O IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) foi recentemente
divulgado através do Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013,
documento elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(Pnud), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e a
Fundação João Pinheiro. A partir da divulgação destes dados muito se tem
escrito a respeito, análises têm sido feitas, algumas pertinentes, outras
carecendo de um mínimo de lucidez e inteligência.
O IDHM é o resultado da análise de mais de
180 indicadores socioeconômicos dos censos realizados pelo IBGE nos anos de 1991,
2000 e 2010. Isto significa dizer que o IDHM é divulgado apenas a cada 10 anos!
O IDHM varia de 0 a 1, sendo que quanto mais
próximo de 1, maior o desenvolvimento humano, e leva em consideração três
dimensões do desenvolvimento humano para sua composição:
1.
a
oportunidade de viver uma vida longa e saudável (longevidade),
2.
a
oportunidade de ter acesso a conhecimento (educação) e
3.
a
oportunidade de ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas (renda).
Olhando o Brasil como um todo, nas últimas duas décadas, o Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) aumentou 47,5%, passando de 0,493, em
1991, - considerado muito baixo – para 0,727, em 2010, o que representa alto
desenvolvimento humano, conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil
2013. Isto porque, em 1991, o Brasil tinha 85,5% das suas cidades com IDHM
considerado muito baixo. Já de acordo com os dados de 2010, o Brasil conta com
74% de cidades com índices considerados médios ou altos (ÍNDICE MUITO BAIXO:
índices entre 0 e 0,49; BAIXO: entre 0,5 e 0,59; MÉDIO: entre 0,6 e 0,69; ALTO:
entre 0,7 e 0,79; MUITO ALTO: entre 0,8 e 1,0).
Isto significa dizer que, apesar de termos ainda um longo caminho a
percorrer para tornarmos nosso país mais justo e igualitário, temos avançado,
ou seja, as perspectivas são positivas. A desigualdade social tem sido reduzida,
como prova o crescimento da renda per capita da brasileiro em 14,2% nas
duas últimas décadas.
E COMO FICA ANTÔNIO CARLOS NESTA AVALIAÇÃO?
Como já foi afirmado, o IDHM avalia os municípios no intervalo de uma
década. Logo, os dados divulgados em
2013 foram produzidos a partir das informações do Censo do IBGE de 2010. Não cabe,
portanto, como alguns acéfalos de plantão estão tentando fazer, responsabilizar
as atuais administrações municipais pela queda ou pelo crescimento dos índices
do IDHM (a não ser que a atual administração esteja governando uma cidade pelas
últimas décadas!).
Índices de Antônio Carlos entre 1991-2010
ANO
|
IDHM
|
IDHM Renda
|
IDHM Longevidade
|
IDHM Educação
|
1991
|
0,731
|
0,628
|
0,793
|
0,773
|
2000
|
0,827
|
0,720
|
0,882
|
0,879
|
2010
|
0,749
|
0,768
|
0,890
|
0,615
|
Se tomarmos os
dados da tabela acima como referência, veremos que o IDHM de Antônio Carlos
teve uma forte ascensão em 2000 (0,827 – IDHM muito alto), seguido por uma
significativa queda em 2010 (0,749 – IDHM alto). Movimento semelhante teve um
dos indicadores utilizados para compor o IDHM: a educação. O IDHM Educação variou
de 0,773 em 1991 para 0,879 em 2000 e teve uma forte queda em 2010, chegando ao
índice de 0,615. Já o IDHM Renda e o IDHM Longevidade vêm apresentando
sucessivo e constante crescimento nas duas últimas décadas.
Deste modo,
apesar da queda, o IDHM de 0,749 ainda coloca Antônio Carlos entre os
municípios brasileiros de alto IDHM. Portanto, todos nós temos a
responsabilidade de manter nossa cidade com este elevado índice de IDHM e, na
medida do possível, trabalharmos para avançar sempre mais.