30 de jul. de 2011

  • 30/07/2011 - 07h00

    Sheik importa "filha macaca" do Rio para relaxar em casa do ambiente paulistano

    Carlos Padeiro Sheik tem uma macaca e a trouxe para São Paulo, depois que encontrou uma casa para morar Sheik tem uma macaca e a trouxe para São Paulo, depois que encontrou uma casa para morar
“Todo mundo tem cachorro, gato, papagaio, e eu falei: ‘ah, vou ter um macaco’. É o maior barato!”. Essa é mais uma das histórias inusitadas de Emerson Sheik. Há sete meses o centroavante de 32 anos tem um macaco-prego como animal de estimação, notícia que até causou polêmica em março, quando o jogador esclareceu que o animal está legalizado junto ao Ibama.
Na cidade de São Paulo há dois meses, desde que foi contratado pelo Corinthians, Sheik enfim encontrou uma casa para morar e pôde trazer a macaca Cuta do Rio de Janeiro. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, o atacante revelou que o animal lhe faz companhia para fugir do estresse da rotina paulistana.
“Fiquei um mês ‘preso’ num hotel, mas agora consegui uma casa. Moro sozinho, às vezes as crianças vêm do Rio, e por isso a necessidade de uma casa. Tenho medo de apartamento. Ela [a macaca Cuta] chegou faz cinco dias e está como eu, se adaptando ainda. É novinha, tem sete meses só, e precisa de cuidados, mas agora está com pai dela por perto, o que é o mais importante”, contou, na última quinta-feira.

EMERSON FALA SOBRE A MACACA

Segundo Sheik, a macaca o segue por todos os cantos da casa. “Tem uma jaula bem grande, com todo espaço, mas ela só fica presa para dormir. Conhece perfeitamente as pessoas, sabe muito bem quem é o superior dela, quem é o pai, porque o macaco-prego tem essa facilidade. Mas é lógico que é diferente o amor que sinto pelos meus filhos do carinho pela macaca. Falo 'pai' só para entender.”
Na entrevista, o jogador carioca tratou de outros assuntos, como sua vida social, passagens pelo futebol árabe e a polêmica que o afastou do Fluminense. Confira:
UOL Esporte – Como está a sua adaptação à cidade de São Paulo?
Emerson Sheik –
Agora já estou muito bem instalado. O trânsito me deixa louco, mas é só sair um pouco antes que dá para cumprir todos os compromissos. Moro em Alphaville, e para ir aos treinos é tranquilo porque é contrafluxo. O problema é mais quando saio para jantar com os amigos.

VIDA SOCIAL DIFERENTE DOS JOGADORES

Como surgiu a idéia de você ter um macaco?
Emerson Sheik -
Fui à casa de um amigo, numa comunidade muito pobrezinha no Rio de Janeiro, para entregar cesta básica no Natal Sem Fome. Sem querer parei na casa de um conhecido, uma pessoa simples que tinha um macaco e nem era legalizado, porque apareceu na casa dele. É um macaco-prego, da mesma espécie que a minha, e ele tratava o animal como se fosse um filho. Todo mundo tem cachorro, gato, papagaio, e eu falei: “ah, vou ter um macaco”. É o maior barato, estou curtindo muito, mas é lógico que temos que respeitar o espaço do animal.
Como é o processo para adquirir esse animal? E quais são os cuidados necessários?
Emerson Sheik -
Tudo tem que ser legalizado. Demorei três meses para que toda documentação fosse feita, além do chip de identificação que ela recebe.Como ela é novinha, precisa de certos cuidados, como educação social, importante para um animal silvestre. Então tem adestrador, veterinário e uma pessoal que fica cuidando dela, para dar comida e deixar o ambiente limpo. São três pessoas. Antes de ter, procurei saber sobre o animal, para um convívio legal. Ela imagina na cabecinha dela que eu sou pai, o superior, identifica o macho líder do local. Quando chego, ela sai da gaiola e vem correndo, anda pela casa e vai atrás de mim, é o maior barato.

POLÊMICA DO BONDE DO MENGÃO NO FLU

Você é um jogador provocador. Acha que falta isso no futebol atualmente, como eram Túlio, Viola, Vampeta, por exemplo?
Emerson Sheik -
Eu sou do tipo alegre, feliz, vamos jogar, mas respeitando os limites. Eu brinco, solto algumas no meu Twitter, só que muita gente não leva para o lado da brincadeira e começam as ofensas, isso não acho bacana. Não sou politicamente correto não, faço das minhas, brinco. Enfim, é só puxar meu histórico que vai ver que o que tiver que falar eu falo. Falo o que penso, não tem problema. Se achar que devo falar, vou falar, pode estar do outro lado ali o cara, mas vou falar. Não gostou, sei lá, morde o cotovelo, pula, grita, mas vou falar.
Na sua opinião, a história da música do Flamengo que você cantou no ônibus do Fluminense ganhou uma proporção maior do que deveria?
Emerson Sheik -
Ali foi falta de experiência das pessoas que conduziram a brincadeira. Não foram corretos e poderiam ter agido de maneira diferente, até porque se for para agir, se for para punir, tem que punir todo mundo, não cantei sozinho. O tempo se encarregou de mostrar quem estava certo e quem estava errado, um não está mais lá, as coisas apareceram.
Quem cantou com você?
Emerson Sheik - Não disse nomes nas minhas entrevistas para manter uma relação com eles até hoje. Converso com todo mundo ainda. São duas ou três pessoas só que agiram de má fé. (...) Não tenho inimigos. Só fiquei triste pela atitude de duas ou três pessoas, que comiam no meu prato, eu comia no prato delas, se diziam meus amigos. Não sei se trair é a palavra certa, mas no meu modo de ver agiram de forma errada.
O que você tem feito nas horas livres em São Paulo?
Emerson Sheik -
Sou um pouco diferente do padrão do jogador de futebol... Não sei se é padrão. Eu curto mais cinema, teatro. Prefiro ir ao teatro do que a um pagode, não que eu não goste de um pagode. Gosto de viajar e sair para jantar com amigos. Como me mudei há pouco tempo, estou organizando a casa, e agora meus filhos vieram passar as férias comigo, estou deixando de sair. Aqui a pegada é forte no clube, e preciso descansar. Mas já tenho algumas dicas de restaurantes, teatro, cinema.