quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Diretamente de Manaus - últimas notícias!

Raridade no Cepeam, em Manaus
em 24/Nov/2010 20:42

Em apenas uma hora do Blog, centenas de acessos e muitos depoimentos. Um melhor que o outro! Realmente, será um evento em Manaus, mas com abrangência nacional pois de coração a BSGI inteira estará na Amazônia realizando o sonho do Ikeda Sensei.
INTERESSANTE: Por causa da seca, o Rio Amazonas abaixou e foram encontrados, em frente ao CEPAM, no Sítio Arqueológico Daisaku Ikeda, "rostos" talhados em pedras que datam de 7 mil anos. É como se as outras gerações também quisessem participar da Convenção, rs. A descoberta causou furor no meio acadêmico e é destaque no mundo inteiro. Akira Tanaka, membro da BSGI, foi quem viu pela primeira vez e fotografou. Quer ver mais: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1631108-16052,00-SECA+REVELA+DESENHOS+ANCESTRAIS+EM+ROCHA+NO+ENCONTRO+DAS+AGUAS+EM+MANAUS.html


 texto extraído do: 

Blog da "Convenção Comemorativa Brasil Monarca do Mundo"

Rumo a Convenção Comemorativa em Manaus.


 Na segunda- feira 22 de novembro recebemos a visita da sra. Célia Maria Gonçalves, vice responsável da Regional Pindamonhangaba, que participará da Convenção Comemorativa Brasil Monarca do Mundo em Manaus no próximo dia 27 de novembro e deixou nos um trecho da mensagem do presidente Daisaku Ikeda  mostrando aos  membros a importância da relação mestre e discípulo.
"...O Buda Nitiren Daishonin disse para o jovem Nanjo Tokimitsu: “Todos os meus discípulos devem alimentar o grande desejo de atingir a iluminação”. (END, vol. 3, pág. 282). Esta é uma lição que eu gravei em minha vida logo após minha conversão no pós-guerra aos 19 anos de idade.
     
Naquela época, as cicatrizes deixadas pela guerra que arrebatou preciosas vidas de inúmeros jovens eram muito profundas. A minha casa também foi destruída pelos bombardeios aéreos e sofri também acometido de tuberculose. No entanto, como discípulo do grande mestre Jossei Toda, levantei-me em prol do grande desejo do Kossen-rufu. Enfrentando as mais diversas provações, criei uma história sem arrependimentos que prova o quanto um jovem que abraça a Lei Mística é capaz de se fortalecer, de se empenhar pela felicidade do povo e de trabalhar pela paz do mundo.
Eu transfiro aos meus jovens herdeiros a força da coragem imbatível da “Revolução Humana”. Vocês nasceram para vencer. Vocês nasceram para proporcionar felicidade a todas as pessoas. 
Eu desejo que todos vocês, sem exceção, tornem-se grandes vitoriosos na sociedade e no curso da vida, vivendo plena e radiantemente a juventude com a Lei Mística e com a Soka Gakkai.
Oitenta anos após Nitiren ter declarado o estabelecimento do Budismo, seu discípulo inseparável Nikko Shonin manifestou seu rugido de leão: “Enquanto o Kossen-rufu não for concretizado, haverei de devotar todos os esforços na propagação sem poupar a própria vida”. (Gosho Zenshu, pág. 1.618.)..."



terça-feira, 23 de novembro de 2010

Significado ...

Nam - derivado do sâncrito Namas, significa "devotar a própria vida",

Myoho-rengue-kyo - título do Sutra de Lótus, em japonês, o principal ensino do Buda Sakyamuni;

Myo - significa místico, não no sentido de milagre, mas indicando que o mistério da vida é de inimaginável profundidade e, portanto, além da compreensão do homem;

Ho - significa lei. A natureza da vida é tão mística e profunda que transcende o âmbito do conhecimento humano.

Uma lei familiar é encontrada no desenvolvimento do ser humano. Ele nasce, cresce, torna-se jovem e depois idoso e falece. Isso é, obviamente, uma inquebrável lei que regula cada espécie da vida. Ninguém pode nascer como adulto nem escapar desse ciclo. Em suma, Myoho significa Lei Mística, que é a realidade imutável e essencial de todos os fenômenos.

Rengue - significa flor de lótus, que simboliza a simultaneidade de causa e efeito, pois a flor e a semente germinam ao mesmo tempo. O budismo esclarece que todos os fenômenos do universo são regidos por essa lei. Portanto, a condição da vida presente é o efeito das causas acumuladas no passado e as ações do presente criam causas para o futuro.

Kyo - significa sutra ou ensino do Buda, que é eterno. Propaga-se pelas três existências da vida - passado, presente e futuro - transcendendo as condições mutáveis do mundo físico e do ciclo de nascimento e morte.

Assim, sob o ponto de vista do significado literal, o Nam-myoho-rengue-kyo abrange todas as leis, toda a matéria e todas as formas de vida existentes no universo. Se o expandirmos ao espaço ilimitado, é o mesmo que a vida do universo, e se o condensarmos ao espaço ilimitado, é igual à vida individual dos seres humanos. No entanto, esta idéia é superficial, pois a mera tradução dos caracteres não expõe a profundidade da Lei Mística em sua totalidade.

Não se compreende o budismo apenas racionalmente, mas com a própria vida. Por isso é que se torna impraticável a tradução do Nam-myoho-rengue-kyo para cada idioma. Apenas a título de ilustração, tomemos como exemplo o significado da palavra "Brasil". Com certeza, "Brasil" representa muito mais do que mero significado literal da palavra. Além do samba, da praia e do futebol, "Brasil" contém seu povo, seus costumes, suas tradições, sua língua, a exuberância de sua natureza, seus sertões, seus mares, história, folclore, diversidade de raças e muito mais.

Nam-myoho-rengue-kyo é o Brasil, a Europa, os Estados Unidos, o Japão, o planeta Terra, os seres humanos, os animais, as plantas, as pedras, os rios, mares, os outros planetas, as estrelas e tudo mais no universo. Ao mesmo tempo, Nam-myoho-rengue-kyo é a nossa própria vida.

Escrito por Brasil Seikyo
Nam Myoho Rengue Kyo
Dom, 11 de maio de 2008

domingo, 21 de novembro de 2010

Recitar o Nam-myoho-rengue-kyo é a maior das alegrias





Escrito por Sensei Daisaku Ikeda   
Não há felicidade mais verdadeira para os seres humanos que recitar o Nam-myoho-rengue-kyo.
As palavras "seres humanos" logo no início de fato contém um grande significado, pois se referem a toda a humanidade. O ensino de Daishonin pode beneficiar todas as pessoas sem uma única exceção.
O budismo é um ensino que existe para todos os seres humanos. Não é apenas para os japoneses, ou para os integrantes de um determinado grupo étnico ou país. Nitiren Daishonin declara fundamentalmente que, para todas as pessoas, sejam pobres ou ricas, famosas ou anônimas, poderosas ou cidadãos comuns, artistas ou cientistas, não existe felicidade, alegria e nem realização verdadeira sem a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo.
A razão disso é que, ao recitarmos Daimoku, nossa vida se une com a vida do Buda e podemos extrair uma força inesgotável que nos possibilita realizar nossa revolução humana e ajudar as outras pessoas a fazerem o mesmo.
A fama, a riqueza ou o prestígio social não nos garantem por si sós a felicidade. Há muitos milionários que sofrem terrivelmente por trás das paredes de suas mansões. Alguns estão tão presos à vaidade que não têm um segundo de paz interior. Muitas pessoas famosas caem num inferno de angústia quando perdem a celebridade.
Pode haver duas pessoas que trabalhem na mesma empresa, realizem funções idênticas e têm a mesma situação econômica e social, apesar disso, uma se sente feliz e a outra vive desesperada. Não é raro encontrar esse tipo de disparidade entre pessoas que, em outros aspectos, têm a vida muito parecida, isso está relacionado à condição de vida interior, ao sentimento de cada uma.
Também não se pode dizer que apenas o avanço da ciência ou o desenvolvimento econômico conduz necessariamente à felicidade. Em qualquer caso, o fato de nos sentirmos felizes ou infelizes depende de nós próprios. Se não transformarmos nosso estado de vida, nunca conseguiremos sentir a verdadeira felicidade. Mas quando realmente mudamos nossa condição interior, o mundo se transforma. A recitação do Daimoku é o meio fundamental para tal transformação interior.
Considero a frase "Não há felicidade mais verdadeira para os seres humanos que recitar o Nam-myoho-rengue-kyo" como uma das mais fáceis de memorizar e a mais difícil de compreender.
Imaginemos que uma pessoa procure você para pedir um conselho, pois ela se encontra desempregada e desesperada com a situação. É obvio esperar que você lhe ensine a oração do Daimoku, instruindo-a a estabelecer o objetivo de conseguir trabalho. Passados alguns dias essa pessoa o encontra demonstrando
estar muito feliz e lhe diz: "Puxa! A oração que você me ensinou é mesmo poderosa! Fiz o objetivo, orei o Nam-myoho-rengue-kyo e já estou empregado!" É muito comum ouvirmos frases como nesse exemplo, que "graças ao Nam-myoho-rengue-kyo consegui trabalho!"
Não é, absolutamente, uma forma errada de se expressar. No entanto, se analisarmos a frase do Escrito acima, é como se a pessoa mudasse seu teor para: "Não há felicidade mais verdadeira para os seres humanos que conseguir trabalho!".
Então como podemos melhor analisar e pensar? Penso que a forma mais profunda de pensar é "Graças à necessidade de trabalho, recitei o Nam-myoho-rengue-kyo!". Assim começamos a entender que os problemas são as motivações para a recitação do Daimoku. Ao invés de nos desesperarmos com situações difíceis, passamos a considerar que são nas dificuldades que se encontram as verdadeiras oportunidades. O sentimento de gratidão passa a fazer parte da oração e não há oração mais eficiente e forte do que aquela em que a determinação da vitória.

Significado dos oferecimentos ao Gohonzon



1. Porque oferecemos incensos e velas ao Gohonzon?
Em relação a pratica do Gongyo e Daimoku, limpar o oratório, oferecer arroz, frutas, água e folhas verdes de shikimi e, ainda, queimar velas e incensos todas a manhas e noites nas orações são expressões fundamentais da nossa sinceridade, por meio da qual acumulamos grande boa sorte. Ha muitas parábolas nas escrituras budistas que contam os grandes benefícios obtidos pelo oferecimento de velas ou luzes ao Buda. O 23° capítulo do Sutra de Lótus, "Bodhisattva Yakuo", conta a historia do Bodhisattva Yakuo, que recebeu incalculáveis benefícios por queimar seus ossos em oferecimento ao Buda. O sutra Kengu explana sobre uma mulher pobre que vendeu seu próprio cabelo para comprar um pouco de linho e óleo e oferecer claridade ao Buda. O sutra diz que sua lamparina continuou acesa por toda a noite, enquanto outras lamparinas doadas por ricos senhores aparam-se com um forte vento.
De acordo com essas escrituras budistas, lamparinas ou velas têm sido oferecidas nos templos budistas desde tempos antigos. A luz simboliza a sabedoria do Buda porque ilumina a escuridão.
Nesse sentido, incense e velas têm sido amplamente usados como oferecimento típicos ao Buda. Contudo, se é impossível oferecer isso, por exemplo, por causa de crianças pequenas que não entendem ou porque não pode obter folhas verdes, pode-se usar luz elétrica em vez de velas, ou substituir o shikimi por folhas artificiais. O mais importante é servir ao Gohonzon com todo o coração e não ficar preocupado demais com as formalidades dos oferecimentos.

2. Porque batemos o sino ao fazer o Gongyo?
O significado real de utilizarmos o sino ao fazer o Gongyo é louvar o Buda por meio do som. É como tocar uma música agradável que da paz e tranquilidade ao ouvinte. Portanto, o sino não deve ser batido violentamente e de preferência deve-se utilizar um sino que produza um som agradável.
Por outro lado, quando se faz o Gongyo em grupo, o sino é utilizado para indicar o início e o fim das orações. Entretanto, a razão fundamental é louvar o Buda.

3. Porque oferecemos shikimi ao Gohonzon, em vez de oferecer flores bonitas? 
Porque o shikimi é uma árvore aromatica e sempre verde, e as outras flores murcham logo, não obstante o quanto possa parecer belas ao florir. Nitiren Daishonin nos ensinou que nossa vida é eternal; as folhas de shikimi, sempre verdes, simbolizam a eternidade da vida. Esta é a primeira razão.
Outras razões por que oferecemos o shikimi é para agradecer ao Buda com sua fragrância. Na Índia, quando Sakyamuni pregou seus ensinamentos, ao seu redor havia muitas plantas aromáticas, tais como ales e sandalo. Mas, no Japão, a única planta aromatica apropriada para oferecer ao Buda é o shikimi.
Fora do Japão onde não se encontra o shikimi, São usadas outras especies de plantas tais como o pinheiro e outras semelhantes. Pode-se oferecer, entretanto, qualquer outro ramo que seja sempre verde.
4. Porque oferecemos água ao Gohonzon? 
A água sempre foi considerada um símbolo de pureza. Desdes os tempos antigos, oferecer água pura sempre foi considerado como sendo um gesto dos mais nobres, pois ter acesso a água potável não era algo muito simples, como atualmente. Até hoje quando alguém visita nossa casa, nós oferecemos água! No caso do Gohonzon a água deve ser oferecida apenas durante o Gongyo da manhã. Uma vez terminada a liturgia, deve-se se esvaziar o recipiente, evitando joga-la fora pelo ralo ou algo assim. O ideal é colocar a água na natureza, como num vaso de planta ou até mesmo bebe-la.

Fonte: Guia Pratico do Budismo, pg 52, 98 e 102. Editora Brasil Seikyo – Julho de 2000.

Reunião do Grupo Coração.

 um delicioso café com as amigas
 um diálogo com rainhas!
No  Castelo da rainha Juliana.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

PROGRAMAÇÃO DO MÊS DE DEZEMBRO

Dia
Div
Atividade
horário
local
1 qua.
5
BLOCO – ACERTO DE IMPRESSOS
 Matéria - Os encantos da filosofia budista (jornal BS da semana)
19h
Nair
2 qui




3 sex
4
Programação da Reunião de Palestra comunidade Energia
19h
kaikan
4 sàb
DE
DJ
Geração Monarca 2010 ( gincana)
DUNI
15às17
19h
Kaikan
kaikan
5 dom
4
Convenção Comemorativa ao Bloco Monarca
10h
Hotel
C.Plaza
6 seg




7 ter
DF
Mamorukai
8 às11
kaikan
8 qua
5
Bloco -                 Recebimento do comprovante do Kofu
Matéria – Espírito de gratidão     ( BS 2048 e 2052 ) 
19h
Nair
9 qui




10 sex
DMJ
Cultura de vitórias
19h
kaikan
11 sáb
DJ
Líderes da nova era ( geral )
18h
kaikan
12 dom
5
Reunião de agradecimento do Kofu
9h
kaikan
13 seg




14 ter




15 qua




16 qui




17 sex




18 sáb
5D
Dia do Bloco e Reunião de Palestra comunidade Energia
18h
kaikan

Espírito de Gratidão.


1a parte

No escrito “Retribuição aos débitos de gratidão”, o Buda Nitiren Daishonin observa: “A velha raposa jamais esquece a colina onde nasceu; a tartaruga branca retribui a gentileza que havia recebido de Mao Pao. Se mesmo criaturas inferiores sabem o suficiente para agir assim, então os seres humanos deveriam fazê-lo muito mais!”. (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. 4, pág. 17.)
Neste escrito, Nitiren Daishonin nos ensina a importância de retribuir à dívida de gratidão com os pais, o mestre, os três tesouros do budismo e o soberano, também conhecidos como “os quatro débitos de gratidão”. Algumas fontes citam o débito de gratidão com todos os seres vivos.
Ele ressalta a importância de saldar o débito de gratidão como uma atitude fundamental do comportamento humano. Enfatiza especificamente a dívida com o mestre e afirma que, para retribuir tal dedicação, a pessoa deve compreender o budismo e atingir a iluminação. Para isso, ela deve se dedicar com determinação à prática budista sendo que, para atingir a iluminação, deve também praticar o ensino correto. Mas qual é o ensino correto?
Os Três Tesouros constituem um importante princípio que se refere aos três elementos essenciais que definem a linhagem de uma doutrina budista. Servem para analisar se a linhagem do budismo está sendo transmitida de acordo com o ensino do fundador.
Os Três Tesouros são: Tesouro do Buda, que se refere ao próprio Buda; Tesouro da Lei, que corresponde ao ensino revelado pelo Buda; e Tesouro do Sacerdote, que se refere ao discípulo ou à ordem budista que herda, transmite e propaga a Lei ou o ensino do Buda. No Budismo Nitiren, o Tesouro do Buda refere-se a Nitiren Daishonin; o Tesouro da Lei, ao objeto de devoção (Gohonzon); e o Tesouro do Sacerdote, a Nikko Shonin, o sucessor imediato de Nitiren Daishonin.
O termo honzon, de Gohonzon, é uma denominação genérica de diversos tipos de objetos de devoção adotados por diferentes religiões. Como uma maneira para indicar de forma específica o objeto de devoção inscrito por Nitiren Daishonin, colocou-se o prefixo de tratamento go, que denota respeito, consideração, honra etc.
Existem muitos grupos religiosos que se dizem seguidores do Budismo Nitiren. Por isso, a aplicação do critério dos Três Tesouros é a forma mais correta para julgar a legitimidade deles.
Além da fé e da prática, o budismo dá ênfase ao estudo para que as pessoas não sigam cegamente uma doutrina que não corresponde aos critérios dos Três Tesouros. Ao estudar os escritos de Nitiren Daishonin, os leigos chegam à conclusão de que Nitiren Daishonin é o Tesouro do Buda, que o honzon inscrito em 12 de outubro de 1279 é o Tesouro da Lei e que Nikko Shonin é seu legítimo sucessor, ou Tesouro do Sacerdote. Portanto, o Gohonzon que os membros da SGI abraçam pertence à linhagem de Nikko Shonin, isto é, refere-se ao Gohonzon transferido por Nitiren Daishonin para ele, o Tesouro do Sacerdote. A Soka Gakkai é a única associação de leigos budistas dos tempos atuais que perpetua os Três Tesouros do Budismo Nitiren.


2a e última parte

Na prática, ou seja, na vida diária, de que forma podemos saldar os débitos de gratidão, conforme ensinado pelo Buda Nitiren Daishonin?
Por ter a boa sorte de abraçar o ensino do Nam-myoho-rengue-kyo, devemos recitá-lo diariamente “sem poupar a própria vida”.
Em um diálogo sobre o Sutra de Lótus, o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, explica o conceito de praticar a Lei Mística “sem poupar a própria vida”: “O ensino fundamental do Sutra de Lótus e do Budismo Nitiren expõe que as pessoas comuns — exatamente da forma como são — devem viver como seres humanos, declararem-se seres humanos e empreender sinceros esforços em prol da felicidade das outras pessoas. Essa atitude equivale a dedicar-se totalmente à luta, levantar-se contra as adversidades. Isso é o que significa praticar sem poupar a própria vida”. (Brasil Seikyo, edição no 1.544, 19 de fevereiro de 2000, pág. A3.)
Ou seja, é viver desafiando a si mesmo, enfrentar corajosamente as próprias fraquezas em meio à realidade da vida diária.
A recitação do Nam-myoho-rengue-kyo engloba a “fé” e a “prática”. A “fé” é um desafio pessoal que implica orar com total convicção o Nam-myoho-rengue-kyo, ou seja, recitar diariamente o Gongyo e o Daimoku. E a “prática” refere-se a recomendar essa recitação a outras pessoas para despertar nelas o desejo de praticar o Budismo Nitiren. Portanto, “sem poupar a voz” significa recitar e propagar o Nam-myoho-rengue-kyo com toda a convicção, realizando o Chakubuku (ensinar o Budismo a outras pessoas) de forma incansável visando a felicidade de si e de outras pessoas, independentemente de quem sejam.
Em uma carta endereçada a seu jovem discípulo, Nanjo Tokimitsu, o Buda Nitiren Daishonin conta a história de um menino chamado Vitoriosa Virtude que, não tendo nada a oferecer ao Buda Sakyamuni, moldou um bolo de lama e ofereceu-lhe sinceramente. Devido a esse nobre sentimento, esse menino nasceu em uma existência posterior como o rei Asoka. Nitiren Daishonin declara: “No entanto, o Buda Sakyamuni ensina que a pessoa que faz oferecimentos ao devoto do Sutra de Lótus nos Últimos Dias, mesmo por um único dia, receberá benefícios cem, mil, dez mil, um milhão de vezes maiores do que se tivesse oferecido incontáveis tesouros ao Buda por um milhão de kalpas”. (The Writings of Nichiren Daishonin, pág. 1.097.)
Referindo-se a essa história, o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, afirma que as pessoas que se dedicam em prol do Kossen-rufu estão diretamente ligadas a Nitiren Daishonin, e os benefícios serão tão imensos que não há como medi-los.
Avançar ininterruptamente com o mestre sem se abalar pelos obstáculos e maldades que tentam tirar a alegria de viver pelo grande ideal de concretizar o Kossen-rufu é também uma forma de retribuir os débitos de gratidão.

sábado, 13 de novembro de 2010

“Não há noite que não amanheça”



A esperança renova a vitalidade, faz bem à saúde e é o combustível da felicidade

O que é esperança?


Esperança é um sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que se deseja. É a confiança em algo positivo. Mas apesar da origem etimológica da palavra fazer menção a esperar algo, no budismo o termo ganha pujança. O presidente Ikeda em muitos discursos e em diálogos incentiva seus discípulos olhando fixamente com máxima força e bradando: “Kibô!” (esperança). A rajada de convicção do Mestre deixa claro que esperança é jamais desanimar, reunir forças de onde parece não haver e orar ao Gohonzon com forte fé tendo a mente serena e o coração cheio de coragem.

“A prática da fé é a eterna esperança”
por Daisaku Ikeda

Rei Alexandre, o Grande
Uma fé forte e invencível é crucial. A oração é crucial. A fé e a oração determinam tudo.
O rei Alexandre, o Grande, preparou-se demoradamente e organizou sua partida para o Oriente e para o mundo. O jovem grande rei distribuiu todos os seus tesouros e riquezas para seus súditos, dizendo:
— Concedo tudo isto a vocês. Portanto, sigam-me tranquilamente sem nenhum receio!
Um dos súditos, estranhando essa atitude, perguntou-lhe:
— Ó meu rei! Vossa Majestade concedeu todos os seus tesouros aos súditos. Desta forma, seu cofre ficará completamente vazio. O que Vossa Majestade pretende fazer?
O rei Alexandre, sorrindo, respondeu-lhe: — Eu não concedi todos os meus tesouros. Minha maior riqueza está guardada cuidadosamente ao alcance de minhas mãos.
O súdito, sem entender nada, perguntou-lhe novamente: — Desculpe, majestade, mas não consigo vê-la. Onde é que está guardada? O rei disse-lhe finalmente: — Meu tesouro secreto e mais precioso chama-se “esperança”.

Ter esperança é crucial


Não há tesouro mais precioso que a esperança. Se possuir esperança, tudo pode ser alcançado e conquistado. Caso se empenhem na vida diária com ardente esperança, também será possível conquistar todos os outros tesouros.

A chama da fé


Somente a esperança pode extrair a energia e a capacidade inerentes na vida humana. A esperança é como a baqueta que produz sons nos tambores. A chama que faz arder a esperança ao máximo é a prática da fé e a prática da fé é a eterna esperança.

Esperança é vida. Desesperança é morte


O grande poeta inglês Shelley disse: “Se o inverno chegou, a primavera não está distante”. E o espanhol Cervantes escreveu: “Não há noite que não amanheça”, “O inverno infalivelmente se torna primavera” e “Enquanto houver vida, haverá esperança”.

Erga a cabeça. E avance.


Se você viver com grande esperança crescerá e desenvolver-se-á ampla e plenamente. Por isso, aconteça o que acontecer, jamais desista nem seja derrotado. No fundo de nosso coração existe a primavera, uma nova manhã e um radiante sol. Sempre avance de cabeça erguida. Esperança é vida e desesperança é morte. Esperança é vitória e desistência é derrota.

“Biologia da Esperança”


Tive o prazer de conhecer o Dr. Norman Cousins (1912-1990) e tê-lo como um grande amigo. Considerado como a consciência norte-americana, denominou sua última obra de A Cabeça em Primeiro Lugar: a Biologia da Esperança e o Poder Curador do Espírito Humano. É uma obra muito interessante na qual o Dr. Cousins procura comprovar cientificamente que a força da esperança influencia o corpo humano.

Força de vontade


Ele escreveu: “A força de vontade de viver ativa a fábrica de remédios que existe no corpo humano”. O presidente Toda disse também que “o corpo humano é uma indústria farmacêutica”. De acordo com o Dr. Cousins, a esperança de continuar vivendo faz com que o cérebro emita uma ordem ao corpo humano para ativar seu metabolismo a fim de combater as doenças. A esperança é o comandante que conduz a vida para a vitória. É uma arma secreta, a mais poderosa do arsenal da vida humana.

Rir é bom para a saúde


Rir também é bom para a saúde pois libera a endorfina, que é uma substância com propriedade analgésica. O Dr. Cousins cita as palavras do humorista norte-americano Josh Billings (1818–1885), que disse: “Há muita diversão na medicina, mais há muito mais medicina na diversão”. O Dr. Cousins comentou: “O ponto mais precioso que aprendi na escola de Medicina foi a importância de encorajar os pacientes para que consigam recuperar o ânimo e a confiança em si próprios. Não é apenas oferecer algum conforto espiritual, mas uma luta de vida ou morte para despertar todas as forças e recursos inerentes no corpo do paciente. A confiança e a esperança são fatores determinantes que ativam a farmácia interna para que trabalhe com toda a intensidade.”

Pense algo maravilhoso


Ele fez também a seguinte experiência: Extraiu um pouco de sangue de um paciente. Esperou cinco minutos e extraiu novamente uma outra amostra. Dependendo do que o paciente pensou nesses cinco minutos, verificou-se uma alteração no sistema imunológico. Repetindo essa experiência com várias outras pessoas, ele concluiu que o sistema imunológico torna-se mais ativo e forte quando as pessoas pensam em algo maravilhoso.

Esperança viva


Ao contrário, quando imaginam coisas que não trazem esperança, ocorre um enfraquecimento no sistema imunológico. Portanto, conversem com as pessoas e ofereçam uma forte esperança. Com isso, a esperança estará sempre viva dentro de nós mesmos.

A longa jornada da vida


O Dr. Cousins continua: “a morte não é a pior tragédia no curso da vida, mas, sim, morrer sem descobrir a possibilidade de crescer ainda mais”. “Eu sou assim mesmo. Não consigo fazer mais nada. Já cheguei ao limite de minha capacidade” — esta alegação não tem na verdade nenhum fundamento. É apenas uma mera desculpa para justificar o próprio fracasso. Mesmo nessa condição, é preciso sustentar a esperança para mudar a situação e abrir um novo caminho para o próprio desenvolvimento.

A virtude dos grandes homens


O mês de julho é muito significativo. É o mês em que Nitiren Daishonin escreveu a Tese sobre o Estabelecimento do Ensino Correto para a Paz da Nação. Também nesse mês os presidentes Makiguti e Toda foram detidos, como também eu próprio fui preso injustamente. Foi também em julho que eu e o presidente Toda saímos da prisão.

Meu mestre


Qual foi a palavra que ele [Jossei Toda] disse no Ano-Novo de 1957, ano em que fui levado ao cárcere? Foi “esperança”. Ele disse naquela ocasião: “Ao observarmos a vida dos grandes homens do passado, notamos que eles jamais foram derrotados pelas adversidades e intempéries da vida, e defenderam altivamente a esperança, que para os mortais comuns parecia ser um sonho impossível. Eles viveram sustentando sempre a esperança, sem retroceder um passo sequer.

Essência da esperança


A razão disso está no fato de que a esperança não era para eles um meio de satisfazer seu ego ou suas ambições, mas consideravam-na o alicerce para a felicidade da humanidade. E eles tinham plena convicção disso.

A vitória de Nitiren


Toda continua: “Nitiren despertou para o grande ideal de promover a revolução humana do mundo aos dezesseis anos, alcançou a percepção do grandioso princípio filosófico que permeia todo o Universo aos 32 e manteve sempre acesa a chama da esperança e de seus sonhos da juventude até o momento de sua morte, aos 61 anos. Sua vida foi realmente uma majestosa obra em prol da felicidade absoluta de toda a humanidade.”

A fonte está no Gohonzon


Meu mestre conclui: “Sejam jovens ou idosos, desejo que abracem com convicção a esperança na vida diária e vivam em prol dessa esperança. A fonte da energia vital que permite viver por essa esperança encontra-se no Gohonzon, que contém a própria vida de Nitiren Daishonin.”

Gohonzon, a chave da esperança revitalizadora


O Gohonzon é uma fonte inesgotável de esperança. O Budismo Nitiren é o “Budismo da Esperança”. Foi justamente em meio à Perseguição de Tatsunokuti e ao Exílio na Ilha de Sado que Nitiren revelou o Gohonzon pela primeira vez. Foi num momento em que a vida dele estava em risco. O exílio era como ser atirado num escuro e gélido calabouço.

O Gohonzon é fonte de esperança


Nesse local desesperador que não transmitia a mínima esperança, ele revelou o Gohonzon, que concede a maior das esperanças para a humanidade. Eis aqui um profundo significado: O Gohonzon não foi inscrito dentro de um belíssimo e suntuoso templo, nem em meio à extravagância e opulência, muito menos para obter autoridade.

O Kossen-rufu


Mesmo enfrentando severas perseguições, Daishonin fez arder as chamas da grandiosa esperança do Kossen-rufu e incutiu no Gohonzon o espírito de lutar a todo o custo por esse ideal.

Jamais perca a fé


“Eu, Nitiren, inscrevi minha vida em sumi.” (END, vol. I, pág. 276.) Isto quer dizer que Daishonin incorporou no Gohonzon todo o seu espírito de lutar pelo Kossen-rufu. Por esta razão, aqueles que deixam de lado a fé no Kossen-rufu não conseguem a verdadeira fusão de sua vida com o Gohonzon.

O estado de buda


O Gohonzon existe efetivamente no coração das pessoas que se dedicam à prática da fé com a disposição de lutar pelo Kossen-rufu. Nesse ponto também se encontra a manifestação do estado de Buda. Enquanto esteve preso, o presidente Toda não possuía o Gohonzon em sua cela. Mas, por possuir uma ardente fé em lutar pelo Kossen-rufu, alcançou a extraordinária percepção sobre a verdade da vida.

Ardente desejo


O Gohonzon não serve para nada se as pessoas não praticarem corretamente com o desejo do Kossen-rufu no coração. Nitikan Shonin disse que o tesouro mais precioso de sua vida era a correta prática da fé pois, sem ela, não teria sentido abraçar o Gohonzon.

Avançando sempre


Quando fui preso, li as obras de Victor Hugo no cárcere. Ele também foi exilado por uma falsa acusação. Ele diz: “Meu princípio é avançar sempre. Se Deus desejasse o retrocesso do homem, teria colocado um olho na parte de trás da cabeça.” Uma vez que os olhos estão dispostos em nossa face, avancemos a todo momento olhando em direção ao alvorecer, em direção ao desabrochar das flores e em direção à nova vida.

O rosto corado de esperança


Avancem sempre, renovando sua disposição a cada dia. Daishonin expressa a boa disposição dos líderes com as seguintes palavras: “Ser sempre jovem, ter o rosto corado, boa disposição, coragem e muito vigor.” (Gosho Zenshu, pág. 1.571.) Ele diz também: “As forças física e espiritual como também as ações do cérebro tornaram-se milhões de vezes melhores do que antes.” (Gosho Zenshu, pág. 1.062.)

Líderes, tenham disposição


Quando os líderes atuam com disposição, todos em sua volta sentem-se encorajados e rendem-lhes plena confiança. Por isso, cuidem bem da saúde, procurem repousar durante a noite para não acumular cansaço e aumentem cada vez mais o vigor em sua vida. O budismo é o ensino mais adequado para a época atual.

O budismo é o mito do valor universal


O Dr. Joseph Campbell, um dos grandes nomes em Mitologia Comparativa relata sua conclusão após pesquisar e comparar pensamentos e mitos de todos os tempos e cantos do mundo: “As mudanças que ocorrem no mundo obrigam também a uma mudança nas religiões. Embora não existam mais fronteiras no mundo contemporâneo, não abraçamos ainda um mito de valor universal que englobe nosso planeta Terra. De acordo com meus conhecimentos, o budismo é o único que mais se aproxima do mito do valor universal, pois revela a existência da natureza de Buda em todos os fenômenos. O fator mais importante é o ato de perceber essa natureza.”

“Mito” como “filosofia”


Ele utiliza a palavra “mito” com o mesmo sentido de “filosofia”. O “ato de perceber essa natureza” não é senão nosso movimento pelo Kossen-rufu. É o movimento que visa a despertar as pessoas para a natureza de Buda inerente em si mesmas, para a percepção do ilimitado potencial existente em sua vida e para ensinar a fonte da inesgotável esperança.

Surge o sol da esperança


O século 21 aguarda com expectativa o desenvolvimento de nosso movimento. Está esperando a ascensão desse “sol da esperança”. E somos nós que vamos fazer surgir esse grandioso sol.

Estamos unidos, sempre


Eu e cada um dos senhores somos companheiros desde o infinito passado e estamos caminhando juntos pela suprema estrada da vida. Por maior que seja a distância que nos separa, estaremos sempre ligados firmemente pelas ondas sonoras do Daimoku.

Orando pela saúde


Seja onde estiverem, estarei sempre orando pela boa saúde, longa vida e felicidade de todos os senhores, que são meus estimados e sublimes companheiros.

Um poema aos amigos


Meus queridos amigos, gostaria de dedicar-lhes dois poemas:
Escrevendo uma história
de luta conjunta
Pelas três existências,
Juntos, sempre juntos.

* * *
Nosso destino final
É o estado de Buda —
O Castelo de Muitos Tesouros.