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CBF-Globo x Clube dos 13: a solução é Lula!

01 mar

Durante oito anos, Lula nunca escondeu sua paixão pelo futebol. Seria a hora ideal para utilizar esse fanatismo para salvar a modalidade de um desastre de proporções catastróificas

Não há como esconder: é séria a crise no Clube dos 13. Os gigantes decidiram seguir as ordens da Rede Globo e querem negociar separadamente. A justificativa é que os patrocinadores só aceitam expor as suas marcas na líder de audiência. Por outro lado, os clubes médios e pequenos estão marginalizados e jogados a própria sorte. Estão sem a mínima capacidade de arregimentar poder de negociação. Existe outro agravante: apesar das boas intenções, percebe-se claramente que Fábio Koff, atual presidente do Clube dos 13, está sem força politica para impor sua vontade. Teve o azar de se defrontar com dois presidentes com criatividade para dizer ou palavras de efeitos, distribuir coices à imprensa ou fazer pose em instantes indevidos: Andrez Sanchez e Patricia Amorim.

Por conta dessa conjuntura, uma solução insólita poderia ser adotada: por que não convocar o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva para mediar o conflito? As vantagens são várias. Em primeiro lugar, Lula gosta de futebol, entende do assunto e sempre foi atuante nos oito anos em que esteve no poder. De certa forma, reabilitou Ricardo Teixeira para a opinião depois das acusações das CPI´s e deu aval vital para a realização da Copa do Mundo e da Olimpíada para os anos de 2014 e 2016, respectivamente. Ou seja, Teixeira não poderia nem agir nos bastidores contra Lula, porque sabe de sua força popular e ligação com o futebol.

Lula poderia comandar os debates entre os clubes rebeldes e o Clube dos 13. Além disso, ao agir como agente externo, poderia convocar profissionais e técnicos que pudessem fornecer subsídios para verificar os argumentos encaminhados pelas duas partes. Se um agente neutro respondesse que a Globo tem razão em suas preocupações, tudo bem: a licitação poderia até ser cancelada e o modelo de preferência prevalecer. Caso contrário, o processo do Cade seria levado adiante. Outro detalhe: o autor da implosão, Andrez Sanchez, é ligado ao PT e dificilmente entraria em choque com um ex-presidente popular e declaradamente corintiano. Mais: Juvenal Juvêncio também teria respeito pela liderança de Lula na negociação, especialmente porque o ex-mandatário do Planalto colocou-se claramente contra a exclusão do Morumbi da Copa do Mundo.

Além disso, Lula seria o agente ideal para estudar em minúcias a resolução do Cade, órgão ligado ao Ministério da Justiça e responsável por zelar que o capitalismo no Brasil não seja apenas peça de retórica. Tal decisão foi tomada em seu governo. Nada melhor do que o criador cuidar da manutenção da obra. E mais: Lula foi forjado no mundo sindical, acostumado a negociações complexas difíceis e que envolvem muitas nuances econômicas.

A conjuntura é complexa. A Globo quer impedir o avanço da Record na televisão aberta, das empresas de telecomunicações no pacote das televisões fechadas e dos portais tanto na internet como na telefonia celular. Quer continuar a faturar sem repartir o bolo. Por outro lado, uma disputa igualitária pelos direitos de televisão proporcionará uma chance concreta para o pontapé inicial da democratização dos meios de comunicação. Nada melhor que o presidente mais popular da história agarre o processo e conduza a um final feliz.

 

 
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Publicado por em 1 de março de 2011 em Uncategorized

 

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