Desmontável, temporário e totalmente produzido em aço , o Pavilhão de Verão 2003 da Serpentine Gallery, inaugurado em junho, em Londres, é o primeiro prédio do gênero projetado por Oscar Niemeyer , e sua primeira obra construída no Reino Unido. “O pavilhão é parte do nosso programa de exposições de arquitetura”, explica Julia Peyton-Jones, diretora da Serpentine Gallery. “Em vez de montar uma exposição convencional, com fotos e maquetes, optamos pela construção de estruturas arquitetônicas temporárias , que ofereçam ao público a oportunidade de vivenciar o trabalho produzido por arquitetos de renome internacional que nunca tenham construído na Inglaterra.”
O programa dos pavilhões é simples: uma estrutura com área útil de aproximadamente 300 metros quadrados , desmontável , para uso no verão. Aberto ao público como café durante o dia, transforma-se à noite em espaço para palestras e projeção de filmes , por exemplo, sempre tendo a arquitetura por tema. Pode também ser alugado para a realização de eventos privados. Nas edições anteriores, o pavilhão temporário foi projetado por Zaha Hadid (2000), Daniel Libeskind (2001) e Toyo Ito (2002).
O programa dos pavilhões é simples: uma estrutura com área útil de aproximadamente 300 metros quadrados , desmontável , para uso no verão. Aberto ao público como café durante o dia, transforma-se à noite em espaço para palestras e projeção de filmes , por exemplo, sempre tendo a arquitetura por tema. Pode também ser alugado para a realização de eventos privados. Nas edições anteriores, o pavilhão temporário foi projetado por Zaha Hadid (2000), Daniel Libeskind (2001) e Toyo Ito (2002).
Inicialmente, Niemeyer recusou o convite. “ Minha arquitetura é em concreto, não é temporária ”, argumentou. Insistente, a diretora da Serpentine propôs que a obra fosse desmontável, mesmo com o uso desse material. “ Não faz sentido um prédio temporário em concreto. Vou fazê-lo em metal ”, concluiu o arquiteto.
A solução é simples e adequada ao reduzido orçamento: quatro colunas centrais sustentam uma plataforma de 25 x 10 metros , suspensa 1,50 metro acima do nível do terreno por vigas-tirantes que garantem os balanços laterais de oito metros. “Ao suspender o piso do pavilhão, procurei garantir a leveza que o distingue. E tive a mesma intenção ao dar uma linha tão movimentada a seu perfil, pois é com esse jogo de curvas e retas que faço minha arquitetura”, disse Niemeyer.
Sob o pavimento suspenso há outro, semi-enterrado, dentro do perímetro criado pelas quatro colunas. A estrutura alva tornou-se uma das principais atrações do verão londrino. Espécie de magneto em meio à monotonia verde do Hyde Park, o pavilhão tem atraído cerca de mil visitantes por dia . Visto mais de perto, ele parece flutuar sobre o gramado.
PROJETO DESIGN Edição 283 Setembro de 2003
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