileira. À CGADB também pertence a Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia (Faecad), sediada no mesmo Estado, e que oferece os seguintes curso em nível superior: Administração, Comércio Exterior, Marketing, Teologia e Direito.


A CGADB é constituída por várias convenções estaduais e regionais, além de vários ministérios. Alguns ministérios cresceram de tal forma que tornaram-se denominações de facto, com suas congregações sobrepondo as áreas de abrangência das convenções regionais. Dentre os grandes ministérios se destaca o Ministério do Belém, que possui cerca de 2.200 igrejas concentradas no centro-sul e com sede no bairro do Belém na capital paulista, sendo atualmente (2008) presidida pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa, que sucedeu o pastor Cícero Canuto de Lima, que também preside a CGADB.


Na área política, alguns deputados federais são membros das Assembleias de Deus e a representam institucionalmente junto aos poderes públicos nos assuntos de interesse da denominação, supervisionados pelo Conselho Político Nacional das Assembleias de Deus no Brasil, com sede em Brasília, DF, que coordena todo o processo político da CGADB. Além disso, há também deputados estaduais e até prefeitos e vereadores, todos sob a chancela de igrejas ligadas à CGADB.


Desde a década de 1980, por razões administrativas, notadamente em virtude do falecimento do pastor Paulo Leivas Macalão e de sua esposa, missionária Zélia, a Assembleia de Deus brasileira tem passado por várias cisões que deram origem a diversas convenções e ministérios, com administração autônoma, em várias regiões do País. O mais expressivo dos ministérios independentes é o Ministério de Madureira, cuja igreja já existia desde os idos de 1930, fundada pelo já mencionado pastor Paulo Leivas Macalão e que, em 1958, serviu de base para a estruturação nacional do Ministério por ele presidido, até a sua morte, no final de 1982.



Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil - Ministério de Madureira


À medida que os anos se passavam, os pastores do Ministério de Madureira (assim conhecido por ter sua sede no bairro de mesmo nome, na cidade do Rio de Janeiro), sob a presidência vitalícia do pastor (hoje bispo) Manuel Ferreira, se distanciavam das normas administrativas da CGADB, segundo a liderança da época, que, por isso mesmo, realizou uma assembleia geral extraordinária em Salvador, Bahia, em setembro de 1989, onde esses pastores foram suspensos até que aceitassem as decisões aprovadas. Por não concordarem com as exigências que lhes eram feitas foram excluídos pela Diretoria da CGADB. Desta forma tornou-se completamente independente da CGADB a Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil — Ministério de Madureira (Conamad), que tem no campo do Brás, na capital paulista, a sua maior expressividade, que, por anos, foi presidido pelo pastor Lupércio Vergniano e hoje está sob as ordens de Samuel Cássio Ferreira, bacharel em Direito. Possuia em 2005 cerca de 2 milhões de membros no Brasil e exterior.


Portugal


Em Portugal a história dessa denominação pentecostal é contada a partir do ano de 1913. Foram os missionários portugueses emigrados do Brasil José Plácido da Costa (1913) e José de Matos Caravela (1921) que deram início às ações que resultaram na fundação das Assembleias de Deus em Portugal.


A primeira igreja Assembleia de Deus em Portugal foi fundada na cidade de Portimão, em 1924, pelo missionário José de Matos, também responsável pela fundação das igrejas do Algarve, de Santarém e de Alcanhões. A partir desse ano, com a ajuda de missionários suecos e o esforço de obreiros portugueses, foram estabelecidas diversas outras igrejas em várias cidades, como: Porto, em 1930, com a intervenção do missionário sueco Daniel Berg; Évora, em 1932, pela ação da evangelista Isabel Guerreiro; e Lisboa, em 1934, com a ajuda do missionário Jack Hardstedt.


Da ação missionária das Assembleias de Deus em Portugal deu-se a expansão da igreja aos territórios ultramarinos, a exemplo de: Angola, Guiné, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor-Leste; os quais posteriormente tornaram-se nações independentes, mas mantiveram suas igrejas Assembleias de Deus nacionais em fraterna relação com as coirmãs portuguesas.


Em Portugal o ramo principal é a Convenção das Assembleias de Deus em Portugal, com quase 400 igrejas, a maior denominação protestante no país.


Além da CADP, existem outras denominações organizadas em Portugal, originárias de imigrantes brasileiros ou cismas da CADP, que adotam o mesmo nome, como a Assembleia de Deus Missionária; Assembleia de Deus Universal; Convenção Nacional das Assembleias de Deus (60 igrejas com 450 Congregações); Igreja de Nova Vida - Assembleia de Deus da Amadora;Centro Pentecostal Europeu das Assembleias de Deus(CPEAD 75 locais de culto); Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Ministério da Missão


Estados Unidos


Nos Estados Unidos surgiram várias congregações pentecostais independentes, desde o avivamento da rua Azuza, em 1906. Buscando unidade, comunhão entre si, trabalho missionário e organização legal, alguns líderes convocaram uma Convenção em Hot Springs, Arkansas, em 1914. Como resultado, houve a adesão de quase 500 ministros e a criação do General Council of the Assemblies of God (Concílio Geral das Assembleias de Deus), mais tarde sediado em Springfield, Missouri. Essa igreja possui, hoje, cerca de 2 milhões de membros e envia missionários a vários países do mundo. John Ashcroft, procurador-geral dos EUA durante o primeiro mandato de George W. Bush, é membro dessa denominação.


As Assemblies of God apresentam algumas diferenças de sua coirmã brasileira: no tocante à administração, não existe o sistema de ministérios; cada igreja local é autônoma e não é subordinada a nenhuma outra, mas voluntariamente agrupam-se em presbitérios regionais, onde há igualdade entre todos e contam com a participação de representantes leigos. A congregação local entrevista e contrata o pastor, que é examinado e ordenado pelo Concílio Geral. Referente aos costumes, as Assemblies of God são integradas à sociedade americana, permitindo, por exemplo, que suas mulheres cortem o cabelo e usem calças compridas.


Reino Unido e Irlanda


Organizada em 1924, a Assemblies of God in Great Britain and Ireland cresceu sob a influência do pastor Donald Gee. Reúne hoje cerca de 600 igrejas locais e possui uma rede de missionários atuando em vários continentes. Uma característica da AGGBI é a prática da Santa Ceia semanalmente.


Existem ainda Assembleias de Deus composta por imigrantes caribenhos e brasileiros, cujas igrejas não possuem relações com a AGGBI.


Doutrina


Ver artigo principal: Declaração de Verdades Fundamentais das Assembléias de Deus




Santa Ceia.


De acordo com o credo das Assembleias de Deus, entre as verdades fundamentais da denominação, estão a crença:[4]



  • Num só Deus eterno subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo;

  • Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, considerada a única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão;

  • Na concepção virginal de Jesus Cristo, na sua morte vicária e expiatória, ressurreição corporal e ascensão para o céu;

  • No pecado que distancia o homem de Deus, condição que só pode ser restaurada através do arrependimento e da fé em Jesus Cristo.

  • Arrebatamento dos membros da Igreja para a Nova Jerusalém em breve com a volta de Cristo.

  • Na necessidade de um novo nascimento pela fé em Jesus Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus para que o homem se torne digno do Reino dos Céus;

A denominação pratica o batismo em águas por imersão do corpo inteiro, uma só vez, em adultos, em nome da Trindade; a celebração, sistemática e continuada, da Santa Ceia; e o recebimento do batismo no Espírito Santo, geralmente, com a evidência inicial do falar em outras línguas, seguido de outros dons do Espírito Santo.


A exemplo da maioria dos cristãos, os assembleianos aguardam a segunda vinda premilenial de Cristo em duas fases distintas: a primeira, invisível ao mundo, para arrebatar a Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; e a segunda, visível e corporal com a Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo por mil anos, sendo portanto dispensacionalista.


Ainda, nesse corolário de fé, os assembleianos esperam comparecer perante o Tribunal de Cristo, para receber a recompensa dos seus feitos em favor da causa do Cristianismo, seguindo-se uma vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tormento para os infiéis.


Os assembleianos, em regra, são contra o aborto voluntário e o divórcio


Liturgia




Pregação.


Os cultos das Assembleias de Deus se caracterizam por orações, cânticos (hinos evangélicos clássicos e contemporâneos), testemunhos e pregações, onde muitas vezes ocorrem manifestações dos dons espirituais, como, por exemplo, profecias e línguas espirituais (estranhas).


Possui dias e horários específicos para cultos, sendo o principal deles no domingo por volta das 18/19 horas, e o de ensinamento bíblico (a Escola Bíblica Dominical, com divisão de classes por idade) por volta das 9 horas.


Os cultos têm duração média de 2 horas, sendo divididos em:



  • Oração inicial - Normalmente um pastor ou outro obreiro faz uma oração a Deus.

  • Cânticos iniciais - Utilizando-se a Harpa Cristã (um livreto de Hinos Evangélicos Clássicos), canta-se em média 3 hinos e em alguns ministérios, hinos congregacionais.

  • Leitura bíblica (ou palavra introdutória) - Neste momento a leitura do trecho bíblico e inspirada pelo Espírito Santo, no qual o culto será direcionado como um todo com fulcro nesse trecho.

  • Oportunidades de cânticos por grupos de jovens, crianças, senhoras, adolescentes, corais, grupos e ministérios de louvor.

  • Oportunidades de testemunhos por membros - Momento no qual os membros contam o que Deus mudou em suas vidas e vem fazendo, atualmente, por eles.

  • Pregação - na qual um pastor, um membro da igreja local, ou um pregador ou pastor convidado fará a pregação (sermão) explicando a passagem bíblica.

  • Apelo - Convite aos que não são evangélicos a aceitarem a Jesus como único e suficiente Salvador.

  • Cântico de encerramento e/ou avisos sobre as próximas reuniões.

  • Oração final.

  • Bênção apostólica (somente dado pelo pastor, presbítero ou evangelista: "A graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o amor de Deus, o nosso Eterno Pai, a comunhão, as doces e eternas consolações do Espírito Santo sejam sobre nós e sobre todo o povo de Deus, desde agora e para sempre. Amém".

Obs: Nem todas as Assembleias de Deus seguem esta liturgia.


Críticas


A Assembleia de Deus sofre críticas, tanto por parte de outras denominações religiosas quanto por setores não-religiosos da sociedade civil. O rápido crescimento da igreja tem estimulado diversas produções intelectuais de pesquisadores dos fenômenos sociológicos e antropológicos contemporâneos; ao mesmo tempo que já gerou apaixonadas controvérsias e discussões, no campo puramente ideológico.


O fenômeno do rápido e atípico enriquecimento econômico dos líderes de algumas das principais denominações é alvo de críticas da sociedade, uma vez que a prática religiosa é isenta de taxação fiscal no Brasil e facilmente pode-se transformar em instrumento de crimes fiscais como evasão de divisas e lavagem de dinheiro, entre muitos outros crimes. Além do mais, há a grande crítica pelo grande apelo por doações, muitas vezes desproporcionais ao intuito propalado pela igreja.


Recentemente, a igreja Assembleia de Deus assumiu grande controle da mídia televisiva e radiofônica, e juntamente com o poder político de "pastores" ocupantes de cargos políticos, assume uma grande influência e controle sobre a população.


É importante observar que a Assembleia de Deus, como representante do pentecostalismo clássico, é adversa aos métodos de arrecadação de ofertas feitas por neopentecostais, portanto enfatiza as bênçãos espirituais e, mormente, a transformação do caráter humano, pelo poder da Palavra de Deus - Jesus Cristo.


Novos conceitos a respeito de usos e costumes



Assembleia de Deus do Gama Oeste (Brasília), um exemplo de uma AD 'renovada'.


Muitas igrejas Assembleias de Deus vêm experimentando, recentemente, grandes mudanças comportamentais concernente a usos e costumes. [carece de fontes?]


Em particular, algumas[carece de fontes?] dessas igrejas já não mais impõem o uso de determinadas peças do vestuário feminino, consentindo que as mulheres usem calças compridas, decotes mais alongados ou mangas mais curtas, permitindo ainda o uso de jóias, tais como brincos, cordões, maquiagens e coloração dos cabelos, desde que mantido um razoável padrão de pudor. Praia, cinema e teatro já não são, terminantemente, proibidos, desde que se desfrute com moderação, conscientes que de tudo Deus pedirá contas.[carece de fontes?].


Quanto aos homens, diminuem as restrições ao uso de barba ou cabelos mais alongados, bem como bermudas e lazer, substituindo-se o rigor da proibição pela recomendação de uma boa imagem pessoal ante a sociedade, nos padrões exigidos por algumas organizações corporativas.[carece de fontes?].


De igual modo, tendem a desaparecer do cenário assembleiano as folclóricas proibições ao uso da televisão e do rádio, enquanto algumas igrejas passam a orientar seus adeptos a lerem bons livros e fazerem uso adequado da internet, numa clara demonstração de que as posições radicais do passado estão sendo substituídas pelo respeito à liberdade de seus membros usufruírem dos benefícios que a tecnologia põe à disposição da sociedade contemporânea.[carece de fontes?].


Vale lembrar que a maioria das Igrejas Assembléias de Deus ainda possuem costumes, e algumas ainda chegam a ser de maneira radical.


Produção teológica


A Assembleia de Deus, com o crescimento de seus seminários e faculdades teológicas, começa a criar uma tradição acadêmica, que ainda em relação ao tamanho da denominação, não gerou um impacto visível.


Os pastores assembleianos, que se voltam para estudos acadêmicos, são próximos da literatura reformada, especialmente congregacional, batista e presbiteriana, além de serem críticos do neopentecostalismo [SOUSA, Metamorphosis e Nekrosis - DEI - Natal/2007].