domingo, 29 de maio de 2011

Empirismo – Francis Bacon

O empirismo é uma corrente filosófica que toma como guia a experiência para validar as suas afirmações no campo da teoria do conhecimento e da filosofia da ciência. A palavra empirismo vem do grego empeiria, significa basicamente uma forma de saber que vem da experiência sensível, ou seja, das sensações ao vermos as coisas, ao sentirmos com o corpo, e dos dados acumulados com base nessa prática.
Os empiristas tiveram como inspiração a seguinte frase de Aristóteles: “Nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos.” Ideias inatas, conhecimento anterior à experiência ou independente desta, nem pensar!
Essa corrente desenvolveu-se sobretudo na Inglaterra certamente pelo grande desenvolvimento social, econômico e político que este país vivia no séc. XVI. A filosofia empirista está diretamente relacionada à criação da “Real Sociedade de Londres para o Progresso do Conhecimento Natural”, fundada em 1660. Patrocinada pelos ricos comerciantes da época, que tinham interesses nas possíveis aplicações destes conhecimentos.
Grandes estudos científicos eram realizados como o do magnetismo, o sistema circulatório, a mecânica dos gases na área da química e as famosas leis de Isaac Newton na área da física, ou seja, respirava-se ciência naquele momento.
Francis Bacon (1561-1626) é considerado um dos iniciadores do pensamento moderno. Defendia o método experimental, o progresso da ciência e da técnica. Ocupou altos cargos do governo inglês, como o de ministro da justiça, mas foi afastado por corrupção.
Assim como Descartes, preocupava-se com a formulação de um método que evitasse o erro, e que colocasse o homem no caminho do conhecimento correto. Para ele a tarefa da filosofia era de libertar o homem dos preconceitos, ilusões e superstições. Para isso criou a teoria dos ídolos; ídolos são ilusões ou distorções que “bloqueiam a mente humana”, impedindo o verdadeiro conhecimento. Existem quatro tipos:
Os ídolos da tribo: o homem por natureza não tem nenhuma relação com o universo que permita o conhecimento deste tal como ele é, apontando assim os limites da natureza humana no processo de conhecimento do real.
Os ídolos da caverna: são consequência das características individuais de cada homem, sua constituição física e mental, das influências que sofre do seu meio, etc. Ou seja, está sujeito, o homem a múltiplas perturbações e até certo ponto ao acaso.
Os ídolos do mercado: resultado das relações entre as pessoas, das comunicações que levam a inúmeras e inúteis discussões e fantasias.
Os ídolos do teatro: as doutrinas filosóficas e científicas antigas “figuram mundos teatrais”. O texto segue criticando sobretudo o aristotelismo.
O homem deve tornar-se uma criança diante da natureza. O novo método científico é a indução que com base em observações, permite o conhecimento do funcionamento da natureza e, observando a regularidade entre os fenômenos e estabelecendo relações entre eles, permite formular leis científicas que são generalizações indutivas.
“Saber é poder”, diz Bacon, pois ao conhecer as leis que explicam o funcionamento da natureza, podemos fazer previsões e tentar controlar os fenômenos de modo que seja proveitoso, que melhore a condição humana.
Fonte: Marcondes, Danilo. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Jorge Zahar Editor Ltda. Rio de Janeiro, 2005

Responda: Qual a importância da teoria dos ídolos e como podemos entender seu significado nos dias de hoje?

7 comentários:

  1. A teoria dos idolos tem importancia na verdadeira sabedoria,pois como Francis Bacon idolos bloqueiam a mente Humana.Nos dias de hoje a teoria dos idolosseria vista como um tipo de tapa-olho pra a verdadeira sabedoria.

    Arthur Henrique Fittipaldi Affonso

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  2. Os ídolos são muito importantes pois são neles que nos inspiramos para sermos iguais a eles.Para que num futuro próximo possamos ser ídolos.

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  3. Bacon criou a teoria do ídolos com o propósito de trazer certezas às pesquisas. Hoje em dia, usamos os ídolos para ter como base nossos comportamentos, para nos expirarmos e usa-los como nossas experiências para algumas situações. Mas não podemos usar sempre nossos ídolos como base pois ele também erram. Yasmin

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  4. A importância da teoria dos ídolos é levar as pessoas ao desenvolvimento de um pensamento crítico e questionador a respeito deste tipo de ilusão ou superstição e assim cria-se a possibilidade de se libertar, mas para isso é preciso que se conheça verdadeiramente aquilo ou aquele que se idolatra e nessa experiência entre o que se vê e o que se sente que se pode tirar as conclusões.
    Nos dias de hoje ter ídolos impede que se pense de forma crítica sobre as atitudes e ações que envolvem o idolatrado. Idolatrar significa guiar-se unicamente e apenas por aquilo ou aquele que se idoltra, não importando as circunstâncias daquilo que acontece ou o fazem, ou seja, não se faz contestações, apenas se acata como sendo a única verdade.
    Eduardo Korb

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  5. A terioa dos ídolos, tem por finalidade, servir o homem e dar-lhe poder sobre a natureza.

    Tauana T. Ziles

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  6. Na verdade esta teoria foi uma oposição ao Aristotelismo, que defendia que o corpo deveria sentir e experimentar qualquer coisa para que a nossa mente entrasse em conhecimento com o sentido. Segundo Bacon, a observação era fonte fundamental para aprimorar o intelecto. Na minha opinião nos dias de hoje as duas teorias mesmo se encontrando em oposição, estão perfeitamente corretas, mas somente quando soubermos usar e dosar as duas juntamente. É como unir a fé e a razão; difícil mas não impossível.

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