Jesus Cristo

Jesus (1)

Algumas considerações espíritas sobre Jesus:

1) Filho de Deus, criado por Deus, assim como nós. Jesus é nosso irmão.

2) Jesus é nosso irmão “mais velho”, foi criado por Deus alguns bilhões de anos antes de nós. Isto porque, na teoria espírita, Deus continua sempre criando, não pára nunca. A “leva de espíritos” da qual Jesus proveio é bastante anterior a nossa “leva”, por assim dizer.

3) Como qualquer espírito, passou por diversas vidas, viveu várias vezes, em outros planetas do Universo, mais antigos que a Terra. Deve ter errado muitas vezes, mas foi aprendendo as coisas certas (perdão, respeito, tolerância), e a sua capacidade de amar foi aumentando, progressivamente. Ao mesmo tempo, aumentava seu entendimento acerca das ciências de um modo geral (física, química, biologia, matemática, lógica…). Moral e inteligência, então, juntas, crescendo a cada dia que passava. Nós ainda nem tínhamos nascido das mãos do criador.

4) A medida em que evoluía, Deus provavelmente foi lhe dando tarefas mais importantes (como acontece conosco, quando crescemos, aumentamos nossa responsabilidade). Provavelmente deve ter sido anjo guardião de alguém, depois anjo guardião de muitas pessoas, depois tornou-se responsável por uma cidade inteira, ou talvez tenha se tornado responsável por tarefas específicas, enfim, não sabemos ao certo. A verdade é que, a medida em que os anos passavam, aumentavam suas responasbilidades ante a tarefa divina de espalhar amor (todas as tarefas de Deus, de alguma forma, estão relacionadas com a difusão do amor).

5) Chegou um momento, em que Jesus, já Grande Espírito de Luz, com uma gigantesca capacidade de amar e de raciocinar e de entender as coisas da ciência, recebeu de Deus (ou de algum espírito superior a ele) a tarefa de criar um planeta. Jesus, então, movimentou as causas que originaram o nosso planeta Terra – talvez tenha criado o próprio Sistema Solar. Jesus estava dando a este orbe condições necessárias para que uma nova “leva” de espíritos, saídos “quentinhos” das mãos do criador, pudessem habitá-lo. Éramos nós!

Jesus (5)

6) Jesus cuidou de nós desde o nosso nascimento, das mãos do criador. Como condições para a evolução espiritual, primeiro organizamo-nos em minerais (diminuta era a nossa condição), depois estagiamos no Reino Vegetal, depois encarnamos como animais irracionais e, finalmente, animais racionais (passamos por um estágio intermediário entre os dois chamado “elementais”, mas eu não tenho muito conhecimento sobre eles). E o mais importante: sempre tutelados por Jesus*.

Jesus (3)

7) Jesus é, portanto, o Governador Espiritual da Terra. Coordena todas as vidas que existem aqui. É difícil concebermos alguém que consiga, ao mesmo tempo, vigiar mais de 6 bilhões de pessoas, mas é que não conseguimos, de inteiro, vislumbrar a gigantesca condição evolutiva de Jesus, bem como uma formiga não consegue compreender um ser humano. Para utilizarmos uma metáfora bem ilustrativa, é como se, a medida em que o espírito evoluísse, ele subisse ao Céu, como o Sol. O Sol, a medida que sobe, ilumina mais e mais pessoas sobre a Terra. Assim como o Sol, Jesus consegue iluminar a vida de todos na Terra, mesmo sendo um só.

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8) Quando Jesus detectou que a Terra estava em condições evolutivas necessárias para que seus habitantes entendessem um pouco mais sobre Deus e o amor, pôde descer, em pessoa, encarnando no Oriente Médio**. Viveu 33 anos, embora só conheçamos os seus 3 últimos anos, que correspondem ao seu apostolado, recheados de lições à humanidade, para que possamos aprender a amar uns aos outros.

9) Jesus não morreu para nos salvar. Jesus viveu para ensinar-nos o caminho. A “salvação” não depende dele, depende de nós, quando entendermos que o amor é a coisa mais importante. Parece ser esta a principal intenção de Jesus (a maior Lei de sua doutrina): que amemo-nos uns aos outros***. Não demonstrou Ele querer que seguíssemos determinada religião, ou que utilizássemos de tais ou quais rituais, ou sequer que acreditássemos Nele. A sua vontade parece ser, de fato, a de que consigamos respeitar, conviver, perdoar, tolerar, numa palavra só, amar, a todos, indistintamente, sem nenhum preconceito ou pré-julgamento. Ele próprio, exemplificando Sua palavra, curava doentes, abraçava, abençoava, sorria, conversava com todos, educava, e para demonstrar a “radicalidade” de seu ideal, elogiava os bons hereges samaritanos, andava com prostitutas e homens de má-fé e escolheu como discípulos simples pescadores.

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10) Jesus, claro, continua sendo o Governador Espiritual da Terra. Sua Grande Obra de Amor, entretanto, embora sempre inspirada por Ele, é realizada por todos aqueles que se dispõe a fazê-la. Existem, então, incontáveis espíritos de luz que guardam os países do globo, por exemplo (o Anjo Ismael é o Guia Espiritual do Brasil), bem como anjos guardiãos, que guiam determinadas pessoas, ou então por nós próprios, sempre que alimentamos pensamentos sublimes ou realizamos atividades de amor. Colabramos com a Obra de Jesus quando respeitamos o próximo, quando decidimos calar ao invés de agredir, quando cuidamos de nossos semelhantes, quando entendemos e amamos nossos pais, irmãos, familiares, amigos… Cada vez que realizamos tais ações, estamos sendo vetores da bondade de nosso guias espirituais, inspirados por sua vez por guias mais elevados, até que a cadeia chege ao próprio Guia Mundial, Jesus, que provavelmente é vetor de Maiores que Ele, até alcançar o próprio Deus, causa primeira de todas as coisas.

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11) Os ensinamentos de Jesus são atemporais. Falou a nós por parábolas para que, a medida em que nossa compreensão aumentasse, pudéssemos dar a elas novos significados, cada vez mais sublimes. A interpretação dos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João devem ser realizadas com muita inteligência, mas também com muita sabedoria. Entender mais com o coração que com o cérebro… Caso o intérprete chegue a alguma conclusão que contenha elementos de separatividade dos seres humanos, ou que causem ferimentos reais a outras pessoas (não ferimentos psicológicos de pessoas portadoras de algum “complexo de vítima” infantil), faz-se necessário uma revisão a essa interpretação. Jesus é Divino Mestre, e suas palavras estão calcadas no mais profundo amor que esta Terra já conheceu…

* Há relatos espirituais que dizem que todos nós já tivemos uma experiência pessoal com Jesus. Ou seja: todos nós, em algum momento de nossas vidas, tivemos um contato direto com a pessoa de Jesus, seja como encarnados há época de sua vinda à crosta, seja no Plano Espiritual, em algum momento específico.

**Maria de Nazaré, em sua Carta à Humanidade em 2007 (já publicada neste blog, retirada do site www.saltoquantico.com.br), diz fazer parte, Ela e Jesus, de um Conselho de Cristos para a Terra. Antes de os dois descerem à Terra, Maria revelou que outros dois Cristos deste Conselho, Sidarhta Gautama (Buda) e Lao-Tsé, já haviam estado por aqui, em missão que originaria outras grandes religiões do Planeta: budismo e  taoísmo. Maria revela, nesta Carta, que há um presidente deste Conselho de Cristos, estando Ele em maiores condições evolutivas que Ela ou o próprio Jesus: seria o Anjo Gabriel, que nos históricos das religiões teria sido responsável, indiretamente, pela criação tanto do cristianismo (Ele é quem revela as leis a Moisés) quanto do islamismo (Ele é quem fornece à Maomé o Alcorão).

*** Vejam a pequena e simples fala de Chico Xavier (aos 4 minutos e 15 segundos do vídeo), numa reportagem (de 5:00 minutos) sobre o seu falecimento. http://www.youtube.com/watch?v=wwI5ceyPjXA&feature=PlayList&p=3E42CAA388F5B986&index=6


18 respostas para “Jesus Cristo”

  1. É engraçado que em muitas literaturas espíritas, ouvimos que Jesus “nunca pecou”.

    Curioso que isso vai contra o que Kardec ensina a respeito da lógica.

    Se Jesus nunca pecou, já nasceu perfeito. Se nasceu perfeito, Deus privilegiaria uns espíritos em relação a outros, portanto não haveria justiça.

    No seu texto, o raciocínio segue uma lógica mais segura a concisa.

    Assim como devemos acreditar que Adão foi o primeiro homem somente num contexto específico, devemos acreditar que Jesus nunca pecou também no contexto de nosso planeta.

    Isso diminui a grandeza de Jesus? De forma alguma. Na verdade, o exemplo dele demonstra que no futuro, seremos um dia os Jesuses de outros mundos.

  2. É, hehehehe… A perspectiva de que seremos Jesuses de outros planetas é maravilhosa. 🙂

    Veja só, há apenas 2000 anos atrás, Emmanuel era um ser humano de caráter razoável, até rude e grosseiro, ministro da época. Encontrou-se com Jesus, compreendeu sua grandeza e a luz de seus ensinamentos e desde aquele momento passou a segui-lo. Hoje, já é um luminoso espírito.

    Nós, por outro lado, ignoramos a palavra de Jesus há sua época. Provavelmente nem estávamos lá (se estávamos, jogamos pedra em Jesus). Mas hoje estamos aceitando um pouco mais os ensinamentos de Jesus, nos esforçando para errar menos, acertar mais. Daqui a 2000 anos, se continuarmos assim, podemos ser grandes espíritos luminosos! 🙂

  3. nossa joão!

    é a primeira vez que visito o seu blog, e com certeza o visitarei muito mais vezes…

    vc explicou claramente o que eu fico tentando explicar para as pessoas que me perguntam:

    “então se é ‘cada um por si (pra resumir)’ qual a importância de Jesus na sua religião?”…

    agora vou ter muito boas referencias ao explicar…
    e com certeza vou indicar o seu blog!

    (ps: achei o seu blog porque estava pesquisando imagens de jesus no Google… vc tem imagens maravilhosas, continue publicando-as nos próximos posts)

  4. QUERIDO JESUS COMO VOCÊ É LINDO E DOCE….QUERO E CREIO QUE SEMPRE ESTEJA NO MEU LADO MEU DOCE AMIGO….MEU AMIGO AGRADEÇO CADAMINUTO PELA MINHA VIDA QUE TÃO PRECIOSA….PELA TERRA PELO MAR…PELO SOM E PELA CHUVA …PELA NOITE E PELO DIA E POR TODO O DIA….OBRIGADO PELA VIDA…QUE ÉS UM PRESENTE TÃO LINDO DE DEUS PAI…..!

  5. Eloquente, mas escreves com qual referência? Seja ela bíblica, histórica, ou de algum corpo textual qualquer? Fiquei em dúvida! Principalmente ao relatar a caminhada de Jesus com prostitutaS (no plural) e ter escolhido pescadores como apóstolos! A única citação que mais se assemelha a essa vem da Bíblia e lá é claro ao dizer que Jesus andou somente com UMA prostituta (Maria Madalena) e tinha apóstolos que eram médicos, republicanos, dentre outros, não somente pescadores.

    Abraços

    • Meus conhecimentos acerca da bíblia são pequenos. Li todo Mateus, Marcos, conheço alguns trechos de Lucas, e estou estudando o evangelho de João. Da bíblia, podemos lembrar, por exemplo, da frase “em verdade, vos digo, publicanos e meretrizes [prostitutas] entrarão primeiro do reino dos céus” ou algo semelhante. Salvo engano, Jesus preferia a companhia dos escórias da sociedade que dos poderosos, intelectuais e religiosos. Suas pregações eram ouvidas por cobradores de impostos, pescadores, prostitutas, leprosos, vagabundos (pelo menos é o que podemos inferir da leitura dos evangelhos). Conseguia enxergar a redenção interior da criatura ao Amor do Pai, por além do véu das convenções humanas.

      Não que preferisse pobres à ricos, ou pecadores à puros. Na verdade, ele conseguia ver as pessoas como realmente são, não importando de que classe eram. Zaqueu, por exemplo, era rico, e sua fé era grande. Já Simão Pedro e André eram pescadores (estavam lançando rede ao mar quando Jesus os encontrou). Jesus disse que faria-os “pescadores de homens”. Tiago e João também eram pescadores, estavam na barca com seu pai Zebedeu consertando redes de pesca quando Jesus os alcançou. Portanto, temos quatro apóstolos pescadores. Mateus era publicano (cobrador de impostos), uma classe odiada na época, mas ainda sim Jesus o acolheu. O que quero dizer é que Jesus era um tanto “revolucionário” para a sua época, porque, ao escolher as pessoas que realmente estavam preparadas para a revelação, acabou por integrar grande número de pessoas excluídas da sociedade. E, como podem excluídos da sociedade estarem entre os “preferidos” do Messias? É quase tão revolucionário quanto a presença de Maria de Nazaré, 1800 anos depois, em Lourdes, França, numa gruta escura, para uma pobre pastora, Bernadette Soubirous.

      Quanto as prostituas, além de Maria Madalena, parece haver uma mulher de nome Zefa, que também era prostituta. Os intérpretes da bíblia, das diversas regiões, costumam dizer que sempre haviam prostitutas nas multidões que acompanhavam Jesus, de modo que estou seguindo apenas a “doutrina majoritária”, vamos dizer assim. 🙂

      A maior parte do que escrevi, entretanto, teve como fonte inspiradora a Doutrina Espírita, no “Livro dos Espíritos” de Allan Kardec, “A Caminho da Luz” de Emmanuel (psicografia de Chico Xavier), “Boa Nova”, de Humberto de Campos (psicografia de Chico), “Jesus no Lar”, de Néio Lúcio (psicografia de Chico) do site de mensagens espirituais Salto Quântico (do médium Benjamin Teixeira), do livro “Deixe-me viver”, de Luiz Sérgio (psicografia de Irene Pacheco Machado – trata sobre o aborto mas há um trecho em que fala-se sobre os estágios de mineral, vegetal, animal e homem). Além disso, algumas coisas que ouvi de palestras e estudos e conversações acerca da Doutrina Espírita. E, ainda, algumas coisas que eu, João, pessoalmente acredito, após reflexões, e que decidi colocar também no texto, apesar de poder estar errado.

      Espero ter respondido.

  6. Na verdade Jesus veio para aqueles que se encontravam “doentes” pois os “sãos” não precisam de médicos, logo, visando por essa questão fica claro a “revolução”, assim por ti citada, que Jesus provocou na época. De modo que os judeus que esperavam um Messias que assumisse o trono do Rei Davi, não reconheceram o cordeiro de Deus que se portava humildemente cumprindo todos mandamentos da lei (de Moisés) calcado em dois: Amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Voltando para a questão acima discutida, Jesus não escolheu como apóstolos APENAS pescadores, e concluindo que você utilizou a Bíblia como uma de suas referências, seu texto automaticamente entra em contradição em diversos pontos, atribuindo ações irrefutadas ao esqueleto textual. Seria como por exemplo, em uma comparação esdrúxula claro, estabelecer de quem seria as afirmações corretas obtidas no período da guerra fria compondo um texto utilizando idéias tanto americanas quanto soviéticas. Já que a afirmação não coincide e muito menos a linha de raciocínio torna o texto um tanto quanto incoerente!

    Abraços

    • Eu acredito que os escritos evangélicos de Mateus, Marcos, Lucas e João, se devidamente interpretados, não ferirão nenhum dos princípios e idéias espíritas. O próprio “Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, é uma prova viva disso. Ali, inúmeros trechos da Bíblia são citados, todos em consonância aos princípios espíritas concatenados por Kardec.

      E isso se dá porque a Bíblia pode ser interpretada de inúmeras formas. Dois intérpretes podem, partindo de um mesmo trecho, chegarem a dogmas completamente distintos. “Ninguém vai ao Pai senão por mim”, por exemplo, pode significar, para algum intéprete, algo como “Só Jesus salva”, quando, para outros, pode significar “Ninguém vai ao Pai se não buscar cristificar-se”.

      Então, acredito que sempre deveremos optar por aquela interpretação que mais se aproximaria da natureza de Jesus – todo amor, todo carinho, todo ternura, todo respeito. Se, de alguma forma, chegarmos a uma interpretação que acabe ferindo algum outro semelhante (como no caso da primeira interpretação do exemplo acima, que desconsidera os budistas, taoístas, islâmicos…), devemos optar por outras.

      Quanto aos pescadores, eu não disse que Jesus só escolheu eles como seguidores. Disse apenas que escolheu pescadores como discípulos, para enfatizar a idéia que tenho de Jesus como um homem “radical”, no bom sentido.

      De resto, interessante você ter complementado. Ás vezes eu penso nisso: diversos homens tiveram a oportunidade de estarem face a face com Jesus, a alma mais amorosa e nobre que jamais poderiam sonhar em um dia conhecer, e simplesmente deixaram essa oportunidade passar… Como pode os homens serem tão cegos, não é mesmo?

      O pior é concluir que talvez eu tenha feito isso, naquela época, se estive lá. Porque aqueles que aceitaram-o aquela época hoje são grandes espíritos (como Emmanuel, Zaqueu – Bezerra, Padre Damião)…

      Abraço! Apareça sempre.

  7. Realmente a Bíblia é passível de inúmeras interpretações, até mesmo pq o próprio Deus disse que Sua palavra é fonte de água viva, ou seja, tu encontras nela o que o Espírito Santo precisa te dizer naquele momento. Bom, porém não estou aqui para discutir religião tampouco a interpretação, pra isso temos a hermenêutica.
    Pois bem, o que eu posso apenas citar, de Bíblia, pra provar a incoerência do texto são trechos que a interpretação está clara!

    Como por exemplo a reencarnação, ou seja, afirma que o homem tem várias vidas e mortes. Nasce, morre e reencarna (nasce novamente em outro corpo). A Bíblia Sagrada é clara ao afirmar que o homem só nasce e morre uma única vez. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo (Hebreus 9:27).Os espíritas afirmam que cada vida é uma oportunidade que o espírito tem de consertar erros do passado e evoluir moralmente e intelectualmente até atingir a perfeição. Em outras palavras, o espírito evolui até salvar a si mesmo. Esta crença é contrária aos ensinamentos bíblicos. A salvação do corpo, da alma e do Espírito acontece por meio de Jesus.

    Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. (Romanos 5: 8-9) A regeneração da humanidade veio através de Cristo. Quem crê na evolução do espírito, nega o sacrifício de Jesus na cruz do Calvário.

    A Bíblia não faz nenhuma referência à reencarnação e sim a ressurreição, que é a volta do espírito ao mesmo corpo, como foi o caso de Lazáro, o filho da viúva de Sarepta, de Dorcas, entre outras. Mas não narra, jamais, a história de um espírito que reencarnou, ou voltou à vida em outro corpo. Assim como a nuvem se desfaz e passa, assim aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir (Jó 7:9).

    Outro dogma do espiritismo desmentido pelas Sagradas Escrituras é a comunicação entre mortos e vivos. Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento. Também o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol. (Eclesiastes 9:5-6).

    Só por esses trechos já se refuta algumas citações por isso que resolvi me dispor a esse debate, e não embate, porém, vale lembrar que eu não pretendo discutir religião, respeito a fé de cada um, e do mesmo jeito que eu prego no que creio, assim tenho certeza que você o faz. Como já falei, você escreve bem e por essas questões fica fácil a persuasão de quem não conhece as Escrituras Sagradas, por isso eu em referi á incoerência.

    Abraços.

    • Você diz que não deseja discutir religião, mas ao mesmo tempo intenciona refutar inúmeros princípios espíritas, partindo do pressuposto de que as suas interpretações em relação aos trechos bíblicos são as corretas. É tão prepotente ao ponto de dizer que “há trechos em que a interpretação está clara”, lançando em seguida suas idéias como se fossem as idéias certas. Pelo pouco de hermenêutica jurídica que aprendi na faculdade, aprendemos que o princípio “in claris cessat interpretatio”, ou “a clareza dispensa interpretação”, é descabido, porque não há nada tão claro que dispense a interpretação, e até mesmo trechos que sejam claríssimos devem ser interpretados, ao menos para chegar-se a conclusão de que, de fato, o trecho é claro.

      Eu realmente não quero discutir religião. Há muitas passagens bíblicas que atestam para a reencarnação, ou a comunicação com os mortos. Jesus disse, por exemplo, que ninguém poderá ver o reino dos céus se não nascer de novo. Diante da perplexidade do discípulo, que indaga “Mas como pode, senhor, um homem já velho entrar no ventre de sua mãe novamente?”, Jesus prossegue dizendo “Não se espante quando eu digo isso. Em verdade, quem não renascer da água e do espírito não poderá ver o reino dos céus”, ou algo do tipo. O Espiritismo considera, neste caso, a água como a matéria (a reencarnação propriamente dita) e o espírito como o caráter (o renascimento de um novo homem, que decide de uma vez por todas amar o próximo).

      Não estou dizendo que a reencarnação existe, de fato. É uma forma de interpretar. A água, no protestantismo e catolicismo, é o batismo, e não a matéria, metaforicamente considerada. Quem está certo? Nem um, nem outro: cada um entende da forma que melhor se adequa ao seu ser, ao seu psiquismo, às suas necessidades e ao seu gosto. Não tenho a presunção de estar certo. A própria Bíblia não é infalível: vamos encontrar Paulo de Tarso dizendo que as mulheres são inferiores e nem sequer devem abrir a boca dentro das igrejas. Encontramos, igualmente, a condenação aos homossexuais. (atualmente, as mulheres são reconhecidamente iguais aos homens em direitos, e a homossexualidade está sendo considerada pelos psicólogos como apenas uma forma de orientação sexual, nascida do ser, sem título de doença ou distúrbio, sendo a “cura” um ato de imprudência por parte de qualquer profissional que intencione fazê-lo – pode até receber sanção do Conselho Federal de Psiquiatria).

      “Mas aonde temos então a segurança?”, você poderá perguntar. “Se, além da Bíblia não ser infalível, podemos interpretá-la de formas diferentes, como posso ter fé sincera?”. Aí é que vem a percepção do Cristo-Jesus: “Amar o próximo como a ti mesmo”. O amor é o nosso porto seguro! O respeito. A tolerância. A criança sorridente. O olhar dos semelhantes. A distribuição de comida quentinha aos moradores de rua. O amor de mãe, que renuncia até o último segundo em prol do seus filhinhos. A cumplicidade dos pais. O trabalho diário e com disciplina que não nos tira da rota. A luta contra nós mesmos e nossas inúmeras imperfeições.

      O resto, são detalhes. São formas diferentes de se enxergar a Deus. No fim, dá tudo no mesmo lugar. Cristãos (católicos, protestantes, espíritas), Budistas, Taoístas, Islâmicos, Ateus, Agnósticos, possuem cada qual visões diferentes sobre religiosidade, cada qual com seus ídolos e dogmas. Todos irmãos – e o amor deve prevalecer entre eles.

      É o que eu penso.

      Abraço!

  8. O amor prevalece tanto a ponto de você me julgar prepotente sem nem saber o que sinto e o que penso. Realmente essa aitude sua é louvável. Rsrs.
    Você se equivocou com o que eu propus de debate e sim, partiu para o embate. Eu fui claro que não discutiria religião e você me diz que eu refutei o espiritismo. Não percebe que eu apenas disse que o espiritismo usar trechos bíblicos são incoerentes? É muito fácil eu analisar um texto e metaforizá-lo descambando para o lado que eu desejo, sendo parcial. Você mesmo responde-se tratando água quanto batismo, mas não foi capaz de explicar o batismo pelo Espírito Santo. Escreva o que quiser, mas seja coerente, só isso. Adore a quem você quiser e isso é um problema único e exclusivo seu.
    Sabe usar trechos Bíblicos como o de Paulo que aconselha as mulheres a ficarem caladas, mas nem o contexto histórico você cita, pra ficar claro para quem queira ler. Além da situação história ser outra, haja vista da mudança que o homem quanto animal provocou na Terra, é facilmente encontrado em qualquer literatura que trate a respeito, que o recado de Paulo foi especificamente para a igreja de Corinto. Vamos às questões:

    As mulheres contemporâneas de Paulo tinham liberdade até certo ponto para falar e ensinar nas reuniões. Havia algum problema ali com algumas mulheres e não com todas, pois na mesma igreja tinham mulheres que oravam e profetizavam (1ª Corintios 11.5).

    Vejamos alguns pontos interessantes:

    1ª – Paulo poderia falar de algum problema particular, como as mulheres que causavam desordem durante o culto de adoração, as mesmas que não queriam usar o véu. Sendo elas focos de problemas, assim mesmo ainda achavam que eram aptas a ensinar/pregar a Palavra de Deus.

    2ª – Poderia referir-se a certo nível de autoridade judicial ou governamental. Talvez sobre a influência da atmosfera de carnalidade em Corinto, as mulheres possivelmente assumiriam posições de autoridade governamental, causando dificuldades aos cristãos daquela congregação.

    3ª – Poderia tratar de mulheres que insistiam em avaliar as profecias e as línguas estranhas (1ª Corintios 14.27,29). Por já ter dois ou três homens interpretando, elas não precisariam dizer nada, então houve o pedido que ficassem caladas, em nome da ordem e da descência.

    4ª – Em 1ª Corintios 11.5 Paulo recomenda o silêncio das mulheres, referindo-se à reverência a Deus e respeito aos maridos delas.

    Caladas / em silêncio, em 1ª Timóteo 2.12, não proíbe toda a participação oral das mulheres no culto.

    Sobre homossexualidade eu me nego a discutir, pois é muito fácil você me taxar de preconceituoso caso eu diga que se Deus quisesse o terceiro sexo Ele criaria, e na mesma Bíblia que você afirma ser apta de várias interpretações, vai que você distorce os ocorridos em Sodoma e Gomorra…

    Abraços!

  9. Como explica que claramente na Biblia, que onde sabemos sobre Jesus, esta escrito de que nada do que se fez no mundo feito sem ele; absolutamente nda. E tudo foi feito por ele e sem ele do que há foi feito” ” Nele foram criadas todas as coisas…” O Verbo (Jesus antes de vir à Terra) não foi uma criatura de Deus para ajuda-lo a fazer o mundo. (Que Deus onipotente é este que precisa de ajudantes para criar mundos?) O Verbo é Deus engendrado por Deus de si mesmo, formado eternamente por ele e nele é que Deus cria a matria e o mundo e pelo Espirito Santo a sustenta. Não é apenas doutrina católica não. E doutrina cristã com 2000 anos de existência que resistiu a todas as divergências alguns que terminaram por ser separar dos outros, apegados à suas doutrinas..

  10. obrigada por tão linda elucidação!
    Nos meus estudos no centro que frequento ja conhecia essa “versão” para a história linda de Jesus!
    Que ele sempre nos abençoe!

  11. Cuida de mim, Senhor, Cuida de mim JESUS CRISTO, o mundo me abandonou, não encontro caminho entre os homens, pois eles estão cheio de ganancia, cheios de raiva, cheio de odios, se destroem, ao invés de repartir o PÃo, constroem armas de destruição, o pobre o nanlfabeto o negro o idoso as crianças os deficientes não podem usufruir dese mundo – OS HOMENS os impedem, os homens são individualistas. Cuida de mim SENHOR

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