Resenha: Atormentada

Nome Original: The Unquiet

Autora: Jeannine Garsee

Editora: Jangada

Número de Páginas: 368

ISBN: 9781599907239

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Skoob: Atormentada

Sinopse: Rinn é uma garota bipolar, que mantém o transtorno sob controle com a ajuda de medicação. Ela mora com a mãe e estuda no Colégio River Hills, onde dizem que a piscina é assombrada por Annaliese, uma adolescente que se afogou ali vinte anos antes. Quando coisas terríveis começam a acontecer aos seus colegas e não a ela, Rinn promete descobrir por que não pode ser “atingida” pelo espírito de Annaliese. Ela consegue fazer contato com o fantasma, que não se mostra nada pacífico. Ao descobrir o motivo, Rinn pede ajuda para seu namorado Nate, e elabora um perigoso plano para descobrir a verdade. Logo realidade e fantasia se confundem, até Rinn perceber que é quase impossível diferenciá-las. Diante de uma força malévola que ameaça a vida de todos de quem ela gosta, Rinn se pergunta se de fato pode confiar no que sente ou se está novamente perdendo o contato com a realidade. (Sinopse retirada do skoob)

Quando descobri que receberia este livro fiquei muito empolgada, pois, a sinopse me deixou curiosa. Não sou muito de ler histórias com fantasmas, já que me assusto facilmente, mas, resolvi que atormentada merecia uma chance. A premissa da estória é bem interessante e, felizmente, em nenhum momento me arrependi da escolha que fiz.

Atormentada conta a história de Rinn, que acaba de mudar-se para a cidadezinha em que sua mãe cresceu, após os problemas que causou na cidade em quem vivia. Ela é bipolar, e não costumava ser a garota controlada que é agora. Antes dos remédios sua vida era um caos. Na nova escola ela começa a fazer amigos, algo que a surpreende, pois nunca tivera amigos antes, e encontra o cara que pode ser exatamente que estava procurando, porém, tudo isso é ameaçado por Annaliese, um fantasma que procura por vingança.

Este é um livro interessante, pois, mescla muito a condição de Rinn com tudo o que está acontecendo a sua volta. Fiquei me perguntando inúmeras vezes se o que a protagonista via era real ou mera ilusão, acredito que foi isso que a autora buscou ao escrever a estória.

Rinn me irritou durante boa parte do livro – bem, vocês me conhecem, a maioria das protagonistas consegue fazer isso comigo -. Tentei me conter e busquei compreender os problemas que ela enfrentava, mas, mesmo com muita boa vontade foi difícil não desejar esbofeteá-la a todo instante. O modo como responde sua mãe foi o que mais me irritou e, não creio que só porque se tem um transtorno bipolar ela pode tratar a mãe da maneira que bem entender.

A narrativa é feita em primeira pessoa, do ponto de vista de Rinn. Achei que faltou um maior desenvolvimento do outros personagens, descobrimos pouco sobre eles no decorrer do livro, não entendemos o porquê se comportam dessa ou de outra maneira, acredito que entender os motivos dos personagens secundários é tão importante quanto compreender a mente do protagonista.

Em relação ao suspense, me surpreendi por não ter ficado realmente assustada em nenhum momento -  e digo isso porque me assustar é a coisa mais fácil de fazer – assim, vejo que o foco principal não foi causar arrepios no leitor, mas, sim duvidar da sanidade de Rinn. Acredito que todos que, como eu, morrem de medo de quase tudo podem ler este livro sem nenhum problema. Enfim, gostei bastante do livro e com certeza o indico a todos.

Beijos

Danzinha