quinta-feira, 13 de março de 2008

A dialética, segundo a Teoria hegeliana , resume tudo.

Salar de uyni - Bolivia - Janeiro/2008

di.a.lé.ti.ca sf (lat dialectica) 1 A arte de discutir.

2 Argumentação dialogada, segundo a fílosofia antiga.

3 Teoria hegeliana segundo a qual no universo tudo é movimento e transformação e as transformações das idéias determinam as transformações da matéria.

Segundo Hegel:

Dizemos, pois que nada se produziu sem o interesse daqueles cuja atividade tem cooperado.
E se chamamos paixão ao interesse no qual a individualidade inteira se entrega – com o esquecimento de todos os demais interesses múltiplos que tenha e possa ter – e se fixa no objeto com todas as forças de sua vontade, e concentra neste fim todos os seus desejos e energias, devemos dizer que nada de grande se tem realizado no mundo sem paixão.

A paixão é o lado subjetivo e, portanto, formal, da energia da vontade e da atividade – cujo conteúdo ou fim fica ainda indeterminado -; do mesmo modo que na própria convicção, na própria evidência e certeza.

O que importa então é o conteúdo que tenha minha convicção, e igualmente o fim que persiga a paixão, e se um ou outro é de natureza verdadeira.

Porém, o inverso, se o é, então, para que entre na existência, para que seja real, é necessário o fator da vontade subjetiva, que compreende tudo isto: a necessidade, o impulso, a paixão, igualmente a própria evidência, a opinião e a convicção.


Como podemos compreender, Hegel denomina de paixão ao interesse subjetivo, particular de cada indivíduo e nos diz que nada pode realizar-se sem a cooperação desta.

A paixão, portanto, é o elemento central com o qual o indivíduo se fixa num determinado objeto. Nada acontece sem a energia expressa pela paixão, é ela que conduz o homem o desejo do que lhe falta e, portanto, ela é subjetividade pura.

De forma que podemos considerar que, ao contrário do que afirmam alguns, a teoria hegeliana põe grande ênfase na questão da liberdade humana, sendo nesta, ou em outras palavras, na subjetividade da vontade do sujeito que nascem as paixões.
Paixão daquilo que lhe falta.
Paixão que lhe é inteiramente livre para conduzi-lo a determinado objetivo.

(...)Homem que é livre é o homem que busca ao longo da história apenas realizar a idéia de liberdade e nisso não está implícita qualquer afirmação de um avanço constantemente progressivo no sentido da salvação do homem.
Por outro lado, na história ou, melhor, ao longo desta sempre estará presente a força do negativo, como aquilo que falta, e que se por um lado impulsiona o homem no sentido da sua realização, por outro, o conduz a árduos trabalhos e momentos de total perda de rumo, momentos esses que para alguns significaram a falta de razão na história, mas que para Hegel nada mais é que a força desse negativo que se presentifica para provocar toda a inquietação que acarretará a mudança.

Nas palavras do próprio Hegel:
Na história nos ocupamos do passado.
Na realidade, Hegel, não considerava a sua filosofia da história mais que uma re-interiorização filosófica do passado humano; e este se encerra necessariamente no presente.

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