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A História de Nossa Loja.
A ARLS Antonio dos
Santos Costa é, por assim dizer, a sucessora da ARLS São Vicente, Loja
essa fundada em 22 de janeiro de 1997, no Oriente de São Vicente, por
Irmãos da ARLS Cidade de São Vicente. Portanto, completamos seis anos de
existência e ainda mantemos, como não poderia deixar de ser, estrita
ligação com a cidade de São Vicente, a Célula Mater da Nacionalidade.
O relato a seguir é uma
síntese de nossa história, pois não cabe aqui pormenorizar em detalhes,
o que, oportunamente, será feito. Fundamental, pois, que os fatos sejam
relatados como verdadeiramente aconteceram e imprescindível que se narre
a história mostrando suas causas, efeitos e conseqüências. Por isso, em
qualquer história que se queira traçar, sempre há o lado bom e o lado
mau. Portanto, não estranhem. O lado bom é o projeto que temos, como
adiante será demonstrado, objetivando tornar a Antonio dos Santos Costa
uma Loja forte.
Os
Anos Perdidos
Inicialmente,
justificava-se a fundação da ARLS São Vicente como uma escola para a
formação de futuras lideranças maçônicas. Porém, a realidade era outra.
O então Venerável da Loja mãe, mentor intelectual da fundação de nossa
antecessora, necessitava de mais uma Loja Simbólica para justificar a
quantidade de obreiros que já era excedente, chegando a abrigar
aproximadamente uma centena de Irmãos. Assim teoricamente, haveria
condições de melhor aprendizado. Porém, nessa altura dos acontecimentos,
paulatinamente, os Irmãos começaram a se desligar e a Loja-Mãe foi-se
esvaindo. Conseqüentemente, a Loja-Satélite, nossa antecessora, passava,
gradativamente, a competir com a Loja-Mãe, o que incomodava.
Simultaneamente, o Poder
Maçônico Estadual, em virtude de desmandos, decretou Intervenção em
cinco Lojas, conforme publicações no Boletim Oficial respectivo do GOSP,
duas das quais a Cidade de São Vicente e São Vicente, ou seja a Loja-Mãe
e sua satélite, nossa antecessora.
Justificando o ato, em
determinado momento, o Eminente Grão-Mestre assim se expressa:
“Recentemente,
decretamos a intervenção em cinco Lojas, todas elas com a participação
de determinado Irmão, envolvido em 14 processos no Tribunal de Justiça
Maçônica de nossa Obediência e cujas Lojas acumulam dívidas de relativa
importância, de captação e mútua. Isto provocou que este e afins,
abandonassem a regularidade maçônica e partissem para outra Potência,
mostrando seu menosprezo pelos postulados legais que juraram cumprir”.
Conseqüentemente, não
havia outro caminho a não ser a eliminação.
Por conseguinte, a ARLS
Cidade de São Vicente foi declarada inativa em 19 de agosto de 2002 por
Ato respectivo do GOSP.
A Intervenção
Nesse cenário, chegamos
à Intervenção. Por decreto de 22 de março de 2001, o GOSP estabelece a
Intervenção. Grande era a expectativa. Infelizmente, a Intervenção foi
um verdadeiro fiasco. Nada acontecia. A Loja não “andava” e os Irmãos
encontravam-se frustrados. Ainda não se praticava a verdadeira
Maçonaria.
Premidos pela
Intervenção, pouco se podia fazer. O fato significativo desse período
foi o investimento de uma Administração Provisória comandada pelo nosso
atual Venerável.
Assim, de 22 de março a
4 de junho de 2001, pouco ou quase nada foi produzido. Era um constante
“apagar incêndios”.
O Desafio para a
Consolidação da Loja
Libertos da Intervenção
opressora, galgamos os primeiros passos, planejando o destino e o
futuro.
Destarte, primamos pelo
resgate e conseqüente ressurgimento da imagem da Loja, totalmente
desacreditada nos meios maçônicos.
Evidentemente que
contamos com ajuda para a consolidação de nossa Loja, motivo pelo qual
não poderíamos deixar de registrar os seguintes apoios:
a) Do
Eminente Grão-Mestre João Baptista Moraes de Oliveira, por sua
colaboração irrestrita durante a fase conturbada e a mudança de
denominação;
b) Do
Delegado Coordenador da 9º Região Maçônica, Irmão Sérgio Luiz Pereira
Soares, pelas sucessivas orientações para o resgate da Loja;
c) Do
Delegado Regional para o Rito Escocês Antigo e Aceito, Irmão Riccardo
Beltracchini, por sua contribuição para o resgate da Loja;
d) Da
Loja Maçônica Laurindo Chaves, que nos acolheu em seu Templo após a
instalação da Intervenção;
e)
Da Loja Maçônica D.
Pedro I, que nos acolheu em seu Templo ciente de nossos ambiciosos
projetos.
A Loja foi consolidada
após intenso trabalho. Entre outros, merecem destaque:
1. Renovação
do juramento de fidelidade de todos os Obreiros, por exigência da
Administração provisória, assim pronunciado: “Ratifico, como
ratificado fica, meu firme propósito de permanecer filiado ao Grande
Oriente de São Paulo, jurisdicionado ao Grande Oriente do Brasil, aos
quais continuo prestando obediência e ora renovando meu juramento”.
2.
Regularização de Irmãos
adormecidos, ou seja, Obreiros desiludidos que abandonaram a Loja,
injustiçados por motivos oriundos da fase conturbada.
3.
Realização de eleições
livres para os cargos de Administração e e de Representatividade da
loja no Poder Legislativo Estadual .
4.
Mudança de denominação,
objetivando eliminar a original e fixar a atual plenamente
identificada com os objetivos da Loja .
5.
iniciações realizadas
após quatro anos em completa inexistência , por motivos mais do que
óbvios, em datas de 03 de julho , 09 de outubro ,06 de novembro , e 18
de dezembro de 2002 , 26 de março e 23 de abril de 2003 . Em 2002 a
Loja iniciou nove profanos . Em 2003, até maio, a Loja iniciou seis
profanos .
6.
Liquidação dos débitos
herdados. As Administrações Anteriores à atual deixaram débito de
considerável importância, referente ao período conturbado, ou seja
entre a sucessão do primeiro Venerável e o Interventor, débitos já
parcelados e honrados.
7.
Elaboração e Consagração
do Estandarte, em Sessão Magna realizada em 7 de agosto de 2002,
presidida pelo Eminente Grão-Mestre João Baptista Moraes de Oliveira, já
identificando a figura do Patrono.
8.
Mudança do Templo da
ARLS Laurindo Chaves para a ARLS D. Pedro I, ocorrida em 6 de novembro
de 2002.
9.
Inauguração da foto do
Patrono em Sessão Magna realizada em 13 de novembro de
2002, presidida pelo Eminente Grão-Mestre João Baptista Moraes de
Oliveira.
A
Mudança de Denominação
A primeira e única
medida prática do Interventor foi nomear uma Administração provisória.
Por unanimidade e grandes apelos, foi guindado a Venerável Provisório o
Irmão Cristovam Américo Dias, o qual só aceitou o cargo mediante a
condição de mudar a denominação da Loja. No momento, vem em seu
pensamento a imagem do Irmão Antonio dos Santos Costa, recentemente
falecido, esclarecendo aos Obreiros a imperativa necessidade de mudar,
pois não havia como conservar a denominação original, marcada
negativamente, e até porque poderíamos esbarrar em direitos de marcas e
patentes. Assim, urgia outra denominação, para desvincular os grilhões
do passado e possibilitar identificar, conseqüentemente, os objetivos do
presente. Dessa forma, o Irmão Cristovam expõe a idéia, justificando,
através do currículo maçônico, o nome Antonio dos Santos Costa. Por
conseguinte, a nova denominação foi aprovada por unanimidade.
A escolha do Patrono
está registrada em nossos anais, perfeitamente justificada pela fala do
Venerável, transcrita de uma de nossas Atas:
“Prometi ao nosso
Patrono, Irmão Antonio dos Santos Costa, em seu leito de morte, montar
um Kadoshi no Litoral Sul, em Itanhaém, e se isto não fosse possível,
outra medida seria desencadeada. Com a Intervenção, surgiu a idéia de
mudar a denominação da Loja, homenageando-o, o que foi feito. Temos,
então, a ARLS Antonio dos Santos Costa, da qual sinto-me imensamente
orgulhoso pelo estágio em que se encontra, com Irmãos conscientes de
suas obrigações. No passado reinava o total desconhecimento da
ritualística; atualmente, prepondera a Loja trabalhando ritualística e
esotéricamente, a ponto de receber elogios, todos citando-a como
exemplo”.
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