sábado, 26 de abril de 2008

Brodo com capeleti da Nona Freo

Após uma estada, em razão de trabalho, no centro do poder político nacional, Brasília, encontro minha Porto Alegre, chuvosa e com previsão de frio. Também, já não era sem tempo, pois estamos no outono. Assim sendo, me apetitou, um Brodo típico, feito pela minha sogra (do tempo que ela se animava a cozinhar) acompanhado de um bom Cabernet Sauvignon ou um Malbec e pão da colônia feito em forno de barro. Para os leitores que não conhecem a fundo a culinária italiana, o capeleti é um prato típico de toda Itália. Ele servido com uma boa variação de molhos. No entanto, este que sugiro para esquentar os pés, é tradicional da nossa colônia italiana e, também servido na nossa Serra Gaúcha, se inspira no "Cappelleti in Brodo", característico da região norte da Itália.

Brodo com capeleti da Nona Freo

Ingredientes:
Massa:
600 gr. de farinha de trigo
6 ovos
Recheio:
200 gr. de peito de frango picado
4 colheres (sopa) de azeite de oliva
2 dentes de alho picados
1 cebola picada
1 colher (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de água quente
1 xícara (chá) de pão amanhecido ralado
1 xícara (chá) queijo parmesão ralado
2 ovos
Salsa picada a gosto
pimenta-do-reino a gosto
sal a gosto
Caldo:
1 galinha caipira
1 cebola média
1 dente de alho
Salsa picada a gosto
sal a gosto
Modo de fazer:
Recheio:
1 - Aqueça o óleo em uma frigideira e junte o alho e cebola. Adicione a galinha caipira e refogue bem.
2 - Acrescente a manteiga e água e deixe cozinhar bem.
3 - Retire do fogo, espere esfriar e passe tudo pelo moedor de carne ou processador. Acrescente o pão ralado, o queijo, os ovos e a salsinha.
4 - Tempere com a pimenta e o sal e mexa, com as mãos, até obter uma pasta uniforme.
Caldo
1 - Corte a galinha pelas juntas em pedaços grandes. Coloque a galinha em uma panela média e cubra com bastante água.
2 - Junte os demais ingredientes e deixe cozinhar até a galinha ficar macia. Durante o cozimento descarte, com uma escumadeira, a espuma que pode se formar na superfície.
3 - Retire a galinha e reserve para aproveitá-la em outras receitas. Coe o caldo e recoloque-o na panela. Junte água quente, se necessário, até obter 12 xícaras de caldo.
Massa e Capeleti
1 - Coloque a farinha sobre a mesa, faça uma depressão no meio e coloque os ovos. Misture e amasse bem com as mãos, até obter uma massa lisa e homogênea.
2 - Cubra com um pano de algodão e deixe descansar por 20 minutos. Abra a massa, com rolo ou máquina, em folhas finas.
3 - Corte-as em tiras e depois em pequenos quadrados de, aproximadamente, 3 centímetros de lado.
4 - Coloque montinhos de recheio em cada quadrado de massa, una as pontas opostas, num triângulo e junte as outras pontas, enrolando a massa com o dedo, formando um pequeno chapéu;
5 - Adicione os capeleti ao caldo fervente, deixe-os cozinhar por alguns minutos e sirva imediatamente.

Mamma mia, grazie nonna!

domingo, 20 de abril de 2008

Festa da Colônia em Gramado/RS


Termina amanhã dia 21/04, a Festa da Colônia em Gramado/RS. Quem estiver pela serra gaúcha, ainda poderá aproveitar a programação que se inicia as 09h00minh e vai até as 20h00minh com muita música animada por bandinhas alemãs. Ainda, tem torneio de 3 Sets e de Canastra, Desfile da Carretas e apresentação de Grupos de Danças alemãs, além de muita cuca.

Aproveitando o momento, vai aí num pedaço de Apfelstrudel (torta de maçã)?

Programação: http://gramadosite.com.br/festadacolonia

Apfelstrudel

Receita Alemã

Massa

• 1 xícara (chá) de água

• 1 gema

• 300g de farinha de trigo

• 1 colher (sopa) de manteiga

• 2 colheres (sopa) de açúcar

• 1 colher (chá) de sal

Recheio

• 6 maçãs

• 100g de uva passa sem semente

• 4 colheres (sopa) de farinha de rosca

• suco de meio limão

• 1 colher (sopa) de manteiga

• 2 xícaras (chá) de açúcar

Preparo

Com a ponta dos dedos misturar a farinha de trigo, borrifando com água e sal. Amassar até obter uma massa lisa e mole. Deixar descansar 1/2 hora. Sobre um pano polvilhado com farinha de trigo. Com o auxílio de um rolo, abrir a massa o mais fino possível. Pincelar com a manteiga. Espalhar o recheio e sobre ele salpicar pedacinhos de manteiga. Suspender o pano para que enrole como rocambole. Colocar numa assadeira untada, dando-lhe o formato de meia-lua. Pincelar com a gema e levar ao forno moderado, por /12 horas. Depois de pronto, salpicar açúcar. Para o recheio, descascar e tirar as sementes das maçãs. Cortar em fatias finas. Colocar numa tigela e juntar a farinha de rosca. Levar a manteiga ao fogo até dourar. Juntar à mistura de maçãs. Adicionar as passas, o açúcar e o caldo de limão. Misturar bem e rechear o strudel.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Ensopado de Pintado à moda de Cachoeira do Sul (RS)

Esta receita me foi enviada por amigos da Confraria do Bar Tuim(Porto Alegre-RS), da qual faço parte. É de lamber os beiços, como se diz aqui no Sul.

Grato aos amigos,Tóia e Flávio.

Ensopado de Pintado à moda de Cachoeira do Sul (RS)
(para 1 kg de peixe fresco e com cabeça)
Ingredientes:

Cebola, 1 grande

Tomate , 1 tomate italiano grande e bem maduro (não usar o “longa vida”, que é transgênico)

Pimentão, 1 pequeno (alternar as cores)

Alho, 2 dentes

Limão, ½ Taiti

Colorau, 1 colher rasa de sopa

Azeite de oliva, extra virgem: regar a gosto, depois que os ingredientes estiverem montados e no fogo

Salsa, à vontade

Cebolinha, à vontade

Vinho branco, 100 ml

Sal, à vontade

Coentro, (para o pirão)

Pimenta, vermelha a gosto

Picar bem miúdo todos os ingredientes acima (os picáveis), menos o peixe. Forrar o fundo da panela com lâminas grossas de batata inglesa (para não queimar o peixe). Arrumar os ingredientes e o peixe em camadas dentro da panela (que deve ser alta). A cada camada, colocar sal e os temperos verdes, limão. No final, regar com o azeite. Acrescentar o vinho pelo canto da panela, de forma que não lave ou desmanche a montagem dos ingredientes.
Depois que começar a fervura, deixe por cerca de 25 minutos, até que os peixes superiores fiquem cozidos. Não revirar o interior da panela em hipótese alguma. Quando estiver pronto o ensopado, retirar cuidadosamente parte do caldo com uma concha funda e reservar para fazer o pirão.

Bom apetite!


quarta-feira, 16 de abril de 2008

GOTA - A “doença dos reis”, e de outros, que se aventuram no turismo etílico-gastronômico

I Parte ou, Fase I

Dizem que, quem assim como eu, é dado ao turismo etílico-gastronômico,teve, tem ou terá uma crise de Gota. Quem desse “grupo” já não sentiu uma desconfortável dorzinha no dedão do pé (halux), no tornozelo, embaixo do pé e, num caso mais crítico, no joelho ou cotovelo? É meu amigo, se você
“já viu esse filme “, te aconselho a procurar um reumatologista. É isso aí, reumatologista mesmo, não adianta ortopedista ou traumatologista, até porque você não é atleta. Provavelmente é um sedentário, bebedor de caipirinha, cerveja, uísque e adora feijoada, torresminho e churrasco de carne gorda.

Lembro-me de ter lido, certa vez, um artigo do Dr. Dráuzio Varella em que ele dizia que, historicamente, a Gota é uma doença conhecida desde a Antigüidade, talvez com um diagnóstico não tão correto – essa por minha conta e risco - mas descrita por Hipócrates dois séculos antes de Cristo e foi chamada de “doença dos reis”, porque a nobreza, os intelectuais e as pessoas ricas da Idade Média e dos séculos XVII e XVIII pareciam mais vulneráveis a essa moléstia, provavelmente, um castigo pecado da gula. A Gota, diz respeito ao ácido úrico cuja produção aumenta e provoca a formação de cristais que se depositam em várias regiões do corpo, n nas articulações. As dores nas articulações, é o principal sintoma dessa enfermidade cujas crises, em geral, se agravam à noite e acometem mais as extremidades, lembram do dedão?
Gota é uma doença que não tem cura, ou seja, quem tem , amargará o resto da existência com ela, no entanto, tem controle e as crises dolorosas podem ser evitadas desde que a pessoa não descuide do tratamento. Mas aí é que está o problema, não conheço um gotoso que segue a risca o tratamento a não ser quando tem as dolorosas crises e, olhe lá.
Mas veja bem, não quer dizer por que você tem alguns desses sintomas que já faz parte do time dos “gotosos”, não confundir com gostosos.
Aí você se pergunta, mas como saber se também sou “gotoso”?
Bem conforme os médicos, o diagnóstico é feito primeiramente com um exame de sangue para se verificar os níveis de ácido úrico no sangue. Depois, para saber se a excreção do ácido úrico está reduzida, os médicos solicitam um exame de urina, que deverá indicar qual a dosagem eliminada durante o dia. A partir da comparação desses resultados, o reumatologista, que é o especialista indicado para o caso, indica o tratamento mais adequado para cada caso, uma vez que, existem medicamentos tanto para inibir a produção do ácido úrico como para aumentar a excreção.

Ficou curioso? Continua na próxima edição, mas antes, uma receitinha de FEIJOADA, he!hé!hé!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

O Chico do Bracarense...


Essa é para os habitues do Bracarense que lembram, obviamente, do Chico.
Parece que, finalmente, o Chico “ex-garçon do Bracarense” montou o seu boteco.
Pois o Joaquim Ferreira dos Santos na sua coluna do Globo, Gente Boa, de ontem, informou que o Chico, em breve, vai abrir seu próprio boteco, talvez até disputar com o "Braca". Pois pasmem, essa fofoca se estende desde Julho do ano passado, onde li no blog do Juarez Becoza, a matéria com o título “Em defesa do Chico”. Não sei quem é o informante do Joaquim, mas espero que desta vez seja um “bolinho quente”. Se não, alguém vai perder a credibilidade. Mas, se tratando do meio etílico-gastronômico, tudo é válido, pois sabe como é: um chope, dois chope, três chope...
De qualquer sorte, Ave Chico!

Ah! Outra rapidinha...

Vocês tem ido ao supermercado? Eu também, e estou estarrecido com os preços dos insumos para o nosso prato de cada dia. Nem os vegetarianos estão agüentando, quiçá os carnívoros. E os outros impostos, então? Ainda bem que não temos inflação. Ufa!!!
Isso me lembrou de um poema de nosso poeta Ferreira Gullar, que reparto com vocês.

“O preço do feijão
Não cabe no poema. O preço do arroz
Não cabe no poema.
Não cabe no poema o gás
A luz o telefone
A sonegação
do leite
da carne
do açucar
do pão”

(Ferreira Gullar. Toda Poesia. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 1980).

Uma rapidinha..


Meus caros gastrônomos, em visita a Tramontina de Carlos Barbosa/RS, entre tantos utensílios para cozinha, que, diga-se de passagem, não são poucos - tem coisa que só vai para o mercado externo - conheci essa panela de pressão maravilhosa. Imaginei-me fazendo uma carne de panela, um pinhão, um feijãozinho nosso de cada dia, uma canjiquinha, um milho verde e, conforme a “bula” com toda segurança. Não é propaganda é de conferir, mesmo.

Assim como na vida, as coisas na cozinha devem ser facilitadas...

Portanto meus amigos, aqui vão, conforme prometido, alguns macetes para facilitar sua vida na cozinha.

ALHO: Exagerar no alho ao cozinhar e se arrepender depois tem solução: coloquem na panela alguns talos de salsinha e leve novamente ao fogo, para que o gosto do alho seja absorvido.
BABA DO QUIABO: Para eliminar a baba do quiabo, lave-o ainda inteiro, seque-o e coloque-o numa tigela com um pouco de suco de limão, deixando repousar durante 15 minutos. Depois lave ligeiramente, corte e cozinhe.
BOLO QUEIMADO: Se o bolo que deu tanto trabalho queimou, não se desespere: passe um ralador de queijo côncavo na parte queimada até retirar a crosta.
FEIJÃO: 1 xícara de feijão cru serve três pessoas depois de pronto.
CENOURAS E AIPOS: Para resolver o problema de cenouras e aipos meio murchos, mergulhe-os em água gelada misturada com uma colher de chá de mel por uma hora. Escorra e seque levemente depois
BATATA FRITA SEQUINHA: Para que as batatas fritas fiquem bem sequinhas, depois de cortadas, coloque-as em água fervendo por alguns minutinhos e, em seguida, em água com gelo. Escorra bem, frite em bastante óleo e escorra em papel-toalha.
CHEIRO DE FRITURA: Frituras deixam um cheiro desagradável que fica impregnado na cozinha. Para remediar, coloque meia colher (chá) de canela em pó em uma frigideira seca, aqueça e deixe alguns minutos. O cheiro desaparece e o aroma de canela perfuma a casa por um bom tempo.
PURÊ: Quando o purê fica muito aguado, basta salpicar a mistura com um pouco de leite em pó.
CONGELAMENTO DE CREPES E PANQUECAS: Intercále-os com papel impermeável, embrulhe em um papel alumínio na quantidade que irá utilizar e congele.
COUVE-FLOR: Para manter a couve-flor branca, adicione um pouco de leite a água do cozimento.
COGUMELOS FRESCOS: Para manter os cogumelos frescos, embrulhe-os em um saco de papel pardo, cortando-os depois em tiras finas.
BISCOITO GRUDADO: Se os biscoitos grudarem na assadeira, coloque-os sobre a chama do fogão durante alguns segundos. Eles soltarão facilmente.
DESCONGELAMENTO DA CARNE EM PEDAÇOS: Para descongelar carne em pedaços inteiros coloque-a embrulhada, numa vasilha com água. Coloque sal na água e no pacote e tampe por uma hora.
UNTAR ASSADEIRA: Em vez de untar a forma de bolo com farinha de trigo, use aveia , farinha de rosca ou farelo de trigo. Além de saudável, o bolo adquire uma textura diferente.
DESCONGELAMENTO DA CARNE MOÍDA: Para apressar o descongelamento da carne moída, salgue a quantidade que irá usar. O sal apressa o descongelamento.
BANANA FRITA: Antes de fritar a banana, passe-a em farinha de trigo. Assim ela não fica encharcada na gordura.
FARINHA DE TRIGO: Pode ser congelada para manter o mesmo sabor e qualidade. Congele na própria embalagem ou em sacos plásticos.
FRANGO EMPANADO: Para empanar pedaços de frango sem fazer sujeira, coloque a farinha dentro de um saco plástico. Junte os pedaços de frango e chacoalhe até misturar bem.
FRITURA: Durante o preparo de frituras, acrescente 1 colher (sopa) de vinagre. Isso impedirá que a massa absorva muita gordura.
POLENTA: Muitas receitas de polenta pedem água morna ou quente. Mas o segredo de uma polenta leve e sem os gruminhos é prepará-la com água fria e ir mexendo com colher de pau até que ferva e engrosse. O tempo de cozimento é de 40 minutos em média (para o fubá que não é pré-cozido).
MACARRÃO MAIS SOLTO: Na hora de cozinhar, pingue algumas gotas de óleo na água. Isso impede também que a água transborde quando ferve, poupando seu trabalho
COBERTURA DE BOLO: Uma cobertura de bolo rápida e fácil? Misture partes iguais de creme de leite e iogurte natural. Adoce com açúcar de confeiteiro.
NENÊ EM FASE DE DENTIÇÃO: Retire a casca e as sementes da laranja, divida-a em gomos, embrulhe-a em filme plástico e congele. Quando o nenê estiver chorando por causa do nascimento dos dentes, dê um gomo desta laranja congelada. Serve para acalmar, pois o gelo anestesia a gengiva e a vitamina C é aproveitada pelo organismo.
FATIA DE MAMÃO: Uma boa fatia de mamão ingerida em jejum todos os dias, garante o bom funcionamento dos rins e do fígado.
OVO GELADO: Quando colocado gelado diretamente em água em ebulição, racha pela diferença de pressão. O correto é colocar o ovo em água à temperatura ambiente e levá-lo ao aquecimento lento. Como referência, saiba que, no instante em que a água entrar em ebulição, um terço da clara já esta coagulada.
CENOURA: A principal riqueza nutritiva da cenoura é o caroteno, um elemento que durante a digestão se transforma em vitamina A, muito importante para os olhos, a pele e as mucosas. Também é um alimento ótimo para regimes porque não tem gorduras. Por ser um legume tão rico, recomenda-se o consumo de pelo menos duas cenouras médias por semana.
RASPAS DE LIMÃO E LARANJA: Congele as frutas e, na hora de utilizá-la rale a quantidade pedida pela receita.
TRIPINHA DO CAMARÃO: Tirar a tripinha preta que envolve o dorso dos camarões não é tarefa fácil, mas se você deixá-las de molho por meia hora em água fria com vinagre e limão seu trabalho será menor.
TOMATES CONGELADOS: Congele os tomates inteiros, um a um. Depois de congelados coloque-os num saco plástico. Quando for usá-los, retire-os do freezer e com uma faca tire a pele imediatamente debaixo de água corrente. É que, assim, ela sairá facilmente e o tomate poderá ser usado para molhos e refogados.
Fonte: http://www.sertaozinho.com

domingo, 6 de abril de 2008

Galinha ao molho pardo ou galinha cabidela, paladar tem memória?


Se paladar tem memória, hoje acordei com a recordação, na boca, da galinha ao molho pardo que minha mãe fazia, quando eu era um Mandinho (na metade sul do Rio Grande do Sul, mais precisamente, em Rio Grande e Pelotas, Mandinho significa garoto, menino, coisas regionais.). Em algumas regiões o prato chama-se galinha a cabidela.
Aí, resolvi ir para o computador me deliciar com a receita. Entre várias, que se encontra na internet, preferi ficar com a da Página do Gaúcho, não sei se por bairrismo ou pela semelhança com a receita de minha mãe. Lembrando que naquele tempo se escolhia uma galinha no quintal, levava para um cantinho longe das crianças junto com uma vasilha (balde ou bacia) e zapt !

Hoje em dia é na base do sangue congelado, encontrado em alguns aviários. Tempos modernos...
Tá com água na boca? Lembrou também? Então diz aí – Paladar tem memória, né?! Mas, independente da resposta, não se preocupem que vou reproduzir a receita pra vocês, com os devidos créditos.
A propósito, recomendo o site Página do Gaúcho, onde encontrei a receita, para quem tem curiosidade sobre a cultura gaúcha, ele está ótimo. Parabéns ao Roberto Cohem.


Galinha ao molho pardo
(Para 4 pessoas)

Ingredientes

- 1 galinha ou frango de 1,5 kg
- sal
- pimenta
- 1 cebola ralada
- pimenta do reino branca
- pimenta verde da terra
- 1 colher de sopa, de óleo
- 1 colher de manteiga
- 1 colher de Vinho da Madeira
- 4 folhas de manjerona
- 2 gemas de ovo
- sangue de galinha aparado com vinagre (para não coagular)
- azeitonas
- salsa verde
- ovos duros
- fatias de pão torrado na manteiga


Modo de preparar

Em panela regular refogar todos os temperos (cebola, sal, gordura, pimenta branca e verde), acrescentar a galinha ou frango cortado em pedaços e tampar a panela. Quando a galinha começar a ferver, acrescentar 2 xícaras de água quente e depois uma colher de manteiga. Mexer bem, adicionar uma colher de vinho, 4 folhas de manjerona e tampar novamente a panela.

No sangue da galinha, previamente aparado com um pouco de vinagre para não talhar, deitar 2 gemas e bater para misturar bem. Retirar da panela meia xícara do caldo e misturar pouco a pouco com o sangue já engrossado pelas gemas. Retirar a panela do fogo e adicionar, mexendo sempre, o sangue preparado como foi exposto acima. Passar tudo para uma terrina grande e enfeitar com galhos de salsa verde, azeitonas e rodelas de ovos duros. Servir com fatias de pão torrado na manteiga.

Fonte: http://www.paginadogaucho.com.br/

sábado, 5 de abril de 2008

Os cartunistas Jaquar e Ziraldo recebem indenização pelos “Anos de chumbo”.

Para aqueles que estão se perguntando o que isso tem a ver com um blog que se propõe a discorrer sobre culinária, bares, restaurantes e, lembrando, “outras cositas mas”, eu diria que tem tudo haver e destaco que, Jaguar é um réu confesso.
Em CONFESSO QUE BEBI: MEMÓRIAS DE UM AMNÉSICO ALCÓOLICO, ele sem tortura, confessa suas “travessuras”.
Para quem não se aventurou a leitura desta quase uma autobiografia, eu recomendo, até por ser um livro-guia para os botecos, na sua maioria, do Rio de janeiro.
O livro lançado em 2001 foi produzido a partir de lembranças de fatos e de conversas jogadas fora em torno de mesas e rodelas de chope, copos e garrafas, que sempre balizaram a vida do chargista, desde anos de Pasquim. Era um schnitt na pressão e um underberg. Como qualquer grande bebedor sabe, este é um bom começo. O livro é uma crônica que tem como personagens boa parte da arte e cultura cariocas. Saibam que Jaguar, envelhecido em barris de carvalho e de outras procedências, bebeu com gente como Madame Satã, Hugo Carvana, Tom Jobim, Paulo César Peréio, José Lewgoy, Paulo Casé, João Ubaldo, Nássara, João do Vale, Antonio Pedro, Carlinhos de Oliveira, Paulo Mendes Campos, Lúcio Rangel, Roniquito, Nelson Cavaquinho e Carlinhos Niemeyer. Todos eles concorrentes de peso.
Mas voltando a notícia, tanto Jaguar como Ziraldo, foram contemplados ontem com uma poupança polpuda, rimou né?
Vitimas do Regime militar nos “anos de chumbo”, sofreram perseguição política e, portanto estão sendo “compensados” com nada menos que 1 milhão de reais.
Ziraldo, indignado com as criticas falou – Aos que estão criticando, falando em bolsa-ditadura estou me lixando.Esses críticos não tiveram coragem de botar o dedo na ferida, enquanto eu não deixei de fazer minhas charges. Enquanto nós criticávamos o governo militar, eles tomavam cafezinho com o Golbery – tudo isso em referência ao apelido dado à indenização pelos opositores dos pagamentos liberados pela comissão de anistia.
Tirando o desconforto, a comemoração deve ter sido no Bracaranse, no Leblon com muitas rodadas de chope e bolinhos de bacalhau e aipim.
Pergunto: Será que o Jaguar vai seguir o exemplo de Ziraldo e, com essa grana toda, abrir um Bar Teatro Café? Eu duvido!!!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Pimenta, mais pimenta, gengibre, limão... é a cozinha Tailandesa

Com uma combinação de ingredientes como vegetais, aves, peixes e outros frutos do mar, especiarias e ervas, todos muito picantes, a gastronomia tailandesa está em alta no mundo. É pimenta, mais pimenta, gengibre e outros temperos, que dão paladar ao porco, camarão, frango e outras carnes locais, ora picante ora doce, é um desafio ao paladar. Tudo isso com grande apelo visual, uma tradição da cozinha oriental. As cores, sabores e texturas encantam qualquer vivente.
Curiosamente, muitos dos temperos encontramos tranquilamente aqui no Brasil, como o alho, o coentro, manjericão, raiz de cidró. Portanto, dá até para nos aventurarmos a ariscar um prato e, para tanto, vou indicar uma receita “bem simples”, basta gosto pela culinária, um pouco impetuosidade e bela companhia.
Vai uma dica abaixo.

Bo Bia

Ingredientes:

1 folha de papel de arroz
1 manga tommy
pepino-japonês em tiras
4 kani-kamas
1 cenoura ralada
2 cebolinhas verdes
hortelã picada
coentro picado
molho
1 colher (sopa) de gengibre ralado
1 colher (sopa) de nampla
1 colher (sopa) de açúcar mascavo

Modo de Preparo:

Amoleça uma folha de papel de arroz em água morna e reserve. Corte a manga (a parte rente ao caroço é a mais indicada em palitos homogêneos semelhantes ao kani e reserve. Elimine as sementes do pepino com uma colher e corte-o em tiras, sem a casca. Use a casca ralada para decorar o prato. Não será necessário todo o pepino. Arrume na folha de papel de arroz o kani, a manga, 1 tira de pepino, a cebolinha e a cenoura ralada. Enrole a folha e depois embrulhe em filme plástico, enrolando as pontas para prender bem. Leve à geladeira até o momento de servir. Molho: misture o gengibre ralado, o nampla e o açúcar em 1 xícara (chá) de água. Corte pedaços de 3 cm do enrolado (com o filme plástico, eliminando-o em seguida), cubra com hortelã e coentro e regue com um pouco do molho.

Dicas:
O papel de arroz pode ser encontrado em casas de produtos orientais. Versátil, pode ser usado para fazer trouxinhas, amolecido antes em água morna, ou grelhado (neste caso, tem textura similar à de um biscoito) e usado para decorar pratos.
O nampla é um caldo de peixe com temperos. Bastante aromático, dispensa o uso de sal.

Fonte: Revista Água na Boca

quinta-feira, 3 de abril de 2008

O Tão famoso Carpaccio

Para os entendidos em cultura geral, aí incluindo a gastronomia, o carpaccio está associado às figuras Hemingway, Truman Capote, Scott Fitgerald, além de Veneza, o Harry's, drinques, etc...
Conta à história que o carpaccio tem origem em Veneza no Harry’s Bar, onde Giuseppe Cipriani, um dos donos da casa, teria criado o prato para agradar a uma freqüentadora, a condessa Amalia Nani Mocenigo, que estava proibida, pelo médico, de comer carne cozida e recebeu ordens médicas para consumir bastante carne vermelha crua, provavelmente por problemas hematológicos, arrisco eu.
Um outra versão, provavelmente de puritanos, é de que a receita foi criada pelo barman do Harry's, numa tarde, para acalmar os ânimos de um bando de etílicos-gastronômicos que queriam algo para curar a ressaca, eu creio mais nessa. Importante saber , por questões históricas, que o carpaccio “nasceu” no Harry's Bar, em Veneza, em 1950. Uma versão para sua nomeação, é a de que o nome foi dado em homenagem ao pintor renascentista do século XVI Vittore Carpaccio, famoso por usar as cores vermelha e branca em suas telas, o que lembra o prato original.
De Veneza, a receita rodou o mundo e ganhou adaptações, mas para quem só ouviu falar e nunca comeu, pelo menos com esse nome, a original é servida com carne de alcatra, sem gordura nem nervos, gelada e cortada em fatias finíssimas do tipo frios(aquele só cortado em mercado municipal), com molho de maionese batido à mão, molho inglês Worcestershire, sumo de limão, leite, sal e pimenta branca moída na hora. Sendo que, o queijo ralado, salsinha, alcaparras e a mostarda vieram depois, com as adaptações.
Pode-se dizer que esse foi o primeiro “batizado” num dos maiores sucessos da culinária italiana e hoje globalizado.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Segredos de Gordon Ramsay - O livro

Conhecido no Brasil pela série Hell´s Kitchen, exibida pelo canal pago GNT, Gordon Ramsay, é um dos mais bem-sucedidos chefs britânicos. Capitaneia restaurantes em Londres, Nova Iorque, Dubai e Tóquio e, de lambuja, coleciona uma série de prêmios. O restaurante que leva seu nome, localizado no bairro londrino de Chelsea, ostenta três estrelas, ou seja, a cotação máxima do guia francês Michelin. Ramsay, atribui seu sucesso aos ingredientes de alta qualidade, a experiência e dedicação dos seus chefs e técnicas utilizadas como escaldar os grãos de arroz na hora de fazer um risoto, refrescar os vegetais para preservar a cor e manter o frescor. Lançamento pela Editora Globo, em
“Segredos de Gordon Ramsay”, o leitor terá o privilégio de conhecer as receitas do premiado chef. Ah! Importante destacar que na introdução Gordon adverte: Você não necessita de uma série de utensílios caros para realizar as minhas receitas, mas uma boa seleção de facas afiadas é essencial. Não existe uma faca que sirva para tudo. Você precisará de pelos menos quatro facas uma larga, de cozinheiro; uma pequena para vegetais; uma para cortar carne e uma outra para desossar. Os capítulos estão divididos de acordo com os tipos de alimentos.
No livro há receitas que combinam sabores da terra e do mar, muito apreciadas pelos franceses, como uma sopa denominada velouté de alcachofras-de-jerusalém com mexilhões. Ainda sobre frutos do mar, os peixes para Gordon, possibilitam reinventar pratos clássicos de uma forma contemporânea, por exemplo, o rillette de truta em óleo de oliva. E para não errar indica: simplicidade é a essência. Aliás, muitas das idéias do chef são simples e muito úteis. Vale a pena conferir...

Editora Globo
224 páginas
R$ 54,00

Yoki inova com linguagem braile nas embalagens de seus produtos

Assim como cardápios e embalagens de produtos em braille, como exemplo do McDonald’s e Sadia, atendendo ao mercado consumidor formado por deficientes visuais, a Yoki Alimentos adotou a linguagem braile nos seus produtos com embalagem de papel-cartão. Estão sendo lançados no mercado pela a empresa o Cremokrem, Creme de Arroz, Fécula de Batata, Sagu, Aveias, Farinha de Aveia, Oat Bran, Canjiquinha e toda a linha Torí de alimentos para pássaros, receberão os símbolos impressos no verso da embalagem. Com essa medida, o consumidor com deficiência visual poderá identificar mais facilmente, informações como nome da empresa, nome do produto, o peso e o SAC(Serviço de Atendimento ao Cliente). Com essa iniciativa, constatamos que as empresas além de responsabilidade social, estão, finalmente, se concientizando que investir em acessibilidade e produtos diferenciados pode ser um ótimo negócio.

MOQUECA DE SIRI MOLE DO CABOCO


MOQUECA DE SIRI MOLE DO CABOCO
(dá pra mais ou menos 8 caboco come)

Ingridienti:

Uns 12 siri mole graúdo
2 cebola grande
4 tomate grande, maduro e bem firme
1 molho grande de coentro, se quise
1 limão grande
2 ou mais pimenta-malagueta madura, si guentá
2/3 de xícara (chá) de azeite de dendê
1 vidro pequeno de leite de coco
Sal,mais cuidado com a pressão

Jeito de fazê:

Ferva os siri até que fiquem bem vermelhos(colorado). Depois, esfregue os “bicho” de baixo da água corrente, com uma escovinha dura. Esfregue uma panela de barro com 1 colher (sopa) de azeite de dendê. Arrume as cebola e os tomate cortado em rodela fina, mais o coentro picado miudinho, as malagueta bem amassada no suco du limão, e molhe com bastante azeite de dendê. Coloque os siri na panela e molhe com o leite de coco temperado com 1 colher (chá) cheia de sal. Dê uma esquentada em fogo forte. Abaixe para baixo e cozinhe por 30 minuto. Sirva com arroz branco simples, sem frescura.
E BOM PITITI!