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odijas carvalhoAto de retificação de atestado de óbito de Odijas de Carvalho na inauguração do “Aparelho”.

Odijas de Carvalho, alagoano, mas que esteve um tempo no Ceará, inclusive em contato com diversos ex-presos políticos cearenses será homenageado na inauguração do “aparelho”, dia 8 de novembro. A homenagem se dará com afixação do atestado de óbito do mesmo que foi retificado pela Justiça recentemente.

Durante a ditadura militar, a repressão, como metodologia de ofuscar os crimes, manipulou o atestado de Odijas informando que ele havia sido morto por “causas naturais”. No entanto, como similar ao caso de Vladimir Herzog, a Justiça reconheceu somente nos dias de hoje (em outubro) a morte dele devido a tortura.

Um pequeno passo na luta por justiça…

Odijas de Carvalho presente ontem, hoje e sempre !

QUEM FOI:

Militante do PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO REVOLUCIONÁRIO (PCBR).

Líder estudantil de Agronomia da Universidade Rural de Pernambuco, natural de Alagoas.

Foi preso na Praia de Maria Farinha, no município de Paulista, em Pernambuco, no dia 30 de janeiro de 1971, juntamente com Lylia da Silva Guedes Galetti. Os policiais responsáveis por sua prisão são: Edmundo de Brito, Fausto Venâncio da Silva Filho, Ivaldo Nicodemus Vieira e Severino Pereira da Silva, todos do DOPS/PE.

Foi imediatamente torturado no DOPS/Recife, onde passou uma semana.

Após esse período, foi levado às pressas para o Hospital da Polícia Militar de Pernambuco no dia 6 de fevereiro de 1971, morrendo dois dias depois em conseqüência das torturas sofridas.

O assassinato foi denunciado a partir de testemunhos em depoimentos prestados na Auditoria de Guerra da 7ª Região Militar, por vários presos políticos, inclusive sua viúva, Maria Ivone de Souza Loureiro. O preso político Mário Miranda, uma das testemunhas oculares do assassinato, denunciou as torturas que culminaram com a morte de Odijas e também seus assassinos: delegado José Silvestre, do DOPS/PE, os agentes Ivanildo Nemésio e Miranda e o delegado Carlos Brito.

O atestado de óbito, fornecido pelo IML/PE, foi assinado por Dr. Ednaldo Paz de Vasconcelos e tinha como causa-mortis embolia pulmonar. Mas na realidade, Odijas apresentava várias fraturas de ossos, ruptura de rins, baço e fígado.

Foi enterrado no Cemitério de Santo Amaro, em Recife, sob o nome de Osias de Carvalho Souza, e não Odijas, o que dificultou a localização de seu corpo.

Também denunciam a morte de Odijas, em seus depoimentos os presos políticos Alberto Vinicius de Melo, Cláudio Gurgel, Carlos Alberto Soares e Rosa Maria Barros dos Santos.

Fonte: http://www.torturanuncamais-rj.org.br/MDDetalhes.asp?CodMortosDesaparecidos=95

 

 

Sacro Rebellis

Dia 8 de novembro, sexta, a partir das 18h no Aparelho: Rua Instituto do Ceará, 164.

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