segunda-feira, 18 de junho de 2012

Resenha: Dicionário Filosófico - Voltaire



Dicionário Filosófico, Voltaire
Título Original: Dictionnarie Philosophique.  Copyright desta Tradução: Editora Martin Claret, 2006.

Sinopse

     Voltaire, um dos filósofos mais influentes de seu tempo, escreveu abundantemente: a primeira edição de suas obras completas tem setenta volumes. Entre elas, algumas obras-primas. 
     Com o célebre Dicionário Filosófico (1764), Voltaire se aproxima dos enciclopedistas, salvo no tocante as teorias estéticas, em que sempre se manteve classicista. Esta obra foi traduzida para quase todas as línguas.
     Voltaire detestava a Igreja Católica e todas as formas de intolerância, mas não era ateu. Defendeu a burguesia contra a aristocracia feudal e antecipou a Revolução Francesa.


      Este é um dicionário concebido e escrito de forma não linear. Os verbetes expandem-se e muitas vezes já assumem o caráter idéia completa a ser desenvolvida pelo filósofo. Como exemplo, posso citar o conceito de Espírito, que é dividido em seis seções. 
      Diferentemente de um dicionário comum, neste trabalho, Voltaire valida todo um sistema de pensar. As definições que existem no livro, se complementam e oferecem ao leitor um retrato do pensamento iluminista.
      Eu, particularmente, gosto da maneira como as ideias são apresentadas. A forma de escrita é leve e, se eventualmente, algum termo isolado não ficar suficientemente "definido", o complemento da leitura poderá oferecer a visão do sistema filosófico geral, facilitando as interpretações.
      Mais do que um estudo semântico, o Dicionário Filosófico é uma fonte de desconstrução da superstição e religiosidade dogmática. Cheio de um humor tido como agressivo, pelos mais devotos, este livro funciona para leitores não apaixonados pelos ditames católicos.
      Voltaire rebaixa muitos textos bíblicos à condição de meras fábulas de pastores hebreus. E resume seu pensamento religioso quando expõe os conceitos de Catecismos chinês, japonês e "do pároco". 
      É um excelente livro para se apreender o cerne do Iluminismo. É o início à critica ao pensamento Religioso Medieval.

         
O Bardo cantará cinco canções para este livro.    
      

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