Corrida por matérias-primas
Entre 2000 e 2012 ocorreu um crescimento
na lista econômica mundial, onde encontra-se a frente os seguintes países:
Gana, Zâmbia, Etiópia, Serra Leoa, Botsuana, Tanzânia, Angola, entre outros
países da África Subsaariana.
A África subsaariana é a região situada
ao sul do deserto do Saara. Sendo a mais pobre e com os piores indicadores
sociais do mundo, assolada por conflitos armados e doenças epidêmicas.Essa
região é palco de uma disputa entre multinacionais, tendo como destaque os EUA,
China e Europa. Tudo devido aos minerais preciosos e raros, além dos recursos
energéticos encontrados nesta área.
Crescimento e Miséria
A expansão econômica na África
Subsaariana é um acontecimento extraordinário para uma região há décadas
marcada por conflitos armador, ditaduras, doenças e pobreza.
Ocorre em razão da valorização das
matérias primas muito procuradas por grandes economias emergentes da Ásia,
principalmente a China e a Índia, ainda pelos EUA e pelas nações europeias.
O grande desafio da África Subsaariana é
que esses recursos sejam usados para diminuir a miséria e melhorar a qualidade
de vida da população. Isso significa reduzir a desigualdade de renda, melhorar
os indicadores de saúde e educação, construir instituições democráticas e
superar conflitos internos, muitos dos quais herdados do período colonial.
Os conflitos ocorridos impediram a
distribuição justa dos recursos de riqueza natural. Um fator que restringe os
benefícios sociais do desenvolvimento econômico é a dependência de poucas
commodities, como gás, petróleo, cobre ouro, diamante, algodão e cacau. A pauta
de exportação de boa parte dos países esta concentrada em apenas um produto,
como por exemplo, a Nigéria (petróleo).
Cerca de 60% dos desempregados em todo o
continente são jovens que não encontram ocupação. Isso provoca um lento
crescimento do mercado de consumo de bens e serviço.
Duas Grandes Regiões
Contando com termos geográficos e humanos
o continente africano apresenta duas grandes regiões.
África Setentrional: De população majoritariamente árabe, que
abrange seis países: Os situados ao norte do país e o Djibuti a leste.
África Subsaariana: Onde a maioria da população é negra, com
48 países ao todo. A fronteira é situada ao sul do deserto do Saara, numa faixa
semiárida conhecida como Sahel.
Ambas as regiões possuem características um tanto diferentes. Alguns
países do norte da África vivem desde 2010 a Primavera Árabe, que provocou a
queda do governo e impulsionou reformas políticas. Já na maioria dos países
situados ao sul do deserto do Saara também encontra-se a democracia, mas o fato
o qual chama mais atenção é a transformação econômica. Devido a forte procura e
as disputas entre diversos países. Em alguns casos ocorre o estímulo de
expansão dos países como a Angola por
exemplo.
Cenários favoráveis
A
fase atual da econômia gera uma maré de otimismo, que ganhou contornos
especiais durante a Copa do Mundo de Futebol de 2010, na
África do Sul,
que
é a maior economia do continente.
- A
África do Sul havia emergido do isolamento internacional após o fim do apartheid,
EM
1994. No regime de segregação racial, mantido desde 1948 pela elite branca
descendente dos colonizadores europeus, a população negra do pais nao podia
votar nem tinha direito a propriedade da terra, vivendo em áreas segregadas.
Desde a mudança a nação tem se tornado referência de regime democrático num
continente em que proliferam ditaduras e golpes militares, embora a maioria
negra nao tenha tido uma melhora de vida significativa. Em 2011, o pais foi
encorporado ao grupo das maiores economias emergentes, os Brics, acrônimo para
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Porém o país permanece uma das
nações mais desiguais do mundo, econômica e socialmente.
- Angola é outra nação com crescimento econômico em que a maioria da população
vive na pobreza. É o segundo maior produtor africano de petróleo. Após o fim da
guerra civil , em 2002, a econômia angolana torna-se uma das que mais cresce no
mundo - em 2007, seu Produto Interno Bruto (PIB) se expandiu 23,4%. Há várias
obras de infraestrutura no país. Contudo, o aumento do investimento estrangeiro
por enquanto pouco ajudou a melhorar sua distribuição da renda e as condições
de vida ali. Politicamente, Angola mantém as características de outras
ex-colônias, que passaram por guerras de emancipação, como Moçambique e
Zimbábue, e têm governos e partidos centralizadores, nascidos do processo
revolucionário.
Retrato da Pobreza
Os indicadores sociais da África
Subsaariana ainda estão muito alem da media global, incluindo nações que a
expectativa de vida não chega nem aos 50 anos, como na Republica
Centro-Africana. Em outros países como Gana, África do Sul, etc., a pressão
popular por reformas e estabilidade política resulta em mais investimentos
sócios nas áreas de saúde e educação, mas essa mudança ainda esta em andamento
e muito tímida.
Fome e doenças ainda fazem com que 118
mil crianças morrem antes do quinto ano de vida, mas há duas décadas atrás, a
proporção da África era de 165 crianças mortas por mil.
DOENÇAS: A
África Subsaariana é assolada por graves doenças resultantes da miséria, da
fome e da falta de saneamento básico. A região apresenta a maior qualidade
mundial de casos de sarampo, poliomielite e cólera, a segunda maior incidência
de tuberculose, alem de ser devastada por malaria, AIDS que deixou pelo menos
um milhão de mortos por ano desde 1998, de acordo com a ONU. E ainda também
teve o maior numero de infectados pelo vírus HIV no mundo (23,5 milhões, 69% do
total de 34milhoes de pessoas em 2011), mas a Unaides tem conseguido avanços
significativos.
A maioria dos países é pobre
A África é o continente com o maior
número de países entre os menos desenvolvidos: 36 de um total de 46 listados
pela ONU. O critério é a renda per capita e indicadores de saúde e educação,
que compõem o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Essas nações somam 60% da
população do continente, estimada em 1,68 bilhão de habitantes em 2012.
O Mapa a seguir mostrará os países com
baixo IDH:
O (PIB) dos 54 países africanos juntos
somou 1,9 trilhão de dólares em 2011, menos que o PIB brasileiro. As 48 nações da África Subsaariana
contribuem com1,26 trilhão de dólares, menos de 2% da economia mundial.
A
riquezas do continente:
Principais áreas de exploração: produção
de petróleo e gás, produção mineral, exploração
florestal.
Principais recursos energéticos:
petróleo, gás natural, urânio, carvão.
Principais recursos minerais: ouro,
prata, ferro, cobre, níquel, estanho, chumbo, zinco, manganês, bauxita, cromo,
platina, diamante, outras pedras minerais.
Desastres Naturais
A mais grave catástrofe natural que atinge o
continente são as secas. As áreas mais afetadas são: o Sahel, o leste africano
e as regiões do sul.
Em 2012, a seca provocou falta de alimentos para 19 milhões de pessoas em sete
países no oeste africano. Um ano antes, a região do Chifre da África (Somália,
Etiópia, Djibuti e Eritreia) e outras partes do leste sofreram a pior seca em
60 anos, que afetou 10 milhões de pessoas. A falta de chuva por dois anos foi
mais grave na Somália, onde o flagelo agravou a matança da guerra civil.
Milhares de pessoas morreram de fome e de doenças decorrentes da desnutrição.
Partilhação da áfrica
Grande
parte dos atuais conflitos na África tem origem na intervenção estrangeira no
continente. Apesar de explorada pelos europeus desde o século XV, a África
mantinha uma dinâmica social própria , com Estados, reinos e impérios
autônomos. Porém, no fim do século XIX, as potências europeias iniciaram uma
corrida imperialista para controlar as matérias-primas e novos mercados para
seus produtos manufaturados. Para resolver os desentendimentos, ocorre a
Conferência de Berlim e ntre 1884 e 1885. Nela, as principais nações europeias
definem uma partilha do continente e criam fronteiras artificiais para suas
colônias, sem levar em conta as diferentes tribos e etnias que vivem no
território. Mantiveram-se independentes apenas a Libéria - nação fundada por ex-escravos
norte-americanos - e a Etiópia, antiga monarquia.
Após a II Guerra Mundial (1939-1945), o modelo colonial entra em decadência, e
cresce a pressão para a independência dos países. Isso ocorre no cenário da
Guerra Fria, em que EUA e União Soviética disputam a hegemonia no cenário
global e buscam ampliar sua influência na região. Em muitos casos, o processo
de independência transcorre pacificamente. Contudo, nações como Argélia (França), República Democrática do Congo (Bélgica),
Moçambique e Angola (Portugal) enfrentaram guerras durissímas para conquistar a
autonomia.
Criados artificialmente, os novos Estados carenciam de um autêntico sentimento
de identidade e unidade nacional. Em pouco tempo, começaram violentas disputas
pelo poder, sucedidas por golpes e ditaduras militares, que ainda marcam o
cenário até hoje.
Alguns países patilhados:
- Somália
- Sudão e Sudão do Sul
-Costa do Marfim
-República Democrática do Congo (RDC)
-Nigéria
Brasil amplia os investimentos na África
Em Moçambique, o Brasil esta abrindo uma
fabrica para a produção de medicamentos de combate a epidemia de AIDS. O Brasil
esta emprestando cerca de US$ 150 milhões ao Quênia para a construção de
estradas e aliviar congestionamentos de transito.
O conjunto de projetos de assistência e
empréstimos recentemente cedidos a países africanos demonstra as ambições
brasileiras de projetar maior influenciam nos países desenvolvidos e aproveitar
os crescimentos atrativos empresariais da África, aonde algumas economias vem
crescendo rapidamente, ainda que certas porções do continente continuem a
enfrentar a fome e a guerra. A ofensiva diplomática vem dando resultado em
termos de comércio entre Brasil e África, que cresceu de US$ 4,3 bilhões em
2002 para US$ 27,6 bilhões em 2011.
Amanda Miron
Maria Fernanda
Natália Leite
Muito boa pesquisa e síntese. Facilita muito o entendimento sobre a atualidade da África. Parabéns!
ResponderExcluirÓtima pesquisa! Facilitou muito minha busca sobre a África na atualidade.
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