sexta-feira, 28 de outubro de 2011

16.UMA ESTRELA DE ANIS


Cálice!

Com uma estrela
Imersa em águas de aroma anis...

Entrego a ela meu ouvido,
No barulho da chuva
Que cai na calha da casa caiada...

Ouço gemidos dos gritos
Que saem da alma...

Cálice!

Transbordado de escuta
Da voz feminina
De desejo
De ainda menina as dores esquecer...

Cálice!

De breu da madrugada
Na forma de escrita a sina de viver...

Cálice!

O dono do vinho,
Que brinda a vida
Sentindo a ausência da lua
Que anda escondida...

Cálice!

De chuva atrevida
A devolver a terra árida
O gosto pela vida...

Cálice!

Cheio de alegria
A espalhar pelos cantos da face
Seus escritos em versos poesias...

Cale-se!

Pois quem declama seus versos
Em forma de prosa,
Tirará da alma a dor...

Encontrará melhores dias,
Lavrando no veio da terra
O sabor da sabedoria...

Cálice!

De estrela de anis
Com sabor do azul do céu,
Meu silencio faz escuta
De tudo o que teu verso diz...

Cálice!

Com a sutileza das palavras escolhidas
Ao eternizar em sentimentos
Nos momentos desta vida...

Cale-se!


Albertina Chraim

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