Ana Isabel Arroja é animadora da Rádio Comercial. Responsável pela apresentação das rubricas “Todos No Top” (TNT) e “Comercial NightStage”, a sua voz está também ligada a vários programas e publicidades na área televisiva. Foi com muita simpatia e boa disposição, que a Locutora se disponibilizou para uma entrevista inédita e exclusiva para o E´feito.



Quem é a Ana Isabel Arroja enquanto pessoa e profissional?
Ana Isabel Arroja_ A “pessoa” e a “profissional” são exactamente a mesma pessoa, não há cá uma personagem da rádio, era o que mais faltava. Eu sou eu e pronto! Sou a Arroja ou Arrojinha, para os amigos de infância sou a Arrasta (fiz ginástica de competição durante muitos anos e um dia fiz uma rotura de ligamentos num pé a saltar mini-trampolim e, nos dias que se seguiram, andava coxa e a arrastar o pé, como sou Arroja, lá fizeram a piadinha), faço amizades com muita facilidade, falo que me desunho e AMO aquilo que faço. A música e a rádio são a minha vida.

Em que contexto é que a Rádio Comercial surgiu na sua vida?
A.I. Arroja_ Foi mesmo por um acaso do destino. A rádio em que trabalhara anteriormente tinha acabado, eu não estava “no activo” e, numa viagem de carro, estava a fazer zapping no rádio e ouvi a promoção do casting para novos animadores na Comercial. Achei “Porque não?” e enviei uma cassete com gravações de emissões minhas. Nunca mais me esqueço, ligaram-me umas quantas vezes durante uma aula de ginástica. Quando fui ouvir o voice mail, era a secretária do Director da Comercial a dizer que eu tinha sido seleccionada. Não queria acreditar! Era só a melhor rádio do Planeta, na altura a Rádio Rock. Bons tempos!

Qual o papel que a Rádio ocupa na sua vida?
A.I. Arroja: Acho que já respondi! A rádio é a minha vida, se fosse preciso faria qualquer outra coisa para sobreviver (tenho uma família para sustentar) mas nada me daria tanto prazer como fazer rádio e, principalmente, comunicar. Fazer rádio é comunicar com quem nos ouve, fazê-los sentir parte da rádio, fazer com que a rádio tambem seja parte da sua vida. Parece fácil mas não é. A Rádio Comercial é a minha segunda casa. Costumo dizer que temos lá uns beliches para pernoitarmos de vez em quando. Na verdade são sofás mas prefiro pensar neles como beliches... sempre quis ter um...

O que mais a cativa neste domínio?
A.I. Arroja_ Tudo me cativa na rádio mas gosto especialmente do contacto com os ouvintes e das entrevistas com os artistas. Adoro sair em reportagem, fazer a cobertura dos concertos, festivais, estar com as pessoas. Não gosto de estar quieta, faz-me confusão, tenho bichos-carpinteiros. Quando almoço com as minhas colegas de trabalho, que são também grandes amigas, estou sempre a ouvir “ Arroja cala-te e come!”.

Para além da rádio, está envolvida em outros projectos?
A.I. Arroja_ Por onde é que hei-de começar?! Difícil... nas horas vagas, que não são muitas, ponho música em bares, discotecas (depende do convite), gravo publicidade, documentários, apresento espectáculos e sou a voz do programa Dance TV (do qual também já fui produtora). Recentemente apresentaram-me um projecto muito giro para TV, que ainda tou a estudar, mas que tem a ver com a minha voz e não com a minha imagem e “alguém” descobriu que escrevo e adoro escrever, portanto, nunca se sabe o que poderá acontecer.

Qual a sua grande paixão?
A.I. Arroja_ Seria um grande cliché dizer que é a minha filha mas a vida é feita de clichés, não é? Sou uma mulher de paixões, sem elas não conseguia viver e todas estão presentes na minha vida. Tirando o meu rebento, tenho duas grandes paixões: os cavalos (desde pequena, muito antes da rádio) e a rádio, claro. Sem esquecer os 30 Seconds To Mars e o my darling Jared Leto mas isso é outra história (risos)!

O que mais teme?
A.I. Arroja_ Notar-se que tenho buço, ser apanhada a tirar macacos do nariz ou não conseguir aguentar um “pum” ao pé de alguém, (risos)!

O que mais a irrita?
A.I. Arroja_ Azelhas no trânsito, fico possuída! Pessoas que viram sem fazer pisca, que usam a faixa da esquerda para circular (devagarinho) quando é uma faixa para ultrapassar, enfim... (Não se nota que tenho o pé pesado, pois não?) E olhar para os rádios dos carros e perceber que não estão a ouvir a Comercial, o que é muito raro, (risos)! Outra coisa que não suporto: pessoas “metidas a besta” como diz uma amiga minha brasileira, (risos)! Pessoas que têm a mania que sabem mais que os outros e que não são humildes, pessoas falsas, más e mal intencionadas, fico doente!

Já teve algum episódio embaraçoso, mas engraçado, que queira partilhar?
A.I. Arroja_ Ui! Se tive... comecei logo bem nos primeiros meses de rádio: desliguei uma rádio inteira só porque levantei uma cadeira, na qual estava enrolado o fio do computador, e puffff! Mas tenho tantas... desde não conseguir dizer Deff Leppard (encalhei em Depp Leffard), até inventar uma banda nova que são os “Tribalhistas” para quem ainda não conhece, (risos)! Já tive um ataque de tosse e um ataque de riso (que foi bem pior de controlar porque contagiou toda a gente que estava no estúdio)... podia continuar mas nunca mais saíamos daqui.

Tem alguma especificidade que a caracterize?
A.I. Arroja_ Os meus beijinhos arrojados, (risos)! São únicos. E os meus dotes de manicura!

Como acha que os outros a veêm?
A.I. Arroja_ Como uma pessoa bem disposta, uma boa amiga e talvez um bocadinho cansativa... já disse que não me calo nunca? Para os ouvintes sou a eterna “granda’ maluca” e rockeira de serviço.

Tem algum sonho que gostaria de concretizar?
A.I. Arroja_ Tenho “quase” tudo o que sonhei na vida menos uma coisa: um cavalo.

Qual a época do ano que mais gosta?
A.I. Arroja_ O Natal e as férias de Verão.

Porque?
A.I. Arroja_ O Natal pela reunião da família, o quentinho da lareira, as iguarias tradicionais, perco-me pelo recheio do perú, apesar de não achar graça nenhuma aos doces... a troca de prendas, claro, adoro prendas e adoro a expressão das pessoas quando recebem a prenda que desejavam ou quando ficam surpreendidas pelo presente. Agora com a princesa da família (com apenas 4 anos) o Natal ainda ficou mais colorido e as nossas famílias são grandes. Só o meu marido tem 8 irmãos!
As férias de Verão porque é quando realmento descanso, sem telemóveis, horários, internet o mínimo possível. Normalmente, são duas semanas só de praia e peixinho grelhado com a família e amigos mais chegados. Há lá coisa melhor? Este ano todas as noites me apeteceu algodão doce, não sei o que se passou...

Houve algum momento da sua vida que a tivesse marcado de alguma forma?
A.I. Arroja_ A viagem de avião de regresso a Portugal, depois de uma semana na República Dominicana com os meus colegas da faculdade. A viagem foi tão má, com tanta turbulência que eu, que sempre viajei desde pequena e muito (o meu pai é piloto e morámos na Madeira, vínhamos constantemente ao Continente) fiquei com pavor de andar de avião. Agora evito ao máximo as viagens e de cada vez que tenho de viajar é um suplício. Detesto. Tenho de tomar sempre um calmante antes. (Têm noção de que vou ser deserdada, certo?)
Há outro episódio que só recentemente contei a algumas pessoas próximas... o suicídio do meu ex-colega e jornalista da TVI Miguel Ganhão Pereira. Eu era locutora de continuidade nessa altura na TVI e o Miguel, na noite em que aconteceu essa tragédia, foi despedir-se de nós à régie como sempre fazia e disse “Até amanhã!” Isto poucas horas antes de tirar a própria vida. Quando, na manhã seguinte, soube do que tinha acontecido fiquei em choque, só dizia “Mas eu estive ontem com ele 1 ou 2 horas antes... como é q é possível não termos reparado em nada de anormal?!” Foi difícil de digerir.

O que é que nunca lhe perguntaram?
A.I. Arroja_ Isto, (risos)!

Na hora de uma despedida, o que a comove?
A.I. Arroja_ Uma das regras básicas de rádio é nunca haver despedidas, não haver quebras na emissão, apresentamos o colega que vem a seguir mas não nos despedimos. Adoro esta regra porque, na verdade, detesto despedidas. Só a palavra “despedida” já me deixa deprimida. E eu não gosto de estar deprimida, para mim a vida é para ser vivida com alegria e sempre a melhor música! (Neste caso a melhor música de hoje e dos últimos 10 anos)


Por: Ana Rafaela Sarmento e Cláudia Teixeira

1 comentário:

Anónimo disse...

Goosssttttooooo..=)..

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