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sábado, 3 de setembro de 2011

Lendas mexicanas

A Llorona, é uma personagem lendária originária do México, muito conhecida também noutros países Hispano-americanos. Trata-se de uma mulher que perdeu os seus filhos, que foi convertida numa alma penada, procura-os em vão, perturbando com o seu pranto os que a ouvem. Há muitas versões da história, os factos principais são sempre os mesmos.
O império asteca dominou durante séculos a área do México. Segundo a lenda, os fundadores do mesmo partiram guiados por uma profecia que afirmavam que os deuses ensinar-lhes-iam onde deviam assentar mediante um sinal: uma águia devorando uma serpente, de pé sobre um nopal no meio de um lago. Quando chegaram ao sítio, onde actualmente está a Cidade do México, Distrito Federal, viram o sinal no meio de uma ampla lagoa. Sobre as suas águas erigiram a vasta cidade de Tenochtitlán.
Com os anos, os espanhóis chegaram a terras mexicanas. Comandados por Hernán Cortês, tomaram a cidade de Tenochtitlán, reduziram-na a ruínas e assassinaram os imperadores astecas: Moctezuma e Cuauhtémoc.
Os conquistadores espanhóis fundaram sobre essa desolação a actual Cidade do México.
No México colonial, a cada noite os sinos do templo católico marcavam o toque de recolher, às onze da noite. Passada essa hora, começavam a ouvir-se prantos e gritos angustiosos, emitidos por uma mulher sobrenatural, que percorria de madrugada a colónia espanhola e desaparecia misteriosamente antes da alva.
Após o acontecimento que se repetia por várias noites, os vizinhos começaram a se interrogar quem seria essa mulher que pretendia se afogar. Aflorando às janelas, e saindo inesperadamente ao seu encontro, distinguiram uma mulher vestida de branco, oculta por um véu, magra e cadavérica, que se ajoelhava olhando a Oriente na praça Maior. Ao ver que a seguiam, se desvanecia entre a bruma junto ao Lago de Texcoco.
Malinche, uma indígena do México traduzia a língua local e foi uma auxiliar de Cortês. Lienzo Tlaxcala "Roupa de Tlaxcala" foi um documento traduzido, no século XV. Aí formularam-se diversas teorias sobre a fantasmagórica desconhecida, à que o povo, por sua perpétua aflição, começou a chamar: Llorona.
Dizia-se que era uma mulher indígena, apaixonada por um cavaleiro espanhol ou criollo, com quem teve três meninos. No entanto, ele não formalizou a sua relação: limitava-se a visitá-la e evitava casar-se com ela. Tempo depois, o homem casou-se com uma mulher espanhola, pois tal enlace resultava-lhe mais conveniência. Ao certificar-se, Llorona, enlouqueceu de dor e afogou os seus três filhos no rio. Depois, ao ver o que tinha feito, se suicidou.
Desde então, o seu fantasma tem se ouvido a gritar "Ai, meus filhos!" (ou então, emite um gemido mudo). Costumam achá-la na margem do rio, percorrendo o lugar onde morreram os seus filhos e onde ela pôs termo à vida.
Alguns interpretam a lenda com a crença totonaca nas Cihuateteo, mulheres mortas de parto e que se tornaram deusas.


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