Voo Livre

“1 DIA, 1 TEMA” ARRANCA EM CASCAIS

João Meireles explica o conceito de "Denominação" a uma plateia que contou com alguns elementos novos do Clube dos Papagaios.

Sob a demonimação de “1 Dia, 1Tema“, arrancou no passado domingo, 21 de Fevereiro, a nova proposta de formação do Clube dos Papagaios. Após introdução da mentora Isabel Sampaio, João Meireles apresentou o tema da “dominação que erros, que soluções”. A aula contou ainda, com uma segunda parte prática e ligada ao treino de chamamento ou recall.

A pianista Vera Prokic é uma das mais recentes membros do Clube dos Papagaios. Vemos aqui Vera, com o seu amazonas ao ombro e a confraternizar com outras aves do Clube dos Papagaios.

Ainda houve tempo para as aves praticantes de voo livre poderem exercitar as suas asas com uma demonstração de voo livre na Aldeia do Juso.

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O NOSSO XICO ESPERTO

Xico é um bebé amazonas aestiva que passou, após período de treino, a ser praticante de voo livre.

O Xico voou pela primeira vez no exterior no passado sábado, 16 de Janeiro.

Com apenas 4 meses, o Xico tinha bem aprendidas as lições que o seu caretaker Bruno Santos lhe foi dando em casa, seguindo as indicações de treino do Clube dos Papagaios.

Na manhã de sábado, após alguns minutos de dessensibilização ao exterior, este amazonas aestiva tornou-se num verdadeiro Xico esperto e decidiu deslumbrar todos os presentes, com dois magníficos voos controlados e ambos com um bom recall (chamamento para o dono). Bruno e Xico estão naturalmente, de parabéns!

Com esta estreia do Xico, o Clube dos Papagaios passa a contar já com 12 psitacídeos praticantes de voo livre.

Segue o vídeo do primeiro voo do Xico:

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CÉU COM CHILLI

A Chilli (amazonas ochrocephala ochrocephala/amazonas de coroa amarela) voou pela primeira vez no exterior a 31 de Outubro de 2009, após várias sessões de dessensibilização ao exterior e muito treino de recall, em casa, por parte da (sua “dona”) Carolina.
Passados menos de três meses, o Clube dos Papagaios partilha o primeiro voo de longa distância desta jovem amazonas. Veja aqui como tudo se passou:

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VOA COMIGO!

A Juca é uma arara azul e amarela que se entusiasmou no passado sábado 14 de Novembro, em Cascais, e convidou o dono, João Meireles, para voar com ela.

Juca, apesar de ter ainda as penas guias em fase de crescimento, acompanha sempre a “irmã” Joca (amazonas) nas suas sessões de voo livre, sob o olhar atento do João. E ao contrário do que os donos julgam, as aves com as guias cortadas são capazes de voar, daí que o treino do voo e do chamamento (recall) sejam importantes para todos e cortar as guias não seja um método seguro de impedir voos indesejados.

Neste último sábado, a Juca quis mais que ver voar e fez um voo livre de grande distância. Entusiasmou-se e soube pousar no cimo de uma ávore, do habitual terreno onde o Clube dos Papagaios promove os seus encontros, para voo livre das suas aves. Apesar de achar divertido ter o João com ela numa árvore, o dono, sem asas para voar, ofereceu-lhe uma sessão de escalada. O João, que manteve sempre a calma, agiu lentamente e sem precipitações, foi colocando a Juca, após ela ter vindo ao seu encontro, nos vários ramos à medida que iam descendo. Este comportamento de aceitação da ave é resultado do treino do João. Parabéns aos dois!

O Clube dos Papagaios realizou um pequeno vídeo para registar este momento que também pode ser elucidativo de como se poderá processar uma sessão de resgate.

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9 AVES EM VOO LIVRE SIMULTÂNEO

O Clube dos Papagaios reuniu no passado 31 de Outubro, em Cascais, dez psitacídeos em ambiente outdoor, sendo que nove praticaram voo livre em simultâneo, três deles pela primeira vez.

Chilli (amazonas ochrocephala ochrocephala/amazonas de coroa amarela), Márinho (amazonas auropalliata/amazonas de nuca amarela) e Mickey (poicephalus senegalus/papagaio do senegal) foram os passarinhos corajosos que decidiram desafiar o céu pela primeira vez. Embora já tivessem passado pelas etapas anteriores de dessensibilização ao outdoor, decidiram que esta, seria a primeira vez. O Clube dos Papagaios dá naturalmente, os parabéns aos passarinhos, mas também aos seus donos Carolina, Carlos e Nilza, e Paulo, respectivamente, e deixa os votos de muitos mais voos de sucesso.

Nesta tarde, marcaram habitual presença, os já veteranos, Inca (ara arauna/arara azul e amarela), Bebé (amazonas aestiva aestiva/amazonas de fronte azul) e a Darwin (amazonas ochrocephala ochrocephala/amazonas de coroa amarela); mas também, os aprendizes, Joca (amazonas ochrocephala ochrocephala/amazonas de coroa amarela) e o Ziggy Pop (catatua alba). Ainda sem voar mas, sempre presente nos encontros está a Juca (ara arauna/arara azul e amarela), ainda à espera que as penas guias cresçam para que possa acompanhar as outras aves nesta aventura e também o bebé Tito (psittacus erithacus/papagaio cinzento) que aprende com os companheiros como um dia voar.

Todas estas aves são pertença de membros do Clube dos Papagaios que têm vindo a adquirir competências técnicas para fazer voo livre com as suas aves em workshops e encontros promovidos pelo Clube e sob orientação de Isabel Sampaio, minimizando assim os riscos inerentes e treinando as aves para o efeito.

Para quem esteve presente foi surpreendente ver estas aves voarem livres. Para o leitor, o Clube dos Papagaios preparou uma reportagem fotográfica, com algumas das sequências de voo.

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A Inca que já nos habituou aos seus longos, tranquilos e largos voos.

A Inca que já nos habituou aos seus longos e demorados voos.

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O primeiro voo livre da jovem Chilli

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Com um ano e meio de idade, Márinho estreia-se com sucesso no voo livre.

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Após um primeiro voo menos controlado, Mickey volta para os membros da família.

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Os veteranos Bebé e Darwin, companheiros inseparáveis de voo livre.

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A Joca que chega do voo, em busca do colo e mimo do seu dono.

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Ziggy Pop percorre distâncias cada vez maiores, resultado da continuidade dos treinos.

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MICKEY NÃO É UM RATO!

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Mickey mostrou-se muito à-vontade no exterior, mas sempre com o Paulo por perto

O “nosso” Mickey, não é um rato, é na verdade, um passarinho e bem corajoso!

Após treino indoor, feito anteriormente pelo seu dono, Paulo Campos, e sob orientação técnica de Isabel Sampaio, do Clube dos Papagaios, este jovem papagaio do Senegal fez a  sua primeira dessensibilização outdoor no passado sábado 24 de Outubro.

Embora não tenha ainda voado, o contacto com o exterior, sem um tecto que o proteja e repleto das novidades das sensações do exterior, correu muito bem, calmo como se pretende.

Aguardamos expectantes, pelo próximo encontro, no qual se o Mickey quiser poderá experimentar voar debaixo do céu azul…

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A JOCA QUE QUERIA VOAR!

Uma das sequências de voo livre da Joca
Uma das sequências de voo livre da Joca

Joca, é uma amazonas de fronte amarela, tem 17 meses de idade e iniciou o voo livre há cerca de 6 semanas.

A Joca não aprendeu a voar na altura devida por ter sofrido um corte nas penas das asas. Ao contrário do que era expectável, a Joca desenvolveu as suas capacidades de voo com uma rapidez que nos espantou. Demonstra uma coragem e inteligência invulgares na resolução dos problemas e, graças ao óptimo trabalho de treino do seu dono, a Joca tem uma taxa de sucesso no recall (chamamento) que ronda os 100%.

Os sinceros Parabéns do Clube dos Papagaios, à Joca e ao João!

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ZIGGY ESTREIA-SE NO VOO LIVRE

ziggy final
O jogo one-to-one, o recall e a recompensa positiva são técnicas base do voo livre

No passado 4 de Outubro, a catatua alba Ziggy Pop com actualmente cinco meses, teve a sua primeira experiência ao ar livre. Após um primeiro voo circular, Ziggy descontraiu e passou a manhã, pela primeira vez, deslumbrado a sentir o vento trespassar as penas. Na manhã seguinte, em nova incursão nesta novidade do voo livre, Ziggy divertiu-se muito no jogo one-to-one, chegando mesmo a surpreender os donos com vontade de mais repetições.
A promessa de mais voos será certamente cumprida,  permitindo à catatua desenvolver as suas competência no voo,  proporcionando-lhe assim um desenvolvimento harmonioso e saudável.

Uma vez mais, congratulamos quer o Ziggy quer os donos, nesta iniciativa com acompanhamento técnico do Clube dos Papagaios.

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LUNA VOA LIVRE

Luna é a primeira catatua alba portuguesa a praticar voo livre. O seu primeiro voo aconteceu com sucesso a 25 de Julho de 2009.

Luna a chegar do seu primeiro voo em liberdade
Luna a chegar do seu primeiro voo em liberdade

Após o treino em casa, foi chegada a hora de trazer a bebé Luna para debaixo do céu azul. Na altura com cinco meses, Luna cumpriu à risca o jogo do one-to-one que os seus donos treinaram previamente em casa. Esse treino, a par de uma progressiva habituação ao exterior, permitem à Luna esticar regularmente as suas asas praticando o voo livre, revertendo a seu favor o exercitamento dos músculos, o aumento da capacidade respiratória, e consequentemente,  um bom desenvolvimento físico e psíquico.

O Clube dos Papagaios congratula a Luna e os seus donos por este feito e deixa os votos de bons futuros voos.

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O VOO LIVRE

Sou uma apaixonada. Posso enumerar muitas razões, muitos efeitos positivos, alguns óbvios – saúde da ave, desenvolvimento muscular, capacidade respiratória – outros menos objectivos e mensuráveis – desenvolvimento mental, capacidade de lidar com o stress, pois quem sabe voar tem uma capacidade de evadir os predadores, de fugir do que assusta, o que transmite segurança à ave…

Mas… qual o efeito nos humanos? Há um efeito fantástico nos seres humanos que permitem o voo às suas aves: o mundo adquire uma dimensão em altura que não tinha até aí. A silhueta das aves (nossas!) recortada no azul do céu leva-nos a admirar o voo de todas as aves, incluindo o voo dos pombos da cidade, o voo das gaivotas, os malabarismos dos peneireiros. A sensação do nosso papagaio aterrar na nossa mão, depois de umas voltas no céu, é difícil de partilhar. Aquele ser com asas ESCOLHEU pousar em mim. Que extraordinário!

Mas… o que está por trás desta cena “idílica”?

– uma criteriosa escolha do candidato;

– o treino desde os primeiros meses de vida;

– a escolha criteriosa do local dos primeiros voos;

– um investimento, uma disponibilidade e um know-how que nem todos têm.

O voo livre não é para todos os papagaios e, muito menos, para todos os donos. Mas estou certa que o será para cada vez mais papagaios e donos, e que será sempre uma bandeira do bem estar dos papagaios.

Isabel Sampaio, Outubro de 2009

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Acima do exercício físico e da saúde mental, está a segurança básica da ave e essa só poderá ser potenciada com uma base sólida de conhecimento acerca do comportamento e treino de animais. Só com esse conhecimento, o dono pode estar preparado para enfrentar diferentes situações que poderão ocorrer durante o voo livre, sendo a primeira que vem à cabeça um fly-off (a ave faz um voo fora do comum, desaparecendo do campo de visão do dono por um período alargado de tempo) e/ou um overnight (passar uma noite fora em local indeterminado). O dono tem que estar preparado para entender o que pode eventualmente provocar tais situações para as poder evitar, e saber de que forma pode influenciar o ambiente para obter da ave o comportamento desejado. É portanto necessária  dedicação e compreensão do tema,  além de uma boa rotina de treino com a ave, para que esta possa construir a sua aprendizagem de forma sólida. Por exemplo, se nós praticamos desporto uma vez por mês, a nossa evolução será muito diferente de alguém que o faz de forma diária e disciplinada. O mesmo se passa com os nossos papagaios…

Décio Lopes, Outubro de 2009

41 responses to “Voo Livre

  1. Nicole Amaro

    Sou uma apaixonada por psitacídeos e fiquei agradávelmente surpreendida pela existência de um grupo como o vosso no nosso país. Sou proprietária de um conure celestial que pratica voo livre no exterior há alguns anos mas não teve nenhum treino especial. É uma ave dominante, muito senhora do seu nariz e portanto não posso dizer que responda muito bem ao recall. Também já tentei habituar vários fishers e rosicoleurs mas apenas tive sucesso com um pequeno amigo. Todos os outros acabavam ao fim de algum tempo por se afastar demasiado e acabaram por desaparecer. Talvez não sejam a espécie mais apropriada para o voo livre mas sem dúvida que eu tenho muito que aprender. Faço questão de passar a estar atenta aos vossos eventos.

    Parabéns pela iniciativa!

  2. Olá Nicole
    Que bom ter um papagaio que pode esticar as asas…

    As nossas aves são (quase) todas “senhoras do seu nariz”, especialmente das suas asas, “dominantes” como chama ao seu, mas isso não significa que abdiquemos do treino, sempre com reforço positivo.

    Vive perto ou longe de Lisboa?

    Aos sábados à tarde temo-nos encontrado para voarmos os nossos papagaios num local com muito boas características. Talvez goste de vir ter connosco e trazer o seu conure. Ele voa sempre no mesmo local? Junto de casa?

    É muito bom encontrar pessoas com os mesmos gostos.

    Prazer em conhecê-la! Se concordar, envie-nos uma foto do seu conure.

    Um abraço


    Maria Isabel Sampaio

    Clube dos Papagaios
    Lisboa
    https://clubedospapagaios.wordpress.com/

  3. Eduardo Caldas

    Olá a todos!
    Antes de mais gostaria de felicitar os fundadores deste clube, pela sua coragem e tempo, pois muitas ideias houveram e esta passou para a realidade!
    Depois gostaria de felicitar pelo tempo que dedicam às vossas aves!
    Eu, por razões pessoais, não posso fornecer isto ao meu conure, nem participar nos restantes eventos do vosso clube, pois moro a mais de 350km.
    Por tudo isto:
    PARABÉNS

    • Isabel Sampaio

      Olá Eduardo

      Muito obrigada pela parte que me toca mas a verdade é que sem uma conjugação de esforços o Clube dos Papagaios não teria sido possível! O objectivo é contribuir para uma melhor qualidade de vida dos papagaios no nosso país.

      Pena que a distância não lhe permita vir aos nossos encontros. Mas pode treinar o seu conure em casa, melhorando o “recall” (chamamento), o “vai para”, etc.

      Estamos aqui para ajudar no que precisar!

      Cumprimentos

      Isabel Sampaio

  4. Foi realmente um grande desafio, ter subido aquele pinheiro e ir lá buscar a Juca, mas bastou-me fixar-me nela e na sua dificuldade em sair dali e na vontade de a ter de novo por perto e em segurança.

    A Joca, está divertidíssima, já faz malabarismos em voo, voa pelo meio do troncos dos pinheiros, dentro do pinhal, a alta velocidade e quando sai de dentro do pinhal, faz umas curvas contra curvas e segue passando por vezes em voos rasantes e subindo depois para o topo dos pinheiros, onde aterra.
    Assim que saio do meio das árvores, desce e aterra em mim, em busca de mais guloseimas e carinhos.

    Espero que este sábado o tempo esteja a nosso favor, para podermos mais uma vez, ter o prazer da companhia uns dos outros e os nossos passarinhos esticarem as asas juntos.

  5. Isabel Sampaio

    Quando a Juca se juntar à Joca, vão fazer um “team” de sucesso! Bravo Joca! Bravo João!

    Isabel Sampaio

  6. Un grupo muy “peculiar” de vuelo.!!
    Felicitaciones a todos!!

    saludos
    Manuel

  7. KKTWAS

    Enhorabuena a mi pequeña Chilli !!!!!!
    Gran trabajo de entrenamiento, Carolina !!!!!
    Saludos,

    Mar

  8. fabio lopes

    Boas…
    Eu gostava de tirar aqui uma dúvida se for possivel.
    Dá para praticar voo livre com ringnecks?

    Cumprimentos
    Fábio

  9. Devido ao seu carácter fortemente independente os ringnecks devem ser a espécie dentro dos psitacídeos menos indicada para o voo livre como o praticamos. Nós levamos as nossas aves para um local que desconhecem porque todos vivemos na cidade. Se tem um aviário no exterior e os criar à mão pode ter êxito em permitir-lhes o voo livre, simplesmente abrindo uma abertura no aviário e ensinando-os a entrar e sair por aí. Pode ter a alegria de os ver voar e voltar para se alimentarem e dormirem no aviário. Depende do que pretende.

    Os conures (talvez em especial as patagónias) são aves não muito caras e óptimas para começar. De qualquer modo siga todos os passos aconselhados pelo Chris Biro no site http://www.wingsatliberty.com.

    Cumprimentos e ao dispor para qualquer ajuda

    Isabel Sampaio

  10. fabio lopes

    Eu crio os meus ringnecks no exterior, eles têm muito contacto com o exterior, onde so vêem pinhais e eucaliptais e a mim diariamente.
    Eu queria praticar voo livre igual ao que vocês tem aqui nos vídeos, assim em espaços abertos.
    Pelos vistos então não dá, é isso?

    Cumprimentos
    Fábio Lopes

  11. Isabel Sampaio

    Olá Fábio

    A verdade é que são considerados a espécie menos indicada para o voo livre nos moldes que o fazemos.

    Em regra os ringnecks adultos não apreciam muito o contacto físico com os humanos. São menos sociáveis que outras espécies. O que vai provavelmente acontecer é que têm mais tendência que outros a pousar nas árvores e a demorarem mais a sair de lá e voltar para si.
    Se quer treiná-los siga todos os passos que o Chris Biro aconselha e deixe-os conhecer bem o seu espaço antes de os treinar fora. Assim não se perderão e o ideal é treinar perto de casa. O treino deve ser feito um a um e não todos em conjunto. Só quando cada um já voar e voltar bem é que pode voar em conjunto. Que informação mais precisa? Vive perto de Lisboa?

  12. fabio lopes

    Boas..
    Eu sou de Aveiro, ainda fica um pouco longe…
    Só mais uma outra dúvida, não dá mesmo a ave sendo criada por nós à mão? É que esta próxima época de criação estava a pensar em tirar duas crias para criar eu a mão e então fazer o treino. Nem assim dá?

    Desde já agradeço-lhe por me tirar as dúvidas.
    Cumprimentos
    Fábio Lopes

  13. Para nós amadores é sempre importante criar a ave à mão porque nos primeiros voos de aprendizagem fora eles tendem a não se afastarem muito da “mãe” e assim é mais seguro. Depois criam a rotina de voltarem para nós mas devemos sempre recompensar quando aterram em nós.

    Como lhe disse é uma espécie mais independente que as outras e por isso menos aconselhável para um principiante. Não creio que se percam se fizer o treino perto do aviário pois o barulho dos outros ajuda a mantê-los na zona.

    Antes de sair a primeira vez deixe-os habituarem-se ao exterior e ao local onde vão voar dentro de uma gaiola durante algumas horas por dia.

    Repita no exterior o treino de ir e vir para o poleiro que fez em casa.

    Nos primeiros treinos treine um de cada vez e mantenha o outro na gaiola. Só os deixe voar juntos quando a rotina estiver bem estabelecida.

    Dê notícias e continue a fazer perguntas pois estamos cá para isso.

  14. fabio lopes

    Desde já o meu obrigado por me tirar as dúvidas.
    Vou criar os ringnecks à mão mas também vou tentar arranjar um outro pássaro para fazer o tipo de voo que vocês praticam, visto que os ringnecks não são os mais indicados. É pena não morar mais perto de Lisboa se não, ia ver uns dos vossos encontros para irem praticar voo livre.

    Muito obrigado pelos esclarecimentos
    Fábio Lopes

  15. Estamos cá para ajudar a que cada vez mais aves possam praticar o voo livre.

    A conure da Patagónia tem fama de ter um sentido de orientação muito bom. São aves não muito caras e muito bonitas. Não se esqueça de a criar também à mão, seja qual for a espécie.

    Um dia que venha à zona de Lisboa avise e podemos encontrarmo-nos. Dê notícias

  16. fabio lopes

    Boas..
    Eu encontrei uma arara nobilis criada à mão já com 6 meses de idade, será que ainda dá para fazer o treino?

    Cumprimentos,
    Fábio Lopes

  17. Isabel Sampaio

    Não o aconselho a adquirir uma ave já com 6 meses e criada por outra pessoa.

    É verdade que uma boa parte das aves do nosso grupo não foram criadas à mão pelos donos. Mas o processo de aprendizagem é menos seguro e a fase dos perigos prolonga-se por muito mais tempo. Além disso essa mini-arara pode não ter tido a oportunidade de aprender a voar quando devia (correspondente à idade da saída do ninho) e as suas competências de voo não se desenvolvem tão bem e tão rapidamente como numa ave bébé.

    A primeira condição para um voador seguro são as competências de voo, ou seja, saber voar bem, descer do alto, etc. Isso é que permitirá que a ave seja capaz de não se perder de si.

    O meu conselho é que tenha paciência e espere por uma cria deste ano.

    Vá dando notícias.

    Isabel Sampaio

  18. fabio lopes

    Pois, era o receio com que eu também estava.
    Desde já o meu obrigado.

    Quando conseguir arranjar a ave ideal dou mais notícias.

    Cumprimentos,
    Fábio Lopes

  19. Paulo C.

    Olá,
    Eu tenho um papagaio cinzento com quase 4 meses. É de facto tentador, ao ver estas aves em plena liberdade no imenso azul, tentar fazer o mesmo com as nossas aves, mas…… tenho medo, muito medo. Os imprevistos são muitos, e por isso o risco é grande. Só mesmo com muito treino e com prática sempre continuada, e ainda assim…..
    Já agora, onde é que poderei ler alguns artigos sobre técnicas de chamamento e treino ‘indoors’, prévio ao voo livre?
    Boa sorte e bom trabalho.
    Paulo C.

  20. Paulo

    O seu papagaio voa bem em casa? Dá-lhe oportunidade de desenvolver o voo dentro de casa? Se sim comece a treinar o chamamento, recompensando-o com algo que ele goste muito quando vem para si. Neste blogue tem uma secção de links. Aí encontrará boas referências no sector do voo livre. Se não gostar de ler em inglês, diga.

    Onde vive? Perto de Lisboa? Nós encontramo-nos perto da Aldeia do Juzo, Cascais, para voarmos os nossos. Talvez possa vir ter connosco para conversarmos. Também temos aulas regularmente. A próxima será a 31 de Janeiro.

    Se desejar efectivamente fazer voo livre, tem que se apressar, porque o seu papagaio está na fase de aprender. Treine em casa e venha ter connosco no fim de semana. Se deixa passar mais tempo tudo se complica e se torna mais perigoso.

    O seu papagaio foi alimentado à mão? por si?

    Dê notícias, ficamos a aguardar.

    Isabel

  21. Raquel Barros

    Olá, boa tarde
    Eu tenho um papagaio cinzento de 8 meses criado à mão e dá-se muito bem comigo, queria exprimentar o voo livre, o problema é q quando saiu do criador cortaram-lhe as penas, n muito( apenas d uma as). Quanto demoram a crescer? Sou do Porto mas sem dúvida gostava muito de assistir a uma aula e a um voo. É possivel treiná-lo cm esta idade?
    Obrigada
    e parabéns pelas vossas iniciativas

  22. Isabel Sampaio

    Boa noite Raquel

    Infelizmente o seu papagaio não reúne as condições para iniciar o voo livre da forma mais segura. O facto de o criador lhe ter cortado as penas de uma asa impediu-o de desenvolver as competências de voo. As penas demorarão 1 a 2 anos a crescerem. Saber voar bem só se aprende fora, embora começando dentro de casa. Idealmente na fase de sair do ninho e aprender a voar. Nessa fase a ave tem tendência a não se afastar dos pais (nós, neste caso). Com 8 meses ele não só não pode aprender na altura devida devido ao corte nas penas como já passou a fase em que não se afasta tanto.

    Conselhos: nunca mais corte as penas

    – Deixe-o voar dentro de casa e recompense quando voa para si.

    – Treine o chamamento e recompense sempre que vai ter consigo

    – Arranje um espaço amplo e repita os treinos nesse espaço.

    Não é impossível mas é um processo muito mais complexo do que quando são bébés. A Carly é um exemplo de sucesso. Leia o blog dela

    http://carlylusflightblog.com/recall-training/

    Venha ao nosso Workshop de Abril porque é exactamente o que precisa para aprender como treinar. Pode também inscrever-se no nosso curso on-line sobre comportamento e treino (não sobre voo livre).

    O treino é sempre útil e saudável, mesmo que nunca possa voar fora.

    Dê notícias, estamos cá para ajudar.

    Um abraço

    Isabel Sampaio

  23. Raquel Barros

    Obrigada,(: em pricipio vou-me inscrever no workshop em Abril para de qualquer forma aprender mais um pouco sobre o tema,
    cumprimentos : Raquel

  24. Isabel Sampaio

    Olá Raquel

    O seminário é dedicado também ao voo no interior das nossas casas, como treinar e a sua importância para o bem estar dos nossos papagaios.

    Beijinhos e dê notícias dos progressos do seu papagaio

    Isabel

  25. Quero, primeiro de tudo dar-vos os parabéns pela actividade que desenvolvem em prol da felicidade das nossas aves.
    Sou criador de agapornis e tenho entre outras aves, o meu aestiva xantoperix, de nome “bebé” que veio criado a mão para a minha posse com apenas 4 meses de idade. Hoje é uma companhia inseparável, fazendo parte já na família. Infelizmente, por ignorância minha, esteve vários anos com os voos cortados, hoje em dia embora tenha as asas completas não consegue voar, por muita pena minha, foram muitos anos sem dar à asa, já tem 6 anos na minha posse.
    Em contrapartida, tenho um conure de peito cinzento (Myiopsitta monachus) que foi criado a mão por mim e que em casa, através da técnica de chamamento e recompensa apenas com mimos, vem ate a mim sempre que o chamo.
    Posto isto, a minha dúvida é se será que poderei arriscar a prática do voo livre, e se sim, como começar? O conure já me fugiu um vez do meu ombro, disparou rumo aos céus e durante um mês nunca mais o vi. Só o consegui recuperar mais tarde, a muito custo, em casa de uma pessoa que mora a 2 km de minha casa que o tinha capturado. Tive a sorte de ouvir uma conversa no café local onde foi comentada a sua captura. Deu-me bastante trabalho a reavê-lo pois quem o prendeu estava bastante renitente em devolvê-lo. Só quando consegui provar que a ave era 100% afeiçoado a mim, pois tem um tique muito próprio (deita-se na minha palma da mão quando o retiro da gaiola) e quando o demonstrei à frente dessa pessoa, arriscando que fugisse novamente, o que felizmente não aconteceu, só assim ficou convencido de que era realmente o seu dono. Mesmo assim, foi com alguma renitência que o devolveu. Mas, com grande alegria minha, ainda hoje o tenho e só o solto dentro de casa. Daí, como compreendem, o meu medo do voo livre. Não o quero perder novamente.
    Infelizmente, sou do norte, de Matosinhos mais concretamente, e não me faltam espaços verdes aqui perto, mas falta-me a vossa experiência. No que me puderem aconselhar, agradeço.
    José Nogueira

  26. Olá José

    O meu aestiva também se chama “Bébé”! Tem toda a razão em lamentar que o seu amazonas não tenha aprendido na idade própria a voar com competência. Pode treiná-lo para voos curtos dentro de casa, aliciando-o com petiscos e começando por um saltinho de 5- 10 cm, aumentando gradualmente.

    Quanto ao seu conure, não o entusiasmo a avançar para o voo livre porque:

    – estamos demasiado longe para dar apoio directo e apoio na recuperação, no caso de se perder;

    – não sei se ele aprendeu em bébé a voar fora, ou seja, que idade tinha quando se perdeu? Quanto tempo esteve fora antes de ser apanhado pelo tal senhor?

    – Ele tem um bom chamamento de contacto, ou seja responde vocalmente ao seu chamamento?

    Certamente ele seria treinável para o voo livre mas como não está na idade apropriada para aprender tudo rapidamente, é bem mais arriscado. Venha ao nosso Workshop de 24 e 25 de Abril e aprenderá muito sobre este assunto. Estou à disposição para todos os esclarecimentos.

    Isabel Sampaio

    • henrique

      olá é possivel fazer voo livre com agapornis?

      • Possível é. Mas devido ao seu pequeno tamanho têm riscos adicionais. A regra da segurança aconselha aves grandes, coloridas e ruidosas.
        Se o quiser fazer deve ter um bando de alguns agapornis criados à mão e o treino deve ser individual antes de voarem juntos. Um deles menos treinado pode desviar os outros para longe e perderem-se. Portanto alimente-os à mão e treine-os individualmente antes de voarem juntos.

        Isabel Sampaio

  27. henrique

    Olá, é possivel fazer voo livre com os agapornis?

  28. henrique

    Quais são as 3 melhores especies para voo livre?

  29. Isabel Sampaio

    Não há espécies ideais. Há características ideais:
    – aves grandes, coloridas e barulhentas (araras, catatuas, amazonas, algumas conures;

    Eu gosto muito das conures da Patagónia. Têm excelentes capacidades de voo. Mas não são muito coloridas. Compensam isso com as suas extraordinárias capacidades sociais e de voo.

    Não se esqueça de alimentar o seu candidato pelo menos algumas semanas antes de começar a voar.

  30. henrique

    ok muito obrigado, como ainda sou novo vou começar com 2 agapornis.
    muito obrigado

  31. Rita Oliveira

    Olá Isabel,

    Em primeiro lugar queria lhe agradecer todo o apoio, ajuda e informação que me deu para trazer o meu papagaio African Grey de Moçambique comigo.

    já cá estamos e a Micaia a adaptar-se a Cascais (trouxe também o Romeu e a Julieta, um casal de caturras, seus companheiros de brincadeiras…)

    Agora gostaria de levar a Micaia a uma sessão do vosso clube, confesso que não sei se tenho coragem para o vôo…mas quero muito pertencer e participar no vosso clube que tem um espirito fantástico!

    Fico a aguardar para saber das próximas actividades em que possa levar a Micaia.

    beijinho e, mais uma vez, muito obrigada!

    Rita Soares de Oliveira

  32. henrique

    Já ouvi falar de boas lojas espanholas de artigos para aves, alguem sabe alguma?
    Henrique

  33. pedro

    ola vao me dar uma caturra para criar a mao e gostaria que ela praticasse vou livre.
    gostaria se nao a nenhum livro que disse se com0 a treinar
    pk eu em junho ou julho vou comprar um papagaio cinzento e tb gostava de praticar voo livre com ele

  34. Bom Dia,

    Existe um FAQ ou tutorial de como é feito o treinamento ? Eu moro no Brasil e estou prestes a adquirir meu primeiro papagaio, e realmente queria ensiná-lo a fazer voo livre

    Abraços

  35. Fala inglês? increva-se na freeflight list do Yahoo. Leia os artigos do site

    http://www.wingsatliberty.com

    Acabe de criar à mão o seu papagaio bébé e inicie o treino do recall (chamamento).

    Pode contactar-me diretamente para misabelsampaio@gmail.com

    Cumprimentos

    Isabel Sampaio

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