CAPÍTULO 9
O
paralítico de Cafarnaum (1-8). Tem-se dito com razão: “Se a vossa religião não
é suficiente para vos impedir de pecar, por que pensar que é suficiente para
salvar a vossa alma de perecer?” é essa a lição que podemos aprender do incidente
do homem paralítico. Aquele que perdoa os pecados é o mesmo que nos manda andar
em novidade de vida (v.6). Se não ando direito, por que pensar que meus pecados
estão perdoados? A reconciliação pelo sangue vem sempre acompanhada da
regeneração (pelo poder divino). Em palavras simples: O pecador perdoado sempre
anda em novidade de vida (Goodman).
A cura do
paralítico ensina duas lições: Que a fé dos amigos pode cooperar na salvação de
alguém, trazendo-o a Jesus, e que o perdão dos pecados tem íntima relação com a
cura do corpo (Tg 5.15).
Os
construtores de casa podem estranhar o fato de se ter feito, rapidamente um
buraco no telhado suficiente para baixar uma cama com um doente. O caso não é
explicado, porque não tem interesse espiritual. Não é impossível que um dos
quatro amigos tenha sido pedreiro, e, sabendo que o telhado estava em obras de
renovação nesse dia, tenha podido fazer um grande buraco com rapidez. (Consulte-se
também a explicação de Marcos 2.1-12).
Na escola
dominical estudamos o incidente assim:
1) Os
amigos do paralítico. Notemos que: a) muitas vezes alguém (ou alguns) se
empenha em levar-nos a Jesus; b) os
amigos eram persistentes, e venceram as dificuldades (Mc 2.4).
2) O
passado do paralítico: a) Sua doença era resultado dos seus pecados. b) Ele
necessitava de perdão quanto ao seu passado antes de obter saúde para o seu
presente. C) Jesus (e somente Ele) podia e pode perdoar.
3) A cura
do paralítico : a) Seu contato com Jesus deu-lhe uma nova saúde. b)O mandado de
Jesus deu-lhe uma nova direção de vida : e, vez de ficar deitado, inútil, ele
se levanta e anda. c) A mudança na sua vida impressionou os vizinhos.
A vocação
de Mateus( 9-13) ensina: que Jesus chama a quem conhece (Rm 8.29,30); que a
chamada de Jesus pode resultar em mudança de emprego; que uma pessoa chamada
por Jesus pode querer “fazer-lhe um grande banquete” Lc 5.29); que Mateus era
um dos doentes que necessitava de médico.
“Misericórdia
quero e não sacrifício” (13). O Senhor cita duas vezes Oséias 6.6; aqui com
refer}encia a Ele comer com publicanos e pecadores (v.13) e em Mateu 12.7,
quando os fariseu se queixaram que os discípulos violavam o sábado ao comerem
espigas.
O que Deus,
em Oséias , pede de seu povo não é
sacrifício e oferta queimada, mas misericórdia e o conhecimento de Deus. É a
mesma verdade que Samuel ensinou ao rei Saul : “Obedecer é melhor do que
sacrifício, e o atender do que as gordura das ovelhas”.
Porém
Jesus, nos dois trechos, dá às palavras uma conotação diferente; ambas as vezes
empregada com o seguinte sentido: “ Eu o Senhor, desejo mostrar-vos
misericórdia, e não exigir sacrifícios” (Goodman).
Sobre o
jejum (14-17). Este trecho dá-nos a
idéia de que jejuar é semelhante a “estar de luto” por um
Salvador, um esposo, tirado neste mundo por uma morte violenta.
O novo
ensino do Evangelho não veio para remendar o velho Judaísmo (v.16)
A filha de
Jairo e a mulher do fluxo de sangue (18-26). Este caso pe relatado mais
detalhadamente por Marcos e Lucas. Eles contam que o nome do pai da criança era
Jairo, que a menina tinha 12 anos e que Jesus mandou que lhe dessem de comer.
A cura
desta mulher vem no meio da história da filha de Jairo. Marcos e Lucas também
relataram sua cura.
Estas curas
seguem o trecho sobre o jejum. Delas aprendemos
coisas preciosas : Que Jesus atende a chamada da fé; que Ele corresponde
à confiança do necessitado (v.21); que a simpatia acompanha o seu poder (22)
que Jesus, às vezes, exige fé por parte de quem Ele vai curar (28) e outras
vezes não (8.28-32).
Dois cegos
e um mudo curados (27-34). Notemos a expressão “ Seja-vos feito segundo a vossa
fé” (v.29) Toda bênção é segundo a medida da fé (Rm 12.6). Se trouxermos um
copo pequeno ao oceano da graça, será cheio. Se trouxermos um maior, não haverá
falta. Deus não é limitado. Nós o limitamos, trazendo a nossa pequena vasilha.
Porventura cremos que Ele pode? (28). Cremos que pode mais que pedimos ou
pensamos? (Goodman)
A seara e
os ceifeiros (35-38). Notemos que a seara: a) só vem depois da sementeira; o
evangelista lida com gente cujos corações o Espírito Santo já tem operado. (
Como...? Jó 33.14-22); b) é uma obragrande, que necessita de grandes recursos
espirituais e materiais, de grande entusiasmo, abnegação, paciência; c) é um
serviço que deve ocupar as nossas orações (v.38).
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