terça-feira, 6 de novembro de 2007

EROSÃO

O solo é a camada superficial da crosta da terrestre resultante da ação do intemperismo, ou seja, o solo mais é que a rocha decomposta e bem triturada.

O conhecimento empírico da fertilidade do solo remonta há milhões de anos. Os Chineses, por exemplo, há mais de 3.000 a.c. chegaram a dividir suas terras de acordo com a produtividade agrícola. Os romanos, por sua vez, chegaram a classificar os solos em nove tipos.

No Brasil e demais países tropicais, a intensidade, o volume e a concentração das chuvas durante o verão acarretam um intenso processo de erosão dos solos, que se torna mais ainda quando se trata de áreas com topografia inclinada ou sem cobertura vegetal.

A ação do vento provoca o desgaste do solo. Esse desgaste recebe o nome de erosão. Quando o homem faz desmatamento, queimadas ou terraplanagem, deixa o solo desprotegido e a erosão ataca. A intensiva criação de gado pode produzir erosão. O gado, ao mesmo tempo que se alimenta do capim, pisa sobre ele e pode diminuir a cobertura vegetal do solo. Solos com pouca ou nenhuma cobertura vegetal podem ser provocar erosão. Assim como o plantio feito de maneira incorreta que torna o solo empobrecido, sujeito à erosão. Para que o solo não se torne improdutivo, os agricultores utilizam a técnica "rotação de culturas" que consiste em alternar o plantio com culturas diferentes retiram diversos nutrientes do solo.

Areia avança - prejudicando a agricultura. Muitas regiões travam um constante combate contra esse inimigo. Em todo planeta ocorre um fenômeno chamado de desertificação que afeta a vida de todos os seres vivos do planeta. Aproximadamente 16 milhões de pessoas vivem em terra estéril ou semi-estéril.

Na fronteira Oeste do Rio Grande do Sul é a área mais atingida pelo fenômeno da erosão. A erosão dos solos, que afeta mais a África, a Ásia e a América do Sul, devasta a cada ano 25 milhões de toneladas de terra aráveis. Entre 1960 e 1980, o deserto do Saara cresceu aproximadamente 200 quilômetros para o sul. A destruição das matas agrava o efeito a temperatura da Terra e esgota matérias-primas e causam desertos (solo arenito) uma formação de rocha composta de areia, escassez de minerais, exposição à ação de ventos e de chuva desproporcional, tornando a terra esbranquiçada pela areia.

Pelo mau uso do solo, O Pampa está ameaçado de virar areia no sudoeste do Estado. O alerta consta nos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2004, publicados no dia 4 de Novembro de 2004 pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

Segundo o trabalho, que inclui dados do Atlas da Arenização publicado em 2000 pela UFRGS e pelo governo do Estado, 5.270 hectares da região apresentam focos de arenização, um aumento de 43% em uma década. A degradação é mais grave em 10 municípios ( São Borja, Itaqui, Manoel Viana, Unistalda, Maçambará, São Francisco de Assis, Cacequi, Rosário do Sul, Alegrete, Quaraí), onde as manchas de areias já somam 3.670 hectares em 1989. Pela situação atual, é como se 7,7 mil campos de futebol estivessem dilacerados por voçorocas e coberto por areia.

Muitas vezes não se trata de uma questão de climática, mas de mau uso do solo, como o excesso de pastoreio e o uso de maquinários pesados, é um problema bastante grave e que não está merecendo a devida atenção, pois com isso, pode comprometer a economia das regiões.

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Outro problema são as voçorocas crateras formadas quando e escoamento intenso da chuva atinge os lençóis freáticos que podem atingir mais de 8 metros de profundidade. Agricultores estão bastante desesperados ao ver a erosão engolir a terra para o plantio.

O solo é um componente essencial para o desenvolvimento da biosfera. Sua formação é lenta e, uma vez destruída, demanda tempo maior do que a vida de um homem para se refazer, quando é possível. A conseqüência desses danos de solo é a degradação dos agro-ecossistemas pela redução gradativa de produtividade e conseqüente abandono ou, então, manutenção da produtividade via maiores investimentos em energia, equipamentos, fertilizantes e informações técnicas.

Os efeitos destas partículas desagregadas sobre os seres aquáticos podem manifestar-se por um menor desenvolvimento do fitoplâncton, afetando indiretamente os peixes que dele dependem ou, diretamente depositando-se nas brânquias e causando-lhes a morta por asfixia. As partículas desagregadas também fecham os poros do solo, já compactado pela agricultura, reduzindo ainda mais a infiltração da água, que escorre, carregando partículas e chegando aos rios, onde provoca assoreamento.

Com uma superpopulação para alimentar, e sem terras para o plantio, o homem corre o risco de não sobreviver.

Os deslizamentos de terra ocorrem devido à vários fatores, como desmatamento das encostas, chuvas intensas, queimadas, infiltração de água no solo ( a cobertura vegetal impede que as águas das chuvas batem diretamente no solo, destruindo a camada superficial e carregando os nutrientes), infertilidade e assoreamento dos rios. A erosão fluvial pode ocorrer devido à alguns fatores como volume de chuva, força da correntes, que por sua vez varia de acordo com o clima, escavações, minerações e modificações no leito dos rios não naturais. O desmatamento e as queimadas são prática bem conhecidas e usados pelos homens desde que este passou a construir sua primeira casa e cultivar. Ambos destroem os nutrientes do solo, esgotam as fontes de água favorecendo a erosão, o empobrecimento do solo devido a falta de material orgânico natural (húmus) que é produto da decomposição parcial de restos vegetais que se acumulam no solo, aos quais se juntam aos restos de animais, formando uma camada de nutrientes do solo.

Solo em agonia. Ausência de cobertura vegetal, superfície exposta ao Sol erosão provocada pelo impacto direto das gotas de chuva, torrões de faces retas, sem poros, impermeáveis à água e o ar, quase sem vida.

Solo Sadio. Cobertura vegetal rica, terra fofa, porosa, permeável à água e ao ar, umidade permanente, grande diversidade de raízes (policultura), muitas matéria orgânicas, intensa atividade biológica.

A contaminação devido ao grande número de produtos químicos é descartada de várias formas deixando o solo poluído, como por exemplo, lixo doméstico, agrotóxicos, químicos farmacêuticos hospitalar, fábricas, metalúrgicas e siderúrgicas, etc. Pelo risco que representam à saúde humana e ao meio ambiente, os descartes destes produtos devem, obrigatoriamente ter um tratamento diferenciado do restante do lixo orgânico, reciclável e não tóxico. Devem ser separados em local seguro e controlado. Além da contaminação do solo pode ocorrer a contaminação de lençóis freáticos.

Chuva ácida nas rochas

Quando a chuva ácida se precipita sobre solos alcalinos, o ácido é enfraquecido, ou neutralizado, e os problemas ambientais são poucos.

O granito é uma rocha ácida e muito dura que se desagrega muito lentamente. Os solos surgidos do granito são em geral muito finos, mas capazes de reduzir a acidez da chuva comum a um nível tolerável para as plantas e os animais, mantendo-se, assim, um equilíbrio. A chuva ácida sobrecarrega esse sistema natural e, gradualmente, o meio ambiente se torna ácido demais para manter saudáveis a fauna e a flora. Posteriormente, um novo equilíbrio pode ser atingido, mas num nível de acidez que não pode manter uma variedade tão rica de espécies.

ACIDEZ EM LAGOS

Um dos passatempos mais populares na América do Norte e na Europa é a pesca em lagos e rios. Ela é apreciada por milhões de pessoas e dificilmente se encontra um lago, riacho ou rio que não seja usado pelos pescadores. A pesca também é um grande negócio. Não somente porque os direitos de pesca são vendidos para clubes de pescadores, mas também porque muitas pessoas são empregadas na pesca comercial, principalmente de salmão e truta. A criação de peixes tornou-se uma atividade econômica importante em muitas áreas remotas, oferecendo em cerca de 90% da água dos rios e lagos passou previamente pelo solo. Como a capacidade do solo para neutralizar os ácidos está diminuindo, e a acidez da chuva está aumentando, a acidez da água nos rios e lagos também está aumentando.

Os lagos também recebem a água da chuva que cai diretamente da atmosfera, não havendo possibilidade de reduzir a acidez dessa água pela ação do solo. Desde 1950, a situação tornou-se, certamente, pior nas áreas mais sensíveis da América do Norte e Europa, embora haja indícios de que as condições estão se estabilizando.

Um lago em condições naturais tem pH ao redor de 6,5 e pode manter uma grande variedade de plantas, insetos e peixes. Além disso, há inúmeros animais, incluindo aves, que se nutrem do farto alimento encontrado nesses lagos.

Quando o pH de um lago diminui (com o aumento do nível de acidez), os peixes encontram maior dificuldade para se reproduzir com êxito. A acidez é maior na primavera quando a neve derrete. Esta também é a época em que os ovos dos peixes eclodem, nascendo filhotes. Eles são incapazes de tolerar os altos níveis de acidez e morrem. Não é somente o ácido que os mata, mas também os minerais tóxicos como o alumínio, que são lixiviados dos terrenos circunvizinhos para a água.

As aves que comem esses peixes também sofrem as conseqüências, pois os minerais tóxicos tornam-se ainda mais concentrados em seus corpos. As cascas de seus ovos tornam-se mais frágeis e podem se quebrar, e quando os filhotes nascem, seus ossos podem estar deformados.

A CHUVA ÁCIDA E OS MARES

Pensava-se que os mares não eram afetados pela chuva ácida, mas um relatório do Fundo de Defesa Ambiental (EUA) afirma que a chuva ácida está prejudicando os peixes ao longo da costa atlântica dos Estados Unidos. Baías e águas costeiras, que são importantes áreas de procriação, são as mais afetadas. No entanto, a administração do presidente Ronald Reagan permaneceu firmemente oposta a qualquer tentativa de restringir as emissões porque, afirmava-se, não havia evidência suficiente de prejuízos.

No referido relatório, o doutor Oppenheimer declara: "Ao ignorar o problema da chuva ácida, o Congresso e a Administração decidiram sacrificar milhares de lagos. Virando as costas deste modo, eles mostraram também não darem a mínima importância aos nossos estuários e águas costeiras".

DANO PARA AS ÁRVORES E FLORESTAS

Até os anos 60 a chuva ácida não era reconhecida como uma ameaça séria para as florestas. A primeira evidência foi encontrada nos Sudetos, uma cadeia de montanhas entre a Polônia e a República Tcheca importante na produção de madeira. Alguns pinheiros apresentavam ramos muito nós e outros estavam morrendo. Em meados dos anos 70 houve um acentuado agravamento desses problemas. Constatou-se que morriam lotes inteiros de árvores, enquanto outros sequer chegavam a se desenvolver. Atualmente, quase 40% da floresta está morta ou em extinção. Extensas áreas que já foram cobertas pela floresta são atualmente campos abertos.

Não passou despercebido que os Sudetos estão situados na direção dos ventos que sopram de uma região cuja dependência do linhito é intensa e que, quando queimado, libera bastante enxofre. O uso dessa substância aumentou de 30 milhões de toneladas, em 1950, para 100 milhões de toneladas, em 1980.

Nem todas as regiões se encontram tão seriamente afetadas, mas atualmente há informações vindas de todas as partes do mundo sobre árvores prejudica das. É fácil reconhecer uma árvore morta, mas na maioria dos casos a morte não se deve diretamente à chuva ácida, que as enfraquece e elas morrem derrubadas pelo vento, ou atacadas por insetos e fungos. As árvores coníferas correm risco maior, embora as árvores decíduas sejam igualmente afetadas.

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