Olá a todos
Acho que para começar este tópico, tenho de ir ao princípio de tudo ( e quando digo princípio é mesmo princípio!).
Quando comecei a construir com legos (com 2/3 anos), os navios sempre foram um tema que muito me cativou, só a construção de aviões adquiriu (e adquire) mais importância que a dos navios, na minha vida. Para este fascínio por construir navios em legos, acho que muito contribuiram três factores:
- o set duplo
2643;
- o facto de eu viver numa cidade com uma fortissima tradição piscatória
e mais importante que tudo;
- passar parte da infância metido o tempo todo num museu bastante dedicado ao tema marítimo.
Apesar disso, até hoje nunca andei de barco no mar, só em barcos de remos (
e em rios!) e a experiência não me agrada (nada)
...
Adiante, é curioso referir, que desde que o meu pai me ensinou os princípios básicos de construção com legos, desenvolvi uma fórmula de construção de cascos dos navios segundo um princípio, assente em bricks e plates
aos montes!!! Vantagens desse tipo de construção? Muitas, grande facilidade de incluir detalhes no casco, capacidade para expandir o próprio navio até grandes proporções (a formula de construção do Gualdim Pais permanece inalterada segundo este princípio, beneficiando da minha experiência de 18 anos no assunto).
Mas a principal vantagem é de longe, a resistência. Houve navios construídos por mim segundo esta fórmula que podiam cair ao chão sem sofrer grandes estragos (que não pudessem ser reparados pouco depois), permitindo assim ao navio aguentar o seu próprio peso.
O Gualdim Pais, senão tivessem sido dividido em partes para facilitar o transporte e fosse antes um bloco sólido, seria capaz de aguentar-se sem se partir, se eu estivesse a segura-lo com uma mão no meio. Até onde podemos expandir? Não faço ideia, mas acredito que pode ir até 6 metros. Mas isto é só uma sugestão, provavelmente não é tanto.
Desvantagens?Peso!!! Este tipo de construção requer peças no casco e no interior deste para reforçar, que não é brincadeira nenhuma. Além disso, o orçamento tem de ser bastante bem pensado para uma construção daquele tamanho. Á vontade o navio valia mais de 1500 euros em peças...
Durante anos, construí diferentes tipos de navios de guerra. Devido á crónica falta de plates que tive em criança, via-me forçado a usar baseplates para a base dos navios maiores (porta-aviões por exemplo), mesmo sabendo que não só esta solução ficava pouco estética, como além disso era extremamente frágil. Mas isso mudou quando conheci duas pessoas que me apresentaram o mundo lego fora do meu sotão (lógico, a Tânia e o Luís). Pouco depois, já andava a fazer compras no bricklink e pude assim começar a dedicar-me a construir os navios e aviões com que durante tantos anos sonhei.
Para mim, ter uma frota de navios (não muito grandes, pois seriam difíceis de arrumar) era um dos meus objectivos, para poder realizar batalhas navais simuladas entre legos e os seus adversários.
Ora...Ontem fui até Viana buscar as duas últimas metades do meu couraçado Gualdim Pais que estavam muito bem guardadas em casa da Tânia, encerrando assim de forma extremamente positiva, o capítulo Tomar 2009. Peço desculpa a todos pelo incómodo que causou o meu navio na viagem de ida, regresso e espaço que ocupou este tempo todo na casa da Tânia.
O Gualdim Pais, representou algo que eu simplesmente não achava capaz de alcançar, e contudo, fiquei muito feliz por ver toda a gente a contempla-lo em Tomar, o ar de admiração das crianças, o assombro da cara dos professores, fez-me sentir bem comigo mesmo que nem vos digo, nem vos conto....
(Foto do Couraçado Gualdim Pais, tirada pelo Biczz)
Entretanto, estava eu em casa, desconfortavelmente a desmontar as últimas partes do navio e lembrei-me então, de fazer uma pausa. Um dos meus passatempos para dar-me ideias consiste em pegar numa caixa qualquer e tirar ao calha, 10 peças e tentar fazer alguma coisa com elas.
Após alguns minutos, o que saiu foi isto:
Fiquei a olhar para aquele monte de peças juntas e pensei para mim mesmo, "isto parece um barco patrulha oceânico" (lá está a minha fértil imaginação).
E então, eram... acho que por volta das 21.30 da noite, e comecei a trabalhar na marinha de guerra que, ao longo de vários anos, imaginara na minha mente. Só parei ás 07.30 (ainda bem que estou de férias), com a conclusão do 9º navio.
Criei estes navios como uma ideia, serem simples, pequenos, sem muitos detalhes, de modo a possibilitar construir diversos para poder recriar diversas batalhas navais, esse é o fundamento deste projecto.Assim, e já que há algum tempo que não venho apresentar um moc novo, em vez de apresentar um moc só, venho apresentar
9 navios de guerra, de tamanho variável e 3 navios auxiliares.
Comecemos portanto, pelo navio mais pequeno:
Patrulha oceânico Classe P-1ATipo: Patrulha oceânico
Armamento:
1 canhão CIWS simples, de 90mm;
2 torres quadruplas simples de 50mm AA;
2 sistemas simples de lançamento de mísseis RAM III, com um total de 60 recargas;
Capacidade para transportar e colocar até 50 minas anti-navio;
Tripulação: 20
Simples, rápido, os patrulhas da Classe P-1A são utilizados para funções auxiliares na esquadra, recolher sobreviventes no final das batalhas, reconhecimento, investigação, ataque anti-submarino, transporte entre navios/terra. São também usados em missões limitadas de largada de minas e/ou na sua destruição.
Corveta de ataque Classe N-1ATipo: Corveta de ataque
Armamento:
2 canhões de tiro rápido, modelo CEM-533;
2 lançadores duplos de mísseis D.D.N. (uma recarga), ou 2 lançadores quadrúplos de mísseis D.D.B.;
2 sistemas Waltson CIWS (combinação de canhões de 90mm e mísseis RAMs III);
1 lançador vertical para mísseis diversos para um total de 1000 mísseis do tipo RAM III (com possibilidade de lançar também mísseis IKARA Mk-1 e D.D.B.);
2 posições simples para tubos lança-torpedos de 800mm (8 torpedos no total);
Capacidade para transportar e colocar até 50 minas anti-navio;
Aeronaves: 2 helicópteros ou uma aeronave de ataque Harpy;
Tripulação: 80
Construí dois navios idênticos deste modelo.A classe N-1A, é o elemento de combate operacional mais pequeno da esquadra que dispõem de helicóptero embarcado. Essencialmente, é usado em funções de ataque simples, escolta de comboios, perseguição, tendo uma importante missão anti-submarina. É um navio extremamente polivalente.
(Esta classe é baseada nas fragatas da classe Vasco da Gama portuguesas, mas bastante modificadas.)
Cruzador Anti-submarino Classe UTipo: Cruzador Anti-submarino
Armamento:
1 torre modelo M-3045 com 2 canhões de tiro rápido modelo CEM-533;
4 lançadores quadrúplos para mísseis IKARA Mk-2 (duas recargas por míssil), com possibilidade de trocar os IKARA Mk-2 por mísseis D.D.N. (duas recargas);
2 lançadores verticais para mísseis diversos para um total de 10000 mísseis do tipo RAM III (com possibilidade de lançar também mísseis IKARA Mk-1 e D.D.B.)
1 lançador vertical rotativo para 8 mísseis com ogiva de fusão de hidrogénio Slaad 1 AA;
3 sistemas Waltson CIWS (combinação de canhões de 90mm e mísseis RAMs III);
2 posições simples de canhões de 90mm;
2 posições triplas de tubos lança-torpedos de 1000mm (40 torpedos no total);
Pode transportar e colocar até 300 minas anti-navio;
Aeronaves: 1 helicóptero
Tripulação: 200
A classe U é (além da classe M-A), a principal unidade de superfície anti-submarina, dispondo para isso, de um avançado sonar de casco, capaz de localizar até 32 submarinos de grandes dimensões e 150 de pequenas dimensões, permitindo atacar 16 em simultâneo. Para isso, dispõe do míssil de cruzeiro IKARA Mk-2, uma evolução do IKARA MK-1, que transporta até cerca de 2000km, um torpedo anti-submarino de 800mm.
Este navio também pode trocar parte dos seus mísseis anti-submarino por mísseis anti-navio, do tipo D.D.N. tornando-o numa temível unidade anti-navio. Este navio, contudo, tem algumas limitações, nomeadamente o facto de transportar apenas um helicóptero anti-submarino, devido ao pouco espaço disponível no hangar (ladeado pelos lançadores de popa de IKARA Mk-2 e de dispôr demasiadas capacidades num casco tão pequeno, o que o torna bastante caro (por unidade).
Esta classe de navios é fortemente baseada nos cruzadores da Classe Russa Udaloy I, embora com influências minhas e de outros desenhos que vi por ai.
Cruzador-porta-helicópteros Anti-submarino Classe M-ATipo: Cruzador-porta-helicópteros Anti-submarino;
Armamento:
2 lançadores duplos para mísseis D.D.N. (duas recargas totais);
1 lançador duplo para mísseis SAL-1 ou IKARA Mk-2 (40 SAL-1 e 40 IKARA Mk-2);
2 lançadores verticais rotativos para 16 mísseis com ogiva de fusão de hidrogénio Slaad 1 AA;
4 sistemas Waltson CIWS (combinação de canhões de 90mm e mísseis RAMs III);
2 posições duplas de canhões de 90mm;
1 lançador vertical para mísseis diversos para um total de 5000 mísseis do tipo RAM III (com possibilidade de lançar também mísseis IKARA Mk-1 e D.D.B.);
2 posições triplas de tubos lança-torpedos de 800mm (50 torpedos no total);
2 sistema anti-torpedos Kilska;
Possibilidade de transportar e colocar 500 minas;
Aeronaves: 20 helicópteros ou 12 aeronaves de ataque Harpy;
Tripulação: 600
Os Cruzadores da Classe M-A são as unidades de combate de superfície mais voltadas para a procura, perseguição e destruição de submarinos inimigos. Estes navios, são concebidos para guiarem grupos inteiros de "caçadores-destruidores" de submarinos, dispondo para o efeito, de armamento avançado não só para a destruição de submarinos (IKARA Mk-2 e Mk-1), mas também providenciando defesa anti-aérea de ultra-longo alcance (SAL-1) e anti-navio (D.D.N.).
Dispõem para o efeito de um convés de voo que permite a operação de até 7 helicópteros em simultâneo, transportando até um máximo de 20. O hangar do navio foi pensado de propósito para receber a aeronave de ataque Harpy, dando-lhe assim, a capacidade de apoiar de forma directa os desembarques navais. Pode operar como navio hospital em caso de necessidade.
Este navio é baseado nos porta-helicópteros da classe russa Moskva.
Logo que possa, continuo com a exposição deste trabalho. Convém referir, que este projecto (espero eu), terá continuação, por isso, vou apresentando neste tópico os diversos navios que for construindo e os que já construí antes (e ainda não apresentei). Ainda faltam muitos navios para mostrar, incluindo um deles que vai ser uma autêntica surpresa para alguns.
Eínon