sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A lenda do Pé do Diabo ou da Pedra do Diabo

A nossa lenda do Pé do Diabo ou da Pedra do Diabo – de que Adelpho Monjardim registra uma versão em Vitória física (1950) – pode ser assim resumida: em Inhanguetá (ou Nhanguetá, nome que, só por si, já faz lembrar o Diabo) viveu outrora um homem muito rico, avarento e mau que, para aumentar suas propriedades, ia se apossando, deslealmente, das terras alheias. Talvez por castigo do céu, terrível praga lhe foi assolando e destruindo a fazenda, e ele começou a empobrecer. Foi quando o Diabo lhe apareceu e com ele firmou um pacto terrível: à meia-noite de uma sexta-feira pré-fixada o homem lhe entregaria o próprio filho. Isto se daria em local próximo à fazenda e, em troca, o Diabo lhe aumentaria as posses e a fortuna. A mulher do fazendeiro teve conhecimento do ajuste e, devota de Santo Antônio, a este pediu, em orações, salvasse o filho. Na meia-noite do dia aprazado, o homem levou o filho ao lugar que ajustara – uma pedra rasa – e ali o deixou sozinho, afastando-se rápido. O Diabo logo aparece e tenta carregar o moço. Foi quando lhe surge pela frente Santo Antônio que, riscando uma cruz na pedra – com um chicote, dizem algumas versões – valentemente acomete o Demo. Este, em pouco, vencido, some-se na escuridão da noite. Na superfície da pedra ficaram as marcas dessa luta: a cruz e as pegadas do santo e do Diabo, a deste bem maior.

Essa lenda do Pé do Diabo é uma das raras que ainda vivem na memória do povo capixaba. Talvez devido às marcas inapagáveis pelo tempo que, assim, cristalizaram também a lenda na tradição oral de nossa gente.

[Fontes: Folclore 87-88, 1971, e Vida Capichaba, maio de 1953]

A LENDA DO MESTRE ÁLVARO E MOXUARA - O PÁSSARO DE FOGO

Serra e Cariacica são cúmplices numa história de amor. As duas cidades, segundo conta uma lenda, estão ligadas para sempre pela força de um sentimento que une até hoje o índio Guaraci e a índia Jaciara. Pertencentes a duas tribos inimigas - Temiminós e Botocudos - o jovem casal foi impedido de viver a sua história de amor. Comovido com a paixão dos dois índios, o Deus Tupã transformou-os em duas montanhas. O índio ficou sendo o Mestre Álvaro, na Serra e a índia, o monte Moxuara, em Cariacica. Até hoje eles estão frente a frente, contemplando um ao outro e assim ficarão por toda a eternidade. Segundo o historiador Clério Borges, um pássaro de fogo sempre é visto nas noites de São João, indo do Mestre Álvaro ao Moxuara, abençoando o amor de Guaraci e Jaciara. Prova de que homens e histórias passam, mas corações não morrem jamais.Conta-se que a muito tempo atrás, uma belíssima princesa indígena e um belo jovem índio guerreiro de uma tribo inimiga apaixonaram-se perdidamente. Aumentou por isso, a rivalidade entre as tribos. O cacique pai da princesa, ficou muito zangado quando soube do romance de sua filha com o inimigo. Ordenou que o feiticeiro de sua tribo perguntasse aos oráculos se o amor dos dois era sincero. Os oráculos responderam que o amor entre eles era mais do que sincero, era eterno.Em conseqüência disto foram estabelecidas rigorosas divisas entre as terras ocupadas pelas duas tribos, terras dos atuais municípios de Cariacica e Serra. Desesperado , o cacique ordenou que seus melhores guerreiros cercassem a tribo, não deixando o guerreiro inimigo encontrar-se com sua filha. No entanto, não há amor sem esperança e como o jovem índio amava muito a princesa, esperou. Numa tarde, ele encontrou na floresta, uma ave misteriosa. Ele a seguiu até o alto de uma colina. Logo em seguida, a ave alçou vôo para a tribo da princesa, conduzindo-a até outra colina, próxima de sua tribo. Os dois então podiam se ver. Então a índia cantava e a delícia de sua voz chegava ao eleito do seu coração.Continuaram, assim, se vendo todos os dias. Um dia o malvado cacique ficou sabendo que sua filha continuava se encontrando com o inimigo. Furioso, ele ordenou que o feiticeiro transforma-se os dois apaixonados em pedras quando se encontrassem novamente. Além disso, mandou transformar a ave numa bola de fogo. Assim aconteceu. No dia seguinte, a princesa índia e o jovem guerreiro foram transformados em rochas. O cacique e o feiticeiro não sabiam que a ave misteriosa era uma fada encantada. A ave amiga, transformada em uma bola de fogo, serve desde então, de mensageira entre os dois apaixonados e com uma mágica, faz com que uma vez por ano, na noite de São João, os dois tomem forma humana e, de modo invisível, se encontrem.As tribos não mais existem, entretanto, o jovem guerreiro, o monte Mestre Álvaro na Serra, e a bela índia, Moxuara, em cariacica, continuam lá como o verdadeiro amor: eternos. É o motivo porque ? diz a tradição ? a noite de São João uma Bola-de-Fogo passa, no céu, e vai do Moxuara ao Mestre Álvaro e vice-versa. É a viagem do fogo, a descrever no espaço, a eternidade do amor.

A SEREIA DE MEAÍPE

A muitos anos atrás, quando o ES ainda era habitado pelos índios Goitacás, um navio holandes naufragou em nossas águas. Somentes poucos tripulantes sobreviveram, levados pelas ondas até a praia de Meaípe.
Quando esses sobreviventes chegaram à praia os índios ficaram admirados com seus cabelos cor do sol e seus olhos cor do céu, pensaram na hora que tais homens foram enviados pelos Deuses do Mar, e deram a eles frutas, mel e redes para descançar.
Um dos sobreviventes era o Capitão Augusto, que agradeceu o tratamento dos índios e foi com seus homens viver com eles. O tempo passou e os holandeses aprenderam os costumes dos Goitacases e o jovem capitão ficou muito amigo do feiticeiro da tribo, o feiticeiro contava sobre os segredos do ES e Augusto sobre a Europa.
Numa tarde estavam Augusto e o feiticeiro na praia quando o amigo índio lhe pede para olhar para o mar rapidamente, Augusto só pode ver bolhas na água, mas o feiticeiro lhe disse que era uma sereia. Augusto escutou tudo mas não acreditouem nada.
Com o tempo os holandeses tiveram permissão para se casarem com as índias da aldeia, mas Augusto não queria viver pra sempre ali, queria voltar pra Europa e decidiu explorar o litoral para pensar em uma maneira de conseguir ajuda para retornoar a sua terra natal.
Ao caminhar por horas pelo litoral Augusto começou a reparar que algo o seguia pelo mar, acreditou que era a insolação e cansado resolveu sentar na sombra de uma árvore. Quando fitava o mar perdido em seus pensamentos, ele viu uma mulher na água e esta quando reparou que fora vista, rapidamente desapareceu mergulhando.
Augusto ficou impressionado com o que tinha visto, afinal de contas como poderia ter uma mulher nadando por ali? Ele então resolveu ali ficar e ver se a mulher retornava em algum lugar, afinal de contas, não dá pra segurar o ar tanto tempo debaixo d'água; mas a mulher não voltava e isso o deixou curioso.
Já no cair da tarde, ele vê a mulher novamente na água e resolve ir em sua direção, ao tentar se aproximar ela se afastava. Augusto então senta na areia da praia e fica observando a bonita mulher, ela então começa a cantar e Augusto cai num profundo sono na areia.
Augusto acordou no dia seguinte sem nada entender, mas a curiosidade o fez voltar no dia seguinte ao mesmo local, onde construiu um pequeno abrigo contra o sol, pois havia decidido ficar ali e descobrir quem era a mulher.
A noitinha a mulher apareceu novamente e Augusto a convidou para ficar ao seu lado na areia, a mulher recusou falando:
"Não posso. A Mãe D'água não permite."
"Eu sou Augusto, qual é o seu nome?" Ele perguntou.
"Mariana" respondeu ela se afastando da praia.
Ao ver a mulher se afastar, Augusto pula no mar e nada em sua direção, tentando perseguir a mulher, ela então grita:
"Não fique na água, é perigoso, saia já!"
A Mãe D'água que não aceita amor entre um ser do mar e um ser da terra, enroscou-se em Augusto e o arrastou até o meio do mar onde o transformou em uma rocha.
A sereia então passou a noite inteira cantanto uma triste canção sobre a pedra.
Não agüentando o sofrimento, mariana decidiu procurar o feiticeiros dos Goitacás.
"Não existe ninguém no mundo que possa desfazer o feitiço da Mãe D'água", explicou o feiticeiro.
Mariana ficou muito triste.
"A não ser que a pessoa enfeitiçada destrua quem o enfeitiçou, só assim o feitiço será quebrado" disse o velho homem.
"Mas isso é impossível! Ela transformou Augusto numa pedra", respondeu a sereia; mas escutou do velho índio feiticeiro que ela não deveria dessitir dessa idéia.
"Então quero que o senhor me transforme em gente, não quero mais voltar pro mar, quero ser igual ao Augusto e ter pernas." Pediu a sereia.
O feiticeiro perguntou se ela estava realmente decidida e ela disse que sim, então deu a ela uma poção e falou para ela tomar que no dia seguinte, ela não mais teria rabo de peixe, mas poderia andar como qualquer humano normal.
Na manhã seguinte Mariana acordou se sentindo estranha e viu que não tinha mais rabo de peixe, tinha pernas em seu lugar, demorou um pouco mas ela aprendeu a caminhar e andando pela praia foi para o abrigo construído por Augusto. Mariana ficou o dia todo lá, olhando de longe seu amado petrificado.
No passar do dia o siri viu Mariana na praia e não acreditou no que viu, pois agora ela era humana. Rapidamente o siri foi ao mar e espalhou a notícia de que Mariana era agora humana. As baleias ficaram sabendo e espalharam a notícia pelos 7 mares. Em pouco tempo o polvo tb ouviu a história e contou rapidamente para a Mãe D'água.
A Mãe D'água estava do outro lado do oceano, provocando um maremoto numa aldeia de pescadores que não haviam lhe dado as oferendas daquele ano e quando ela soube de Mariana ficou muito zangada, de início nem acreditou, mas com o polvo garantindo que a história era verdadeira, ela se enfureceu.
Rapidamente a Mãe D'água chamou por seus cavalos e foi em direção à praia de Meaípe, foi à toda velocidade, pedindo para os cavalos irem cada vez mais rápido, porém, enlouquecida pela fúria, esqueceu-se que havia uma rocha no meio do percurso, rocha essa que era Augusto transformado.
Quando ela se deu conta, não pode desviar, provocando uma terrível explosão ao se chocar contra a rocha que ela mesma havia criado. Com a explosão Augusto foi libertado do feitiço e a própria Mãe D'água se transformou na rocha.
Augusto consegiu nadar em direção à praia e ele e Mariana se beijaram longamente, ficaram vivendo ali, ele feliz por não voltar mais para a Europa e ela por agora ser humana.

PENEDO 2

Diz a lenda, que mora no interior do Penedo, uma fada, que está pronta a atender um pedido de qualquer marinheiro que entre no Porto de Vitória e que jogue uma batata ou uma moeda.
Se a batata ou a moeda atirada atingir o Morro do Penedo, existe uma grande possibilidade de ser atendido um desejo, especialmente se for um desejo amoroso, de conhecer uma mulher, em Vitória, dentro do Porto do Espírito Santo.
Então, dizem, que há grande possibilidade de se concretizar esse desejo.

PENEDO 1

Conta-se que havia, numa praia, uma concha encantada. Ela pertencia a uma fada que morava no interior do monte Penedo. Ela ainda mora lá, mas decidiu nunca mais sair.
O motivo? Bem, toda noite a tal concha encantada entoava uma suave música, assim o Penedo se abria e a fada surgia e saía de seu palácio no interior da rocha. A fada caminhava sobre as ondas, ouvindo aquela música maravilhosa para poder apreciar a vista e sentir o carinho do vento.
Então, quando os primeiros índios resolveram ocupar a ilha de Vitória eles encontraram a concha encantada. O cacique vendo aquela concha linda, achou que era um presente divino e a levou para sua aldeia. A fada assistiu a tudo de dentro do Penedo, mas estava assustada com os índios e nada fez naquele momento e assim ficou dentro da rocha por milhares de anos.
Muito tempo depois, chegou ao Espírito Santo a caravela Glória, trazendo os primeiros homens brancos portugueses que mataram todos os índios da região na disputa pelo território. Na batalha violenta os portugueses acabaram quebrando a conha encantada. A fada continuava a tudo ver de dentro do Penedo e não compreendia o pq de tamanha violência e maldade.
Alguns anos depois a mesma fada assistiu aos ataques holandeses, a escravidão dos negros, a poluição de suas águas e a miséria que assolava toda a região da ilha.
Desesperada a fada do Penedo pediu aos deuses que eles protegessem a terra capixaba, pois ela não agüentava mais ver tanto sofrimento.
Então a fada encantada voltou a ouvir uma melodia muito parecida com a da concha mágica, esse som acontecia toda vez que um novo capixaba com bondade verdadeira no coração nascia e com isso a fada pode novamente apreciar apaisagem e sentir o carinho do vento.

O Frade e a Índia

Um frade e uma indiazinha se encontraram a muito tempo atrás, quando o ES começava a ser colonizado pelos portugueses.
O jovem religioso veio ao Brasil para catequizar os índios, mas a bela índia, que não falava português, não entendia uma palavra dita por ele. Mas mesmo assim se apaixonou pelo frade.
Numa manhã a indiazinha disfarsou-se usando um manto e, sem que os outros índios persebessem, levou o frade para o alto de um monte onde, ao longe, podia avistar o mar.
No alto da colina, eles se beijaram. O frade, que também havia se apaixonado pela indiazinha, tentou explicar a Bíblia, mas logo percebeu que ela nada entendia.
Ele teve uma idéia, pegou uma pedra e disse: - Pe - dra. A indiazinha entendeu e repetiu: - Pedra! O frade então apontou para o mar longe e disse: - Mar. E ela novamente repetiu: - Mar! Ele então apontou para o céu e disse: - Deus. A indiazinha olhou pro céu e disse: - Tupã! Ele repetiu: - Deus! Ela novamente disse: - Tupã!
Deus! Gritou o frade.
Tupã! Gritou a índia chorando pois percebeu que o frade não aceitava Tupã. Ela não queria amar alguém que não aceitava ou acreditava no seu Deus
Naquele momento, eles ouviram um forte ruído nas montanhas.
O frade gritou: - Meu Deus!
A índia gritou: - Tupã!
Os dois foram transformados em pedra e ergueram-se, formando duas enormes rochas, ali ficando para sempre.
Nunca se soube quem os transformou em rochas, se foi Deus ou se foi Tupã. Ou seriam os dois a mesma coisa? Vale a pena refletir...



O imaginário popular capixaba batizou de "Frade e a Freira" um rochedo de puro granito que se localiza entre os municípios de Cachoeiro de Itapemirim e Rio Novo do Sul.
Porém, a lenda original, do início do século XVIII, fala do amor de um missionário e uma índia, não uma freira, pois as religiosas só chegaram no ES no final do século XIX.


sábado, 1 de agosto de 2009

Dicas interesantes

Abertura Bar - Jardim da Penha/Praia do Canto
Site: http://www.bar-abertura.com
Balacobaco - Praia do Canto
Site: http://www.balacobacobar.com.br/
Bar do Ceará - Jucutuquara
Telefone: (27) 3223.7953
site: http://www.cearabar.com.br
Bar do Getúlio - Nossa Senhora da Penha
Telefone: (27) 3229.6266
Bar e Restaurante Partido Alto - Coqueiral de Itaparica
Telefone: (27) 3339.7676
Bistrô Bar Restaurante e Buffet
Telefone: (28) 3522.1102
Bliss Bar - Triângulo das Bermudas - Praia do Canto
Telefone: (27) 3227.8282
Site: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=22327384
Bobs - Praia do Canto - Vitória
Telefone: (27) 3227.1721
Búfalo BillTelefone: (27) 3288.1505
Cantina Fiorentina - comida italiana e brasileira em geral - Praia do Canto
Telefone: (27) 3227.5797
Centro de Convenções de Vila Velha - Coqueiral de Itaparica
Telefone: (27) 3389.8000
Site: http://www.convencoesvv.com.br
China in BoxComida chinesa em fast food - Praia do Canto
Telefone: (27) 3315.2268
Site: http://www.chinainbox.com.br
Choperia Vitória - Enseada do suá
Telefone: (27) 3324.1574
Churrascaria Gramado - Mata da Praia
Telefone: (27) 3225.1311
Site: http://www.gramadochurrascaria.com.br
Churrascaria Minuano - Camburi
Telefone: (27) 21217877
Site: http://www.churrascariaminuano.com.br/churrascaria
Clube de Pesca Santo Antônio - Santo Antonio
Telefone: (27) 3223.0252
Dona Rosa Bar - Santa Fé
fone: (27) 3386.8926
Escritório Triângulo BarTipo de comida: Triângulo das Bermudas, Praia do Canto
Telefone: (27) 3227.7637
Site: http://www.escritoriobar.com
Empório Árabe - Prai de Santa Helena
Telefone: (27) 3227.5599
Site: http://www.emporioarabe.com
Espírito Grill - Mata da Praia
Telefone: (27) 3325.7206
Site: http://www.espiritogrill.com.br
Habib´s - Praia da Costa
Telefone: (27) 3329.2119
Site: http://www.habibs.com.br
Hotel e Churrascaria Rio Grande - Av Beira Rio, 24 e 26, Guandu
Telefone: (28) 3526.0666
Moqueca & Cia - Jardim da Penha
Telefone: (27) 3227.6899
Site: http://www.moquecaecia.com.br
Kiabai - Jardim da Penha
Telefone: (27) 3227.5354
Mr. Picuí Restaurante e Cachaçaria - Jardim da Penha
Telefone: (27) 3235.7711
Site: http://www.mrpicui.com.br
Mc Donald´s - Enseada do Suá
Telefone: (27) 3335.1261
Oba Oba - Jardim da Penha
Telefone: (27) 3227.8019
Partido Alto - Jardim da Penha
Telefone: (27) 3227.4086
Pipo's Lanches - Itapoã
Telefone: (27) 3349.0903
Pizzaria Forno de Lenha - Paul
Telefone: (27) 33264196