segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Maldito HTML

Bom, já devem ter percebido que o blog tá um pouco estranho. Não pelo fato de eu ter postado três vezes (contando com este post) em menos de uma semana.

O Blog desandou! Um erro de HTML fez mudar o tamanho das fontes de todas as postagens anteriores e não consigo fazer voltar ao normal. O mesmo erro sempre volta a aparecer quando tento corrigir. Lamentável.

Espero que eu consiga solucionar o problema em breve. Alguém faz idéia do que pode ser o erro e me apresentar uma possível solução? Agradeço por qualquer resposta positiva.

Até resolver o blog segue parado, ou com o funcionamento prejudicado.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

No Rio, futebol ainda é futebol

Em qual outro lugar do Brasil a equipe mais fraca que disputa o título poderia ser a campeã? Parece não haver outro lugar que não no Rio de Janeiro. O Campeonato Estadual mais charmoso do Brasil teve encerrado neste domingo 21 de fevereiro o seu primeiro turno – a Taça Guanabara – e consagrou o Botafogo como bicampeão.

O título do Botafogo serve para justificar a alcunha do Campeonato Carioca (“estadual mais charmoso do Brasil”). Entre os quatro grandes do estado ele é o mais fraco, o de menor investimento, e há menos de um mês havia tomado de seis do mesmo time que derrotou hoje. O time passou pelo Império do Amor rubro-negro com garra e disposição e, hoje, mais uma vez, passou por outro favorito para se tornar bicampeão da Guanabara.


Um retranca montada a partir da linha que divide o campo foi a chave para as duas vitórias do time do saudoso Nilton Santos. O ataque rubro-negro na quarta e o ataque vascaíno hoje não conseguiram entrar na área em situação de perigo. As duas linhas defensivas do Botafogo não deram brechas aos habilidosos ataques adversários. Nem Adriano e Love, nem Dodô e Carlos Alberto conseguiram furar as redes com a bola rolando. Além do setor defensivo, a melhora no ataque do Botafogo deveu-se à entrada do novo talismã de Joel. O rápido atacante Caio foi decisivo mais uma vez. Caio que já havia feito o gol sobre o Flamengo e colocara o Bota na final, causou a expulsão de Nilton e sofreu a falta que originou o pênalti do segundo gol.


Parabéns ao Joel por mais essa conquista. Mais uma vez ele surpreende o Brasil mostrando que a essência do futebol ainda não morreu e que é possível ainda times com menor investimento ganharem títulos, ainda que os títulos venham com um futebol de qualidade questionável. Se há um rei no Rio, o nome dele é Joel Natalino Santana. Parabéns à toda claque do time da estrela solitária pelo título de garra, tática e disposição.


Com a conquista da Guanabara, o Botafogo vai disputar a quinta final seguida do Carioca (algo inédito na história do clube) e Joel Santana vai buscar o seu sétimo título do Estadual do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A hora da verdade












A OLK lançou hoje (19/02) o segundo jogo de uniformes do Clube de Regatas do Flamengo desde que se tornou fornecedora de material esportivo da agremiação em Julho de 2009. A equipe da Gávea, por ser a atual campeã brasileira, tem o “direito” de carregar no uniforme o escudo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O novo uniforme, no entanto, carrega algo a mais. A inscrição “Hexacampeão Brasileiro”.

Tudo estaria nos conformes, não fosse o imbróglio entre Flamengo, Sport e CBF. Sport e CBF não reconhecem o Flamengo como Hexacampeão e sim como detentor de apenas cinco títulos. O título de 1987 foi dado pela CBF ao Sport depois de uma série de atritos entre a entidade reguladora do futebol nacional e o Clube dos 13 (que apoiava Flamengo e Internacional). Acho que não cabe detalhar aqui o “atrito” ocorrido em 1987.

A CBF terá que se posicionar quanto a esse novo uniforme do Flamengo. Se isso não acontecer, será mais uma evidência de que até a entidade não tem opinião formada e que ela prefere não ir contra o maior clube do país. Afinal, como ela pode permitir que usem a sua imagem aliada a uma determinação contrária?

Aguardemos, portanto, algum posicionamento da CBF.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Eles não são melhores do que nós

Neste sábado (06/02/2009), 13h de Brasília, Manchester United e Portsmouth entram no campo do Old Trafford para mais um jogo da Premier League. Os Diabos Vermelhos podem alcançar a primeira colocação da tabela enquanto o problemático Portsmouth luta para sair da incômoda última colocação.

Em princípio, nada de comum entre as duas equipes, mas os torcedores destes clubes podem muito bem se encontrar nos mais variados “pubs” da velha Manchester para discutir aspectos extra-campo que unem os dois clubes. A questão financeira é delicada para os dois lados... e isso acontece no que dizem ser o futebol mais organizado do mundo, o melhor administrado e modelo de sucesso para o futebol brasileiro.

A situação financeira caótica que vivem Portsmouth e Manchester se estende para outras potências futebolísticas da Europa. O que aconteceu com o Futebol no Velho Mundo? Além da Inglaterra, equipes italianas e espanholas se acabam em dívidas.

Na Espanha, somado só Valencia e Atlético de Madrid (clubes médios do país e que não ganham nada há bastante tempo), a dívida é maior que o montante da dívida dos 21 clubes mais devedores do Brasil. Isso ocorre num país em que os incentivos ao negócio chamado “Futebol” são enormes – chegando ao ponto do “governo” comprar o Centro de Treinamento do Real Madrid e doá-lo, dois meses depois, ao próprio clube merengue. Aliás, os incentivos também facilitam a vinda de jogadores de renome internacional. A Espanha é o país europeu em que o jogador de futebol menos paga imposto.

Na Itália, os clubes são tão mal administrados, tão envolvidos com a máfia e com a política do país que é até complicado achar números que apontem suas dívidas.

É fato que a recessão econômica mundial dos últimos 18 meses ajudou a aumentar a dívida dos grandes clubes europeus. As monstruosas dívidas, no entanto, já vinham de anos anteriores. Antes mesmo da compra do Manchester United pelos irmãos Glaziers, por exemplo, o clube apresentava dividendos superiores a um bilhão de reais. Hoje, pouco mais de três anos após a compra, a dívida é maior que o dobro disso. São mais de 300 milhões só de juros neste período. Em breve devo estar detalhando o que está acontecendo em Manchester.

O motivo deste post é apresentar uma outra face do futebol europeu. Eles podem ser os que mais arrecadam, mas estão longe de serem modelos de administração, de negócios, de futebol. Devem muito mais do que qualquer outro grande clube brasileiro, são reféns de empresários e, sim, dependem muito dos jogadores que surgem aqui para fazerem um espetáculo rentável lá.

Na Europa, os clubes não pertencem aos torcedores; são apenas clubes empresas artificiais que servem de brinquedos para entediados magnatas. Tome muito cuidado quando for apontar o futebol do velho mundo como modelo para o Brasil. Será que realmente queremos ver por aqui o que acontece por lá? O futebol por lá não é uma maravilha como dizem por aqui. Aqui os torcedores podem realmente dizer que são parte do seu clube.