sábado, 6 de fevereiro de 2010

COMO TUDO COMEÇOU...

A Sra. Iolanda (que é um anjo encarnado na terra), começou a trabalhar em um Pet Shop em São Caetano do Sul  - SP, como tosadora em 2005. Um belo dia apareceu a Meg na porta de sua casa, uma cachorrinha de 3 meses, que ela adotou e foi cuidando, até conseguiu doar, mas devolveram falando que ela chorava demais. Então, ela acabou ficando com a cachorra. Após algum tempo, apareceu a 2ª cachorra a Lolla, que estava prenhe. Ela viu a cachorra na rua e ficou extremamente comovida com a situação, ela foi chamando a cachorra, que a seguiu até sua casa. A Lolla teve 7 filhotes, 1 morreu, os outros 6 foram doados.
Como trabalhava no Pet Shop, várias histórias foram vindo até ela. Aí pegou uma cachorra que a irmã da dona falava que ela batia, foi até lá pedindo para que a Iolanda ficasse. Aí, isso tudo foi crescendo, as hitórias horríveis que ela ficava sabendo, os cachorros que iam aparecendo e por amar demais os animais a Iolanda acabava adotando esses cães.
Ela ficou nesse Pet Shop durante 2 anos e meio, depois faliu, outra pessoa comprou, mas também não foi adiante, desta forma a Iolanda não estava recebendo salário, estava difícil cuidar dos 15 cachorros que já tinha e não estava conseguindo pagar aluguel. Em vista disso, ela entrou com um processo na Justiça do Trabalho e a advogada que pegou o caso, começou a ajudá-la. A Iolanda acabou sendo despejada e essa advogada alugou uma outra casa no bairro Barcelona em SCS. Aí começaram a largar cachorros lá, amarrar na árvore, fora os que a seguiam e ela sem conseguir negar ajuda, adotava  e aí a prole foi aumentando, chegando a 30 cachorros.
No final do contrato de aluguel por volta de 2007 a advogada também não podia mais ajudar a Iolanda, financeiramente, então ela teve que sair e não tinha pra onde ir, ainda mais com 30 cachorros. Tinha um pessoal de SCS que estava ajudando com ração e remédios, então, eles arrumaram um lugar provisório, um terreno na Av. Industrial em Santo André - SP, onde era uma antiga fábrica, mas lá só tinham drogados e traficantes.  Mas em prol da vida desses animais ela topou ir pra lá. Ajudaram a construir um barraco para ela e um canil improvisado, de madeira, para os cachorros. Ela ficou lá por um bom tempo, mas nunca se envolveu com essa gente, apesar de respeitá-los e tudo mais. A prefeitura, querendo por fim no tráfico e  nos assaltos constantes tomou uma ação para retirar aquelas pessoas de lá e a Iolanda acabou tendo que sair também. Já havia 10 cachorros neste terreno, que ficavam por lá, ou seja, a prole aumentou para 40. Os cachorros foram transferidos para a zoonose e a Iolanda também. Após 1 semana, um senhor que já tinha 20 cachorros que ficavam numa fábrica abandonada em Santo André - SP, ficou com dó, com medo que acontecesse alguma coisa grave, como matarem os cachorros, por exemplo, chamou a Iolanda para ir para lá com os 40 cachorros. A própria zoonose providenciou o transporte deles. O senhor Ribeiro, que a ajudou não é o dono do terreno, ele mantia esses 20 cães há mais de 10 anos por lá. Isso foi em dezembro/2008.

Um segurança que trabalhava lá viagiando o terreno e as ruínas da fábrica, foi mandado embora, pois teve uns problemas e ele achou que a Iolanda e o Sr. Ribeiro denunciaram ele. Aí ele contou para a empresa sobre os cachorros, pois até então o dono da fábrica abandonada não sabia que havia mais 40 cachorros por lá e  em decorrência disso, entrou um processo na justiça para despejar a Iolanda de lá, com os cachorros todos.
A partir desse dia começou um inferno ainda maior. A empresa chegou para o segurança com a seguinte proposta: matar todos os cachorros com chumbinho ou soltá-los e se a Iolanda reclamasse era para bater nela. Esse segurança Sr. Trindade indignado, pois também ama os animais, hoje casado com a Iolanda, falou para o seu supervisor dar o veneno para a mãe e por isso foi demitido.
A segurança do local tentou várias vezes prejudicar a Iolanda, querendo soltar os cachorros, roubaram sua bicicleta e ainda mataram o cachorro que ficava nesse quarto envenenado, um dia ela saiu para ir visitar a filha, voltou no dia seguinte e não deixaram ela entrar, teve que ir na polícia fazer B.O., os cachorros ficaram 1 dia sem comer, teve que entrar de viatura por lá.
Várias outras cenas horríveis aconteceram, mas não vamos falar disso agora. No terreno, cresce uma planta venenosa e os cachorros, que tem mania de comer grama, acabam comendo junto e vários já sofreram por envenenamento e outros morreram. A sorte é que a Iolanda tem uma medicação própria para isso, mas nem todos apresentam sintomas. O solo está condenado e contaminado pelos fertilizantes que a empresa fabricava, alguns cães estão com problemas de pele, quando chove vem muito lixo, insetos, ratos e também o local é  muito perigoso. Ela tenta manter o mais limpo possível, mas 67 cachorros são muita coisa para ela e o marido.
Algumas pessoas sempre ajudam, mas não com muito, de forma que a situação por lá é sempre muito crítica, a Iolanda fica como louca correndo atrás de pessoas para ajudar em tudo.
 
A empresa dona do terreno foi lá no dia 01/02/2010 e deu um prazo até 15/02/2010 para a Iolanda e os cachorros saírem de lá. Caso contrário abrirão os portões e começarão a demolição.
A Iolanda ganhou um terreno no Riacho Grande, mas está com problema, pois o doador não havia passado para o nome dele antes, e agora terá que fazer isso e vai demorar um pouco, sabem como é a burocracia.
Em contrapartida, a Iolanda conseguiu um terreno emprestado no Riacho Grande para montar um abrigo provisório e ir para lá com os cães, antes que algum de muito ruim aconteça. A pessoa que emprestou o terreno ficou comovida e deixou ela ir para lá.

O problema agora mais urgente é conseguir materiais de construção, mesmo que usados, para montar o abrigo por lá. Já há 1 cômodo que a Iolanda pode ficar, mas os cachorros, não tem nada.
Precisamos de ajuda urgente, pois eles com certeza podem invadir aquele terreno e soltar todos os cachorros. É muito cruel essa atitude por parte da empresa, mas legalmente estão dentro dos direitos e leis. Se quiserem podem fazer isso. 

Essa semana a Iolanda foi até lá, falou com um pedreiro e cotou os materiais, deu um total de R$3.458,00.
É uma quantia alta, mas quem sabe conseguimos doações dos próprios materiais?? Mesmo que sejam usados.

141 m de alambrado
40 m de cano galvanizado 3:4 (polegadas)
12 m de cano galvanizado + grosso
15 vigas de madeira de 3m cada
20 telhas 5mm 2,44 x 1,10
6 sacos de cimento
1 m de areia
4 sacos cal Itabranco
300 blocos baianos c/ metade
3 rolos de arame galvanizado
24 madeirite 9 mm
1 kg de prego 18x27
14 portas

TOTAL: R$3.458,00


PRECISAMOS DE SUA AJUDA, REPASSE PARA OS AMIGOS, DONOS DE CASA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO, MESTRE DE OBRAS, EMPRESÁRIOS, PRECISAMOS DE DOAÇÕES OU EM DINHEIRO OU EM MATERIAIS.

Contato pelo e-mail: evelyn.neias@gmail.com

Ainda não temos uma ONG criada, é um caso recente que apareceu, muitas pessoas ajudaram a conseguir R$120,00 para reabastecimento da água em janeiro/2010, ração, remédios, mas agora o problema é mais sério e mais perigoso.


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