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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Concepção de alienação segundo Georg Hegel e Karl Marx

Alienação para Georg Hegel



Para Hegel, o processo histórico da alienação do homem continha também á história da alienação do homem.


No seu texto intitulado, “Filosofia da História”, encontramos:

“Aquilo por que a inteligência de fato anseia, é a percepção de si própria; mas, ao fazê-lo, ela oculta aquele objetivo da sua própria visão e fica orgulhosa e bem satisfeita nesta alienação de sua própria essência”.

Para Hegel, o conceito de alienação está baseado na distinção entre existência e essência. O que ele percebe é que o homem “a existência do homem fica alheia a sua essência”, desta forma, como encontramos no texto de Erich Fromn, Hegel observa que; ”o fato de o homem não ser o que é potencialmente, ou, por outras palavras, de ele não ser o que deveria ser, e de ele ser aquilo que poderia ser”.

Hegel também se volta, para a questão religiosa quando trata do tema da alienação. No texto do prof. Jacques D’Hondt “De Hegel a Marx”, encontramos o seguinte comentário sobre esta questão da alienação e o pensamento religioso:
“No livro A vida de Jesus, Hegel apresenta o Cristo como um homem virtuoso que suporta a todos, um destino prosaico; quando interpela os quatros evangelhos, Hegel elimina deles “não só a religião como também sua poesia”.
Em suas primeiras obras e nas mais tardias concebe as religiões, não como realidades sobrenaturais, porém, como expressão dos povos – expressão que, com o transcorrer do tempo se vai transformando em algo estranho a eles mesmos.
Seja como for, muitas páginas de Hegel serão incompletas se não se supuser como fundamento as teses de um deus a imagem do homem, um reflexo da consciência coletiva dos povos.



Alienação para Karl Marx



Alienação, para Marx, tem um sentido negativo (em Hegel, é algo positivo) em que o trabalho, ao invés de realizar o homem, o escraviza; ao invés de humanizá-lo, o desumaniza. O homem troca o verbo SER pelo TER: sua vida passa a medir-se pelo que ele possui, não pelo que ele é. Isso parece familiar? Pois é, vamos ver os detalhes.

O filósofo alemão concebeu diferentes formas de alienação, como a religião ou o Estado, em que o homem, longe de tornar-se livre, cada vez mais se aprisionaria. Mas uma alienação é básica, segundo Marx: a alienação econômica.
A alienação econômica pode ser descrita de duas formas: o trabalho como (a) atividade fragmentada e como (b) produto apropriado por outros.





Alienação para Georg Hegel e Karl Marx




"Esses jovens de hoje, tão alienados...". Esta expressão, que a maioria de nós já ouviu alguma vez na vida, provavelmente foi entendida como se referindo ao fato de que, na juventude, não temos muita responsabilidade, queremos mais é curtir a vida. Mas, afinal de contas, será que somos alienados? O que é, então, alienação?

O termo entrou no vocabulário contemporâneo graças a Karl Marx, que, assim como no caso do conceito de dialética, retirou a idéia de alienação de suas leituras de Hegel, mas o revestiu de um caráter inovador e, como em tudo em Marx, muito crítico.
Tanto em Marx quanto em Hegel, alienação está ligada ao trabalho. Para Hegel, o trabalho é a essência do homem, quer dizer, é somente por meio de seu trabalho que o homem pode realizar plenamente suas habilidades em produções materiais.
Mas quando o pensamento puro se torna pensamento sensível, visando uma realização material na forma de trabalho, nos alienamos, isto é, nos separamos da essência pura e abrimos caminho para uma separação entre ideal e real, que de novo irão se unir ao que Hegel chama de Espírito Absoluto.
Muito abstrato? Marx também achou, mas viu nestas idéias algo interessante, que poderia explicar as relações sociais no capitalismo e, mais do que isso, desvendar um dispositivo fundamental da máquina capitalista.
Para isso, voltou-se para a realidade concreta, em que os trabalhadores eram explorados em fábricas e deixavam seus patrões cada vez mais ricos, enquanto eles e suas famílias ficavam cada vez mais pobres.

Bibliografia: http://educacao.uol.com.br/filosofia/marx-alienacao.jhtm
                      http://www.elencus.com/karl_marx.htm

                     

6 comentários:

  1. Primeiramente o termo alienação havia sendo usado por Georg Hegel, que designava alienação como o processo pelo qual os indivíduos colocam as suas potencialidades nos objetos por eles criados. Logo depois, utilizando e aprofundando um pouco mais no assunto, Karl Marx designava alienação o processo pelo qual os atos de uma pessoa são governados por outros e se transformam em uma força estranha colocada em posição superior e contraria a quem a produziu. Marx se referiu ao processo de perda de si mesmo que o trabalhador experimenta em relação ao produto de seu trabalho. [Larissa Ribeiro Alves]

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  2. Filósofo da totalidade, do saber absoluto, do fim da história, da dedução de toda a realidade a partir do conceito, da identidade que não concebe espaço para o contingente, para a diferença; filósofo do estado prussiano, que hipostasiou o Estado - todas essas são algumas das recepções da filosofia de Hegel na contemporaneidade.
    A teoria marxista é, substancialmente, uma crítica radical das sociedades capitalistas. Mas é uma crítica que não se limita a teoria em si. Marx, aliás, se posiciona contra qualquer separação drástica entre teoria e prática, entre pensamento e realidade, porque essas dimensões são abstrações mentais (categorias analíticas) que, no plano concreto, real, integram uma mesma totalidade complexa(cassio lucio)

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  3. Para Hegel alienação é considerada onde o individuo cria seu proprio objeto,ou seja sua identidade usando o seu conhecimento e sua inteligência .Exemplo( O homem pinta uma obra de arte,onde ele teve que usar sua criatividade que vem do interior para o exterior,criando sua própria identidade).Para Marx o individuo não se enxerga no mercado onde ele produziu o seu próprio produto, ou seja ele apenas quer possuir os meios de produção para sua necessidade e sobrevivência onde ele necessita de vender para obter. (Nayara Maciel)

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  4. Marx chama de alienação do trabalho é o fato de o trabalhador não se enchergar na mercadoria que ele mesmo produziu, ou seja, o trabalhador é separado do produto final de seu trabalho.O que mantém esse processo de alienação é primeiramente o fato de o capitalista possuir os meios de produção, á propriedade privada dos meios de produção, uns possuem e outros não.E segundo pq, como o trabalhador não possui seus próprios meios de produção, ele precisa vender a única propriedade que lhe pertence, a força de trabalho, para assim poder sustentar a família.Dessa forma o trabalhador depende do capitalista para sobreviver, ele precisa que o capitalista compre a sua força de trabalho.
    No sistema capitalista, o trabalhador que produz a mercadoria não usufrui dela, quem faz isso é o capitalista, que se apropria da produção social



    De fato, já nos escritos juvenis está explicitamente expressa a intuição determinante de todo o sistema hegeliano, a intuição da alienação do real em relação ao ideal, do particular em relação ao universal, do homem em relação a Deus. Esta intuição Hegel a teve certamente ao ler a narração bíblica do afastamento (alienação) do homem em relação a Deus; desde o começo ele considerou o conceito bíblico como princípio hermenêutico absoluto da realidade como tal, transformando assim uma verdade teológica particular em princípio filosófico universal. Como princípio filosófico, a alienação toma a forma de movimento dialético, em decorrência do qual jamais se estabelece entre alienante e alienado uma situação de definitiva pacificação. Nos escritos juvenis, Hegel “descobriu a estrutura dialética, antes de tudo, analisando os problemas religiosos, dos quais mais tarde transferiu-a para outros aspectos” primeiro para os políticos, depois para os filosóficos.

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  5. Marx chama de alienação do trabalho é o fato de o trabalhador não se enchergar na mercadoria que ele mesmo produziu, ou seja, o trabalhador é separado do produto final de seu trabalho.Para Hegel alienação é considerada onde o individuo cria seu proprio objeto,ou seja sua identidade usando o seu conhecimento e sua inteligência

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  6. Para Hegel, o conceito de alienação está baseado na distinção entre existência e essência. O que ele percebe é que o homem “a existência do homem fica alheia a sua essência”, desta forma, como encontramos no texto de Erich Fromn, Hegel observa que; ”o fato de o homem não ser o que é potencialmente, ou, por outras palavras, de ele não ser o que deveria ser, e de ele ser aquilo que poderia ser”.Alienação, para Marx, tem um sentido negativo (em Hegel, é algo positivo) em que o trabalho, ao invés de realizar o homem, o escraviza; ao invés de humanizá-lo, o desumaniza. O homem troca o verbo SER pelo TER: sua vida passa a medir-se pelo que ele possui, não pelo que ele é.

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