Aula do dia 27 de Abril de 2011
Existem duas correntes de pensamento que dividem este período da história: A patrística (séc. I a VII d.C.) e a escolástica (séc. IX ao XII). Neste período todo o pensamento ocidental está mergulhado no cristianismo. Na idade média o mundo era criado por Deus, os homens cometiam pecados e eram punidos após a morte. Assim, as idéias de Platão foram muito bem acolhidas pelos cristãos da época, devido a alusão aos dois mundos e a teoria da reminiscência.
O principal problema desta época foi a disputa entre fé e razão, alguns achavam que as duas poderiam ser conciliadas, outros não acreditavam que isso era possível, pois uma anularia a outra e vice-versa. Para eles, cada uma delas tinha um modo diferente de se chegar a verdade, ao conhecimento e um dos mais importantes filósofos desta época foi Santo Agostinho (354-430).
Conhecido também como bispo de Hipona (Itália), viveu em tempos conturbados, entre o final e a decadência do império romano e a consolidação do cristianismo. Desde seus tempos como estudante teve interesse pela filosofia e pela espiritualidade. Suas principais contribuições para a filosofia foram: suas formulações entre razão e fé, a subjetividade e a interioridade como vias para o conhecimento e sua teoria da história (Cidade de Deus).
Defendia a possibilidade de conhecimento pela verdade revelada, sua pergunta era: como pode a mente humana, mutável e falível atingir uma verdade eterna com certeza infalível? Sua resposta encontra-se na teoria da iluminação divina que tem suas bases na teoria da reminiscência (lembranças) de Platão.
Para ele não poderia haver conhecimento sem algum elemento prévio que servisse como ponto de partida para este processo. Nossa interioridade é dotada da capacidade de entender a verdade pela iluminação divina. A mente humana é dotada de uma centelha divina, já que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus.
OBS: Pessoal postem suas perguntas nos comentários desta postagem, precisaremos delas para a próxima aula, até lá!
Fontes: Filosofia para quem não vai ser filósofo. Luis Fernando Munaretti da Rosa
Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Danilo Marcondes
A razão e a fé para Santo Agostinho deveria ser conciliada e para ele o homem é um ser divino porque vem de Deus. Na minha opinião a fé é o oposto da razão, fazer as duas andarem juntas seria uma total contradição mas ao mesmo tempo, o melhor à se fazer. Pena que para mim, uma desjustifica a outra.
ResponderExcluirquais benefícios teríamos em unir fé e razão?
ResponderExcluirO que mais poderíamos unira estes dois fatores?
ResponderExcluirarthur
bom,, gostei muito da odeia do Blog para ajudar os alunos a terem mais conhecimento sobre a filosofia entre outras características dessa materia.
ResponderExcluireu achei muito bom porque eu também acho igual a santo agostinho que a fé deveria ser conciliada com a razão.
ResponderExcluireu não gostei.para que motivo tem para santo agostinho dis que a fé e a razão sejão os principais causas da época.Thales
ResponderExcluir1.Se não existisse fé existiria a razão?
ResponderExcluir2.Na sua opinião,a razão é limitada?
3.Pode-se conhecer realmente o mundo através da mídia?
4.Qual é a forma mais segura de conhecer o mundo?
Vanessa
Para mim Santo Agostinho tinha um pensamento errônio, dizia que para podermos pensar precisamos de um ponto de partida, porém, na verdade, não é necessário para todo os pensamentos um ponto de partida. Os pensamentos podem fluir sem ter um ponto inicial, ou de partida.
ResponderExcluirLucas Moraes
Santo Agostinho, ao meu ver, pensava de forma errada, pois quando dizia que não podiamos ter uma verdade certa infáliver, via isso de forma errada. Santo Agostinho via essa verdade infálivel como uma verdade infálivel para o universo, mas quando na verdade essa verdade infálivel é só para si próprio.
ResponderExcluirAndré
Queridos alunos, estou gostando bastante dos comentários, eles mostram uma grande capacidade filosófica que poderá ser desenvolvida por vocês, fazendo até mesmo com que se tornem as pessoas que formarão a opinião de outros e não o contrário.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho!
Profª Gabriela.
Se a razão não for iluminada pela fé, não consegue alcançar seu objetivo de conhecer a verdade, que é Deus. A razão é básica, a fé é mais elevada.
ResponderExcluirTauana T. Ziles