O jornal Brasil Economico deu uma importantíssima contribuição ao futebol brasileiro ao fazer um caderno especial com dados econômicos e estatísticas dos clubes brasileiros. São dados interessantes e que de certa forma estão refletidos no gramado ou no dia a dia acompanhado pelos jornalista.

Exemplo prático: o Atlético Paranaense foi eleito como o clube mais sáudavel em termos financeiros. Apresentou um lucro de R$ 6,2 milhões, seguido pelo vice-lider Corinthians, com R$ 3,7 milhões. Detahe: o resultado do alvinegro foi obtido graças a investimentos pesados por intermédio de ações de marketing e turbinado pelos produtos vendidos no ano do centenário. Faz diferença. Por outro lado, o campeão Brasileiro, o Fluminense, exibe um prejuízo de R$ 41,9 milhões em 2010. Ou seja, o titulo foi celebrado com justa razão, mas se medidas fortes não forem adotados, o destino em médio e longo prazo reserva cenários sombrios.

O Santos, por sua vez, aproveitou a onda gerada por Neymar e Paulo Henrique Ganso e alcançou um incremento de receita de R$ 46,1 milhões, reflexo claro do revezamento de poder com a chegada de Luiz Alvaro de Oliveira Ribeiro. O duro, no entanto, é constatar o tamanho da divida total dos clubes brasileiro, que alcançou a impressionante cifra de R$ 3, 61 bilhões em 2010. Detalhe: 55% do total é para o governo Federal. O campeão no quesito é o Atlético Mineiro, com um papagaio de R$ 527 milhões.

Após observar estes números chega-se a conclusão que a maioria dos clubes brasileiros vive um mundo irreal em termos financeiros, com total irresponsabilidade e com algumas ilhas de excelência. Uma hora a bolha explode. Veremos quem pagará a conta.