A mumificação na cultura do antigo Egito


A religião egípcia se espalhou nas artes, na leitura, na filosofia e até mesmo nas ciências. No antigo Egito a religião era politeísta, isto é, acreditava-se em vários deuses. O seu principal deus era o deus Sol chamado de deus Rá. Mas o que vou falar é da mumificação, o deus da mumificação é chamado de deus Anúbis.

Os egípcios acreditavam muito na vida após a morte e eles também acreditavam que a alma da pessoa ia a tribunal do deus Osíris para ser julgada. Em caso de absolvição, a alma podia reocupar o corpo ao qual pertencia, mas para isso ela deveria estar bem conservada, e por isso eles mumificavam os mortos. A mumificação é um processo por meio do qual se evitava a decomposição do cadáver transformando-o em múmia que era colocado num sarcófago e conduzido ao túmulo. Junto dos sarcófagos costumava-se deixar jóias, armas e alimentos que posteriormente, segundo se acreditava, que teria grande utilidade ao morto.O deus Anúbis era uma forma de antropozoomorfísmo, isto é, ele tinha sua cabeça de um chacal e um corpo de humano. As múmias mais antigas datam do Período Pré-Dinastico, anterior a 3000 a.C. A partir daí as técnicas se tornaram cada vez mais obsoletas, e no século II d.C. – já no período romano – a mumificação, embora ainda praticada, estava longe de apresentar os resultados de outrora. Nessa época o costume já estava sendo abandonado dando ao alastramento do Cristianismo – religião com propostas totalmente diferentes em relação à vida após a morte. Inicialmente a preservação era realizada apenas nos corpos de membros da realeza e classes mais elevadas, mas com o transcorrer da história egípcia a prática tornou muito mais popularizada. De qualquer forma o processo, exigia certos recursos que o limitavam aos mais abastados. A mumificação era um processo bastante complexo e demorado. O sacerdote (embalsamador) começava por retirar o cérebro do morto, com um gancho, por meio das narinas. Depois, faziam um corte no lado esquerdo do corpo, retirando os orgãos, que eram colocados em vasos próprios e guardados no túmulo, há exceção do coração, que, por ser necessário na outra vida, era recolocado no seu lugar. Então, o corpo era coberto com natrão (cristais de sal) e deixado a secar durante 40 dias. Após esse processo, as cavidades eram cheias com linho e substâncias aromáticas, e enrolava-se o corpo com ligaduras. Os olhos eram cheios com linho ou pedras pintadas de branco. Também os animais de estimação eram por vezes embalsamados e colocados em sepulturas próprias.Mumificação Solar do Egito Faraônico• O Faraó morre e o seu corpo é cozinhado até as carnes se desprenderem dos ossos. Os ossos são pintados de vermelho, enfaixados, fazendo-se uma estocagem na múmia com gesso. Pinta-se o retrato da pessoa na própria múmia. E esta se forma ao mesmo tempo em uma estátua Ka, ou seja, uma estátua que vai abrigar a alma do morto.Mumificação Osiriana• Este é o processo que mais conhecemos e o que se tornou mais utilizado. Para o Faraó, para a nobreza e pessoas mais ricas, era feita da seguinte forma: 1) O cérebro é tirado pelas narinas, através de um instrumento curvo, mexe-se no cérebro que é uma massa mole, e este se liquefaz. Injeta-se vinho de tâmara, ajudando a dissolver mais o cérebro. Vira-se o morto e o cérebro escorre pelas narinas;2) É aberta uma incisão no abdômen e todos os órgãos internos, exceto o coração, são retirados, embalsamados e colocados em jarros chamados de canopos. Em seguida, o corpo é enchido com saquinhos de sal (Natrão) e mergulhado em uma espécie de bacia um pouco inclinada com um furo de um lado, para que seus líquidos escorram. Após isso, a múmia é literalmente enterrada por 72 dias. O sal absorve todo o líquido do corpo;3) Após estes 72 dias, o corpo, que está escurecido e ressecado, é retirado. Inchertam-se resinas, aromas, perfumes, bandagem, pó de serra, isto para dar a conformação do corpo. Depois disto, a abertura no abdômem é costurada, e é colocada uma placa mágica, geralmente com o desenho dos Quatro filhos de Hórus e de seu olho;4) Começa, então, o processo de enfaixamento com metros e metros de tiras de pano de linho com goma arábica, até fazer a composição que vemos nas múmias. A cada volta , colocam-se amuletos e colares. Assim a múmia está pronta para o enterro, sendo que no caso do Faraó este enterro é acompanhado de um extenso ritual, repleto de encantamentos, realizado por sacerdotes. Canopos(vaso canopo): Dianijar(Duamutef) - Imset - Hapijar (Hapi) - Qebjar (Kebehsenuf)Mumificação para pessoas de classe baixa• Dão uma injeção de essências e de vinhos corrosivos através do ânus, põe uma espécie de tampão e depois de alguns dias tiram-no o que dissolveu. Então eles enfaixam a múmia e devolvem o corpo para os parentes. Quando as múmias foram encontradas, muitas foram comercializadas e quando o comércio delas acabou e ninguém mais se interessava em comprá-las, alguns ladrões de túmulos decidiram triturar as múmias e comercializá-las como pó para fazer chá. Muitas pessoas adquiriram este pó achando que haveria algum poder de cura para seu tipo de doença.Mumificação na atualidadeA "mumificação" é um fenômeno natural. Não confundir com a técnica de embalsamamento egípcia, que popularmente são conhecidas por múmias. A mumificação é o resultado de cadáveres que são enterrados em terreno seco, quente e arejado. O cadáver sofre uma desidratação rápida e intensa, e o corpo não entra em decomposição, pois a fauna cadavérica não resiste. A pele do cadáver fica com aspectos de couro.Tutankamon - a múmia mais famosa de todos os temposA descoberta por Howard Carter do túmulo totalmente intacto do Faraó Tutankamon, é a mais famosa de todas, pois quando a mesma foi descoberta, todo o tesouro enterrado com este Faraó estava do modo como foi colocado há milhares de anos atrás. Algo impressionante e confuso, pois os ladrões de túmulos não haviam encontrado-a e nada havia sido tocado.

 

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